Tag: Japão

  • Brasil e Japão fecham acordo para venda de 20 jatos da Embraer

    Brasil e Japão fecham acordo para venda de 20 jatos da Embraer

    A Embraer e empresas japonesas do setor aéreo ampliaram parcerias durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva àquele país. Foi concretizada a venda de 20 jatos, negócio que renderá cerca de R$ 10 bilhões à companhia brasileira, e avançaram também tratativas para o uso de um combustível à base de etanol para aeronaves, o que poderá beneficiar o agronegócio brasileiro e, em especial, a indústria sucro-energética do país.

    Progrediu também para a negociação para a construção do chamado “carro do futuro” – o eVTOL, uma aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL) desenvolvida pela Embraer em parceria com empresas estrangeiras.

    Aeronaves

    Na viagem que faz ao Japão, a comitiva brasileira anunciou, nesta quarta-feira (26), a compra, pela All Nippon Aiways (ANA), de 15 aeronaves E-190. A principal empresa aérea japonesa informou que pretende adquirir, ainda, outras cinco aeronaves – contratos que renderão, à Embraer, cerca de R$ 10 bilhões.

    Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho disse que a parceria com os japoneses servirá como uma espécie de chancela para que novas vendas sejam feitas a outros países, ampliando ainda mais o horizonte de negócios da Embraer.

    “E com a venda dos aviões para os mercados internacionais, precisaremos preparar mão-de-obra brasileira, estruturando nosso grande plano de preparar nossos jovens para esse novo mercado de trabalho que se desenha no Brasil, que é o da aviação”, disse o ministro ao informar que, para tanto, o Brasil já desenvolve programas de qualificação e capacitação para esse mercado de trabalho.

    “Isso vai gerar emprego e renda. Vai movimentar a economia”, acrescentou ao informar que todas empresas japonesas com quem conversou garantiram que colocarão a Embraer como prioridade para seus negócios.

    Combustível Sustentável de Aviação (SAF)

    Avançaram também as negociações visando à adoção, pelo setor de aviação japonês, do Combustível Sustentável de Aviação (SAF), uma alternativa ao combustível aeronáutico de origem fóssil.

    De acordo com o governo brasileiro, esse combustível pode ser obtido a partir de diversas fontes. Entre elas, o etanol produzido a partir da cana-de-açucar.

    “O SAF é um combustível que é constituído de etanol. Portanto, é significativo para indústria do agronegócio brasileiro. Além disso, estamos trabalhando ao lado de todos os ministros do Japão, inclusive o primeiro-ministro, para que 10% do combustível aqui no Japão seja feito de etanol”, informou o ministro Silvio Costa Filho.

    Esse combustível pode ser obtido também a partir de resíduos da agricultura, óleo de cozinha usado, gorduras e milho, entre outros, puros ou misturados, conforme especificações técnicas de segurança. Segundo o Planalto, o Brasil tem “ampla expertise no tema”.

    “Além de a gente potencializar o combustível da aviação aérea aqui no Japão, estimularemos a indústria Sucroenergética do Brasil, que dialoga com a sustentabilidade, por meio desse combustível do futuro que o Brasil tem apresentado ao mundo”, acrescentou o ministro.

    Avião vertical, o veículo do futuro

    Também integrando a comitiva brasileira, o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, disse que os japoneses estão também interessados no desenvolvimento da aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL), um veículo 100% elétrico que é conhecido como “carro voador”.

    “Nosso plano é o de que ele entre em operação até o final de 2027. É o veículo do futuro, de inovação disruptiva, ideal para países [e cidades] com trânsito intenso, como as do Japão, São Paulo, Los Angeles ou Nova York”, disse Gomes Neto ao explicar que motores elétricos são produzidos a partir de uma jointventure entre a Embraer e uma empresa japonesa.

