Tag: isolamento social

  • Perda de poder aquisitivo decorre de isolamento social, diz Bolsonaro

    Perda de poder aquisitivo decorre de isolamento social, diz Bolsonaro

    O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (17) que a perda do poder aquisitivo da população brasileira decorre da estratégia adotada por “muitos que embarcaram na historinha do ‘fica em casa, e a economia a gente vê depois’”, para o combate à pandemia. Segundo o presidente, a guerra entre Rússia e Ucrânia também teria colaborado para a piora da situação.

    As afirmações foram feitas durante a inauguração de um trecho de duplicação de 40 quilômetros da BR-101 em Sergipe, entre as cidades de Propriá e Capela, localizadas perto da divisa com Alagoas. O trecho inaugurado hoje é o primeiro dos cinco lotes de um empreendimento com investimento estimado em R$ 203 milhões.

    Agronegócio e fertilizantes

    Na oportunidade, o presidente falou sobre a vocação do Nordeste para o agronegócio, algo que, para ele, foi potencializado com a política de assentamento que tem sido adotada no país.

    “No Nordeste, temos muita gente voltada ao agronegócio. Nós garantimos o fertilizante fazendo contato com o governo da Rússia. Na semana passada, 26 embarcações aportaram aqui com fertilizantes suficientes para a safra do corrente ano”, disse Bolsonaro. De acordo com o presidente, os efeitos da guerra na Europa e a estratégia de combate à pandemia adotada por governadores foram os principais fatores que acabaram por diminuir o poder aquisitivo da população brasileira.

    “Passamos por momentos difíceis com a pandemia, durante a qual muitos embarcaram na historinha do ‘fica em casa, e a economia a gente vê depois.’ Lamentavelmente, muitos governadores destruíram empregos e renda, especialmente dos mais pobres”, afirmou o presidente. “Mas estamos voltando à normalidade”, acrescentou.

    Bolsonaro disse que lamenta também a perda do poder aquisitivo dos servidores públicos, mas ressaltou ter “certeza de que isso será recuperado”.

  • Covid-19: 98,6% dos municípios adotaram isolamento social em 2020

    Covid-19: 98,6% dos municípios adotaram isolamento social em 2020

    No ano passado, 98,6% (ou 5.393) das prefeituras que responderam à Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2020, divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), adotaram alguma medida de isolamento social por causa da pandemia de covid-19. Em 76% delas foram instaladas barreiras sanitárias. Apenas 74 administrações municipais não adotaram qualquer medida de distanciamento.

    Entre as ações realizadas durante a pandemia em 2020, 94,5% das prefeituras adotaram o uso obrigatório de máscaras, 78,9% fizeram a desinfecção de locais públicos, 78,7% compraram testes para a covid-19 e 78,5% testaram a população para o novo coronavírus.

    “Em 18,6% dos municípios, a população foi orientada a ficar em isolamento por meio de campanhas publicitárias e em 81,4% por decreto de isolamento social”, disse a gerente da pesquisa do IBGE, Rosane Teixeira de Siqueira e Oliveira.

    Em 88,8% dos municípios foram registrados óbitos por covid-19 no ano passado. Em todas as cidades com mais 500 mil habitantes ocorreram mortes pela doença. Em 68,2% dos municípios menores, com até 5 mil moradores, foi contabilizado pelo menos um óbito pelo novo coronavírus. Em todas as cidades do Acre, Amazonas, de Roraima, do Pará, Amapá, Ceará e de Alagoas, houve a ocorrência de mortes pela doença em 2020.

    Em 99,7% dos municípios, houve casos confirmados de covid-19 no ano passado. Apenas 18 cidades não tiveram casos, todas com menos de 10 mil habitantes. Em 93,8% dos municípios com casos foram registradas internações.

    Dos 5.109 municípios onde foram necessárias internações por covid-19, 23,6% informaram que o número de doentes ultrapassou a capacidade de leitos e de unidades de terapia intensiva (UTIs) públicas e privadas e conveniadas ao Sistema Único do Saúde (SUS).

