Tag: jogos olímpicos

  • Daniel Cargnin conquista a medalha de bronze no judô

    Daniel Cargnin conquista a medalha de bronze no judô

    O gaúcho Daniel Cargnin, de 23 anos, determinou em Tóquio a manutenção de uma tradição de nove ciclos olímpicos. O judô brasileiro sobe ao pódio de forma ininterrupta em todas as edições desde 1984, em Los Angeles. Cargnin gravou seu nome nessa galeria ao conquistar o terceiro lugar na categoria meio-leve, até 66kg.

    “Estou muito feliz. Eu me preparei muito. Só eu, meus amigos e minha família sabemos o quanto sofri quando os Jogos foram adiados. Sempre tive um sonho de medalhar aqui em Tóquio. Estou feliz demais com isso, com o processo que eu tive. Sem meus amigos, sem o apoio, teria sido muito difícil”, afirmou o atleta.

    O caminho para o bronze

    O estreante Daniel Cargnin venceu Mohamed Abdelmawgoud, do Egito, e Denis Vieru, da Moldávia, além do italiano e número 1 do mundo, Manuel Lombardo, para chegar à semifinal. Nessa etapa, contudo, foi superado pelo japonês Hifume Abe que acabou a noite com o título de campeão olímpico.

    A disputa do bronze foi com o israelense Baruch Shmailov, número oito do mundo. Com um waza-ari conquistado com 1min30s de luta, o brasileiro soube administrar a vantagem e conquistar o pódio.

    PAAR

    Daniel Cargnin é 3º Sargento da Marinha do Brasil e integra o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa. Atualmente, o PAAR é integrado por 551 militares atletas em 30 modalidades. Desse total, 92 embarcaram para Tóquio.

  • Em Tóquio, Brasil também tem representantes no time de controle de dopagem

    Em Tóquio, Brasil também tem representantes no time de controle de dopagem

    Promover o esporte de forma justa, limpa, em condição de igualdade entre os competidores. Essas são algumas das missões dos oficiais de controle de dopagem que atuarão nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Foram selecionados oito brasileiros para integrar esse time multicultural, composto por 250 pessoas do mundo todo. E, assim como os atletas, eles atravessaram uma série de barreiras para garantir a participação nos Jogos.

    Profissional de Educação Física, doutora em Neurociência do Exercício e ex-ginasta da seleção brasileira, a oficial Thais Cevada é uma das integrantes do time. Oficial de controle de dopagem com experiência em grandes eventos, como os Jogos Rio 2016, ela viu no ofício a oportunidade de continuar próxima do esporte de alto rendimento e também de compreender melhor outras modalidades.

    Entusiasta do esporte de alto rendimento, formado em educação física, nutricionista e doutor em Fisiologia Jocelito Martins é oficial de controle de dopagem desde 2002 e já atuou em diversas funções relacionadas à antidopagem. Tóquio será sua terceira Olimpíada, e ele também coleciona passagens por edições da Copa do Mundo, Campeonatos Mundiais e Pan-americanos. “Mas será uma experiência completamente nova viver uma Olimpíada em meio a um cenário pandêmico”, revelou.

    A jornada até garantir o carimbo no passaporte foi longa: depois de serem indicados pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Thais, Jocelito e seus colegas passaram por uma seleção rigorosa, que envolveu diversas etapas, como análise de currículo, provas escrita e oral de conhecimentos técnicos, éticos, de gerenciamento de situações inesperadas e de proficiência em inglês.

    Jogos e Covid-19

    Os candidatos selecionados passaram por um treinamento diferente dos anteriores: em decorrência da Covid-19, tiveram que participar de diversos cursos online para padronizar a atuação conforme as exigências da Agência Mundial Antidopagem (WADA, na sigla em inglês), e também para atualizar os conhecimentos. O Código Mundial Antidopagem, por exemplo, mudou este ano, e será seguido à risca em Tóquio.