    Brasília (DF), 15/10/2024 - BNDES aprova R$ 500 milhões para Eve Air Mobility produzir o carro voador. Foto: Eve Air Mobility/Divulgação
    Projeto de carro voador da Embraer. Eve Air Mobility/Divulgação
  • Embraer acerta venda de até 20 jatos para o Japão, num montante de R$ 10 bilhões

    Embraer acerta venda de até 20 jatos para o Japão, num montante de R$ 10 bilhões

    O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, detalharam nesta quarta-feira (26/3), em Tóquio, o anúncio feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva da compra de 15 jatos E-190 da empresa brasileira pela All Nippon Airways (ANA), com possibilidade de aquisição de mais cinco aeronaves. A fala do presidente ocorreu no encerramento do Fórum Empresarial Brasil – Japão, que contou, além da presença do presidente do Brasil e do primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, de empresários de diversos setores.

    “Significa o equivalente a quase 10 bilhões de reais em investimentos que a companhia aérea japonesa está fazendo na Embraer. Esse trabalho comercial que está sendo feito hoje, do governo do presidente Lula com a Embraer, tem sido importante e estratégico para o desenvolvimento da aviação brasileira”.

    Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos

    “A Embraer está muito feliz com essa venda de até 20 aviões. A ANA, além de ser a maior empresa aérea do Japão, tem uma imagem muito forte no setor da aviação. Essa decisão pelos aviões da Embraer reforça e endossa o produto, e vai ser importante para a gente entrar em outras linhas aéreas, de outros países”, reforçou o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto.

    O presidente Lula, durante discurso aos empresários, ainda brincou ao dizer que as vendas poderiam ser ainda mais extensas. ” A Embraer tornou-se a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo e tem mercado importante aqui no Japão. Posso dizer ao primeiro-ministro Ishiba que são de muita qualidade os aviões da Embraer. Quem compra 20 pode comprar um pouco mais e quem sabe todas as empresas japonesas podem voar de avião da Embraer”, disse.

    SAF – Outro ponto destacado pelo ministro Silvio Costa Filho abrange a negociação em curso para que o setor de aviação japonês possa adotar o Combustível Sustentável de Aviação (SAF) em suas operações. O SAF é o combustível alternativo ao combustível aeronáutico de origem fóssil, produzido a partir de matérias-primas e processos que atendam a padrões de sustentabilidade. Ele pode ser de diferentes fontes, como resíduos da agricultura, óleo de cozinha usado, gorduras, cana-de-açúcar, milho, entre outros, e pode ser usado puro ou misturado, conforme especificações técnicas de segurança, e o Brasil tem ampla expertise no tema.

    “Avançamos também num convênio de cooperação, num acordo de cooperação do SAF, que é o Combustível do Futuro, o combustível verde. As companhias aéreas japonesas têm total interesse em poder voar através do SAF e o Brasil tende a ser, no futuro, um grande exportador desse combustível”, frisou Silvio Costa Filho. “Além disso, a gente está trabalhando ao lado de ministros do Japão e com o primeiro-ministro para que 10% do combustível aqui no Japão possa ser fruto de etanol. Além de a gente potencializar o combustível da aviação aérea no Japão, a gente também está estimulando a indústria sucro-energética do Brasil, que dialoga com a sustentabilidade, com esse combustível do futuro que o Brasil tem apresentado ao mundo”, prosseguiu o ministro de Portos e Aeroportos.

    O Fórum Empresarial Brasil-Japão é mais um importante espaço para reafirmarmos os laços econômicos entre nossos países. A relação de 130 anos entre Brasil e Japão é celebrada neste ano, com mais investimentos de montadoras japonesas no Brasil, a compra de 20 aeronaves da Embraer

    CAPACITAÇÃO – Outro ponto ressaltado por Silvio Costa Filho diz respeito ao trabalho realizado pelo Governo Federal para incentivar no Brasil a capacitação de profissionais capazes de atuar na indústria aeronáutica. “Com a venda dos aviões da Embraer pelo mundo, não só no Japão, mas em outros mercados internacionais, existe uma preocupação da Embraer e do governo para que a gente possa preparar a nossa mão de obra brasileira”, destacou. “A gente cada vez mais quer estruturar um grande plano para preparar os jovens para esse mercado que se desenha no Brasil, da aviação. Estamos fazendo um grande programa de qualificação e de capacitação para inserir os jovens. Isso vai gerar emprego, renda, movimentar a economia e é prioridade do Governo Federal”.

