Tag: inteligência artificial

  • TSE e Anatel assinam acordo para combater fraudes feitas com IA

    TSE e Anatel assinam acordo para combater fraudes feitas com IA

    O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, assinou um acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para combater a reprodução de desinformação produzida por inteligência artificial (IA).

    De acordo com o TSE, as determinações do tribunal para retirada de conteúdos prejudiciais ao processo eleitoral deixarão de ser enviadas por oficial de Justiça. Elas passarão a ser comunicadas por um sistema eletrônico, com objetivo de acelerar o cumprimento do bloqueio de sites que divulguem fake news durante as eleições.

    Na última segunda-feira (4), Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral vai regulamentar o uso de inteligência artificial nas eleições municipais de 2024.

    “Com a inteligência artificial é possível, por exemplo, modificar vídeos de candidatos adversários, fazendo-os dar declarações que nunca deram. Essa agressão, principalmente com a utilização da inteligência artificial, pode realmente mudar o resultado eleitoral, pode desvirtuar o resultado eleitoral em eleições polarizadas”, afirmou o ministro.

    Segundo o TSE, a parceria entre os órgãos está justificada pelo Marco Civil da Internet, que responsabiliza usuários ilegais nas redes sociais.

    Edição: Marcelo Brandão
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  • Moraes defende limites no uso da inteligência artificial nas eleições

    Moraes defende limites no uso da inteligência artificial nas eleições

    O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, alertou nesta quarta-feira (22) que o uso de inteligência artificial para a disseminação de desinformação é uma das principais ameaças ao processo democrático. Ele defendeu que sejam colocados limites ao uso desse tipo de tecnologia no contexto das eleições.

    Moraes citou o combate travado pela Justiça Eleitoral contra a desinformação nas redes sociais em eleições passadas, e em seguida disse que “temos a partir de agora um desafio maior, o combate à desinformação veiculada nas redes sociais com uso de inteligência artificial, isso é extremamente perigoso”.

    A declaração foi dada em palestra na abertura do seminário Desinformação nas Eleições: abordagens do Brasil e da União Europeia, na sede do TSE, em Brasília.

    “Temos que propor teses legislativas, temos que propor interpretações jurídicas, um cronograma educacional para aqueles que têm acesso às redes sociais. Temos que propor limitações ao uso de inteligência artificial nas eleições. Temos que nos aprimorar”, defendeu o presidente do TSE.

    A embaixadora da delegação da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf, disse que a abordagem europeia se guia pela aplicação dos direitos humanos ao ambiente digital da mesma maneira que é aplicado ao mundo fora da internet. Ela afirmou que o foco atual é no combate “à interferência eleitoral vinda de além de nossas fronteiras”.

    O seminário segue durante a tarde desta quarta-feira, com painéis sobre o marco regulatório sobre o assunto no Brasil e na UE e sobre boas práticas no combate à desinformação em processos eleitorais.

    Edição: Fernando Fraga
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  • Deputada Renata Souza da Alerj denuncia racismo em plataformas de IA

    Deputada Renata Souza da Alerj denuncia racismo em plataformas de IA

    A deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ), da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), denuncia o racismo nas plataformas de inteligência artificial. Ela, que é presidenta da CPI do Reconhecimento Fotográfico nas Delegacias, disse que foi surpreendida pelo racismo algorítmico, ao criar uma arte inspirada nos pôsteres de desenho animado.

    Ao gerar uma imagem baseada em sua autodescrição, a deputada Renata Souza foi apresentada a uma ilustração que trazia uma mulher negra segurando uma arma em uma favela. Ela disse que essa imagem comprova que as inteligências artificiais são racistas.

    “Em momento nenhum eu falei sobre armas. Em momento nenhum eu falei sobre violência. Eu falei sobre mulher negra em uma favela. E aparece uma mulher negra com uma arma na mão. Ou seja: o racismo algorítmico está aí. Essa lógica de criminalização das pessoas negras desses territórios de favela e periferia, ela também está nos algoritmos. Eu presido a CPI do Reconhecimento Fotográfico já vi o tanto que essa inteligência artificial, essas inteligências faciais utilizam também um algoritmo que é racista, que vai reconhecer o negro, o pobre, o jovem como possível criminoso.”

    Renata Souza informou que analisa medidas cabíveis de encaminhamento da denúncia e que vai buscar um canal de diálogo com a direção da empresa que produz o aplicativo gerador dessas imagens.

    Racismo algorítmico!

    Ao criar uma arte inspirada nos pôsteres da Disney, me deparei com uma imagem gerada a partir de Inteligência Artificial que me retratava como uma mulher negra com uma arma na mão. A descrição pedida era de uma mulher negra, de cabelos afro, com roupas de… pic.twitter.com/Eq84l9gBbU

    — Renata Souza (@renatasouzario) October 26, 2023

    Desde o dia 19 de outubro, uma lei estadual impede que o reconhecimento fotográfico seja usado como única prova em pedidos de prisão de investigados no Rio de Janeiro.
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  • Termina neste domingo Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

    Termina neste domingo Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

    Com eventos simultâneos em todo o país, termina neste domingo (22) a 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, do Ministério da Ciência, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação , que tem o objetivo de popularizar a ciência entre os brasileiros.