    Segundo Thais, o trabalho, que consiste em notificar o atleta, fazer provisões e coleta das amostras e garantir que o material chegue intacto ao laboratório, está mais relacionado à educação do que à punição. “O intuito é promover a igualdade, a segurança e a tranquilidade. Não queremos ser vistos como fiscais, mas sim como equipe que atua para proteger quem está se esforçando, treinando e ganhando de forma justa”, salientou. “Sabemos o quanto de sacrifício existe na vida do atleta”, completou Jocelito.

    O domínio de ferramentas digitais foi outra exigência que demandou um treinamento especial. “Pela primeira vez, não usaremos formulários físicos, que foram substituídos pelo tablet. Para não restarem dúvidas, fizemos muitas simulações tecnológicas”, explicou Thais. Além do dispositivo, os oficiais receberam chips de celular e rádios de comunicação.

    Reconhecimento internacional

    Coordenador do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD), o professor Henrique Pereira foi um dos cinco brasileiros convidados a atuar como especialistas internacionais nas atividades do laboratório anfitrião. Estima-se que cerca de seis mil amostras sejam analisadas durante as Olimpíadas e liberadas em menos de 24 horas.
    As razões para comemorar não são poucas. Segundo o cientista, o convite é um reconhecimento ao sucesso do trabalho desenvolvido no Brasil. Por ter sido anfitrião dos últimos Jogos, o laboratório brasileiro recebeu investimentos e tornou-se referência internacional. “O Dream Team do controle de dopagem estará lá, o que é importante para a inserção internacional do trabalho do laboratório”, explicou.

    A secretária da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Luísa Parente, explicou que o treinamento da entidade segue o padrão internacional, mas adicionou um tempero brasileiro ao resultado, porque reproduz cenários cotidianos do esporte nacional.

    Ela acredita que as diversas medidas que entraram no protocolo, como o uso constante de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e o distanciamento social, vieram para ficar e não representarão dificuldades aos oficiais brasileiros. “Torço para que sejam os melhores, que atuem dentro da conformidade e que o Time Brasil seja meta zero de dopagem”, acrescentou.

     

  • Jogos de Tóquio contam com mais de 30% de atletas militares

    Jogos de Tóquio contam com mais de 30% de atletas militares

    A pira olímpica foi acesa e os Jogos Olímpicos Tóquio 2021 abertos nesta sexta-feira (23). A equipe brasileira que vai disputar medalhas tem mais de 30% de atletas militares. Das 35 modalidades que serão disputadas pelos brasileiros, sete são 100% compostas por militares atletas. Eles integram o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa.

    Os atletas militares somam 92 do total de 302 classificados para Tóquio. São 44 da Marinha, 26 do Exército e 22 da Aeronáutica.

    As sete modalidades que têm a totalidade dos atletas militares são o boxe, canoagem slalom, hipismo adestramento, maratonas aquáticas, pentatlo moderno, remo e triatlo. Nos saltos ornamentais e vôlei de praia, são 75% de cada uma das duas equipes; no taekwondo, representam 66,6%; na ginástica artística, 57,1%; e no atletismo, 55,7%.

    A terceiro-sargento da Marinha, Beatriz Ferreira, é boxeadora, integra o Programa Atletas de Alto Rendimento e vai competir na categoria até 60 quilos. Ela conta que está concentrada e confiante para as disputas. “A importância da Marinha nesse programa é essencial, é excelente para um atleta de alto rendimento ter esse suporte e poder ter essa ajuda para realizar e ter bons resultados com seu esporte. Espero que só tenha a crescer”, disse Beatriz.

    Programa de Alto Rendimento

    O PAAR do Ministério da Defesa foi criado em 2008 com o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. Atualmente, é integrado por 551 militares atletas em 30 modalidades. Desse total, 92 embarcaram para Tóquio. O programa surgiu em parceria com o então Ministério do Esporte, hoje, Ministério da Cidadania.

    Para participar, é necessário alistamento por meio de edital público. O processo seletivo tem etapas com avaliação curricular, entrevista, inspeção de saúde e exame físico. São levados em conta os resultados dos atletas em competições nacionais e internacionais. Os aprovados ingressam em uma das Forças Armadas.

