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  • Interpol prende em Portugal líder de quadrilha que aplicou golpes milionários em Mato Grosso

    Interpol prende em Portugal líder de quadrilha que aplicou golpes milionários em Mato Grosso

    Um golpe de rede internacional levou à prisão de um dos líderes de uma das maiores organizações criminosas especializada em golpes virtuais em Mato Grosso e outros estados do Brasil. O homem, de 33 anos, foi preso em Portugal no dia 28 de agosto pela Interpol, após meses de investigações da Polícia Civil de Mato Grosso.

    O criminoso era um dos principais alvos da Operação Gênesis, deflagrada em março de 2023, que desarticulou uma quadrilha responsável por aplicar diversos tipos de golpes virtuais, como o do “perfil falso de WhatsApp” e o “falso intermediador de vendas”. A organização criminosa atuava em pelo menos 13 estados brasileiros, causando prejuízos milionários às vítimas.

    O referido era responsável por coordenar a organização criminosa e lavava o dinheiro obtido com os golpes. Ele recrutava pessoas para abrir contas bancárias em nome de terceiros, que eram utilizadas para receber os valores das fraudes. Em seguida, o dinheiro era sacado ou transferido para outras contas controladas pela organização.

    A prisão do criminoso em Portugal é resultado de um trabalho conjunto entre a Polícia Civil de Mato Grosso, a Interpol e as autoridades portuguesas. O suspeito deve ser extraditado para o Brasil, onde responderá pelos crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

  • Ex-diretora das Americanas entrega passaporte ao retornar ao Brasil

    Ex-diretora das Americanas entrega passaporte ao retornar ao Brasil

    A Polícia Federal (PF) apreendeu o passaporte da ex-diretora da Americanas Anna Cristina Ramos Saicali. A executiva chegou na manhã desta segunda-feira (1º) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, vinda de Portugal.

    Segundo a PF, Anna Cristina entregou o documento, atendendo a decisão da Justiça, por volta das 7h30, acompanhada do advogado. Ainda de acordo com a polícia, com o retorno ao Brasil, a executiva foi retirada da lista de procurados da Interpol. Ela era alvo de um mandado de prisão que foi convertido em medida cautelara para não se ausentar do país.

    O ex-CEO do Grupo Americanas Miguel Gutierrez e Anna Cristina, que comandava o ramo digital da companhia, foram alvos da Operação Disclousure, da PF, na semana passada. Ambos são investigados pelas fraudes contábeis que geraram um prejuízo bilionário à empresa.

    Gutierrez, que atualmente vive em Madrid, na Espanha, chegou a ser preso na sexta-feira (28), sendo liberado no sábado (29). Segundo a defesa do ex-CEO, ele jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude.

    “Vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios, manifestando uma vez mais sua absoluta confiança nas autoridades brasileiras e internacionais”, diz a nota da defesa.

    Em comunicado divulgado no ano passado, a Americanas S.A. informou que foi vítima de fraudes contábeis no valor de R$ 25,3 bilhões. Os lucros foram manipulados para inflar os resultados, pagar acionistas, gerar maior recolhimento de impostos e manter a possibilidade de obter linhas de financiamento. A empresa informou que foram criados diversos contratos artificiais de Verba de Propaganda Contratada (VPC) que, em 30 de setembro de 2022, atingiram o valor de R$ 21,7 bilhões. Os outros R$ 3,6 bilhões vieram do não lançamento de juros sobre operações financeiras.

    Outras irregularidades estavam presentes no Balanço Patrimonial da companhia, divulgado em setembro do ano passado. Foi contabilizada de maneira inadequada a contratação de operações de financiamento de compras (risco sacado, forfait ou confirming) no valor de R$ 18,4 bilhões e de capital de giro de R$ 2,2 bilhões. Isso permitiu uma redução da dívida financeira bruta em R$ 20,6 bilhões.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Ex-diretores da Americanas alvos da PF entram na lista da Interpol

    Ex-diretores da Americanas alvos da PF entram na lista da Interpol

    Os dois ex-diretores do grupo Americanas investigados pela Operação Disclosure da Polícia Federal (PF) foram incluídos na lista de Difusão Vermelha da Interpol, a polícia internacional. Segundo a PF, os dois alvos de prisão preventiva encontram-se foragidos no exterior.

    Fraudes contábeis: PF cumpre mandados de prisão contra ex-diretores da empresa Americanas

    Com a inclusão dos nomes, as polícias de outros países sabem que eles são procurados no Brasil e podem prendê-los, se decidirem por isso.

    Os ex-diretores, cujos nomes não foram divulgados pela PF, são acusados de participação em fraudes contábeis que chegam a R$ 25,3 bilhões, segundo a Polícia Federal (PF). Além dos mandados de prisão preventiva, os agentes cumprem nesta quinta-feira (27), 15 mandados de busca e apreensão e o sequestro de bens e valores autorizados pela Justiça, que somam mais de R$ 500 milhões.

    As investigações, que contaram com a colaboração da atual diretoria do grupo Americanas, também tiveram a participação do Ministério Público Federal (MPF) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

    De acordo com a PF, os alvos da operação praticaram fraudes contábeis relacionadas a operações de risco sacado, que consiste numa operação na qual a varejista consegue antecipar o pagamento a fornecedores por meio de empréstimo junto aos bancos.

    “Também foram identificadas fraudes envolvendo contratos de verba de propaganda cooperada (VPC), que consistem em incentivos comerciais que geralmente são utilizados no setor, mas no presente caso eram contabilizadas VPCs que nunca existiram”, informou a PF, por meio de nota, divulgada no início da manhã.

    Também por meio de nota, o grupo Americanas informou que reitera sua confiança nas autoridades que investigam o caso “e reforça que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria”. De acordo com a empresa os ex-diretores manipularam, de forma intencional, os controles internos existentes. “A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos”.

    Edição: Valéria Aguiar

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