    Em Brasília, a mostra científica montada especialmente para a semana comemorativa tem entrada gratuita, com atividades no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, das 9h às 17h. Os visitantes ainda podem conhecer hoje projetos que lotaram os estandes de instituições de ensino e pesquisa, parques ambientais e tecnológicos. Em comum, os experimentos abordam o tema Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável, que atende os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estipulados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em uma agenda a ser realizada até 2030.

    Além da sustentabilidade, nos corredores, aparecem muitas das técnicas e habilidades demonstradas nas áreas de robótica e inteligência artificial (IA).

    Estacionadas na parte externa do prédio, as carretas Ciência Itinerante atraem os visitantes com uma arena de jogos virtuais populares entre crianças e jovens, como LoL, Valorant, Fortnite e Roblox, dentre outros. E quem quiser colocar a “mão na massa” e praticar ciência, tem oportunidade nas oficinas deste domingo. Os conhecimentos apresentados vão da extração de café, passando pela fabricação de robôs ou gamificação da aprendizagem para motivar os usuários, até chegar ao Chat GPT e ao Metaverso.

    No encerramento, o atração é o Show da Luna, personagem de animação que retrata uma menina curiosa de 6 anos interessada em ciências, que encoraja as crianças a investigar como é o mundo, ao lado do irmão Júpiter e do animal de estimação, o furão Cláudio. Porém, como o espaço é sujeito à lotação, antes, é preciso reservar (sem custo) o ingresso nesta plataforma virtual.

    Eis a programação deste domingo no Centro de Convenções Ulysses Guimarães:

    A entrada é gratuita e as atividades vão até as 17h. A programação está sujeita a alterações e à lotação de público.

    Brasília (DF), 16/10/2023 - Alunos de escolas do DF interagem com mostras da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
    Brasília (DF), 16/10/2023 – Alunos de escolas do DF interagem com mostras da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilCrianças fazem fila para curtir atrações na área externa do Centro de Convenções – Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Oficinas

    9h – Métodos de extração de café e barismo.

    Oficineiros: Instituto Federal do Sul de Minas Gerais – IFSuldeMinas.

    Local Ala oeste – Sala oficineiros I.

    9h – Curso de robótica para alunos do ensino fundamental 2 e Robótica Maker

    Oficineiros: Instituto Federal Baiano – IFBaiano.

    Local: Ala oeste – Sala oficineiros II.

    10h30 – Do zero ao robô seguidor de linha com Lego.

    Oficineiros: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – IFNMG.

    Local: Ala oeste – Sala oficineiros I.

    11h30 – Elementos de gamificação na aprendizagem.

    Oficineiros: Instituto Federal Sul-rio-grandense – IFSul.

    Local: Ala oeste – Sala oficineiros I.

    12h – Arte de caderno.

    Oficineiros: Instituto Federal do Sul de Minas Gerais – IFSuldeMinas.

    Local: Ala oeste – Sala oficineiros II.

    13h30 – Cores da Floresta: uso de pigmentos naturais na produção de tintas.

    Oficineiros: Instituto Federal de Rondônia – IFRO.

    Local: Ala oeste – Sala oficineiros I.

    14h – projetos integradores na educação básica.

    Oficineiros: Instituto Federal de Brasília – IFB.

    Local: Ala oeste – Sala oficineiros II.

    15h30 – Como é feita a classificação dos grãos e a bebida do café.

    Oficineiros: Instituto Federal do Sul de Minas Gerais – IFSuldeMinas.

    Local: Centro Convenções Ulysses Guimarães – Ala oeste – Sala oficineiros I.

    16h – Dança de salão.

    Oficineiros: Instituto Federal do Amapá – IFAP.

    Local: Centro Convenções Ulysses Guimarães – Ala oeste – Sala oficineiros II.

    Atrações culturais

    9h – Travessia do sertão: Narrativas do caminho

    Instituto Federal de Brasília – IFB.

    Local: Ala oeste – Palco Mundo TEC – Águas Claras.

    10h – Cinema educativo e projeto Abacaxi de Ouro.

    Instituto Federal do Sul de Minas Gerais – IFSuldeMinas.

    Local: Ala oeste – Palco Mundo TEC – Águas Claras.

    14h – Travessia do sertão: Narrativas do caminho

    Instituto Federal de Brasília – IFB.

    Local: Ala oeste – Palco Mundo TEC – Águas Claras.

    14h – Mamulengo Sem Fronteiras

    Local: Ala sul – Palco Santos Dumont.