    Os atletas militares contam com os benefícios da carreira militar como soldo, assistência médica, acompanhamento nutricional e de fisioterapeuta. Além de estruturas esportivas adequadas para treinamento em organizações militares. Os atletas do PAAR são elegíveis ao Bolsa Atleta.

    A atleta da Marinha, terceiro-sargento Laís Nunes, está no Japão em busca de uma medalha na modalidade wrestling, luta em que o adversário tem o objetivo de controlar os movimentos do rival, forçando-o a encostar suas costas no chão. Em sua segunda olimpíada, a atleta militar diz que foram cinco anos de trabalho árduo para chegar a esses Jogos Olímpicos. “Minha expectativa é entrar lá e fazer o meu melhor e sei que o meu melhor é um bom resultado”, disse.

    Tóquio 2021

    O Brasil tem o 12ª maior time entre os 206 países participantes dos jogos Olímpicos. São 162 homens e 140 mulheres que competirão em 35 das 50 modalidades olímpicas.

    Os atletas brasileiros contam com nove bases exclusivas equipadas com materiais esportivos, de proteção individual e aparelhos de força. Foram mais de 2000 itens enviados ao Japão, que, somados, ultrapassam 20 mil toneladas.

    Essa edição dos jogos olímpicos tem cinco novas modalidades: beisebol-softbol, karatê, escalada, surfe e skate.

  • Japan House promove lounge esportivo em São Paulo

    Japan House promove lounge esportivo em São Paulo

    Os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, tem início esta semana, após serem cancelados no ano passado por causa da pandemia de covid-19. Para celebrar o maior evento esportivo do mundo, a Japan House São Paulo, localizada na Avenida Paulista, vai promover um lounge esportivo com atividades e conteúdos relacionados aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

    Chamado de Lounge Esportivo: Tokyo 2020, o evento tem início amanhã (20) e fica em cartaz até o dia 12 de setembro. O lounge vai trazer novidades esportivas e informações sobre a organização das competições, incluindo as novas modalidades esportivas, como o surf e o skate, estreantes nos Jogos, além do beisebol e do softbol, que retornam ao calendário olímpico este ano. O evento também vai dar destaque ao karatê, modalidade indicada pelo país anfitrião. Essas modalidades terão um espaço especial, com projeções mapeadas e monitores de TV apresentando os principais movimentos, manobras e golpes, além de conteúdos e informações relevantes para que os visitantes possam conhecer suas histórias, regras e curiosidades.

    “Estamos muito animados com a programação especial que preparamos para promover a cultura, arquitetura e design sob a perspectiva esportiva, além de outros assuntos importantes na sociedade, como a valorização da diversidade, inclusão e sustentabilidade”, disse Eric Klug, presidente da Japan House São Paulo.

    O lounge, que pretende ser um ponto de encontro, foi instalado no térreo da instituição. Os visitantes desse espaço vão ser recebido pelas mascotes Miraitowa (junção das palavras mirai e towa, que significam futuro e eternidade), representantes dos atletas olímpicos, e Someity (resultado da fusão abreviada das palavras japonesas e inglesas, Someiyoshino alusão a uma popular variedade de cerejeira do Japão e aos que possuem um incrível poder mental e força física, e so mighty, tão poderosa), que representa os atletas paralímpicos.

    Nesse espaço, os visitantes vão encontrar, por exemplo, um vídeo contando sobre os mais de 50 símbolos que representam cada esporte. Há também uma área destinada aos esportes paralímpicos, com a exposição de alguns equipamentos utilizados pelos atletas para a prática de modalidades como o goalball e bocha.

    A entrada na Japan House é gratuita, mas precisa ser agendada pela internet. Seguindo os protocolos no Plano SP para Covid, o local deve receber apenas 40% de sua capacidade máxima.