    SUPORTE – O presidente da Embraer lembrou que a venda dos aviões da empresa brasileira ao país asiático está amparada por um serviço de suporte técnico no Japão. “Temos suporte aqui, oficinas de aviões. Tem 50 aviões que operam aqui há mais de 15 anos e atendem a 30 cidades. Os aviões que operam aqui têm uma disponibilidade altíssima, 99,8% de disponibilidade. Ou seja: é um trabalho muito bom que é feito conjuntamente entre a Embraer e os clientes que operam os aviões”.

    A EMBRAER – Criada em 1969 com apoio do Governo Federal, a Embraer evolui para se tornar uma gigante do setor aeroviário. A empresa é hoje a 3º maior fabricante de jatos comerciais do mundo e líder absoluta no segmento de até 130 assentos. A Embraer contabiliza mais de oito mil aeronaves entregues, conta com 18 mil empregados, e, para atender demandas globais, estabelece unidades industriais, escritórios e centros de distribuição de peças e serviços nas Américas, África, Ásia e Europa.

  • Amelonado é o principal tipo de cacau produzido no Brasil

    Amelonado é o principal tipo de cacau produzido no Brasil

    Utilizado desde o tempo dos incas e astecas para consumo, o cacaueiro é originário da região Amazônica. Com o passar dos séculos, o fruto foi obtendo cada vez mais notoriedade, com seu produto farol que é o chocolate, ganhando até mesmo, um dia para chamar de seu. Neste 26 de março, é celebrado anualmente o Dia do Cacau.

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), atua no fomento da cadeia produtiva do cacau.

    Atualmente, existem dez tipos de frutos de cacau ou grupos genéticos, sendo que, no Brasil, predomina o tipo Amelonado. É a variedade mais cultivada mundialmente e possui a casca mais amarela e lisa, com um aroma mais sútil.

    A Ceplac conta com uma das mais ricas coleções de cacau do mundo, reunindo as dez variedades e, em especial, a mais diversa coleção de cacau da Amazônia – conhecida como Centro de Origem do Cacaueiro.

    O cacau usado na Ceplac serve para diversas finalidades de pesquisa, que incluem o melhoramento genético, visando à produção de tipos (ou variedades) cada vez mais produtivas, resistentes às doenças e resilientes às mudanças climáticas, e que são distribuídas para os produtores de cacau do país, assim como para estudos visando novas formulações de chocolate.

    O cacaueiro inicia a produção, em geral, aos três anos de idade e pode produzir por até 100 anos. O Brasil é o sexto maior produtor de cacau do mundo, e o cultivo brasileiro tem crescido no país, com utilização de práticas sustentáveis.

    Para incentivar as práticas sustentáveis na cadeia da cacauicultura brasileira, foi sancionada no ano passado a Lei nº 14.877/24 que cria os selos verdes Cacau Cabruca e Cacau Amazônia. Para ganhar os selos, os cacauicultores precisarão atender um conjunto de boas práticas.

     

  • Seleção do Japão é 1ª classificada para Copa do Mundo de 2026

    Seleção do Japão é 1ª classificada para Copa do Mundo de 2026

    A seleção japonesa e a primeira classificada para a Copa do Mundo de 2026. O Jãpão se junta às equipes dos Estados Unidos, México e Canadá, que têm vagas garantidas por serem os países-sedes da principal competição de futebol entre nações. Nesta quinta-feira (20), os japoneses derrotaram em casa a seleção do Bahrein por 2 a 0 pelas Eliminatórias Asiáticas e asseguram presença no Mundial com três rodadas de antecedência.

    Com a vitória de hoje, o Japão se distanciou na liderança do Grupo C, com 19 pontos, e não pode mais ser alcançado pelas demais equipes (Austrália, Arábia Saudita, Indonésia, Bahrein e China). Na mesma chave estão Austrália (2ª colocada/10 pontos). Arábia Saudita (3ª/seis), Indonésia (4ª/seis), Bahrein (5ª/seis) e China (6ª/seis).

    Os heróis da partida foram Daichi Kamada e Takefusa Kubo, autores dos gols da vitória e da classificação, para a alegria dos 60 mil torcedores que lotaram o Saitama Stadium, na região metropolitana de Tóquio.

    Com a vaga garantida no Mundial de 2026, o Japão participará de sua oitava edição seguida em Copas do Mundo. A seleção asiática debutou na Copa do Mundo de 1998, na França.