    15h – Cinema educativo e projeto Abacaxi de Ouro.

    Instituto Federal do Sul de Minas Gerais – IFSuldeMinas.

    Local: Centro Convenções Ulysses Guimarães – Ala oeste – Palco Mundo TEC.

    16h – Encerramento com O Show da Luna, dos personagens Luna, Júpiter e Cláudio, nos episódios Do que É feito O Arco-íris?, Será que Tem Alguém Vivendo em Marte? e Por que As Bolhas São Redondas?

    Local: Auditório Master.

    Edição: Nádia Franco
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  • Congresso aborda uso da inteligência artificial na psiquiatria

    Congresso aborda uso da inteligência artificial na psiquiatria

    O Congresso Brasileiro de Psiquiatria da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) completa 40 anos em 2023 e será realizado em Salvador, no período de 18 a 23 deste mês, envolvendo mais de 150 atividades científicas, pesquisas mundiais e estudos sobre psiquiatria forense, psiquiatria da infância e adolescência, dependências químicas, suicídio, medicina do sono, emergências, psicofobia, entre outros assuntos. Falando à Agência Brasil, o presidente da ABP, Antonio Geraldo da Silva, discorreu sobre alguns dos temas que serão objeto de discussão e conferências durante o evento, começando pela Inteligência Artificial (IA).

    O presidente da ABP admitiu que a IA pode ajudar os psiquiatras em algumas questões, desde aquelas ligadas ao diagnóstico, como ampliar a adesão ao tratamento, previsão de riscos, personalização do tratamento, monitoramento dos pacientes e avanços em pesquisa de novos tratamentos que ajudem a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Silva ressalta, porém, que os psiquiatras devem utilizar essa tecnologia “apenas para complementar o trabalho que é de excelência e de altíssima habilidade técnica, aliada a uma humanidade diferenciada, porque a psiquiatria alia cientificidade com a mais humanas das especialidades médicas”.

    O psiquiatra afirmou que a boa saúde mental depende de uma boa psiquiatria, que envolva desde cuidados de promoção da saúde até a prevenção continuada de doenças. Para Antonio Geraldo da Silva, os psiquiatras podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas promovendo a conscientização, reduzindo o estigma, oferecendo tratamentos baseados em evidências e trabalhando em colaboração com outros profissionais de saúde.

    “Além disso, a telemedicina e os avanços tecnológicos nos auxiliam a ter mais acesso aos cuidados psiquiátricos, a novos tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Evolução é a palavra que sempre caminhou conosco, pois queremos sempre oferecer melhores tratamentos e suporte às pessoas sadias e também para pessoas com doenças mentais”.

    Crianças e mulheres

    Outros temas de debate investigam o futuro da saúde mental da criança e do adolescente e os transtornos psiquiátricos na gravidez e pós-parto. Em relação ao primeiro item, Antonio Geraldo da Silva afirmou que o cuidado com a saúde mental de crianças e adolescentes é uma preocupação importante. “Durante o congresso da ABP, teremos cursos sobre várias doenças comuns na infância e adolescência, cursos sobre ‘bullying’ e suicídio, debates sobre neurodiversidade, Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), atualização em transtornos de humor, autolesão não suicida e suicídio na infância e adolescência, autodiagnóstico e banalização dos diagnósticos”.

    Os protocolos a serem seguidos nesses casos devem incluir a avaliação multidisciplinar, tratamento baseado em evidências e abordagens personalizadas para atender às necessidades individuais das crianças e adolescentes. “Devemos trabalhar em conjunto com as famílias para a promoção do cuidado com a saúde mental e combate ao estigma”.

    Já o tratamento de transtornos psiquiátricos na gravidez e pós-parto requer uma abordagem cuidadosa e multidisciplinar. Em situações como essa, o presidente da ABP sinalizou que deve ser feita uma avaliação completa, uma análise do histórico psiquiátrico da paciente e o histórico familiar de doenças mentais. Com a confirmação do diagnóstico, o tratamento terapêutico deve ser personalizado de acordo com as necessidades individuais da paciente, considerando os sintomas e a gravidade, além das preferências pessoais da mulher. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos após avaliação de riscos para a amamentação, por exemplo, orientou.

    Publicidade

    Outro tema polêmico que será discutido no congresso aborda os impactos que as novas regras da publicidade acarretam para os profissionais da psiquiatria e qual a atitude correta a ser seguida. Antonio Geraldo da Silva informou que haverá, durante o congresso, um curso sobre os riscos e benefícios da publicidade médica em psiquiatria que falará detalhadamente sobre o tema. “Nós, médicos, seguimos as resoluções do Conselho Federal de Medicina. De maneira geral, essas novas regras focam no uso responsável e sem sensacionalismo das redes sociais. Muitos psiquiatras fazem uso das mídias sociais para divulgar o seu trabalho e falar sobre temas relacionados à saúde mental nos seus perfis”.