  • Seletiva olímpica credencia mais cinco nadadores para Olimpíada

    Seletiva olímpica credencia mais cinco nadadores para Olimpíada

    A natação brasileira tem mais cinco nomes classificados para a Olimpíada de Tóquio (Japão) na seletiva que é realizada no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira (22), André Calvelo e Pedro Spajari atingiram o índice A (o mais exigente) da Federação Internacional de Natação (Fina) nos 100 metros nado livre masculino, enquanto Marcelo Chierighini se credenciou para a equipe do revezamento 4×100 metros livre.

    Já Beatriz Dizotti e Ana Marcela Cunha se qualificaram para Jogos nos 1.500 metros nado livre feminino, sendo as primeiras mulheres a chegarem lá nesta seletiva. Além delas, Betina Lorscheitter também atingiu o índice A, ficando em terceiro. Pelo regulamento do evento, somente os dois primeiros colocados de cada prova, desde que obtendo a marca exigida pela Fina, classificam-se para Tóquio.

    Spajari concluiu a final dos 100 metros estilo livre em 48s15, seguido por Calvelo (48s31). Ambos se classificaram para Tóquio na prova individual. Breno Correa (que estava qualificado nos 200 metros nado livre e no revezamento 4×200 metros, também nado livre) e Chierighini terminaram em terceiro e quarto lugares, respectivamente, e integrarão a equipe do revezamento ao lado de Spajari e Calvelo.

    Nos 1.500 metros livre, Beatriz nadou para 16min22s7, estabelecendo um novo recorde nacional, e foi a primeira colocada da seletiva, com Ana Marcela logo atrás (16min25s76). Esta última já tem um lugar em Tóquio garantido na maratona aquática, obtido com o quinto lugar na prova de dez quilômetros no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2019, realizado em Gwangju (Coreia do Sul).

    Ana Marcela, porém, deve abrir mão da vaga na piscina e priorizar a disputa no mar, onde é candidata a medalha. Se isso ocorrer, Betina, por ter feito o índice A, é a substituta imediata. Contudo, a ex-recordista dos 1.500 metros livre, Viviane Jungblut, não participou da prova desta quinta por ter contraído o novo coronavírus (covid-19) e disputará outra seletiva em 12 de junho. Ela, portanto, tem que cravar um tempo melhor que o de Betina (16min27s73).

    Ainda nesta quinta, houve a tomada de tempo oficial para o revezamento 4×200 metros livre, que busca uma das quatro vagas disponíveis a países que não se garantiram pelo Mundial de 2019. O quarteto com Aline Rodrigues, Larissa Oliveira, Nathalia Almeida e Gabrielle Roncatto cravou 8min0s92. A Fina anunciará os classificados em junho.

  • Sem jogar, Pia valoriza treinos, mas vê próxima data Fifa como crucial

    Sem jogar, Pia valoriza treinos, mas vê próxima data Fifa como crucial

    Nesta terça-feira (13) atinge-se a significativa marca de cem dias até a Olimpíada de Tóquio (Japão). Ao contrário dos principais rivais na disputa por medalhas, a seleção brasileira de futebol feminino não conseguiu ir a campo no último período liberado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para jogos entre equipes nacionais (a data Fifa), devido a restrições para entrada em países europeus por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

    Por um lado, Pia Sundhage lamentou ver Estados Unidos, Alemanha, França, Suécia, Canadá e Austrália em campo, e o Brasil não. Por outro, a técnica valorizou a oportunidade de trabalhar com jogadoras do país pelos últimos oito dias na Granja Comary, em Teresópolis (RJ). Das 26 atletas convocadas, 24 atuam no futebol brasileiro. As exceções são a zagueira Rafaelle (Changchun, da China) e a meia-atacante Andressa Alves (Roma, da Itália).

    “É muito bom saber que estivemos juntas. Não é fácil [viabilizar], são muitos protocolos a serem seguidos. Claro que é um pouco estressante ver outras seleções jogando, mas nada vem fácil para nós. Procuramos conversar sobre nossas oponentes e trabalhar coisas do nosso modelo de jogo. Elencamos prioridades. Treinamos muito as jogadas de bola parada e somos boas nisso. Fizemos muitos contra-ataques também”, disse Pia em entrevista coletiva por videoconferência.