    Cerca de 58,2% desses municípios ampliaram o número de leitos, 12,3% instalaram hospitais de campanha, 91,6% encaminharam pacientes para outros municípios e 39,1% mantiveram pessoas por mais de 24 horas em unidades sem internação.

    Munic 2020

    Além da covid-19, a Munic 2020 abordou outros temas com as prefeituras, como a gestão de riscos e desastres. Cerca de 66,2% dos municípios relataram a ocorrência de algum impacto ambiental nos 24 meses anteriores. Os eventos mais frequentes foram as queimadas (49,4% dos municípios) e condições climáticas extremas, como secas e enxurradas (40,9%). De 2017 para 2020, o número de cidades com ocorrência de queimadas aumentou 42,9%.

    Quanto à habitação, em 67,9% dos municípios havia loteamentos irregulares e/ou clandestinos em seus territórios. Em 91,7% das cidades com mais de 500 mil habitantes foram registradas favelas e em 79,2% havia ocupações de prédios ou terrenos por movimentos de moradia.

    Cerca de 49,4% dos municípios tinham transporte por ônibus para deslocamentos internos. Apenas 20,7% das cidades com transporte por ônibus intramunicipal tinham frota de ônibus totalmente adaptada.

    De acordo com a pesquisa, havia política de apoio à agricultura familiar em 87,2% dos municípios e ações de fomento à agricultura orgânica em 42,2% deles.

    Em 2020, havia 6.416.845 servidores nas administrações direta e indireta dos municípios do país, 1,8% a menos que em 2019. Cerca de 62,2% dos servidores municipais da administração direta e 44,8% da indireta eram estatutários.

    Estadic 2020

    O IBGE também divulgou hoje a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic) 2020. De 2017 para 2020, houve mudança na prioridade de temas ambientais dos governos estaduais. A gestão de recursos hídricos se tornou prioridade em 15 unidades da Federação (UFs). Licenciamento ambiental, prioritário para 19 UFs em 2017, caiu para oito em 2020.

    No ano passado, 24 UFs contaram com recursos financeiros específicos para os órgãos estaduais de meio ambiente. O percentual médio do total do orçamento direcionado à área foi 1,6%, abaixo dos 2% verificados em 2017.

    Das 25 UFs com Fundo de Meio Ambiente (FMA) em 2020, 19 o utilizaram para ações ambientais.

    Em 2020, 18 UFs tinham legislação sobre ICMS Ecológico ou Socioambiental, sendo que 14 efetuaram repasse para os municípios. O critério ambiental para o repasse mais considerado em 2020 foi a presença de unidades de conservação (13 UCs), seguido pela coleta e destinação final de resíduos sólidos (oito).

    Segundo a pesquisa, houve queda de 3,1% no número de ocupados nos governos estaduais e distritais frente a 2019. Do total de 2020 (2.891.337), 85,7% estavam vinculados à administração direta e 14,3%, à administração indireta. A administração direta era composta, em sua maioria, por estatutários: 79,8%. Na administração indireta, os estatutários também eram maioria (45,3%), e os celetistas, 35,3%.

  • Primeira infância: família de classe D sofre mais impacto na pandemia

    Primeira infância: família de classe D sofre mais impacto na pandemia

    Famílias da classe D – com renda familiar média mensal de R$ 720 – foram as mais negativamente impactadas pela pandemia de covid-19 no que diz respeito aos cuidados com as crianças de até 3 anos.

    Esse grupo (famílias da classe D) se sente mais triste, ansioso, sobrecarregado, exausto, impaciente e assustado que os demais. As famílias destacam que o fator financeiro é um ponto de atenção na forma como cuidadores têm lidado com a pandemia.

    As informações fazem parte da pesquisa Primeiríssima Infância – Interações na Pandemia: Comportamentos de pais e cuidadores de crianças de 0 a 3 anos em tempos de covid-19, que será divulgada na íntegra nos próximos dias.

