Tag: IPCA

  • CMN fixa em 3% a meta de inflação para 2025

    CMN fixa em 3% a meta de inflação para 2025

    O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta de inflação para 2025 em 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O anúncio foi feito pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (23).

    As metas de inflação para 2023 e 2024 foram mantidas, respectivamente, em 3,25% e 3%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo. Este é o valor que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) poderá alcançar nos próximos anos. Em 2022, a meta para a inflação também permanece em 3,5%, com o mesmo intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

    Em nota, o Ministério da Economia informou que a meta de 3% em 2025 reduz as incertezas e aumenta a capacidade de planejamento das famílias, das empresas e do governo. Segundo a pasta, a meta está alinhada com as expectativas do mercado financeiro para daqui a três anos. “A expectativa de inflação futura, projetada no boletim Focus [pesquisa do Banco Central com instituições financeiras] mais recente disponível para o ano em questão, mostra-se ancorada à meta de inflação estabelecida.”

    Histórico

    Até 2016, a meta de inflação era fixada com dois anos de antecedência, mas um decreto publicado no Diário Oficial da União em junho de 2017 determinou que a definição passasse a ser feita três anos antes. De acordo com o Banco Central (BC), a mudança teve como objetivo reduzir as incertezas e melhorar a capacidade de planejamento das famílias, das empresas e do governo.

    Desde 2005, o centro da meta de inflação estava em 4,5%, com 2,5 pontos de margem de tolerância. Em 2006, o intervalo caiu para 2 pontos e permaneceu assim nos anos seguintes, até ser reduzido para 1,5 ponto para 2017 e 2018, banda que será mantida agora até 2025.

    A meta de inflação deve ser perseguida pelo BC ao definir a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, pretende conter a demanda aquecida e segurar os preços ao encarecer o crédito e estimular a poupança. Ao diminuir os juros básicos, o Copom barateia o crédito, incentivando a produção e o consumo.

    Matéria atualizada às 20h14 para acréscimo do posicionamento do Ministério da Economia

  • Projeto da LDO prevê crescimento de 2,5% para o próximo ano

    Projeto da LDO prevê crescimento de 2,5% para o próximo ano

    A economia brasileira deverá crescer 2,5% no próximo ano, depois de crescer 1,5% em 2022. A estimativa consta do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2023, enviado hoje (14) ao Congresso Nacional.

    Pelas estimativas oficiais, a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cairá para 3,3% em 2023 e para 3% em 2024 e 2025, contra 6,45% previstos para este ano. As projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado na correção do salário mínimo, serão nos mesmos percentuais: 3,3% em 2023 e 3% nos dois anos seguintes, menor que os 6,7% projetados para este ano.

    Em relação ao IPCA, índice oficial de inflação, a projeção para o próximo ano está levemente acima do centro da meta de 3,25% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Como o conselho determina uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, a inflação poderá ficar entre 1,75% e 4,75% no próximo ano sem resultar em descumprimento da meta.

    O projeto também prevê uma média de 10% ao ano para a taxa Selic (juros básicos da economia) em 2023, 7,7% em 2024 e 7,1% em 2025. Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano. O texto enviado ao Congresso prevê taxa de câmbio média a R$ 5,30 para 2023, 2024 e 2025 e preço médio do barril do petróleo (usado para estimar receitas da União com royalties) em US$ 90,2 no próximo ano, US$ 82,7 em 2024 e US$ 78 em 2025.

  • Presidente do BC se diz surpreso com a alta da inflação

    Presidente do BC se diz surpreso com a alta da inflação

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, classificou como “bastante alto” o núcleo da inflação. Ele se manifestou “surpreso” com a aceleração de 1,62% apresentada em março para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). As declarações foram feitas em evento transmitido pela internet.

    De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA de março foi a maior taxa para um mês de março desde a implantação do Plano Real, em 1994.

    Entre as justificativas para o resultado, Campos Neto citou índices relacionados a “processos industriais”, que, segundo ele, não caíram da forma como era esperado. Já o setor de serviços reagiu, segundo Campos neto, “mais ou menos” da forma esperada, referindo-se à inflação represada do setor.

    Surpresas

    “Os núcleos de inflação estão bastante altos, e as surpresas de curto prazo têm um pedaço que foi gasolina e outro que foi vestuário, que veio muito forte. A gente então olha a cadeia e vê se tem alguma coisa mais informativa no longo prazo”, disse.

    “A gente entende que tem um choque de energia em cima de um choque que já vinha. A gente vê a difusão, que foi uma das mais altas que já tivemos”, acrescentou.

    Campos Neto, no entanto, disse que, apesar da surpresa causada pelos resultados inflacionários, acredita em uma melhora futura da situação, quando a alta da taxa básica de juros refletir com mais intensidade na economia.

    “A gente teve uma surpresa neste último número [IPCA de março]. Vamos olhar e analisar os fatores que estão gerando essas surpresas inflacionárias e vamos comunicar isso em um momento maios apropriado”, disse.