    “Teremos somente 18 jogadoras na Olimpíada, então precisamos tirar o melhor delas. Peguemos a Bia Zaneratto [atacante do Palmeiras]. Ela é canhota e costumamos vê-la na frente o tempo todo. Para integrar o time, ela tem de enraizar novas funções. Testamos como meia pelos lados, esquerda e direita. Outro exemplo é a [Giovana] Crivelari [do Corinthians], que não atuou como atacante, mas como lateral. Gostei do que vi”, completou a treinadora.

    A técnica sueca sabe como poucos o que é uma Olimpíada. Em 1996 (Atlanta, nos Estados Unidos) representou a seleção do país natal como jogadora. Em 2008 (Pequim, na China) e 2012 (Londres, no Reino Unido) comandou a equipe norte-americana ao bicampeonato olímpico. Já em 2016 foi medalhista de prata como técnica da Suécia. Mesmo assim, o cenário pandêmico tem obrigado a treinadora a se adaptar a uma experiência inédita antes dos jogos.

    “Na Suécia, tentamos prever o que pode acontecer ao menos dois anos antes. Nos Estados Unidos, temos muitos dias [com a seleção reunida]. Aqui, tivemos que mudar os planos por causa da covid-19 e também não temos tantos dias, só as datas Fifa. Dito isso, agradeço termos aqueles treinos de janeiro [na cidade gaúcha de Viamão], fora da dataaFifa. Temos pouco tempo, mas a equipe tem algo especial e pode ser coesa se enfatizarmos as prioridades”, comentou.

    Em 2021, a seleção de Pia atuou na primeira data Fifa, em fevereiro, na disputa do She Believes, torneio amistoso em Orlando (Estados Unidos). Foram três partidas, com vitórias sobre Argentina (4 a 1) e Canadá (2 a 0), e derrota para os Estados Unidos (0 a 2). O próximo período voltado a partidas entre equipes nacionais, em junho, será o último antes da Olimpíada.

    “Acho que esse próximo passo é crucial. Não só pelas jogadoras, mas eu também preciso vivenciar o jogo. Ouvir o hino, escutar meus auxiliares, apresentar vídeos, pensar como mudar o jogo após o intervalo. Se fizermos um bom trabalho, estarei mais relaxada. É difícil, mas sempre há um jeito”, concluiu Pia.

    Casos positivos

    A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou que três jogadoras e dois integrantes da comissão técnica testaram positivo para covid-19. Segundo nota oficial da entidade, os infectados estão com “sintomas leves”, foram isolados e ficarão na Granja Comary sob cuidados do departamento médico da seleção até completarem os dez dias de quarentena previstos em protocolo.

    Apesar de os nomes não terem sido divulgados, a Agência Brasil confirmou com a assessoria de imprensa do Napoli-SC que a goleira Nicole é uma das atletas que testaram positivo. A jogadora será desfalque da equipe de Caçador (SC) na estreia pela Série A1 (primeira divisão) do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, contra o Corinthians, neste sábado (17), às 19h (horário de Brasília), no Parque São Jorge, em São Paulo.

  • Natação: Bruno Fratus alcança índice olímpico nos 50 metros livre

    Natação: Bruno Fratus alcança índice olímpico nos 50 metros livre

    Nadando nos Estados Unidos, o brasileiro Bruno Fratus, de 31 anos, atingiu o índice olímpico na prova dos 50 metros estilo livre, ao vencer a etapa de Mission Viejo, na Califórnia, do circuito TYR Pro Swim Series, com o tempo de 21s80. A marca estabelecida pela Fina (Federação Internacional de Esportes Aquáticos) era de 22s01.