    Reconheceu que alguns impactos das novas regras podem incluir maior rigor na divulgação de informações sobre tratamentos e resultados, uso de imagem, divulgação de preços de consultas, entre outros. “A atitude correta a ser seguida é conhecer e aderir às regras e regulamentos específicos da sua associação profissional. É essencial priorizar a ética, a privacidade e a transparência em todas as atividades de publicidade, fornecendo informações precisas e respeitando os direitos dos pacientes”.

    Ar e saúde mental

    Psiquiatras brasileiros e internacionais se dedicam a investigar a relação entre a qualidade do ar e a saúde mental, que é um campo de pesquisa em crescimento. O presidente da ABP informou que estudos têm demonstrado que a poluição do ar pode ter impactos negativos na saúde mental das pessoas. “Artigo recente mostra que a exposição a longo prazo à poluição do ar pode estar associada ao aumento de casos de alguns transtornos mentais, como transtorno bipolar, depressão e transtornos de personalidade”. Na sexta-feira (20), haverá palestra com a especialista Helen Fisher, da Inglaterra, sobre o assunto.

    Edição: Aline Leal
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  • Reviravolta no Universo Digital: Google revela poderosa ferramenta de criação de imagens a partir de texto

    Reviravolta no Universo Digital: Google revela poderosa ferramenta de criação de imagens a partir de texto

    Hoje, o gigante da tecnologia, o Google, deu um passo ousado rumo à criação de um mundo mais visualmente impressionante na internet com o lançamento do tão aguardado Search Generative Experience (SGE).

    Esta inovadora iniciativa segue os passos da Microsoft, que já oferece recursos similares por meio do poderoso modelo DALL-E da OpenAI, integrado ao Bing Chat desde o mês de março.

    … Uma ferramenta simples

    A funcionalidade por trás desta incrível ferramenta é surpreendentemente simples: os usuários que optarem pelo SGE, acessado através do programa Search Labs do Google, poderão dar vida às suas ideias digitais, simplesmente digitando suas consultas na barra de pesquisa.

    Ferramenta de Criação de Imagens
    Ferramenta de Criação de Imagens

    Então, é aí que a mágica acontece. O SGE, que se baseia na poderosa família de modelos de inteligência artificial denominada Imagen, transforma essas palavras em imagens deslumbrantes, permitindo que os usuários escolham as opções mais cativantes.

    Craig Ewer, o eloquente porta-voz do Google, afirma com entusiasmo que a tecnologia subjacente desta ferramenta é capaz de aprimorar as consultas dos usuários, resultando em respostas ainda mais precisas e visualmente impactantes.

    Como fica a integridade?

    E o Google, em seu compromisso com a integridade, projeta a ferramenta com um escopo claro, evitando a criação de imagens que violem suas rigorosas políticas de uso.

    Cada obra de arte gerada pelo SGE será elegantemente marcada com metadados e marcas d’água distintivas, sinalizando orgulhosamente que essas maravilhas visuais são criações da inteligência artificial.

    Ferramenta de Criação de Imagens

    E os Limites?

    É importante salientar que o Google estabeleceu limites, restringindo o acesso a essa ferramenta de transformação digital para maiores de 18 anos, garantindo que apenas adultos possam aproveitar plenamente a magia da geração de imagens e rascunhos de texto. Este é um novo capítulo na evolução da internet, onde a criatividade e a inteligência artificial se unem para criar uma experiência digital verdadeiramente única.”

  • Avanço da inteligência artificial gera busca por proteção de direitos

    Avanço da inteligência artificial gera busca por proteção de direitos

    Desde a pandemia da covid-19, têm se tornado cada vez mais frequentes nos cartórios de notas do Brasil registros de diretivas antecipadas de vontade (DAVs) feitas por pessoas que desejam proteger sua imagem e voz, diante do avanço da inteligência artificial (IA).

    Segundo disse à Agência Brasil a vice-presidente do Colégio Notarial do Brasil seção Rio de Janeiro, Edyanne de Moura Frota Cordeiro, tabeliã titular do 7º Ofício de Notas, os tabelionatos já registraram cerca de 5 mil DAVs em todo o país, nos últimos três anos. No estado do Rio de Janeiro, foram 107 escrituras sobre direitos digitais, sendo 31 somente nos primeiros semestre deste ano. O maior número de registros se concentra nas regiões Sudeste e Sul, informou.

    O assunto ganhou destaque recentemente após a aparição da cantora Elis Regina em um comercial da Volkswagen, cuja imagem foi reconstituída a partir de inteligência artificial. Elis Regina morreu em 1982.

    Caso semelhante ocorreu com o ator americano Paul Walker, que faleceu em um desastre de carro, em 2013, no meio das filmagens do filme Velozes e Furiosos 7. Para concluir o longa-metragem, foi utilizada tecnologia de computação gráfica (CGI, na sigla em inglês).

