Tag: jogos olímpicos

  • Olimpíadas 2028: em Los Angeles, competição terá novas modalidades e maioria feminina

    Olimpíadas 2028: em Los Angeles, competição terá novas modalidades e maioria feminina

    O programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 foi anunciado nesta quarta-feira, 9 de abril, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), com mudanças significativas. A igualdade de gênero foi fundamental na decisão sobre vagas dos atletas e número de modalidades.

    Ao todo, serão 351 eventos valendo medalha, 22 a mais que Paris 2024. Los Angeles incluiu cinco novas modalidades esportivas: beisebol/softbol, críquete, flag football, lacrosse e squash. No total, com os novos esportes, o número de atletas passa para 11.198, sendo 5.655 vagas femininas (50,5%) e 5.543 masculinas (49,5%).

    Seis provas mistas também passam a integrar o programa olímpico: tiro com arco, revezamento 4x100m misto do atletismo, golfe, ginástica, remo e tênis de mesa. No total, serão 161 eventos femininos, 165 masculinos e 25 mistos.

    De acordo com o ministério do Esporte, o anúncio representa um avanço significativo no esporte de alto rendimento, especialmente em relação à igualdade de gênero. “É um marco histórico para o movimento olímpico e um sinal claro de que estamos no caminho certo ao investir na formação e valorização das mulheres no esporte”, afirmou a secretária de Excelência Esportiva, Iziane Marques.

    Outra mudança histórica será a igualdade total no número de seleções masculinas e femininas nos esportes coletivos. E, no futebol, um marco: o torneio feminino terá mais seleções que o masculino: serão 16 contra 12. Em Paris 2024, era o contrário.

    Confira as principais mudanças:

    Natação: as provas de 50m costas, borboleta e peito foram adicionadas nos dois gêneros.

    Tiro com arco: a prova mista do composto foi adicionada.

    Tiro esportivo: a prova mista de skeet sai do programa para a entrada da fossa Olímpica (trap) mista.

    Atletismo: a prova de revezamento 4x100m misto foi adicionada. A marcha atlética terá somente o evento de meia-maratona (21,0975 km), para os dois gêneros. Não haverá prova mista.

    Basquete 3×3: em LA28, serão 12 equipes por gênero, quatro a mais do que em Paris.

    Boxe: nova distribuição de categorias, com a adição do +80kg feminino:

    Masculino: 55kg, 60kg, 65kg, 70kg, 80kg, 90kg, +90kg

    Feminino: 51kg, 54kg, 57kg, 60kg, 65kg, 70kg, +80kg

    Futebol: serão 16 equipes femininas e 12 equipes masculinas, o inverso de Paris 2024.

    Golfe: foi adicionado um evento misto por equipes.

    Ginástica artística: foi adicionado um evento misto por equipes.

    Remo: foi adicionado o remo costal, com os eventos individuais feminino e masculino e o double sculls misto, e o skiff duplo peso leve sai do programa.

    Escalada: o evento combinado de Boulder e Lead foi dividido em duas provas diferentes para LA28.

    Tênis de mesa: foi adicionado um evento misto por equipes e duplas masculinas e femininas. Saem do programa os eventos por equipes masculino e feminino.

    Polo aquático: o torneio feminino terá 12 equipes em vez de 10, igualando a quantidade de equipes masculinas.

    Esportes adicionais: os esportes coletivos críquete, flag football, beisebol/softbol e lacrosse terão seis equipes por gênero. O squash terá simples masculino e feminino.