    Pela primeira vez, o Mundial de 2026 reunirá 48 equipes, divididas em 16 grupos com três seleções cada. Com o novo formato, serão ao todo 80 partidas, 25% a mais que as 64 registradas nas edições anteriores, que reuniam 32 equipes. A Copa do Mundo ocorrerá de 11 de junho a 19 de julho de 2026.

  • Agro brasileiro conquista quatro novos mercados na China

    Agro brasileiro conquista quatro novos mercados na China

    Principal parceiro comercial do Brasil, a China abriu quatro mercados para produtos da agropecuária brasileira em acordos firmados por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping nesta quarta-feira (20), em Brasília. Com isso, o Brasil registra a conquista de 281 mercados agropecuários desde o início de 2023.

    São quatro protocolos firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) que estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos.

    Em uma pauta diversificada, que beneficia produtores de diferentes regiões do Brasil, uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal poderão ser comercializados na China.

    O anúncio foi feito pelo presidente Lula em declaração à imprensa após a reunião ampliada com o presidente chinês, no Palácio do Alvorada.

    “O agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos da China”, ressaltou o presidente Lula.

    O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou das cerimônias por ocasião da visita oficial e destacou a importância da retomada da boa relação diplomática entre Brasil e China, que completou 50 anos neste ano de 2024.

    “O Brasil já se mostrou um país confiável na posição de maior fornecedor de alimentos e energia renovável e podemos continuar ampliando cada vez mais as parcerias, pois temos gente vocacionada, tecnologia e condições de intensificar nossa produção com sustentabilidade”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

    Considerando a demanda chinesa dos produtos frutos dos protocolos assinados ao longo de 2023 e a participação brasileira nesses mercados, o potencial comercial é de cerca de US$ 450 milhões por ano, conforme estimativa da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

    “Mas se levarmos em conta outras variantes de mercado e o potencial brasileiro, podemos comercializar muito mais, ultrapassando a cifra de US$ 500 milhões por ano. Nestes 4 produtos a China importa quase US$ 7 bilhões e o Brasil vem se consolidando cada vez mais como um parceiro estratégico, confiável e seguro para a China”, explicou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua.

    Maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas importações globais do produto, a China desembolsou US$ 1,53 bilhão em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou a sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulse.

    Da mesma forma, o país asiático é o principal importador da farinha de pescado (US$ 2,9 bilhões em importações em 2023). O Brasil registrou participação de 0,79% das exportações mundiais no ano passado.

    No sorgo, a participação brasileira é de 0,29% no mercado mundial. A China importou US$ 1,83 bilhão deste produto no ano passado, sendo a maior parte dos Estados Unidos.

    Após crescimento exponencial e recorde de exportações de uvas frescas, o produto brasileiro chega aos consumidores chineses com registro de 2% no comércio mundial desta fruta. A China é um grande consumidor de uvas premium e importou mais de US$ 480 milhões deste produto no ano passado.

    No caso das uvas frescas de mesa, deverão ser exportadas frutas majoritariamente dos estados de Pernambuco e da Bahia. Pomares, casas de embalagem e instalações de tratamento a frio devem cumprir boas práticas agrícolas e ser registrados no Mapa.

    Já as empresas exportadoras de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal devem implementar o sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ou sistema de gerenciamento com base nos princípios da APPCC; estabelecer e executar um sistema para garantir o recall e a rastreabilidade dos produtos; ser aprovadas pelo lado brasileiro e registradas pelo lado chinês. O registro será válido por 5 anos.

    As matérias-primas devem ser provenientes de pescado (exceto mamíferos marinhos) capturados na zona marítima doméstica ou em mar aberto e da criação de pescado em cativeiro, ou de subprodutos de pescado provenientes de estabelecimentos que manuseiam pescado para consumo humano.

    Informações à imprensa

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  • Com virada no fim, Rayssa Leal é bicampeã mundial de skate street

    Com virada no fim, Rayssa Leal é bicampeã mundial de skate street

    Duas vezes medalhista olímpica e agora duas vezes campeã mundial. Este é o currículo da maranhense Rayssa Leal, que conquistou o bi do mundo neste sábado (14), durante o campeonato mundial de skate street, em Roma, na Itália.