    Na tecnologia, as imagens geradas por computadortêm três dimensões e profundidade de campo.A cantora Madonna também alterou seu testamento,proibindo o uso de hologramas após sua morte.Tais fatos despertaram a atenção da sociedadepara as escrituras sobre direitos digitais.

    A tabeliã lembrou que, em paralelo ao desenvolvimento da mídia e ao aparecimento de influencer sem plataformas digitais, a IA vem sendo cada vez mais aprimorada “e, hoje em dia, se pode fazer várias coisas com a voz da pessoa e imagem, mesmo pós-mortem. Por isso, ela destacou anecessidade de se regular as relações jurídicas.

    Instrumentos

    De acordo com Edyanne,os instrumentos vão se diferenciar. No caso de uma pessoa que quer ter suas obras perpetuadas depois de morta, comoletrasde música, imagens, voz, por exemplo, ou mesmo partilha de bens, o instrumento adequado seria o testamento, que só terá eficácia depois que a pessoa morrer.

    Contudo, se for uma preocupação em vida, o instrumento são as DAVs. Isso se aplica a pessoas vivas que desejam preservar os direitos de voz ou imagem em caso de algum acontecimento inesperado, como problema de saúde, acidentes, situação de hospitalização sem discernimento ou coma. Nesses casos, a pessoa pode fazer uma diretiva para proteger tanto senhas de acesso, códigos de redes sociais, ativos, mas também regular o que vai ser feito com sua imagem e voz, caso ela esteja impossibilitada de manifestar a sua vontade. Esse é um instrumento novo que poucas pessoas sabem que existe, afirmou. “Nós temos esses dois tipos de documentos de escrituras notariais.”

    Ética

    Os direitos digitais são objeto do Projeto de Lei 3.592/2023, de autoria do senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL), que busca disciplinar e estabelecer regras para a utilização das imagens e recursos digitais, principalmente no caso de pessoas já falecidas. “Porque a pessoa viva ainda tem como se defender”, advertiu a vice-presidente do CNB/RJ.

    De acordo com o PL, o uso da imagem de uma pessoa falecida por meio de inteligência artificial só será permitido com o consentimento prévio e expresso da pessoa em vida ou dos familiares mais próximos. A proposta ainda determina que a permissão deve ser obtida e apresentada de forma clara, inequívoca e devidamente documentada, especificando os objetivos a serem alcançados com o uso deimagens eáudios.

    Edyanne Cordeiro avaliou que a questão de bioética é muito recente e não está ainda regulada.“Tudo surgindo agora, tanto no que se refere à sucessão e ao que for usado depois da morte, reunidos na chamada herança digital, como aos direitos da personalidade, porque a pessoa está viva”. São direitos existenciais, constitucionais. “Têm muitos liamesporque, se a pessoa não deu autorização e terceiros forem usar, isso vai gerar muita demanda de ações de indenização por danos morais e, até, danos materiais, porque pode-se manchar a imagem da pessoa e ela acabar perdendo direitos.”.

    A tabeliãalertou que herdeiros, inclusive, podem ser vítimas de uso indevido de imagem e voz de parentes e deverão pedir indenização.

    Plataforma

    Para realizar uma DAV,a pessoainteressadadeve comparecer em um cartório de notas com documentos pessoais ou fazer o procedimento em plataforma digital nacional,administrada pelo Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil.

    No formato eletrônico,o cidadão escolhe o cartório de notas de sua preferência para solicitar o serviço.Em seguida, é agendada uma videoconferência com o tabelião de notas e a escritura é assinada eletronicamente, por meio de um certificado digital gratuito que pode ser emitido pela mesma plataforma.Embora gratuito, esse certificado vai servir somente para questões de cartório.

    SegundoEdyanne, a antecipação de vontade é muito simples e não necessita de testemunhas, nem de acompanhamento por advogado. “ADAV é para se precaver em vida”, ressaltou. A tabela dos cartórios de notas para fazer uma DAV estabelece custo médio em torno de R$ 300, no estado do Rio de Janeiro. Dependendo do que for inserido na diretiva, o preço pode subir. Para testamentos, o valor tende a ser maior.

    O testamento público é o documento pelo qual uma pessoa, denominada testador, declara como e para quem deseja deixar seus bens após sua morte. Para realizar o ato, é necessária a presença de duas testemunhas que não podem ser herdeiras ou beneficiadas pelo testamento, além dos documentos de identidade de todas as partes, requerentes e testemunhas. A presença de um advogado é opcional. O documento pode ser alterado e revogado enquanto o testador viver e estiver lúcido, e terá validade e publicidade somente após a sua morte.

    Tabelionatos

    O Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio de Janeiro é a entidade de classe que representa institucionalmente os tabelionatos de notas do estado. As seccionais dos colégios notariais de cada estado estão reunidas em um Conselho Federal (CNB/CF), que é filiado à União Internacional do Notariado (UINL).