  • Futebol feminino com 16 times é uma das novidades de Los Angeles 2028

    Futebol feminino com 16 times é uma das novidades de Los Angeles 2028

    O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou novidades no programa de eventos e vagas de atletas na Olimpíada de Los Angeles 2028, após aprovação nesta quarta-feira (9) no conselho executivo da entidade. A atenção à igualdade de gênero norteou a decisão do total de vagas aos atletas (homens e mulheres) e o número de provas em cada modalidade. Entre as inovações nos esportes coletivos, está o aumento de 12 para 16 seleções na disputa do futebol feminino (Sub 23), enquanto no masculino o total de times foi reduzido de 16 para 12 equipes. Os Jogos., programados para o período de 14 a 30 de julho de 2028, terão cinco novas modalidades em Los Angeles:  beisebol, críquete, flag football, lacrosse, softbol e squash.

    “Temos visto a competitividade do jogo feminino, não apenas no nível de elite, mas também para a qualificação às Copas do Mundo femininas e torneios olímpicos femininos. Vemos algumas das equipes que não chegaram a Paris no torneio olímpico. Portanto, é extremamente competitivo, com um crescimento incrível em popularidade. Vemos as multidões assistindo, a cobertura da mídia e os números de transmissão em todo o mundo. Portanto, não há lugar melhor para fazermos essa mudança do que nos EUA. E realmente simboliza, eu acho, o progresso no esporte feminino em todo o mundo e algo para se estar realmente animado”, pontuou Kit McConnell, diretor de esportes do COI, durante entrevista coletiva.

    No polo aquático, a competição feminina será acrescida de duas equipes, totalizado 12 times – mesma quantidade que já existe no masculino.

    Também foram incluídas novas provas em competições de várias modalidades. Na natação, haverá disputas olímpicas de 50 metros em todos os estilos (livre, costas, peito e borboleta). Antes, até os Jogos de Paris 2024, o programa previa somente os 50m livre.

    No atletismo, a marcha atlética mista por equipes foi retirada do programa de Los Angeles 2028, que terá apenas as disputas individuais. Além dos tradionais revezamentos em cada gênero (feminino e masculino), a edição de Los Angeles terá a nova prova de revezamento misto.

    O programa olímpico LA28 traz uma nova prova: o remo costal, que será disputado nos dois gêneros, e também no double sculls misto (skiff duplo).  Tanto o remo, quanto a ginástica artística, o golfe e o tênis de mesa ganharam novas disputas por equipes mistas.

    Ainda no tênis de mesa, após um hiato de 24 anos, a competição em Los Angeles terá a volta das duplas masculinas e femininas. No entanto, não ocorrerá disputas por equipes tanto no feminino, quanto no masculino.

    Outra novidade é o acréscimo de times no basquete 3×3, que subirá de oito para 12 equipes em cada gênero em Los Angeles 2028.

    Com as mudanças apresentadas pelo COI nesta quarta (9), está prevista a participação inicial de 10.500 atletas (5.333 mulheres e 5.167 homens). Dos 351 eventos programados, 161 serão do gênero feminino e 165 do masculino, além de  25 eventos mistos.

  • Rebeca Andrade é indicada ao Oscar do Esporte

    Rebeca Andrade é indicada ao Oscar do Esporte

    Horas após o Brasil fazer história no Oscar, com a conquista de uma estatueta pelo filme Ainda Estou Aqui, do diretor Walter Salles, na categoria de melhor filme internacional, a ginasta Rebeca Andrade foi indicada para concorrer a outro Oscar, o do esporte, o Prêmio Laureus.

    Na manhã desta segunda-feira (3), os organizadores do prêmio mais prestigioso do esporte anunciaram os concorrentes da edição 2025 da premiação, na qual a campeã olímpica brasileira de 25 anos de idade foi indicada à categoria de Retorno do Ano.

    “Com um histórico de lesões no ligamento cruzado anterior, [Rebeca] Andrade sofreu vários contratempos em sua carreira, forçando-a a pensar desistir da ginástica. A brilhante brasileira havia conquistado uma medalha de ouro e prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021, mas mal competiu em 2024 e havia preocupações se ela chegaria a Paris [Jogos Olímpicos]. No entanto, sua resiliência e determinação valeram a pena e ela ganhou ouro no solo, prata no individual geral e salto, e bronze no evento por equipes. Tendo conquistado um total de seis medalhas olímpicas e nove no Campeonato Mundial, ela é a ginasta brasileira e latino-americana mais condecorada de todas”, afirmam os organizadores do Prêmio Laureus.