    Para sair com o título, Rayssa precisou de uma grande manobra, que garantiu a virada no final da competição. A skatista de 16 anos competiu contra outras sete atletas na decisão, todas elas japonesas. A brasileira foi campeã do mundo também em 2022.

    Agora, na primeira competição após os Jogos Olímpicos de Paris, Rayssa mostrou grande forma. No skate street, a disputa se inicia com cada atleta tendo direito a duas voltas dentro de um percurso, onde vale a melhor nota entre essas duas tentativas. A brasileira teve as duas melhores notas entre todas as competidoras, registrando primeiro um 86,44 e depois um 88,43 (nota que carregou para a continuação da final).

    A segunda parte da competição consiste em manobras únicas. Cada atleta tem direito a cinco tentativas e as duas melhores notas entram para o somatório. Nesta fase, Rayssa encontrou uma adversária ferrenha: Momiji Nishiya – ouro nos Jogos de Tóquio – emendou boas manobras em sequência, alcançando a maior nota única entre todas as finalistas, um 94.88. Com isso, pulou para a liderança, já que Rayssa não conseguiu completar as manobras nas duas primeiras tentativas.

    Pontuação

    Nas duas seguintes, no entanto, a brasileira encaixou boas performances e pontuou alto, primeiro com um 88,14 e depois um 93,99, que a fez superar Nishiya em sua penúltima tentativa. Restando apenas uma tentativa para cada atleta, somente Nishiya ainda tinha chances de tirar o título de Rayssa. No entanto, ela falhou em sua última manobra e a brasileira confirmou a conquista.

    O feito de Rayssa chama a atenção porque ela competiu contra sete atletas do país considerado a maior potência na atualidade. Para se ter uma ideia, as duas edições do skate street em Jogos Olímpicos terminaram com vitória japonesa. Tanto em Tóquio quanto em Paris, Rayssa (prata em 2021 e bronze em 2024) foi a intrusa em pódios formados somente com atletas do Japão. Aliás, as quatro japonesas que estiveram nesses pódios (Momiji Nishiya, Funa Nakayama, Coco Yoshizawa e Liz Akama) também estavam presentes na final deste sábado.

    Pouco depois da decisão feminina, houve a final entre os homens. O Brasil foi representado por Kelvin Hoefler, que, após sair mancando de sua segunda volta, acabou desistindo da competição, terminando em oitavo lugar.

    Edição: Kleber Sampaio

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  • Japão vai construir supercomputador 1.000 vezes mais potente que os atuais

    Japão vai construir supercomputador 1.000 vezes mais potente que os atuais

    Em um marco histórico para a computação de alto desempenho, o Japão anunciou planos ambiciosos para construir o primeiro supercomputador de classe “zeta” do mundo. Com capacidade de realizar um sextilhão de cálculos por segundo, essa máquina ultrapassará em mil vezes a potência dos supercomputadores mais avançados da atualidade.

    Uma possível revolução na computação

    A iniciativa, liderada pelo Ministério da Educação, Cultura, Desportos, Ciência e Tecnologia (MEXT), representa um investimento de mais de US$ 750 milhões e coloca o Japão na vanguarda da pesquisa em inteligência artificial (IA). A expectativa é que o supercomputador esteja operacional em 2030, impulsionando avanços em diversas áreas, desde a descoberta de novos materiais até o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes.

    Por que o Zeta?

    A escala zetaFLOPS, nunca antes alcançada, permitirá aos pesquisadores simular fenômenos complexos com um nível de detalhe sem precedentes. As aplicações potenciais são vastas e incluem:

    • Desenvolvimento de novos materiais: A simulação de propriedades atômicas e moleculares em escala zetasscale permitirá a criação de materiais com características personalizadas, como supercondutores de alta temperatura e materiais mais leves e resistentes.
    • Descoberta de medicamentos: A simulação de interações moleculares em grande escala acelerará a descoberta de novos medicamentos, reduzindo o tempo e o custo de desenvolvimento.
    • Previsão do clima: Modelos climáticos mais precisos e detalhados permitirão prever eventos climáticos extremos com maior antecedência, auxiliando na tomada de decisões para mitigar seus impactos.
    • Otimização de processos industriais: A simulação de processos industriais em escala zetasscale permitirá otimizar a produção, reduzir o consumo de energia e minimizar a geração de resíduos.