    A pesquisa foi realizada pela Kantar Ibope Media, a pedido da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, e contou com a participação de famílias das classes sociais A, B, C e D, que convivem e são responsáveis por crianças de 0 a 3 anos. Ao todo, 1.036 pessoas participaram das entrevistas, feitas, em sua maioria, de forma online com o auxílio de uma plataforma, em março deste ano.

    “Uma primeira infância de qualidade, de estímulos adequados propicia oportunidades para a criança. Ao mesmo tempo, há um efeito negativo quando não há oportunidade de disponibilizar o ambiente adequado”, diz a CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Mariana Luz.

    “Com o isolamento social e uma natural crise socioeconômica, a gente percebe, pela pesquisa, o agravamento dessas oportunidades, os efeitos perversos da desigualdade e como esses ambientes e estímulos conseguem fazer o desenvolvimento [da criança] avançar ou retroceder.”

    Mariana explica que os primeiros anos de vida das crianças representam uma oportunidade única e decisiva para o desenvolvimento de todo ser humano. Nessa etapa, são feitas conexões que formam a base das estruturas cerebrais e contribuem para a aprendizagem, além de criar condições para a saúde e a felicidade delas no presente e no futuro. Por isso, tanto a primeiríssima infância, até os  3 anos, e a primeira infância, até os 6 anos, precisam de atenção.

    A especialista enfatiza ainda a necessidade de cuidar de quem cuida. “Os cuidadores e pais precisam estar bem para conseguir oferecer e estar disponíveis para que a interação aconteça. O desenvolvimento acontece por meio da interação”, diz.

    No Brasil, cabe aos municípios fornecer a educação de base, que inclui as creches para crianças até 3 anos de idade.

    Resultados

    As situações vividas pelas famílias na pandemia são distintas, e a percepção em torno do trabalho de cuidar de crianças pequenas também muda, de acordo com a classe social de quem respondeu ao estudo.

    Aqueles que puderam trabalhar em casa, por exemplo, relataram mais tempo de convivência das mães, pais e responsáveis com as crianças durante a pandemia. Isso ocorreu, sobretudo, nos segmentos de classe e educação mais elevados: 51% da classe AB1 – com renda familiar média mensal acima de R$ 11,3 mil – relataram que tiveram boas oportunidades de convivência com as crianças na pandemia. Essa porcentagem cai para 33% entre as famílias da classe D. Nesse grupo, a maioria, 52%, relatou que não houve alteração no tempo de convivência.

    A pesquisa alerta que, apesar do tempo de convivência dos pais com os filhos não ter sido alterado para classe D, ele pode estar mais precário devido à sobrecarga e ao acúmulo de funções.

    As mudanças na rotina tiveram efeitos também nas crianças. Cerca de uma em cada quatro (27%), de todas as classes, apresentou regressão neste um ano de pandemia. Isso significa que voltaram a ter comportamentos de quando eram mais novos, como chorar muito, fazer xixi na roupa sem pedir para ir ao banheiro e falar menos. O uso mais frequente de equipamentos eletrônicos também pode ter impactado no desenvolvimento.

    O acesso à informação e a políticas públicas e a sensação de amparo também foram sentidas de forma diferente a depender da  classe social da família. A maior parte (64%) da classe B2C Básica – que corresponde às famílias com renda média mensal entre R$ 1,7 mil e R$ 5,6 mil que cursaram até o ensino médio – e da classe D (70%) tiveram acesso à renda emergencial. O índice de visita domiciliar por programas sociais, como o Saúde da Família, ficou em cerca de 20% em todos os grupos.

    Os benefícios recebidos dão, no entanto, sensação de amparo principalmente para os grupos de educação elevada. Na classe AB1, 58% sentiram-se amparados. A menor porcentagem, 32%, é de famílias da classe D. Já com relação a informações recebidas durante esse período, a classe AB1 se destaca como a que mais recebeu enquanto a D foi a com menor percentual registrado, respectivamente 22% e 10%.