    Ela disputará o prêmio com o nadador norte-americano Caeleb Dressel, com a esquiadora suíça Lara Gut-Behrami, com o piloto de MotoGP espanhol Marc Márquez, com o jogador de críquete indiano Rishabh Pant e a nadadora australiana Ariarne Titmus.

    Os vencedores da edição 2025 do Prêmio Laureus serão anunciados no dia 21 de abril durante uma cerimônia que será realizada em Madri (Espanha). Os vencedores serão escolhidos por 69 lendas esportivas que fazem parte da Academia de Esportes Laureus World.

  • Bárbara e Carol conquistam etapa Elite 16 do Circuito Mundial

    Bárbara e Carol conquistam etapa Elite 16 do Circuito Mundial

    A dupla brasileira formada por Bárbara Seixas e Carol Solberg conquistou o título da etapa Elite 16 do Circuito Mundial de vôlei de praia, neste domingo (10) na Praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. A conquista foi o último ato da parceria, que já havia anunciado, de forma antecipada, o fim da equipe.

    O último título de Bárbara e Carol foi conquistado sobre as norte-americanas Terese Cannon e Megan Kraft. As brasileiras venceram o confronto por 2 sets a 0 (parciais de 21/17 e 21/18).

    Bárbara Seixas e Carol Solberg atuaram juntas durantes os últimos três anos, representando o Brasil em eventos como os Jogos Olímpicos de Paris (França), competição na qual alcançaram as oitavas de final.

    Desde o início da parceria, em 2020, Bárbara e Carol comemoram várias conquistas, como a edição 2021 do Circuito Brasileiro da modalidade. Em 2023 elas faturaram a prata na etapa Elite 16 em João Pessoa (PB), enquanto na atual temporada do Circuito Mundial garantiram o título da etapa de Doha (Catar) e o bronze na etapa de Tepic (México).

    Também neste domingo na competição disputada no Rio de Janeiro, a medalha de bronze ficou com outra equipe do Brasil, Thâmela e Vic, que derrotaram as alemãs Ittlinger e Van De Velde por 2 sets a 0 (parciais de 21/19 e 21/16).

  • Mato Grosso em Paris: Atletas na corrida por medalha olímpica

    Mato Grosso em Paris: Atletas na corrida por medalha olímpica

    Na última semana dos Jogos Olímpicos de Paris, quatro atletas mato-grossenses ainda têm a oportunidade de conquistar medalhas de ouro para o Brasil. Uma das estreantes é a jovem Lissandra Campos, de 22 anos, que competirá no salto em distância nesta terça-feira (06/08), às 4h15 (horário de MT). Lissandra é beneficiária do programa de bolsas Olimpus MT.

    Originária de Nossa Senhora do Livramento (a 38 km de Cuiabá), Lissandra está ansiosa e cheia de expectativas para sua primeira participação nas Olimpíadas. “Estou muito feliz de estar aqui, representando meu estado e uma nação. Espero dar o meu melhor amanhã e conto com a torcida de todos. Estarei ali dando o meu máximo”, afirma a atleta.

    Outra atleta que entra em campo nesta terça-feira é a meio-campista da seleção brasileira de futebol feminino, Ana Vitória, de Rondonópolis (215 km de Cuiabá). Ana iniciou sua carreira no Mixto e atualmente joga pelo Atlético de Madrid, na Espanha. Após derrotar a França nas quartas de final, Ana Vitória e a Seleção Brasileira enfrentam a Espanha, atual campeã mundial, às 15h (MT).