    A entidade não governamental reúne 88 países e representa o notariado mundial existente em mais de 100 nações, correspondentes a dois terços da população global e 60% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, praticando atos que conferem publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos negócios jurídicos pessoais e patrimoniais, contribuindo para a desjudicialização.

    Edição: Maria Claudia

  • Estudo internacional projeta cenários para futuro do trabalho em 2050

    Estudo internacional projeta cenários para futuro do trabalho em 2050

    Pesquisadores do Laboratório do Futuro do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), que participaram do Projeto Millennium, para elaboração de um estudo sobre o futuro do trabalho e da tecnologia para 2050, projetam três cenários. A análise considerou a evolução tecnológica atual e o que poderá vir como provável consequência.

    Além de apresentar projeções, o relatório aborda a visão das nações mais avançadas economicamente e dos demais países. De forma geral, o primeiro cenário mostra o que se vê hoje em dia: alguns países adotam tecnologias de forma mais rápida e outros, de forma mais lenta. “O Brasil se enquadra no segundo grupo, que tende a demorar mais para colocar as tecnologias em prática”, disse à Agência Brasil o pesquisador Yuri Lima, coordenador da linha de pesquisa Futuro do Trabalho, do Laboratório do Futuro da Coppe/UFRJ.

    “O cenário 1, chamado É Complicado – Uma Mistura, é projeção da realidade atual. A gente continua com dificuldades para lidar com novas tecnologias, não cria estratégias de longo prazo. Em consequência, há um certo impacto tecnológico, que não chega a ser desemprego tecnológico, Aí, existe a questão do emprego em que os governos não foram capazes de criar estratégias de longo prazo, cenário que já se vê no Brasil, com dificuldades de planejamento de longo prazo. Esse cenário é caracterizado também pelo aumento do poder de grandes empresas , que superam inclusive o controle do governo”.

    Lima destacou que isso já acontece com algumas multinacionais que se tornam até mais fortes do que alguns países, chegando a ter receita maior que alguns produtos internos brutos (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos pelos países). Segundo o pesquisador, é um cenário que acaba exacerbando a visão de como as coisas estarão em 2050.

    Pessimismo

    O estudo Future Work/Technology 2050 projeta um segundo cenário ainda mais pessimista, com piora do quadro atual. Chamado de Agitação Político-Econômica, é um cenário muito parecido com o que já se vive no Brasil, com desemprego alto e o governo tendo dificuldade de prever o impacto de tecnologias na política e de levar em conta a visão da ciência, disse Yuri Lima. Apesar de ser uma projeção para 2050, o cenário mostra a dificuldade de lidar com o avanço tecnológico, que acaba causando automação muito além do que o previsto, desemprego em diversas partes do mundo, além de governos e empresários querendo lucro rápido.

    A perspectiva é que a automação provoque desemprego em massa, como ocorreu na Revolução Industrial, em que a máquina substituiu a mão de obra. De acordo com Lima, nessa projeção mais pessimista, a automatização do trabalho é mais rápida do que se poderia imaginar para um mundo que não foi capaz de se preparar. Conforme o relatório, nesse cenário, dos 6 bilhões de pessoas hoje trabalhando no mundo, 2 bilhões seriam desempregados, 2 bilhões estariam na economia informal e os 2 bilhões restantes estariam divididos meio a meio entre empregados e autônomos.

    Novas profissões

    Yuri Lima destacou que o primeiro e o terceiro cenários não têm perspectiva tão negativa. A ideia, no cenário 1, é que as coisas deverão permanecer como estão e, no cenário 3, mais positivo, que a tecnologia criará tantos empregos quantos destruir, ou criará até mais empregos do que os que serão destruídos. O pesquisador lembrou que, nas revoluções industriais, quem vivia aquele momento tinha dificuldade de imaginar que trabalho poderia existir para ele a partir dali. “Agora, a gente vê um trabalho criativo também sendo automatizado e fica um pouco perdido sobre o que pode vir a acontecer.”

    Uma das ideias no terceiro cenário é que a tecnologia crie novas profissões e mais demanda em áreas que não eram imaginadas. Citou, como exemplo, a economia do cuidado, com a profissionalização das pessoas que cuidam de idosos ou de crianças, por exemplo, e das que trabalham como a saúde, como enfermeiros, médicos, profissionais de educação física. Pode haver também aumento de profissões vinculadas às artes, na própria área de tecnologia. “Há várias possibilidades. Tem áreas já conhecidas que podem crescer, outras que nem se sabe que existem e as que vão ser criadas no futuro. Esta é a perspectiva que se coloca: que a automação deve criar mais empregos do que destruir.”