    Acolhimento

    Segundo Mariana, os impactos negativos da pandemia podem ser revertidos e amenizados com acolhimento e atenção às crianças, o que exigirá a ação de toda uma rede que envolve familiares e escola. “Essa rede precisa estar pronta, de forma segura, para acolher as nossas crianças, para acolher também os desafios e retrocessos com naturalidade, como parte de um processo de desenvolvimento”.

    Ainda em meio à pandemia, dentro do possível, dedicar tempo e atenção às crianças pode ajudá-las a passar por esse momento de estresse e medo.

    “Em casa, a gente precisa continuar oferecendo esses estímulos, de brincadeiras, de ouvir, de identificar sentimentos, de entender, de explicar, de ajudá-los a identificar o que estão sentindo, de se expressar. Fazer isso por meio de contação de histórias, da leitura de livros, da conversa, da música”, defende Mariana.

  • Rio: flexibilização nas medidas restritivas pode ser revista, diz Paes

    Rio: flexibilização nas medidas restritivas pode ser revista, diz Paes

    A flexibilização das medidas restritivas na cidade do Rio de Janeiro, publicada hoje (7) em decreto, pode ser revista caso a curva de contágio e de óbitos pelo novo coronavírus volte a subir e caso os comerciantes e a população não respeitem as regras de distanciamento mínimo. O decreto libera a permanência nas praias durante o fim de semana e acaba com o toque de recolher, das 23h às 5h.

    Segundo o prefeito Eduardo Paes, que participou da divulgação do 18° Boletim Epidemiológico da Covid-19 pela manhã, as decisões sobre aumento ou flexibilização das restrições são baseadas nos dados da evolução da pandemia na cidade, como o aumento de casos e óbitos, bem como de procura por serviços de urgência e emergência em saúde. Os dados tiveram aumento acentuado no fim de março e agora apresentam uma queda lenta.

    “Esses dados de casos confirmados e de óbitos são relevantes, mas eles nem sempre retratam a fotografia daquele momento. Quando nós começamos a identificar a subida daqueles casos, tem um momento de subida bastante forte, foi quando nós começamos a tomar medidas mais duras. Nesse momento há uma queda. Óbvio, se essa curva mudar, a gente muda rapidamente a tomada de decisão. Mas essa curva está caindo, o que é uma ótima notícia”.

    Os últimos dados, divulgados na noite de ontem, indicam que a cidade acumula 275.833 casos de covid-19, sendo 57.812 graves. Até o momento, a capital registra 24.495 mortes decorrentes da doença.

    Regiões administrativas

    No mapa de avaliação de risco por região administrativa, a cidade está com três bairros na situação de risco alto, todos na zona oeste: Campo Grande, Santa Cruz e Guaratiba. Todas as demais 30 regiões permanecem com risco muito alto. Paes fez um apelo aos comerciantes e à população que respeitem as regras de distanciamento, para que não seja necessário impor restrições localizadas.

    “Se a gente conseguir respeitar as regras colocadas, a gente ainda está se protegendo da doença. Vamos ficar atentos aos locais de aglomeração, mas se a gente tiver que impor medidas restritivas até regionalmente localizadas, nós vamos impor. Nós vamos observar nesse fim de semana e se a gente observar que virou aquela bagunça de novo, vamos impor medidas restritivas específicas para esses locais, para não prejudicar a cidade inteira por algumas áreas ou por alguns irresponsáveis”.

    Vacinação

    A vacinação na cidade já alcançou 96,2% dos idosos, segundo estimativa baseado em dados do Censo. No momento, a Secretaria Municipal de Saúde está promovendo uma busca ativa dos idosos para completar a imunização do grupo.

    Já foram aplicadas no município 2,3 milhões de doses, contemplando 23,7% da população com a primeira dose, num total de 1,6 milhão, e 743,6 mil com as duas.