    Almir Jr., natural de Matupá (a 693 km de Cuiabá) e criado em Peixoto de Azevedo, competirá no salto triplo nesta quarta-feira (07/08), às 13h15 (MT). Almir tem um histórico positivo, sendo duas vezes finalista em campeonatos mundiais e medalhista de prata no Campeonato Mundial Indoor de 2022 e nos Jogos Pan-Americanos de 2023.

    Caroline Santos, conhecida como “Juma” e natural de Água Boa (a 626 km de Cuiabá), também representa Mato Grosso nas Olimpíadas. Ela competirá no taekwondo na próxima sexta-feira (09/08), às 4h36. Caroline é medalhista de prata (-62 kg) nos Campeonatos Mundiais de 2019 e 2023.

    Premiação para Atletas de MT

    Os atletas de Mato Grosso têm a chance de serem contemplados com o Prêmio Olímpico da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), que concede prêmios de R$ 30 mil a R$ 100 mil para os atletas que se destacam nas Olimpíadas e Paralimpíadas. Para concorrer, o atleta deve ser natural de Mato Grosso e ter atuado no estado por no mínimo dois anos. Alternativamente, deve ter representado Mato Grosso por pelo menos quatro anos ou estar representando o estado no momento da convocação olímpica. Os convocados e medalhistas têm até 24 de setembro para enviar o formulário de requerimento e os documentos comprobatórios à Secel.

  • Gabriel Medina garante bronze para o Brasil no surfe masculino

    Gabriel Medina garante bronze para o Brasil no surfe masculino

    O brasileiro Gabriel Medina conquistou a medalha de bronze do torneio masculino de surfe dos Jogos Olímpicos de Paris (França) após derrotar o peruano Alonso Correa por 15,54 a 12,43, nesta segunda-feira (5) em Teahupoo (Taiti), na disputa pelo terceiro lugar.

    Para conseguir o triunfo o tricampeão mundial teve força mental para se recuperar de uma frustrante performance na semifinal da competição, na qual foi derrotado pelo australiano Jack Robinson por 12,33 a 6,33 em uma disputa na qual acabou surfando apenas uma vez na bateria, sendo muito prejudicado pelas condições ruins do mar de Teahupoo e pela aposta em manter a prioridade para pegar uma boa onda.

    Diante de Alonso Correa, Medina mudou completamente a sua estratégia, e, mesmo em um mar pequeno, mostrou toda a sua qualidade técnica para empilhar boas manobras para somar duas notas 7,77 para superar o peruano.

    “Fico feliz com a medalha. Eu treinei bastante esse ano para isso. Claro que o foco estava na medalha de ouro, mas sou medalhista olímpico. Fico feliz pelo meu trabalho. Eu sinto que eu merecia muito essa medalha. Sou apaixonado pelo meu país, então fico feliz de ter representado ele muito bem”, declarou Medina sobre a conquista do bronze.

    O surfista de São Sebastião também comentou a falta de onda na semifinal, condição que o prejudicou demais: “Faz parte. Temos que saber lidar com o mar. Infelizmente a minha primeira bateria foi de poucas ondas. Mas faz parte do esporte. Fico feliz por ter dado o meu melhor. E isso é o que importa, independente do resultado. Começou de forma triste, mas terminou de forma feliz”.

    Edição: Fábio Lisboa

    — news —

  • Mesa-tenista Bruna Alexandre faz história nos Jogos de Paris

    Mesa-tenista Bruna Alexandre faz história nos Jogos de Paris

    A mesa-tenista Bruna Alexandre fez história nesta segunda-feira (5), pois se tornou a primeira brasileira a disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Ao lado de Giulia Takahashi, a catarinense de 29 anos de idade disputou o torneio por equipes de tênis de mesa na Arena Paris Sud 4, onde também jogou na chave de simples.

    Nas duplas, Bruna e Giulia foram superadas por uma equipe da Coreia do Sul por 3 sets a 0 (6/11, 5/11, 8/11). Já no individual a catarinense caiu por 3 a 0 (8/11, 5/11, 6/11) diante da sul-coreana Eunhye Lee.