    No terceiro cenário, denominado Se os Humanos Fossem Livres – A Economia da Autorrealização, a ideia é que os governos tentem se antecipar em termos da inteligência artificial (IA), principalmente a geral, e não a restrita que se vê hoje em dia. A IA geral é capaz de resolver o que for preciso, em termos de inteligência.

    Segundo Lima, o governo que se antecipar a isso e promover a renda básica universal, o autoemprego como possibilidade de autorrealização do indivíduo, com capacidade de sobreviver sem se preocupar com suas necessidades básicas, terá mais vantagens. A pessoa não precisará se preocupar com seu trabalho e poderá agir de maneira mais autônoma, com liberdade no que quer fazer. Este cenário sinaliza para a digitalização, a automação, ajudando a produzir com menos custos. Porém, os pesquisadores não estão seguros de que tal quadro poderá ser realidade para todo mundo.

    Iniciativas

    O relatório apresenta 100 iniciativas divididas entre governo, empresas, ciência, educação e cultura que podem ser feitas para endereçar desafios futuros. “Vai além da questão de cenários para ações que podem ser tomadas”, afirmou Yuri Lima.

    Em termos de governo, o estudo sugere a criação de uma agência nacional de prospecção e avaliação tecnológica, que seria capaz de identificar as próximas tecnologias e pensar sobre o impacto que terão na sociedade. Isso serve para a discussão legislativa ou do Poder Executivo para a criação de políticas públicas, para incentivar a discussão com outros setores.

    Já no sentido da educação, Yuri Lima propôs o ensino do futuro como disciplina. “Assim como a história ensina [sobre] o passado, é importante a começar a aprender também a refletir sobre o futuro, desde criança, na escola”. Segundo o relatório, outra iniciativa interessante nessa área seria o uso de robôs e de inteligência artificial para promover e melhorar a educação ao longo do tempo.

    De acordo com Lima, o estudo sugere que se abracem essas tecnologias como novas possibilidades.

    Edição: Nádia Franco

  • Criatividade humana e tecnologia podem conviver no jornalismo

    Criatividade humana e tecnologia podem conviver no jornalismo

    ChatGPT, robotização, inteligência artificial são palavras que podem ter assustado quem trabalha com jornalismo e também quem consome informação produzida por profissionais. As novidades no campo da tecnologia poderiam colocar um ponto final na forma com que se produz notícia? Pesquisadoras ouvidas pela Agência Brasil indicam que a discussão não é tão simples. Automação, sensibilidade e aprofundamento podem caber na mesma frase e compõem soluções possíveis e reais, na avaliação das entrevistadas.

    Especialistas no assunto entendem que a qualidade e a sensibilidade humana para a produção de conteúdos não são substituídas por robôs. De toda forma, o tema sempre requer atenção e vigilância em vista da função social da atividade.

    A professora Sílvia Dalben, pesquisadora de doutorado na Universidade do Texas, em Austin (Estados Unidos), estuda o jornalismo automatizado e o uso da inteligência artificial nos conteúdos noticiosos com o foco principal nas redações de veículos de comunicação da América Latina. “A ameaça do jornalismo não é a inteligência artificial”, garante.

    Ela contextualiza que a  profissão sempre foi moldada pela tecnologia. “Se não tivesse existido a prensa de Gutemberg, a gente não teria nenhuma publicação impressa. Como seria o jornalismo sem a invenção do rádio, da televisão, dos computadores e depois da internet? Agora, a gente está vivendo esse momento em que a inteligência artificial está chamando muita atenção”.

    Ela entende que há uma mudança do modelo de negócios do jornalismo e essa mutação gera desconfianças. Os conglomerados midiáticos estão em transformação. “Já houve um tempo em que achavam que ninguém iria se acostumar a ler notícias pela tela do computador”, exemplifica. As plataformas estão em constante mutação e isso pode se constituir em novas oportunidades de trabalho e viabilidade de existência.

    Outros jornalismos

    Para a pesquisadora, o jornalismo factual, na redação, vai continuar existindo. “Vai precisar passar por ajustes porque as novas tecnologias estão surgindo”.

    Ela identifica, entretanto, que as tecnologias estão apoiando reportagens investigativas e novas pautas no campo de jornalismo de dados. “Não seriam possíveis sem a internet”

    Reportagem como saída

    A professora de jornalismo Fabiana Moraes, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ressalta que os robôs são utilizados há muito mais tempo para produção de notícias.

    A profissional, antes da docência, fez da carreira uma aula de sensibilidade diante dos dramas sociais que transformou em pautas no litoral, agreste e sertão. A partir desse olhar, se tornou uma das profissionais mais reconhecidas do Brasil pelos formatos narrativos livres, cheios de denúncias e histórias de vida.

    Com sua forma de escrever, recebeu, por exemplo, três prêmios Esso. Nas reportagens dela, as vidas dos mais humildes, humilhados e vulneráveis situam-se no protagonismo das cenas reais. Reportagens impossíveis de serem simuladas por robôs.

