Tag: ISS

  • Câmara aprova redução em imposto de serviços de construção em Lucas do Rio Verde

    Câmara aprova redução em imposto de serviços de construção em Lucas do Rio Verde

    A Câmara de Vereadores aprovou na última segunda-feira (28) o Projeto de Lei Complementar nº 03/2025, que modifica as regras de cobrança do Imposto Sobre Serviços (ISS) para atividades relacionadas à construção civil em Lucas do Rio Verde. A proposta, enviada pelo Poder Executivo, altera o Código Tributário do município e estabelece novas condições para cálculo do tributo quando há fornecimento de materiais incorporados à obra.

    A nova legislação permite que prestadores de serviços em segmentos descritos na lista anexa à lei municipal possam deduzir da base de cálculo do ISS o valor dos materiais fornecidos e incorporados definitivamente à obra. Para ter direito à dedução, o contribuinte deverá apresentar documentação comprobatória, conforme regulamentação a ser estabelecida pelo Executivo. Caso opte por não comprovar, será permitida uma dedução presumida de até 40% sobre o valor total do serviço.

    O presidente da Câmara, Airton Callai (Republicanos), explicou que a mudança corrige uma distorção criada por alteração recente na legislação. Antes de 2024, os prestadores pagavam ISS sobre 70% do valor (mão de obra), com 30% referente a materiais sendo isentos. A mudança passou a exigir tributação sobre 100% do valor, o que, segundo Callai, configurava bitributação, já que alguns materiais já haviam sido taxados pelo ICMS. Ele citou decisão do STF que reconhece que materiais transformados durante a execução do serviço não devem ser tributados pelo ISS.

    “Vou citar um exemplo: alguém contratou um serviço para fazer a terça da casa para colocar o telhado. Essa terça entrava nos 30%, que é o ferro, a solda, o parafuso. Não era tributado. Pagava só os 70% da mão de obra. Ocorre que, na alteração feita em 2024, ficou definido cobrar 100%. Ou seja, o empreendedor e o prestador de serviço estavam pagando os 3% em cima de 100%, o que é errado. O acórdão do STF coloca que não se cobra ISSQN dos produtos que são usados para construção e sofrem alteração”, explicou.

    O projeto foi incluído na ordem do dia e aprovado por unanimidade em duas votações, na última segunda-feira. Com a aprovação, segue para sanção do prefeito Miguel Vaz e as novas regras entrarão em vigor, beneficiando empresas e profissionais da construção civil em Lucas do Rio Verde.

  • Dragon: Tempestade adiará resgate de astronautas na ISS

    Dragon: Tempestade adiará resgate de astronautas na ISS

    A aventura espacial de Sunita Williams e Butch Wilmore na Estação Espacial Internacional (ISS) ganhará mais alguns capítulos. O resgate da dupla, previsto para esta quinta-feira (26), foi adiado por conta de condições climáticas adversas na Flórida.

    A NASA informou que a nova janela de lançamento da espaçonave Dragon, da SpaceX, está marcada para este sábado (28), às 13h17 (horário local), desde que as condições meteorológicas permitam. O Furacão Helene, que se move pelo Golfo do México, ameaça a região do Cabo Canaveral com fortes ventos e chuvas, levando a agência espacial a tomar a decisão de adiar a missão por precaução.

    “A segurança da tripulação é nossa principal prioridade”, afirmou a NASA em comunicado. “Estamos monitorando de perto a tempestade e ajustaremos nossos planos conforme necessário.”

    Uma missão histórica para a Dragon

    Crew Dragon: Tempestade adiará resgate de astronautas na ISS
    SpaceX

    Os astronautas Nick Hague e Aleksandr Gorbunov serão responsáveis por pilotar a Dragon, a nona missão tripulada da SpaceX para a ISS. A dupla ficará a bordo da estação por cerca de cinco meses, conduzindo experimentos científicos e realizando manutenções.

    Williams e Wilmore, que deveriam ter retornado à Terra em junho a bordo de uma cápsula da Boeing, tiveram seus planos alterados após problemas no sistema de propulsão da nave. Desde então, eles aguardam pacientemente por uma nova oportunidade de voltar para casa.

    Com a missão adiada, a dupla americana e o cosmonauta russo devem permanecer na ISS por mais alguns meses, até que a Dragon esteja pronta para a viagem de retorno.

  • Crise na volta da Starliner: NASA avalia trazer tripulação de volta em cápsula da SpaceX

    Crise na volta da Starliner: NASA avalia trazer tripulação de volta em cápsula da SpaceX

    O que deveria ser uma missão de rotina para a Boeing virou uma verdadeira saga espacial. A cápsula Starliner, lançada há oito semanas com destino à Estação Espacial Internacional (ISS), enfrenta problemas técnicos que colocam em risco a segurança dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams.

    Inicialmente prevista para durar apenas oito dias, a missão se estendeu indefinidamente devido a falhas nos propulsores e vazamentos de hélio. Apesar de a Boeing ter minimizado os problemas no início, a situação se agravou com o passar das semanas.