    Um salto quântico para a IA

    A capacidade de processar vastas quantidades de dados em tempo real é fundamental para o desenvolvimento de sistemas de IA cada vez mais sofisticados. O supercomputador zeta permitirá treinar modelos de aprendizado de máquina mais complexos e realizar tarefas que atualmente são inviáveis, como a compreensão da linguagem natural em sua totalidade e a criação de sistemas de IA capazes de raciocinar de forma similar aos humanos.

    O futuro da computação

    A construção do supercomputador zeta marca um novo capítulo na história da computação. Essa máquina não apenas impulsionará a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico, mas também terá um impacto profundo em nossas vidas, transformando a forma como trabalhamos, vivemos e interagimos com o mundo.

  • Gundams em breve? Empresa ferroviária japonesa usa robô gigante para cuidar dos trilhos

    Gundams em breve? Empresa ferroviária japonesa usa robô gigante para cuidar dos trilhos

    Imagine um enorme robô humanóide saído de um filme de ficção científica dos anos 80, mas sem nenhuma intenção maligna. É exatamente isso que a West Japan Railway, companhia ferroviária japonesa, acaba de apresentar um novo funcionário para cuidar da manutenção de trechos.

    A partir deste mês, a máquina gigante com braços enormes, uma cabeça pequena desproporcional que lembra o Wall-E e olhos grandes e redondos, ficará montada sobre um caminhão capaz de se locomover sobre trilhos. Um operador controlará o robô remotamente, “enxergando” através de câmeras instaladas nos “olhos” do gigante e manipulando seus braços e mãos potentes.

    Com um alcance vertical de 12 metros, a máquina pode usar diferentes ferramentas em seus braços para carregar objetos de até 40kg, segurar pincéis para pintura ou até mesmo uma motoserra para poda.

    Inicialmente, o foco do trabalho do robô será aparar galhos de árvores que crescem perto dos trilhos e pintar estruturas metálicas que sustentam os cabos de energia elétrica.

    Segundo a empresa, a tecnologia vai ajudar a preencher a falta de mão de obra qualificada no Japão, país com uma população cada vez mais velha, além de reduzir acidentes como quedas e choques elétricos sofridos por trabalhadores em serviços realizados em altura.

    “Esperamos usar máquinas para todos os tipos de manutenção de nossa infraestrutura no futuro”, disse o presidente da empresa, Kazuaki Hasegawa, em entrevista coletiva recente. “Este robô deve servir como um estudo de caso para lidar com a escassez de mão de obra”, completou.

  • Brasil perde para Japão e buscará bronze na Liga das Nações Feminina

    Brasil perde para Japão e buscará bronze na Liga das Nações Feminina

    Após 13 jogos de invencibilidade na Ligas das Nações de Vôlei Feminino (LNV), a seleção brasileira, atual líder do ranking mundial, sofreu o primeiro revés na semifinal contra o Japão, equipe que já fora derrotada pelo país na primeira fase desta edição do torneio. No entanto, no duelo deste sábado (22), em Bangacoc (Tailândia), quem levou a melhor foram as asiáticas, que chegaram pela primeira vez na história a uma final de LNV. Hoje, as brasileiras saíram atrás no placar, arrancaram o empate por duas vezes ao longo do jogo, mas sucumbiram no tie-break por 3 sets a 2 (6-24, 21-25, 25-22, e 12-15).

    Neste domingo (23), a partir das 7h (horário de Brasília), a seleção comandada por José Roberto Guimarães volta à quadra contra a Polônia – derrotada pela Itália, na outra semi – para brigar pela medalha do bronze. A decisão do título da LNV ocorrerá na sequência, às 10h, entre Japão e Itália (campeã em 2022 ao derrotar o Brasil na final).