    “Foi uma noite muito especial. Vou lembrar disso todos os dias, é realmente inesquecível. Olha essa atmosfera, vou gravar um vídeo e ficar vendo sempre. Quero agradecer a todos os franceses pela torcida aqui para mim”, declarou Bruna.

    A primeira atleta a disputar Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

    Com o feito desta segunda Bruna repete o feito de outras duas atletas: a polonesa Natalia Partyka, que esteve nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Pequim (2008), e a australiana Melissa Tapper, que esteve nos jogos do Rio (2016), de Tóquio (2020) e de Paris (2024).

    “Acho que é muito importante não só pensar no esporte, mas também na inclusão, no meu país e no mundo também, mostrando que tudo é possível, independentemente se você tem só um braço ou só uma perna”, declarou a catarinense, que tem quatro medalhas paralímpicas no currículo: dois bronzes nos Jogos do Rio e uma prata e um bronze em Tóquio.

    “Agora eu tenho o sonho de conquistar a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos. Tem muita diferença técnica do Olímpico para o Paralímpico e estar aqui vai me ajudar muito para o Paralímpico. Eu aprendi muito aqui e vou usar isso”, concluiu.

    Edição: Fábio Lisboa

    — news —

  • Rebeca Andrade é a maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos

    Rebeca Andrade é a maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos

    Entre os meros mortais, Rebeca Andrade é a ginasta mais completa do mundo. O bicampeonato de Simone Biles no individual geral se torna um detalhe para os brasileiros diante de mais uma prata incontestável do nosso fenômeno. Com 57.932 pontos e apresentações que levantaram a Arena Bercy, Rebeca conquistou seu segundo pódio em Paris 2024 e, de quebra, tornou-se a mulher brasileira com mais medalhas em Jogos Olímpicos.

    Esta é quarta em duas edições do evento, ultrapassando Fofão, do vôlei, e Mayra Aguiar, do judô, com três cada. Na capital francesa, a paulista liderou tecnicamente o grupo que conquistou o inédito bronze na disputa por equipes no feminino. Em Tóquio 2020 foi prata no individual geral e campeã olímpica no salto.

    Pela primeira vez em uma final olímpica do individual geral, Flavia Saraiva encantou o público com atuação sólida na trave e o Cancã no solo e fechou sua participação em Paris em 9º lugar com 52.032 pontos.

    Até o momento, o Time Brasil tem seis medalhas no quadro geral. Também nesta quinta-feira Caio Bonfim foi prata na marcha atlética de 20km, mesma cor da medalha de William Lima, do judô. São três bronzes até o momento: com a equipe feminina da ginástica artística, Larissa Pimenta, do judô, e Rayssa Leal, do skate.

    E o número de Rebeca ainda pode aumentar, já que a ginasta ainda disputa três finais de aparelhos: salto, trave e solo.

    Seguindo a ordem olímpica, as melhores da classificatória se apresentaram primeiro no salto, depois nas barras assimétricas, na trave e encerrariam no solo. No primeiro grupo, Rebeca se apresentaria em todos os aparelhos, exceto a trave, antes de Biles. No salto, um início espetacular, cravando a chegada com um Cheng: 15.100. Biles, apesar do desequilíbrio na chegada, teve uma nota de dificuldade altíssima e liderou: 15.766.

    Flavinha iniciou sua trajetória nas assimétricas, aparelho no qual tomou um susto no aquecimento da competição por equipes. Mais uma vez, assim como na conquista da medalha na última terça-feira, foi segura em sua apresentação e praticamente cravou a saída, recebendo 13.900.