    Fratus ainda não tem vaga garantida nos Jogos Olímpicos de Tóquio, pois a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) confirmará os brasileiros classificados a partir da seletiva que acontecerá entre os dias 19 e 24 de abril, no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Estarão garantidos o campeão e o vice de cada prova, desde que alcancem o chamado índice A estabelecido pela Fina. No caso dos 50 metros estilo livre, a marca é justamente a que Fratus superou neste sábado. Para ficar de fora da Olimpíada, o tempo de Fratus deverá ser batido por outros dois atletas brasileiros na final A.

    O brasileiro obteve autorização do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para buscar o índice nas competições do circuito americano, já que mora e compete nos Estados Unidos. Na sexta-feira, Fratus já havia superado a marca necessária na semifinal do evento, registrando 21s73. Porém, para validar a marca, ele deveria alcançá-la na final. No sábado, Fratus deixou para trás ninguém menos que Caeleb Dressel, um dos principais nomes da natação mundial e detentor do recorde mundial dos 50 metros estilo livre em piscina curta, com 20s16 (a competição foi disputada em piscina longa, onde o recorde é do brasileiro César Cielo, com 20s91). Dressel terminou em segundo, com o tempo de 21s83.

    O Brasil já tinha vaga assegurada na natação nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas apenas nos revezamentos masculinos das provas 4×100 metros estilo livre, 4×200 metros estilo livre e 4×100 metros medley.

  • Após ranking histórico, Luisa Stefani sonha com vaga na Olimpíada

    Após ranking histórico, Luisa Stefani sonha com vaga na Olimpíada

    Atingir o 26º lugar do ranking de duplas da Associação de Tênis Feminino (WTA, na sigla em inglês) colocou Luisa Stefani na história do tênis brasileiro. Trata-se da melhor colocação de uma atleta do país desde que a lista foi criada, em novembro de 1975. A paulistana de 23 anos superou ninguém menos que a lenda Maria Esther Bueno, dona de 19 títulos de Grand Slam (simples e duplas) e que ocupou a 29ª posição em dezembro de 1976. No auge de Maria Esther, nos anos 1950 e 1960, ainda não havia um ranking com atualizações semanais.

    “Com certeza, o retorno [sobre o feito] tem sido grande nesses dias, mas estou muito longe de superar a Maria Esther. Obviamente, é um momento especial, fruto de muito trabalho. Nos últimos meses, tenho visto melhora no meu jogo, dentro e fora de quadra. A gente fica tão envolvida com a rotina, jogo a jogo, treino a treino, que só quando tem uma pausa é que dá para sentir a dimensão, o carinho e a importância para o tênis brasileiro e feminino, principalmente”, conta a tenista, em entrevista à Agência Brasil.

    A marca foi alcançada após o vice-campeonato no WTA 1000 de Miami (Estados Unidos), no último sábado (3), ao lado da norte-americana Hayley Carter, 27ª do mundo nas duplas e parceira da brasileira desde outubro de 2019. Se viesse o título, a paulistana teria iniciado a semana na 23ª posição do ranking. Na atual temporada, elas também foram finalistas nos WTA 500 de Abu Dhabi (Emirados Árabes) e Adelaide (Austrália).

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    E Luisa pode ir além. Se chegar ao Top 10 do ranking de duplas até 7 de junho, garante vaga na Olimpíada de Tóquio (Japão) e, de quebra, leva com ela uma brasileira que esteja entre as 300 do mundo na WTA para formar uma das 32 parcerias do torneio feminino. O Brasil tem, hoje, quatro tenistas na condição: Laura Pigossi (171ª), Carol Meligeni (249ª), Gabriela Cé (254ª) e Paula Gonçalves (289ª). Nos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru), em 2019, Luisa e Carol foram medalhistas de prata.

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    A vaga olímpica também colocaria a paulistana na chave de duplas mistas, possivelmente para atuar com Bruno Soares, número quatro do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). Eles jogaram juntos no Aberto da Austrália deste ano e caíram nas oitavas de final.