    A preocupação principal agora recai sobre os propulsores de controle de reação, essenciais para a manobra de saída da ISS e a subsequente reentrada na atmosfera terrestre. Testes recentes realizados no solo e em órbita mostraram resultados promissores, mas ainda não há garantia de segurança.

    Diante desse cenário, a possibilidade de trazer os astronautas de volta à Terra na cápsula Crew Dragon, da SpaceX, ganha força. Fontes ligadas à missão afirmam que essa opção é cada vez mais provável, embora a NASA ainda não tenha tomado uma decisão final.

    A agência espacial está marcada para uma reunião de revisão de prontidão de voo na próxima semana, onde o futuro da Starliner deve ser definido. A SpaceX, por sua vez, já está desenvolvendo planos para acomodar os dois astronautas em uma de suas próximas missões tripuladas.

    A decisão que a NASA terá que tomar é complexa. Optar pelo retorno na Starliner envolve riscos, mas um eventual fracasso da missão poderia ser um golpe devastador para a Boeing. Por outro lado, escolher a Crew Dragon pode significar o fim do programa Starliner, já que a empresa já investiu bilhões de dólares no desenvolvimento da cápsula.

    Independentemente da escolha, o foco principal da NASA é garantir a segurança dos astronautas. O mundo acompanha de perto o desenrolar dessa história, que pode redefinir o futuro dos voos comerciais tripulados.

  • Boeing: Falhas da Starliner impedem astronautas de voltar para a terra

    Boeing: Falhas da Starliner impedem astronautas de voltar para a terra

    Dois astronautas americanos ficarão na Estação Espacial Internacional (ISS) por quase duas semanas a mais do que o planejado devido a problemas técnicos com a cápsula Boeing Starliner, projetada para trazê-los de volta à Terra.

    A NASA informou que Barry “Butch” Wilmore e Sunita Williams não retornarão à Terra a bordo da Starliner até 26 de junho. A nave espacial vem apresentando vazamentos de hélio e problemas no sistema de propulsão, marcando o mais recente revés para o programa espacial da Boeing, já repleto de atrasos e altos custos.

    Esta missão na ISS era o primeiro lançamento espacial tripulado da Boeing após mais de uma década de planejamento, e dois voos anteriores tiveram que ser abortados em cima da hora.

    Wilmore e Williams partiram da Terra em 5 de junho e chegaram à ISS no dia seguinte. Eles deveriam permanecer na estação por cerca de sete dias, mas seu retorno já havia sido adiado para esta semana.

    Durante a aproximação da ISS, cinco propulsores da Starliner foram desligados automaticamente pelos computadores da nave, sendo que quatro precisaram ser religados. Além disso, o sistema de propulsão vem sofrendo pequenos vazamentos.

    O novo atraso significa que a dupla passará na ISS mais do que o dobro do tempo originalmente planejado antes do retorno. A cápsula pousará no Novo México usando paraquedas.

    Falhas da Starliner impedem astronautas de voltar para a terra
    Imagem: Reprodução / NASA

    Apesar de os problemas não serem críticos e imprevistos durante testes de espaçonaves serem comuns, representantes da NASA e da Boeing planejam analisar o veículo nos próximos dias antes de iniciar os preparativos para o retorno.

    Este contratempo é mais um golpe para a Boeing, que enfrenta uma crise de segurança envolvendo o modelo 737 Max. Em janeiro, a porta de um desses aviões explodiu durante um voo sobre o Oregon, levando a um rigoroso escrutínio por parte das autoridades regulatdoras.

    Na terça-feira, David Calhoun, CEO da Boeing prestes a se aposentar, foi pressionado por familiares das vítimas de dois acidentes anteriores envolvendo o 737 Max durante uma audiência no Senado dos Estados Unidos. Calhoun pediu desculpas pelas perdas, mas afirmou estar “orgulhoso” do histórico de segurança da empresa.

    A ISS, que conta com uma equipe de longo prazo composta por quatro astronautas americanos e três russos, possui suprimentos de comida para vários meses, e a Starliner pode permanecer acoplada por 45 dias. Caso o retorno dos astronautas sofra mais atrasos, a partida deverá ocorrer em 2 de julho.

    “Estamos aproveitando esse tempo extra, considerando que se trata de uma nave tripulada, e queremos garantir que não deixamos nada passar despercebido”, disse Steve Stich, da NASA, em entrevista coletiva. “Até o momento, não vemos nenhum cenário em que a Starliner não consiga trazer Butch e Suni de volta para casa.”

    O programa Starliner da Boeing visa competir com a SpaceX de Elon Musk, responsável pelo transporte de astronautas para a ISS desde 2020. Anteriormente, a NASA utilizava cápsulas russas.

    A empresa já perdeu mais de US$ 1,5 bilhão com o projeto até o momento. A Boeing ainda precisa concluir seis missões da NASA sob um contrato de US$ 5 bilhões, firmado em 2014.