    O calendário segue para os grupos prioritários com a primeira dose para pessoas com 50 e 51 anos hoje. Até o fim da próxima semana, a previsão é contemplar pessoas de 47 anos com comorbidade e deficiência permanente além dos grupos profissionais de saúde e dos guardas municipais envolvidos no combate à covid-19.

    Professores e motoristas de ônibus

    A Secretaria Municipal de Saúde suspendeu hoje a vacinação para profissionais de educação, segurança pública, motoristas e cobradores de ônibus, transporte escolar e serviços de limpeza urbana, após ser  notificada pelo Ministério Público do Estado (MPE).

    Segundo o prefeito, será enviada uma nota técnica ao MPE que justifica a inclusão desses grupos entre as prioridades e garante a capacidade de vacinação deles.

    “A decisão que nós tivemos de incluir basicamente três grupos que não estavam nessa fase prioritária do Plano Nacional de Imunização [PNI]: professores, garis e motoristas e trocadores de ônibus. Primeiro, nós temos condições de fazer. Não atrapalha o andamento do nosso PNI incluir essas categorias”, disse.

    “Nós incluímos porque entendemos que professores são absoluta prioridade. Temos que entender que se continuarmos com nossas crianças fora de sala de aula, o caos que estamos gerando para o país é talvez maior até do que as consequências diretas do coronavírus. Muito objetivamente, as crianças estão nas ruas enquanto os pais estão trabalhando”, concluiu.

    Novas variantes

    A vigilância genômica do novo coronavírus, feita por amostragem, identificou um caso na cidade da nova variante P1.2, que deriva da P1. Segundo a prefeitura, o caso está em acompanhamento, mas ainda não há informações se a nova variante gera casos mais graves ou se é mais transmissível que as anteriores. Em fevereiro e março, a predominância na cidade foi da variante P1.

  • São Paulo reabre parques, restaurantes e academias neste sábado

    São Paulo reabre parques, restaurantes e academias neste sábado

    A capital paulista avança, neste sábado (24), na flexibilização das regras para conter a pandemia de covid-19. A partir de hoje reabrem para o público restaurantes, lanchonetes, salões de beleza, parques municipais, clubes, academias e estabelecimentos ligados a atividades culturais. No domingo (25), serão reativadas também as ciclofaixas de lazer.

    O horário de funcionamento permitido para os estabelecimentos é das 11h às 19h. Academias podem abrir em dois horários: das 7h às 11h, e das 15h às 19h. A orientação é que a população evite aglomerações nesses espaços, que terão capacidade máxima limitada a 25%.

    Para evitar a circulação de pessoas no período noturno, está mantido o toque de recolher entre 20h e 5h. Permanece ainda a orientação de teletrabalho para as atividades administrativas não essenciais e escalonamento de horário na entrada e saída das atividades do comércio, serviço e indústria.

    Desde o domingo passado (18), voltaram a funcionar em São Paulo o comércio e as lojas de shopping, assim como igrejas e lugares de cultos religiosos. De acordo com a prefeitura, está prevista para o dia 1º de maio uma revisão sobre a retomada das atividades na capital, que pode variar conforme os indicadores de contágio pelo novo coronavírus e de internações hospitalares por covid-19 no município.

  • Antecipação de feriados em SP fez isolamento aumentar, diz prefeito

    Antecipação de feriados em SP fez isolamento aumentar, diz prefeito

    O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse hoje (30) que a antecipação dos feriados na capital paulista, que criou no município um período de dez dias seguidos sem dias úteis, iniciados na última sexta-feira (26), está fazendo com que o isolamento social na cidade aumente. Segundo o prefeito, apesar de “ser muito cedo ainda para poder colher os resultados desse grande feriado”, a decisão está se mostrando acertada.

    “A medida do isolamento pela prefeitura de São Paulo, que é um índice diferente daquele utilizado pelo governo do estado, mostra uma evolução no isolamento social. Nós utilizamos aqui dados de catraca de ônibus, notas fiscais emitidas, trânsito na cidade de São Paulo. Isso vem mostrando um aumento das pessoas que permanecem dentro de casa, o que mostra o acerto da decretação dos feriados”, disse Covas em entrevista coletiva.