    O presidente do Banco Central disse, no entanto, “que grande parte do trabalho que fizemos em termos de juros terá impacto nos próximos trimestres. Então temos ainda uma defasagem em relação ao que já foi feito”.

    Campos Neto lembrou que a autoridade monetária está “sempre aberta a reanalisar o cenário, se entendermos que haja alguma coisa diferente do padrão que tínhamos identificado até então”.

    Edição: Fernando Fraga

  • Inflação oficial sobe para 1,62% em março

    Inflação oficial sobe para 1,62% em março

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou taxa de 1,62% em março deste ano. O indicador ficou acima dos observados no mês anterior (1,01%) e em março do ano passado (0,93%). Essa é a maior taxa para um mês de março desde a implantação do Plano Real, em 1994.

    O dado foi divulgado hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA acumula taxa de 3,20% no ano. Em 12 meses, o acumulado chega a 11,30%, acima dos 10,54% de fevereiro.

    O principal impacto na inflação de março veio dos transportes, que subiram 3,02% no mês. A taxa foi puxada pela alta nos combustíveis, que subiram 6,70% no período. A gasolina foi o item de maior impacto no IPCA de março (6,95%).

    Outros combustíveis com alta de preços foram o óleo diesel (13,65%), gás veicular (5,29%) e etanol (3,02%). Também tiveram aumento itens como transporte por aplicativo (7,98%), seguro voluntário de veículo (3,93%) e conserto de automóvel (1,47%).

    Em seguida, aparecem os alimentos, com alta de 2,42%, puxada por itens como tomate (27,22%), cenoura (31,47%), leite longa vida (9,34%), óleo de soja (8,99%), frutas (6,39%) e pão francês (2,97%). A refeição fora de casa subiu 0,65%.

    Oito dos nove grupos tiveram alta de preços: vestuário (1,82%), habitação (1,15%), saúde e cuidados pessoais (0,88%), despesas pessoais (0,59%), artigos de residência (0,57%) e educação (0,15%). O único com queda foi comunicação, com -0,05%.

    Siga-nos no Facebook Twitter para se manter informado com as notícias de hoje!

  • Com alta de 4,9% em outubro, arrecadação federal segue recorde em 2021

    Com alta de 4,9% em outubro, arrecadação federal segue recorde em 2021

    A arrecadação federal manteve tendência de alta em outubro, com o valor de R$ 178,742 bilhões arrecadados. O montante é 4,92% maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado, considerada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O resultado do mês de outubro foi o melhor desde 2016 (R$ 188,425 bilhões).

    Segundo a Receita Federal, que divulgou hoje (24) os dados referentes a outubro, no acumulado dos 10 primeiros meses de 2021, a arrecadação federal soma R$ 1,527 trilhão, 20,06% a mais do que no mesmo período do ano passado e maior valor da série histórica iniciada em 1995.

    Receitas atípicas

    De acordo com análise da Receita, o desempenho foi impulsionado por fatores não recorrentes, como o recolhimento extraordinário de R$ 5 bilhões em Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

    No acumulado do ano, a receita com IRPJ/CSLL é a segunda maior entre todos os tributos, encontrando-se em R$ 336 bilhões, cerca de 35% maior do que no mesmo período do ano passado. Desse valor, R$ 39 bilhões são resultantes de arrecadações atípicas (que não se repetirá em outros anos).

    Em 2020, o acumulado de IRPJ/CSLL nos dez primeiros meses do ano foi de R$ 249 bilhões. A diferença expressiva está atrelada à recuperação da atividade econômica com o arrefecimento da pandemia de covid-19 e consequente recuperação nos lucros das empresas.

    Em termos nominais, contudo, a maior fonte de arrecadação no ano, até o momento, se dá por meio da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do PIS (Programa de Integração Social), que somam R$ 389,7 bilhões arrecadados.

    Em relação à variação, a maior se dá por conta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que teve alíquota majorada a partir do fim de setembro. Em outubro deste ano, houve aumento de 90,9% na arrecadação do tributo, cujo acumulado nos dez primeiros meses chega a R$ 39,5 bilhões.

    Compensações tributárias

    Após a divulgação dos números, o Secretário Especial da Receita Federal, José Tostes, destacou que o resultado de outubro poderia “ter sido ainda melhor”, não fosse o impacto negativo das compensações tributárias, que ocorrem quando o contribuinte utiliza créditos antigos obtidos junto à Receita para pagar tributos atuais.

    Em outubro, foram compensados R$ 24 bilhões, enquanto que nos 10 primeiros meses do ano esse número chega a R$ 171 bilhões, alta de 22% em relação a 2020. Desse valor, R$ 80 bilhões são decorrentes de decisões judiciais, 77% a mais do que no ano passado, o que vem “impactando fortemente o resultado de arrecadação”, disse Tostes.

