Tag: inteligência artificial

  • Mato Grosso lidera discussões sobre inteligência artificial na agroindústria

    Mato Grosso lidera discussões sobre inteligência artificial na agroindústria

    A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) realizou o Workshop “AI para Agroindústria” em Cuiabá, nos dias 10 e 11 de dezembro. O evento contou com a participação de representantes do poder público, empresas de referência mundial e universidades.

    Empresas como Lenovo e Intel participaram da organização, juntamente com o Parque Tecnológico de Mato Grosso. Segundo especialistas, o estado tem potencial para liderar o uso de inteligência artificial (IA) na agroindústria no Brasil.

    “Mato Grosso pode assumir um papel de vanguarda nesse tema da inteligência artificial, que já é realidade no mundo, mas que nenhum Estado brasileiro tem ainda um programa específico para isso. Queremos, enquanto governo, ter um supercomputador, computação de alto desempenho, mão de obra qualificada, equipamentos e softwares que ajudem quem está no campo. Vamos fazer essa discussão principalmente a partir desse workshop”, afirmou o secretário Allan Kardec.

    O secretário adjunto de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e de Inovação da Seciteci, Rodrigo Zanin, destacou que o estado pode criar um programa inédito para o uso de IA na agricultura e pecuária. “Estamos fazendo diferente e somos o primeiro Estado a pensar esse tema como política de governo. Com a articulação entre universidade, indústria e governo, conhecida como tríplice hélice, estamos trabalhando para que os avanços em IA sejam exercidos de forma soberana aqui”, explicou.

    O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Lenovo no Brasil, Hildebrando Lima, afirmou que a IA pode aumentar a eficiência e a produtividade no setor agroindustrial, destacando inovações como a agricultura de precisão e previsões climáticas.

    O gerente geral da Lenovo ISG Brasil, Claudio Stopatto, ressaltou o protagonismo de Mato Grosso no agronegócio brasileiro e a importância de soluções tecnológicas alinhadas às necessidades do setor.

    O diretor do Parque Tecnológico, Rafael Bastos, afirmou que a IA “é algo que vai consolidar nosso Estado cada vez mais no cenário nacional e pode ser conduzido pelo Estado”.

    De acordo com a Embrapa, a agroindústria brasileira alimentou mais de 800 milhões de pessoas no mundo em 2021, evidenciando o impacto do setor no cenário global.

    Fonte: Seciteci

  • Pesquisadores criam software para monitoramento da tuberculose em Mato Grosso

    Pesquisadores criam software para monitoramento da tuberculose em Mato Grosso

    Pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Epidemiologia e Geoprocessamento do Araguaia, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), estão desenvolvendo um painel inteligente chamado TB-MT Dashboard. O software utiliza tecnologias de análise estatística e inteligência artificial para combater a tuberculose no estado.

    O projeto conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) e parceria com instituições como o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e a Universidade de São Paulo (USP). A iniciativa integra técnicas de análise espaço-temporal para identificar áreas de alto risco, facilitando a compreensão das condições de vida e saúde e ajudando na tomada de decisões em saúde pública.

    Ferramenta tecnológica para saúde pública em Mato Grosso

    A coordenadora do projeto, doutora Josilene Dália Alves, explica que a plataforma usa mapas e gráficos geoespaciais, tornando os dados mais acessíveis e promovendo estratégias eficazes. “As ferramentas são fundamentais para gestores e profissionais da saúde, permitindo a crítica e a aplicação de conhecimentos em territórios vulneráveis”, afirmou a pesquisadora.

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    A tuberculose permanece como um dos maiores desafios globais de saúde pública, e o TB-MT Dashboard busca cumprir as metas da Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminar a doença até 2035.

    Expansão nacional do projeto

    Após sua conclusão em Mato Grosso, o software será expandido para incluir dados de todo o Brasil. Um novo projeto, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), já está em andamento. Além disso, o registro do software foi solicitado sob o título “TB-MT Dashboard: Uma abordagem utilizando estatística espaço-temporal associada à aprendizagem de máquina”.