    O prefeito, no entanto, não deu detalhes sobre o aumento do isolamento social na capital paulista. Pelo Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi) do governo do estado de São Paulo, o isolamento social na cidade de São Paulo não apresentou melhora desde o início dos feriados antecipados, em comparação com a semana anterior.

    Na última sexta-feira (26), o Simi apontou isolamento na capital paulista de 42% da população, resultado igual ao da sexta-feira anterior, dia 19. No sábado (27), o isolamento foi de 45%, ante 46% do sábado (20). No domingo (28), foi de 50%, ante 51% do domingo (21). E ontem (29), o isolamento foi de 44%, ante 42% da segunda-feira (22).

    Ocupação de UTIs

    Covas destacou que a taxa de ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) na cidade de São Paulo não aumentou e ficou estável no último final de semana, em torno dos 90%. “Nós tivemos nesse final de semana uma manutenção em 90%, sem crescimento, o que já é uma boa notícia da ocupação de leitos de UTIs”, disse.

    De acordo com dados do governo do estado, ontem (29), a ocupação dos leitos de UTIs na capital paulista estava em 88%, praticamente a mesma taxa de duas semanas atrás, de 88,5%, registrado no último dia 15.

    Reabertura das escolas

    O prefeito de São Paulo disse também que ainda não há decisão tomada quanto ao retorno das aulas presenciais nas escolas da cidade. De acordo com Covas, a prefeitura detectou um aumento dos focos de covid-19 na cidade no período em que as escolas voltaram a receber alunos, principalmente a partir de fevereiro.

    “Todo mundo sabe que a atividade de educação é atividade mais do que essencial, ação transformadora da realidade, uma das mais importantes e das mais nobres realizadas aqui dentro da cidade de São Paulo. Só que nós temos uma preocupação que é preocupação com a vida. O que nós tivemos aqui na cidade de São Paulo, no período de retorno às aulas, foi aumento na quantidade de focos de covid-19”, explicou.

  • Rio e Niterói decretam medidas rígidas de isolamento social

    Rio e Niterói decretam medidas rígidas de isolamento social

    Os prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e de Niterói, Axel Grael, decidiram decretar medidas rígidas de isolamento social, com o fechamento do comércio não essencial. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (22), durante entrevista coletiva conjunta, em Niterói. As medidas vão vigorar de 26 de março até 4 de abril, quando serão revistas, podendo ser suspensas ou mantidas.

    Haverá atendimento presencial apenas de serviços essenciais, teletrabalho para funcionários públicos. Permanecerão fechadas creches, escolas, universidades, cursos de idiomas e autoescolas. Será proibida a permanência em vias públicas entre as 23h e as 5h. Ficam fechados para atendimento presencial museus, bibliotecas, bares, lanchonetes, restaurantes e quiosques.

    As lanchonetes, restaurantes e bares poderão funcionar com entregas a domicilio, drive-thru e retiradas. Poderão funcionar comércio de alimentos, bebidas, supermercados, açougues, padarias, assim como bancos, lotéricas, comércio atacadista, feiras livres, postos de combustíveis e revenda de gás, mecânicas, lojas de autopeças, hotelaria, transporte de passageiros, indústrias, call centers e funerárias, entre outros segmentos essenciais. As praias permanecem fechadas para banho ou permanência na areia, sendo tolerado apenas a prática de exercícios individuais.

    O prefeito de Niterói explicou que o objetivo foi tomar medidas integradas com o Rio, cidade que recebe diariamente um grande contingente de trabalhadores niteroienses. “Procurei o prefeito Eduardo Paes porque Niterói já ia tomar medidas de restrições e achei importante que fizéssemos isso de uma forma integrada. Nossas cidades não são ilhas, sofrem da falta de ação das cidades vizinhas, que geram sobrecarga na nossa rede hospitalar. Estamos vivendo o momento mais crítico da trajetória da pandemia, nos preocupa demais. As coisas estão acontecendo muito rápido”, disse Grael.