    Matéria alterada às 12h29 para acréscimo de informações e para correção do valor do recolhimento extraordinário de IRPJ/ CSLL. O valor correto é R$ 5 bilhões, não R$ 36 bilhões como informado anteriormente.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Transportes têm o maior impacto na alta da inflação em outubro

    Transportes têm o maior impacto na alta da inflação em outubro

    A alta de 1,25% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em outubro, com acumulado de 10,67% em 12 meses, foi pressionada pelo grupo transportes. A variação desse grupo chegou a 2,62%, impactando em 0,55 ponto percentual o índice do mês.

    Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os combustíveis subiram 3,21%, com a gasolina (3,10%) tendo o maior impacto individual no índice do mês, de 0,19 ponto percentual. Essa é a sexta alta seguida no preço da gasolina, que acumula aumento de 38,29% no ano e de 42,72% em 12 meses.

    O gerente do IPCA, Pedro Kislanov, destaca que tanto o preço da gasolina como o da energia elétrica, que está na bandeira preta, de escassez hídrica, desde setembro, têm impacto indireto no custo de outros grupos.

    “Os preços de muitos componentes, como vestuário e artigos de residência, têm sido influenciados pela alta dos combustíveis, alta da energia elétrica, pela depreciação cambial. Então, a gasolina e a energia elétrica, além de ter um efeito no IPCA diretamente, têm um efeito indireto sobre outros, principalmente sobre bens industriais. De fato, houve um espalhamento maior este mês, principalmente por conta dos não alimentícios”, explica o gerente.

    A energia elétrica residencial teve alta de 6,47% em setembro e de 1,16% em outubro, com acumulado de 19,13% no ano e de 30,27% em 12 meses. Outro peso grande no custo para as famílias é o gás de botijão, que subiu 3,67% em outubro, com alta de 33,34% no ano e de 37,86% em 12 meses. “Foi o 17º mês consecutivo de alta. Temos alta desde junho de 2020 no gás de botijão, acumulando 44,77% de alta no período”, disse Kislanov.

    Grupos

    Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE subiram em outubro. No grupo transportes, o óleo diesel subiu 5,77%, o etanol 3,54% e o gás veicular ficou 0,84% mais caro. Já as passagens aéreas tiveram alta de 33,86% no mês. Segundo Kislanov, também influenciadas pela alta do dólar e dos combustíveis, além da melhora na pandemia da covid-19.

    “A depreciação cambial e a alta dos preços dos combustíveis, em particular do querosene de aviação, têm contribuído com o aumento das passagens aéreas. A melhora do cenário da pandemia, com o avanço da vacinação, levou a um aumento no fluxo de circulação de pessoas e no tráfego de passageiros nos aeroportos. Como a oferta ainda não se ajustou à demanda, isso também pode estar contribuindo com a alta dos preços”, explica.

    Também acelerou em outubro o transporte por aplicativo, que ficou 19,85% mais caro, depois de subir 9,18% em setembro. Os automóveis novos subiram 1,77% e os usados tiveram alta de 1,13%.

    Alimentos e bebidas

    O grupo alimentos e bebidas subiu 1,17% no mês, perfazendo a segunda maior contribuição na alta do IPCA, com 0,24 ponto percentual. As principais altas foram no preço do tomate (26,01%) e da batata-inglesa (16,01%), que aceleraram a alimentação no domicílio para 1,32%. Também ficaram mais caros o café moído (4,57%), o frango em pedaços (4,34%), o queijo (3,06%) e o frango inteiro (2,80%).

    Caíram o preço do açaí (8,64%), do leite longa vida (1,71%) e do arroz (1,42%). Porém, o gerente da pesquisa destaca que, apesar da queda, o arroz teve uma das maiores altas do ano passado.

    “O arroz tem tido uma queda nos preços provocada por uma menor demanda interna, mas essa queda acaba sendo limitada pelo aumento no volume das exportações. No ano, a gente tem uma queda acumula de 12,24%, mas o arroz subiu 76% em 2020”, disse.

    O grupo habitação subiu 1,04% em outubro, vestuário teve aumento de 1,80%, artigos de residência variaram 1,27%, educação subiu 0,06% e despesas pessoais 0,75%.

    Regiões

    Todas as regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE tiveram alta no mês. As maiores variações foram em Vitória e Goiânia, ambos com alta de 1,53%. Em Vitória, as principais influências foram da taxa de água e esgoto (11,33%) e da energia elétrica (3,35%). Em Goiânia, pesaram a energia elétrica (5,34%) e a gasolina (4,24%). A menor variação de outubro foi verificada em Belém (0,64%), com a queda no preço do açaí (8,77%) e da energia elétrica (1,23%).

    INPC

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para as famílias com renda entre um e cinco salários mínimos, teve alta de 1,16% em outubro. No ano, o indicador acumula alta de 8,45% e, em 12 meses, de 11,08%.

    Para esse indicador, os produtos alimentícios subiram 1,10% no mês, acima do 0,94% observado em setembro. Já os não alimentícios ficaram 1,18% mais caros, depois de registrar 1,28% no mês anterior.

    A pesquisa de preços é feita nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.