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    “Para esse ano, com certeza, a meta que tenho quase todo dia em mente é chegar à Olimpíada. Sempre foi um sonho. [Classificar] não é algo que possa controlar totalmente, mas é do que lembro ao fazer minha rotina no dia a dia, trabalhar duro. É uma das minhas maiores metas, além de conquistar um Grand Slam e ser número um do mundo”, afirma Luisa.

    Outro objetivo, segundo ela, é incentivar a nova geração do tênis brasileiro, da mesma forma que, há seis anos, Teliana Pereira a motivou. Aposentada desde setembro do ano passado, aos 32 anos, Teliana esteve entre as cem melhores do mundo entre 2013 e 2016. Em 2015, a paranaense venceu o WTA 250 de Bogotá (Colômbia), sendo a primeira jogadora do país a vencer um torneio nível WTA após 27 anos. Naquele mesmo ano, em outubro, ela atingiu o 43º lugar do ranking mundial em simples.

    “Foi muito legal vê-la despontar no Top 100, ganhar WTA, aparecer mais na TV, podendo assisti-la mais vezes na TV. Fiquei feliz por ela, mesmo sem conhecê-la na época, ainda mais depois que a conheci. Ela mostrou que a gente podia chegar lá”, recorda Luisa.

    “É bem gratificante ver as crianças, as meninas mesmo, falando que querem jogar assim, jogar mais duplas, chegar onde você está chegando. É uma das partes mais especiais [da carreira]. Ainda mais no Brasil, onde a gente ainda está meio carente [no tênis feminino principalmente] de mais jogadores. Poder servir de referência, motivar meninas e meninos a chegarem a esse nível no esporte, é incrível. Quero continuar”, completa.

    O próximo compromisso de Luisa será justamente representando o Brasil. Ela foi uma das convocadas pela capitã Roberta Burzagli para o confronto contra a Polônia, pela repescagem da Billie Jean King Cup, torneio de seleções equivalente à Copa do Mundo no tênis feminino. As partidas serão na cidade de Bytom (Polônia), em quadra rápida, entre os dias 16 e 17 deste mês. As brasileiras têm de vencer o duelo para manter o país entre os 16 integrantes do Grupo Mundial. Gabriela Cé, Carol Meligeni e Laura Pigossi também foram chamadas.

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    “Eu amo participar de competições por equipes, principalmente pelo Brasil. Adoro a energia, ter a equipe próxima, ainda mais com a meninas e o time que formamos. Joguei tênis universitário [nos Estados Unidos], então [a Billie Jean King Cup] me lembra muito. É uma das minhas semanas preferidas no ano”, diz a brasileira, que terá alguns dias de descanso em Tampa, cidade norte-americana onde mora, antes da viagem para Bytom.

    “O desgaste [da sequência de competições] é grande, mentalmente e fisicamente. Ir de bolha em bolha, tem a preocupação do novo coronavírus [covid-19], aumenta um pouco a tensão dos torneios. Então, com certeza, nos próximos dias, estar em casa, dar uma refrescada na cabeça e ajustar coisas no jogo que preciso melhorar, mas também dar uma acalmada, será superpositivo antes da Billie Jean King Cup. Depois, aproveitar a Billie Jean com a energia do time. É a parte principal, onde cresço e que dá gás para o resto do ano”, conclui.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Rosane Santos pensa em Tóquio e projeta também aposentadoria

    Rosane Santos pensa em Tóquio e projeta também aposentadoria

    Dona do histórico quinto lugar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, na categoria até 53kg do halterofilismo, a carioca Rosane Santos, de 33 anos, está na reta final de preparação para o Open Adulto. Qualificatório para os Jogos de Tóquio, o evento vai ocorrer entre os dias 12 e 16 de março, em Cali, na Colômbia. “A classificação para Tóquio leva em conta o recorde mundial, que é 227kg, da chinesa Liao Qiuyun. Em 2019, ela fez 102kg no arranco e 125kg no arremesso. Minha meta principal é chegar nos 93kg no arranco e nos 110kg no arremesso. Acredito que com essa marca eu estarei entre as oito primeiras do ranking mundial e ficarei com a vaga”, disse a atleta.