    O prefeito do Rio, Eduardo Paes, destacou que as medidas não são agradáveis, principalmente do ponto de vista econômico, mas extremamente necessárias para garantir a vida. Ele negou que tenha se atrasado no decreto das medidas.

    “Nenhum de nós toma as decisões hoje felizes, mas por necessidade. Entendemos os aspectos econômicos, mas ouvimos a ciência. Ninguém aqui é alarmista, deixa de se preocupar com problemas sociais, mas entendemos que o fundamental é a preservação de vidas. A gente fez de tudo para não tomar essas medidas, mas elas são necessárias. É preciso que as pessoas entendam que este processo é inevitável. Nós estamos tomando as medidas no tempo certo”, disse Paes.

    Os decretos serão publicados nos respectivos Diários Oficiais dos municípios de Niterói e do Rio, com o detalhamento das medidas.

    Repercussão

    Em nota a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) se manifestou favorável às decisões dos governos do Rio de Janeiro e de Niterói. “Neste contexto encontram-se o novo auxílio emergencial à população mais vulnerável, a continuidade das ações de apoio creditício às empresas de pequeno porte, bem como as restrições temporárias relacionadas a ambientes de aglomeração de lazer”.

    O Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro (Hotéis Rio) também apoia as medidas restritivas, mas pede uma contrapartida. “Esperamos ter alguma contrapartida dos governos federal, estadual e municipal quanto à não cobrança de impostos ou uma postergação, já que dez dias em 30 dias é um terço de nossa receita”, mostra a nota assinada pelo presidente da instituição, Alfredo Lopes.

    Para a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomercio), “a implementação de uma medida extrema como o lockdown de forma isolada não se afigura como suficiente para conter a contaminação da doença”. A entidade cobra a abertura de novos leitos e mais vacinas.

  • Governador anuncia lockdown a partir de 1º de março no Distrito Federal

    Governador anuncia lockdown a partir de 1º de março no Distrito Federal

    O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, anunciou em redes sociais que decretará lockdown em virtude da elevada taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) na região.

    Segundo Ibaneis, o lockdown será aplicado das 20h às 05h. Ainda não há detalhes sobre a data de vigência das restrições, apenas que a decisão foi fundamentada em uma recomendação técnica da Secretaria de Saúde do DF. O Distrito Federal ainda não identificou casos de infecção por variantes do novo coronavírus.

  • Covid-19: Brasil registrou 57.472 casos em 24 horas

    Covid-19: Brasil registrou 57.472 casos em 24 horas

    O Ministério da Saúde atualizou hoje (20) os números da pandemia de covid-19 no Brasil. De acordo com o boletim epidemiológico, o país registrou 57.472 novos casos em 24 horas. O total de casos é de 10.139.148. Destes, 825.232 (8,1%) seguem em acompanhamento.

    O número de óbitos em 24 horas é de 1.212. No total, a pandemia de covid-19 já vitimou 245.977 pessoas no Brasil. O número de recuperados segue em patamar estável, com 89,4% das pessoas infectadas já curadas da doença. Segundo o Ministério da Saúde, 9.067.939 pessoas são consideradas recuperadas.

    No mapa estadual da covid-19, o cenário semanal permanece sem grandes alterações. São Paulo continua em 1º em infecções e óbitos, com 1.971.423 casos registrados e 57.743 mortes em decorrência do novo coronavírus. Minas Gerais e Bahia seguem em 2º e 3º lugar, com 837.041 casos e 17.594 óbitos e 651.484 casos e 11.128 óbitos, respectivamente.

  • Excesso de atividade física pode ser prejudicial, alerta médico

    Excesso de atividade física pode ser prejudicial, alerta médico

    Enquanto a vacina contra a covid-19 não chega para toda a população, quem continua firme no isolamento social tenta manter a forma com exercícios físicos em casa. Porém, o excesso ou desempenho inadequado podem ter efeito reverso e causar complicações em quem pratica. 