    “A gente aponta para a reportagem como um desses espaços de inflexão que, muitas vezes, não vão ser possíveis por mais que a tecnologia seja depurada”.

    Ela crê que o olhar humano sobre problemas existentes no mundo pode até ser simulado, mas não será eficiente. Pode ser ficção, mas não jornalismo que mexa com leitores. “Eu acho muito difícil que isso seja trazido apenas pela tecnologia”.

    Para sobreviver

    As pesquisadoras defendem que é necessário o reconhecimento do papel do jornalismo para a sociedade. Elas entendem que a sociedade tem verificado produções que circulam pautadas pela desinformação, e que não contribuem com dramas sociais, como o racismo, a homofobia ou misoginia.

    “A gente tem uma ameaça: inteligência artificial e a disseminação de conteúdos não checados. É necessário ter um cuidado muito grande com a apuração, com a checagem de fato. Esse é o diferencial e que vai gerar valor ao conteúdo jornalístico”, diz Sílvia Dalben.

    Fabiana Moraes, sob ótica semelhante, elenca um cenário de precarização da atividade e ameaças à informação ética com a disseminação de desinformação via robôs. Segundo ela, a preocupação está ligada à defesa da democracia e a necessidade de evitar danos à sociedade

    Para Silvia Dalben, o jornalismo que só busca atrair audiência, que é raso e superficial, pode ser feito por por robôs, por inteligência artificial.

    “É uma ameaça [real] porque cria essa visão da sociedade de que isso seria o jornalismo e outras pessoas acham que também podem ser jornalistas”, avalia. Esse, entretanto, seria um tipo de jornalismo que causa distorções e que não ajuda a sociedade.

    “O que o jornalista precisa é pensar no jornalismo de qualidade com apuração, com a checagem de fato. O que gera valor ao conteúdo e diferencia o que a gente escreve do que qualquer outra pessoa escreve, inclusive robô, é o aprofundamento”, aponta Sílvia. Procedimento que, avaliam as professoras, colaboram com uma visão crítica e útil para a sociedade.

    Revolução

    A visão de que a tecnologia vai transformar tudo no futuro é equivocada, apontam as especialistas. “A gente tem que entender que a revolução não começa agora e não está focada no futuro. A gente já está nessa revolução”, diz a pesquisadora brasileira residente nos Estados Unidos.

    Segundo as pesquisadoras, a inteligência artificial deve ser vista, no dia a dia do jornalismo, como uma função híbrida e que pode ser útil para os profissionais da imprensa, para a sociedade e para a democracia.

    O jornalismo, entretanto, é uma atividade que deve defender a cidadania e a liberdade – palavras que são melhor entendidas por quem é de carne e osso.

    Edição: Lílian Beraldo

  • Com 3 mil atividades, começa a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

    Com 3 mil atividades, começa a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

    Começa neste sábado (17), a 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que promove eventos em todo o Brasil com o objetivo de dar visibilidade às descobertas e inovações produzidas por instituições nacionais de pesquisa.

    A ideia é popularizar esse tipo de conhecimento, muitas vezes restrito a acadêmicos, para os cidadãos, especialmente os mais jovens. A semana segue até a próxima sexta-feira (23).

    A SNCT é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações (MCTI), em parceria com secretarias da área nos estados e municípios, além de universidades, escolas e instituições de ensino e pesquisa.

    Atualmente, colaboram com a realização deste grande evento as universidades e instituições de pesquisa; escolas públicas e privadas; institutos de ensino tecnológico, centros e museus de C&T; entidades científicas e tecnológicas; fundações de apoio à pesquisa; parques ambientais, unidades de conservação, jardins botânicos, entre outros.

    Neste ano, a SNCT terá como tema Inteligência Artificial: a nova fronteira da ciência brasileira. A Agência Brasil publicou no mês passado um especial sobre o assunto.

    De acordo com o ministério, a escolha do tema está relacionada ao potencial da inteligência artificial de trazer ganhos na promoção da competitividade e no aumento da produtividade brasileira, na prestação de serviços públicos, na melhoria da qualidade de vida das pessoas e na redução das desigualdades sociais, dentre outros.

    Até domingo o próximo (27), cerca de três mil atividades devem ser promovidas por 66 instituições ligadas aos governos federal, estaduais e municipais, escolas, centros de pesquisa e entidades da sociedade civil. Para conhecer a programação, busque mais informações na página do evento.
    Mês nacional
    Desde o ano passado, o MCTI decidiu expandir as atividades da semana, e o governo federal denominou outubro como o Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações, celebração que será realizada daqui para a frente pelo Executivo.

    De acordo com a pasta, em comunicado oficial em seu site, o mês nacional terá como propósito “mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades da área, valorizando a criatividade, a atitude científica a inovação e a comunicação”.