    Nas assimétricas, Rebeca assumiu a liderança e ficou à frente da americana por 0.267. Tirou 14.666 em uma prova limpa, enquanto Biles teve um grave desequilíbrio na troca da barra maior para a menor e recebeu 13.733. No somatório, 29.766 para a brasileira contra 29.299 da americana. Entre elas, na classificação parcial, ficou a argelina Kailya Nemour, especialista no aparelho e dona da maior nota dele na noite, um 15.533 de respeito.

    Na segunda rotação, Flavinha estava na trave, a aparelho em que foi duas vezes finalista olímpica, na Rio 2016 e em Tóquio 2020. A brasileira não decepcionou. Mostrou segurança da entrada à saída e saiu radiante com o próprio desempenho, pelo qual recebeu nota 14.266, suficiente para levá-la à sétima posição geral. A comissão técnica do Brasil ainda recorreu para tentar um aumento, mas o pedido foi negado.

    A terceira rotação levou o grupo líder das classificatórias à trave, com Biles abrindo a sequência. A americana teve dois desequilíbrios, mas nada que comprometesse uma série excelente. Os 14.566 no telão levaram até Rebeca a se juntar à multidão e aplaudir. A brasileira foi apenas a última a subir no aparelho. Teve um pequeno desequilíbrio e tirou 14.133, nota que a deixava na segunda colocação, atrás de Biles.

    No solo, Flavinha encantou com seu Cancã, mas infelizmente escorregou na segunda passada e caiu. O lamento do público foi audível. Nossa pequena gigante concluiu a série com dignidade e o carisma habituais e agradeceu pelos aplausos e o apoio. Levou 12.133 dos jurados e terminou a rodada em 11º lugar. Terceira a saltar na última rotação, Flavinha tirou 13.633 e, com 52.032 no total, encerrou a competição em um excelente 9º lugar.

    Flavia Saraiva. Foto Luiza Moraes COBFlavia Saraiva. Foto Luiza Moraes COB

    A medalha estava ao alcance de Rebeca na última rotação, em que o grupo passaria pelo solo. A americana Sunisa Lee, campeã olímpica do individual geral em Tóquio, fez uma grande apresentação e recebeu 13.666, que a levaram momentaneamente à liderança e garantiram no mínimo o bronze, já que faltavam apenas Rebeca e Biles a se apresentarem

    Rebeca teve o nome gritado pelo público antes de começar. Foi segura em todas as passadas, tendo apenas um desconto por pisar fora na primeira delas. Recebeu 14.033 e ultrapassou Sunisa com 57.932, garantindo ao memos a prata.

    Simone, última a se apresentar, provou mais uma vez que não faz parte do hall dos mortais. Tirou 15.066 e sagrou-se bicampeã olímpica. Nada que ofuscasse o brilho da nossa Rebeca, maior nome da história da ginasta artística brasileira, agora também a maior medalhista mulher do país em Jogos Olímpicos em todos os tempos.

    — news —

  • Paris marca o início e o final de trajetórias olímpicas de brasileiros

    Paris marca o início e o final de trajetórias olímpicas de brasileiros

    Os Jogos Olímpicos são um dos principais palcos do esporte mundial. No megaevento esportivo o público tem a oportunidade de acompanhar histórias de glórias e conquistas, e na capital francesa não será diferente. E para alguns atletas brasileiros Paris terá um significado ainda mais especial, pois marcará o fim ou o início de suas trajetórias olímpicas.

    Adeus de Marta

    No quesito despedidas, uma das que mais chama a atenção da torcida brasileira é a da Rainha Marta. Aos 38 anos de idade, a alagoana, que já foi escolhida em seis oportunidades como a melhor jogadora do mundo, tenta ajudar o Brasil a conquistar o inédito ouro olímpico no futebol feminino.

    Em Paris Marta terá não apenas a oportunidade de escrever o capítulo mais bonito de sua vitoriosa carreira (após ficar com a prata olímpica em 2004 e em 2008), mas pode assumir a liderança da artilharia histórica da modalidade em Jogos Olímpicos (a alagoana ocupa a segunda posição com 13 gols, atrás apenas da também brasileira Cristiane, que já marcou 14 tentos e não foi convocada).