    O alerta é do cirurgião vascular Calogero Presti, que explica que o controle na frequência dos exercícios é fundamental para evitar lesões de músculos, tendões e articulações – e até mesmo fraturas ósseas de estresse e tendinites.

    “Exercício físico saudável, em geral, é aquele moderado, em dias alternados para a recuperação muscular, habitual e com frequência de três a quatro vezes por semana”, destaca o médico, que também é membro do Conselho Superior da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.

    O especialista pontua que antes de iniciar qualquer tipo de treinamento físico é aconselhável que o paciente com doença vascular se submeta a um exame clínico e cardiológico para detectar e avaliar possíveis comorbidades. Pois, caso seja necessário, o preparador físico, em conjunto com um médico, pode aconselhar o treinamento mais adequado para cada situação.

    Doenças vasculares, como as varizes, pedem atenção especial durante a prática esportiva. No caso de pacientes com insuficiência venosa crônica, há dificuldade de retorno sanguíneo ao coração quando a pessoa se encontra parada, em pé ou sentada.

    “Os exercícios mais indicados nessa situação são aqueles que promovem a contração e alongamento dos músculos das pernas, em especial as caminhadas, exercícios em esteira ou com bicicleta. A natação e a hidroginástica são particularmente úteis, pois facilitam o retorno venoso pela atenuação da gravidade quando dentro d’água, além de fortalecerem e alongarem os músculos”, orienta Presti.

    Exercícios físicos intensos também podem causar rabdomiólise, ou seja, necrose muscular. Na maioria dos casos, ela ocorre quando o paciente inicia ou reinicia o treinamento físico sem a supervisão de um educador. “O exercício excessivo pode produzir edema das células musculares das extremidades e, como consequência, a necrose dos músculos em graus variáveis, o que ocasiona liberação da mioglobina (proteína muscular) no sangue”, informa.

    Grandes quantidades de mioglobina no sistema circulatório podem causar depósitos nos túbulos renais, o que pode gerar insuficiência e mau funcionamento dos órgãos. Em casos extremos, hemodiálise, perda dos rins ou até mesmo o óbito são possíveis, explica o médico.

    Exercícios em casa

    Qualquer estímulo a atividades físicas de vida diária como jardinagem, limpar e arrumar a casa, lavar louça, arrumar armários, subir e descer escadas e dançar aumentam o gasto calórico, mantêm a atividade muscular, evitam a obesidade e diminuem a depressão durante o distanciamento social, aconselha o especialista.

    “Os pacientes com doenças vasculares periféricas se beneficiam muito dos exercícios aeróbicos, sendo aconselhável caminhadas de 30 a 40 minutos 3 a 4 vezes por semana ao ar livre. O exercício aeróbico pode ser realizado na mesma frequência, com esteira ou bicicleta ergométrica em casa.”

    Segundo o médico, para os que permanecem em home office é aconselhável interromper o tempo de permanência no computador, intercalando 15 minutos de atividade física a cada 30 minutos de trabalho, movimentando os braços, as pernas, respirando livremente, andando ou fazendo alongamento.

    “Quanto aos exercícios recomendados por seu médico ou educador físico, não exagere na quantidade, intensidade e duração. A alta intensidade e o tempo de recuperação muscular e cardiovascular insuficientes podem ser prejudiciais ao sistema cardiovascular, à imunidade, provocar lesões musculares, articulares e tendinites”, completa o médico.

    Outra orientação do especialista é manter-se bem hidratado durante os exercícios e evitar fazê-los em ambientes quentes e pouco ventilados. Em caso de desconforto durante o exercício, como cansaço excessivo, falta de ar, dor torácica e tonturas, interrompa os exercícios e procure orientação médica.

    “A prática de exercícios físicos deve ser interrompida de imediato na presença de sintomas relacionados à covid-19 como febre, falta de ar, tosse seca e perda do olfato ou paladar”, destaca o médico.