    “Claro, é difícil falar agora. É sempre difícil jogar contra o Japão. Eles defendem muito. Nós também fazemos, mas hoje acho que nosso contra-ataque não foi tão bom. Nem foi o nosso saque. Elas colocaram muita velocidade em seus sets e chutes, então estávamos lutando um pouco com as posições certas”, disse Carol à VBTV, da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). “Foi um jogo difícil e agora é importante descansar, porque amanhã temos outro jogo e temos que estar prontos para voltar a lutar. Claro que é muito frustrante, porque queríamos vencer o torneio, mas o Japão fez um excelente trabalho”, analisou a ponteira.

    A sequência de 13 vitórias seguidas do Brasil na LNV alçou a seleção feminina à liderança do ranking mundial da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Ao assumir o topo da lista, o Brasil assegurou a posição número 1 (cabeça de chave) do Grupo B na Olimpíada de Paris. Na mesma chave da seleção está Polônia, Japão e Quênia. O torneio de vôlei em Paris 2024 está programado para o período de 27 de julho a 11 de agosto.

    Brasil encara França na LNV masculina

    Após duas derrotas seguidas – contra Estados Unidos e Canadá – a seleção masculina de vôlei faz jogo decisivo contra a França, atual campeã olímpica, às 4h deste domingo (24), em Manila (Filipinas) para avançar às quartas de final. Sétimo colocado na classsificação geral, com 20 pontos, o Brasil precisa, no mínimo, ganhar dois sets na partida contra os franceses para garantir a classificação. A Franca ocupa a sétima posição, com 21 pontos. Apenas as sete seleções mais bem colocadas ao fim da primeira fase classificatória, mais a Polônia (por ser país-sede da fase final do torneio), avançam às quartas. A LNV reúne as 16 seleções mais bem ranqueadas do mundo.

    No embate deste domingo (23) os brasileiros contarão com o reforço do levantador Bernardinho, já recuperado de lesão na panturrilha, que o tirou de quadra por mais de 15 dias.

    Classificada para os Jogos de Paris, a seleção masculina busca o bicampeonato na LNV – o primeiro título foi obtido em 2021. A fase final da LNV masculina (a partir das quartas) ocorrerá de 27 a 30 de junho, em Lodz (Polônia).

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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  • Governo de Tóquio lança aplicativo de encontros para tentar aumentar a natalidade

    Governo de Tóquio lança aplicativo de encontros para tentar aumentar a natalidade

    Em uma tentativa de combater a queda na taxa de natalidade do país, o Governo Metropolitano de Tóquio lançará seu próprio aplicativo de relacionamento ainda neste verão, disse uma autoridade na terça-feira.

    Para se cadastrar, os usuários precisarão enviar documentação comprovando que estão legalmente solteiros e assinar uma carta declarando sua intenção de se casar.

    Embora seja comum divulgar a renda em aplicativos de relacionamento japoneses, Tóquio exigirá um comprovante de imposto de renda para verificar o salário anual.

    “Descobrimos que 70% das pessoas que desejam se casar não estão procurando parceiros ativamente em eventos ou aplicativos”, disse um funcionário do governo de Tóquio responsável pelo novo aplicativo. “Queremos dar a elas um incentivo para encontrar alguém.”

    Não é incomum que municípios no Japão organizem eventos de matchmaking, já que o número de nascimentos atingiu uma nova mínima em 2023. No entanto, é raro que um governo local desenvolva um aplicativo próprio.

    Governo de Tóquio lança aplicativo de encontros para tentar aumentar a natalidade

    Uma entrevista será necessária para confirmar a identidade do usuário como parte do processo de registro para o aplicativo de Tóquio, que está em teste gratuito desde o final do ano passado.

    Muitos usuários de redes sociais expressaram ceticismo em relação aos planos, com alguns questionando se “isso é algo que o governo deveria fazer com o nosso dinheiro?”.

    Outros usuários demonstraram interesse, alegando que se sentiriam mais seguros utilizando uma plataforma oficial.

    No ano passado, o Japão registrou mais do que o dobro de mortes do que nascimentos de bebês.

    Os nascimentos caíram pelo oitavo ano consecutivo, chegando a 758.631, uma queda de 5,1%, de acordo com dados preliminares do governo. O número de mortes ficou em 1.590.503.

    O país enfrenta uma crescente escassez de mão de obra, e o primeiro-ministro Fumio Kishida prometeu políticas que incluem auxílio financeiro para famílias, acesso mais fácil a creches e mais licença parental.