    Em busca do Tri

    Quem já teve o privilégio de conquistar o ouro olímpico, não apenas uma, mas duas vezes (em 2008 e em 2012), é a meio-de-rede Thaísa Daher. Nos Jogos de Paris, a atleta do Minas terá a oportunidade de se tornar a primeira mulher brasileira tricampeã olímpica (as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze também buscam essa glória em Paris).

    Mesmo com 37 anos de idade, a jogadora vive um momento de pleno protagonismo na carreira, pois marcou o ponto que garantiu ao Minas a conquista do título da última edição da Superliga Feminina de Vôlei, competição da qual ela se tornou a maior pontuadora da história, com o total de 5 mil acertos.

    Sonhando com o ouro

    No judô, modalidade que mais deu medalhas ao Brasil na história dos Jogos Olímpicos, Rafael Silva, o Baby, fará na capital francesa aquela que ele mesmo definiu como a “última dança” de sua vitoriosa carreira. Após conquistar dois bronzes olímpicos (em 2012 e em 2016), o sul-mato-grossense de 37 anos de idade tentará fechar sua participação no megaevento esportivo com o ouro.

    Na categoria acima de 100 quilos, Baby tem alcançado ótimos resultados nos últimos dois anos: o bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago (Chile), um terceiro lugar no Mundial da modalidade em Doha (Catar) e uma prata no Pan-Americano disputado em 2024 no Rio de Janeiro.

    Possíveis despedidas

    Os Jogos de Paris também podem marcar a despedida olímpica de outros importantes nomes do esporte brasileiro, como o campeão olímpico de vôlei Bruninho (que aos 37 anos também tem duas pratas no megaevento esportivo) e a medalhista olímpica de prata no boxe Bia Ferreira (que aos 31 anos já anunciou que esta será sua última participação em uma edição dos Jogos).

    Campeão mundial

    Entre os estreantes em Jogos Olímpicos um se destaca pela grande possibilidade de conquistar uma medalha. Atual campeão do Circuito Mundial de Surfe (o segundo de sua carreira), Filipe Toledo chega à competição em um dos melhores momentos da carreira. Apesar de estar afastado das competições para tratar da saúde mental, o brasileiro de Ubatuba une experiência e qualidade técnica para buscar o ouro olímpico.

    Porém, para alcançar este objetivo ele terá de lidar com um desafio extra, o receio declarado de surfar no mar de Teahupoo (Taiti), que tem um perigoso banco de corais no fundo. Assim, caso consiga performar bem em um contexto tão desafiador, Filipinho tem grandes possibilidades de garantir uma medalha em sua estreia olímpica.

    Estrela ascendente

    Se na ginástica artística o grande nome do Brasil é Rebeca Andrade, na ginástica rítmica o grande destaque é Bárbara Domingos. Aos 24 anos de idade, a atleta, natural de Curitiba, se tornou a primeira brasileira a se classificar para a disputa no individual em uma edição dos Jogos Olímpicos.

    Babi, como também é conhecida a atleta, mostrou toda a sua capacidade na última edição dos Jogos Pan-Americanos. Em 2023 em Santiago (Chile) ela foi a atleta do Brasil com o maior número de conquistas (três ouros e duas pratas). E entre as medalhas douradas estava a do individual geral. Já no último Mundial da modalidade, também no ano passado, Bárbara se tornou a primeira brasileira a se classificar para a final do individual geral, o que lhe garantiu a classificação para os Jogos de Paris.

    Nova referência

    Se Marta se despede da seleção olímpica em Paris, a atacante Kerolin fará sua estreia no megaevento esportivo com a missão de ajudar na busca do inédito ouro. Apesar de estar em fase final de recuperação de uma lesão de LCA (ligamento cruzado anterior) do joelho direito, o técnico Arthur Elias disse em coletiva que confia demais na jogadora.