    Outro torneio que vale para o índice será o Campeonato Pan-Americano Adulto, previsto para acontecer entre 18 e 25 de abril, em Santo Domingo, na República Dominicana. Outros torneios internacionais também estão marcados no calendário. Em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), que segue monitorada pela Federação Internacional da modalidade (IWF, sigla em inglês) e Confederação Brasileira de Levantamento de Peso (CBLP), as datas poderão sofrer modificações e, até mesmo, ocorrerem novos cancelamentos.

    Os meses do auge da pandemia da covid-19 foram de muita ansiedade para a atleta. Mas, no meio de tantas indefinições, ela buscou forças para seguir treinando e deu andamento também ao projeto de aposentadoria, a inauguração de um centro de treinamento da modalidade. O espaço deve ser inaugurado no final de fevereiro no bairro do Butantã, em São Paulo. “No meio do ano, tive crises de ansiedade. Me tratei e comecei a fazer cursos online na minha área (ela cursa o quinto período da faculdade de Fisioterapia, em São Paulo). Isso me ajudou bastante até voltar aos treinamentos. Em relação ao espaço do Butantã, por ser um local pequeno, quero começar com levantamento de peso. Depois, vou incluir outras modalidades. Quero oferecer aulas para jovens carentes da região”, comentou Rosane, que tem mais de 17 anos de dedicação ao levantamento de peso.

    Jogos Olímpicos de Tóquio

    O programa da Olimpíada prevê a classificação dos oito melhores do ranking. Além deles, outros cinco vagas serão destinadas aos melhores de cada continente que ainda não tenham garantido a classificação através de outros critérios. Serão 14 categorias em disputas, sete em cada naipe. De acordo com as alterações feitas recentemente pela IWF, as divisões de peso entre os homens são: 61kg, 67kg, 73kg, 81kg, 96kg, 109kg e acima de 109kg. As mulheres serão divididas entre as categorias 49kg, 55kg, 59kg, 64kg, 76kg, 87kg e acima de 87kg.

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  • Mesatenista Carol Kumahara viaja para Europa com seleção

    Mesatenista Carol Kumahara viaja para Europa com seleção

     

    Nesta sexta-feira (21), a mesatenista Caroline Kumahara viaja para a Europa com a seleção brasileira feminina da modalidade. O primeiro compromisso da atleta no continente será o período de treinamentos na Missão Europa, parceria do Comitê Olímpico do Brasil (COB) com a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).

    Ao lado de Jéssica Yamada, Giulia Takahashi, Laura Watanabe e Bruna Takahashi, ela treinará no Centro de Alto Rendimento da Vila Nova de Gaia, localizado na Região Metropolitana do Porto, e pertencente ao Sporting.

    Mas a programação de Caroline será um pouco diferente da de outros atletas brasileiros. Ela permanece em Portugal até o dia 6, retorna ao Brasil e dá entrada no pedido de visto de trabalho na Espanha. Isto tudo por um motivo especial. Em outubro ela deve se apresentar ao Linares, clube da Andaluzia, para a primeira experiência fora do país.

    “Será uma oportunidade gigante para mim. Estar na Europa, jogar uma liga. Tudo isso vai me dar mais tempo para pensar no tênis de mesa. Estarei focada e em ritmo de jogo constante”, diz Carol, atualmente com 25 anos.

    Os últimos dias foram de grande expectativa para a paulista, que ocupa a posição 145 do ranking mundial. Depois de cinco meses de isolamento forçado em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), que preocuparam demais a atleta, ela testou negativo para o vírus e confirmou o lugar na viagem para o tão aguardo retorno aos treinamentos. “Nunca fiquei um período tão longo afastada das mesas. Um pouquinho de medo de como voltar, mas estou muito feliz com essa oportunidade. É um privilégio muito grande ir para lá”, finaliza.

    Edição: Fábio Lisboa