    “A Kerolin é uma atleta que foi eleita a melhor [da liga profissional] dos Estados Unidos na última temporada, foi uma das principais jogadoras da seleção brasileira nas últimas competições, mesmo jogando em uma posição que ela nunca tinha atuado e com poder de definição e de desequilíbrio do jogo muito alto”, afirmou o técnico sobre a atleta de 24 anos de idade que defende o North Carolina Courage.

    Outras estreias

    Em Paris, outros atletas brasileiros promissores darão seus primeiros passos em uma edição de Jogos Olímpicos, como a judoca Beatriz Souza, o jogador de vôlei Darlan Souza, o boxeador Wanderley Pereira, a atleta de levantamento de peso Amanda Schott e os surfistas João Chianca, Luana Silva e Tainá Hinckel.

    Edição: Fábio Lisboa

    — news —

  • Saúde alerta para vacinação de atletas e visitantes de Jogos Olímpicos

    Saúde alerta para vacinação de atletas e visitantes de Jogos Olímpicos

    O Ministério da Saúde publicou uma nota técnica com recomendações sobre a vacinação de atletas e membros de delegações que vão participar da Olimpíada e Paralimpíada de Paris 2024, entre julho e setembro. Entre os imunizantes destacados estão as doses tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela ou catapora), DTP (difteria, tétano e pertussis ou coqueluche), influenza e covid-19.

    No documento, o Ministério cita a vacinação como medida mais eficaz para proteger contra doenças imunopreveníveis e mitigar o risco de reintrodução de doenças em controle ou já eliminadas no Brasil “em decorrência do aumento da circulação de agentes infecciosos para sarampo, rubéola e coqueluche, além da circulação dos vírus influenza e covid-19 na Europa e nos Estados Unidos”.

    “Para a adoção desta medida, levou-se em conta o aumento do fluxo migratório, a aglomeração de pessoas e o potencial risco de transmissão de doenças e da necessidade de proteger a população-alvo, em decorrência dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Paris em 2024, que atraem grandes contingentes populacionais.”

    As doses podem ser administradas em atletas e delegações técnicas olímpicas e paralímpicas em qualquer unidade de vacinação. “Àqueles que representarão o Brasil nos jogos de Paris, mas não são contemplados nas campanhas vigentes e estratégias de vacinação, bastará apresentar aos serviços do SUS [Sistema Único de Saúde] um comprovante de participação nas competições emitido pelos Comitês Olímpico ou Paralímpico Brasileiro”.

    Viajantes

    Outra nota técnica publicada pelo ministério trata de alerta de vacinação para população residente no Brasil e que vai se deslocar para outros países – inclusive para viajantes que vão assistir aos jogos em Paris. O documento traça o cenário epidemiológico, na Europa e nos Estados Unidos, de doenças como sarampo, coqueluche, influenza, covid-19 e poliomielite.

    A pasta também divulgou orientações em caso de sintomas apresentados durante o período das olimpíadas e paralimpíadas. “Recomenda-se aos viajantes que apresentarem sinais e sintomas característicos das doenças citadas que procurem imediatamente o atendimento de saúde no local do destino e, sobretudo, ao retornar ao Brasil”.

    “Caso os sinais e sintomas manifestem durante a viagem, que informem a tripulação. A notificação dessas doenças é compulsória ao Ministério da Saúde e as orientações detalhadas estão disponíveis no Guia de Vigilância em Saúde no link https://bit.ly/guia_vigilancia_saude_6ed_v1.”

    Coqueluche

    Em maio, a União Europeia reportou um aumento de infecções por coqueluche em pelo menos 17 países, com mais 32.037 casos notificados entre 1º de janeiro e 31 de março. Já o Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China (CCDC) informou que, em 2024, foram notificados no país 32.380 casos e 13 óbitos provocados pela doença.

    Edição: Sabrina Craide

    — news —