    Fonte: Fapemat

  • Empreendedores de Mato Grosso lançam plataforma digital focada na saúde preventiva

    Empreendedores de Mato Grosso lançam plataforma digital focada na saúde preventiva

    Uma startup apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) está desenvolvendo uma plataforma online acessível para consultas e planos personalizados em medicina de estilo de vida (MEV). A plataforma oferece os serviços por assinatura e já pode ser acessada.

    O projeto foi criado dentro do Programa Centelha II, financiado pelo Governo do Estado, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) e a Fundação CERTI.

    O objetivo é promover saúde e bem-estar, oferecendo acesso a profissionais qualificados e tecnologias inovadoras para atender à crescente demanda por um estilo de vida saudável, apoiando na prevenção de doenças crônicas e mentais.

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    De acordo com o empreendedor da Life Therapies, Jackson Dias Ferreira, os assinantes terão acesso a recursos como orientação de estilo de vida, programas de saúde mental, monitoramento e acesso a profissionais especializados. A plataforma utiliza inteligência artificial (IA) para oferecer insights personalizados.

    “O modelo de negócio é baseado em assinaturas mensais ou anuais, com divulgação através de estratégias digitais e clínicas parceiras. O atendimento virtual oferece consultas de urgência com humanização, tecnologia inteligente e eficiência”, destaca Jackson Dias.

    A startup Life Therapies foi selecionada entre as melhores do Brasil pelo programa “Sebrae Startups” e participou do Startup Summit em Florianópolis, de 27 a 29 de agosto de 2024.

  • Presidente da Colômbia diz que G20 teme que IA cause hecatombe social

    Presidente da Colômbia diz que G20 teme que IA cause hecatombe social

    O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse nesta segunda-feira (18) que os países do G20 demonstraram preocupação com os impactos da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho global. Petro participa como convidado da Cúpula das maiores economias do mundo, no Rio de Janeiro, e revelou alguns dos temas tratados a portas fechadas entre os países participantes.

    “Falamos das expectativas sobre questões gravíssimas que precisamos resolver no mundo. Então, discutimos como olhar a inteligência artificial e a fome. Como a inteligência artificial sem regulação pública pode aumentar a questão da fome a partir das demissões ao redor do mundo dos trabalhadores ordinários que vão ser afetados por esse tipo de tecnologia. É uma questão mundial, porque vai afetar a todos os países. E como prevenir essa hecatombe social”, disse Petro.

    Segundo o presidente colombiano, também foi discutida a possibilidade de reforma da governança global, principalmente em relação ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

    “Há a necessidade de reformar a governança global para acabar com o poder de veto no Conselho de Segurança sobre as COPS climáticas, para que se tomem decisões com bases em representações majoritárias. Essa mudança de governança é fundamental para construção de uma democracia global, sobretudo para eliminar guerras, para eliminar o crescimento da fome”, disse Petro.

    Ao ser perguntado sobre os debates em torno da guerra da Ucrânia, o presidente foi sucinto. “O que falamos sobre a guerra da Ucrânia é basicamente que a paz começa por uma conversa direta entre a Rússia e a Ucrânia, sem intermediários. Eles têm uma história comum, uma cultura comum, é fundamental que dialoguem”.

    Petro também adiantou que há conversas em andamento com representantes dos países africanos para estreitar os laços de cooperação.

    “Conversei com a União Africana. E a relação entre a África e a América do Sul é fundamental para potencializar economia, progresso e transformação industrial. Assim como a questão da fome e o problema mais grave do mundo, que é a crise climática. Somos regiões complementares, temos interesses comuns e problemas complementares”, ressaltou o presidente.

  • STF julga omissão do Congresso para proteger trabalhador da automação

    STF julga omissão do Congresso para proteger trabalhador da automação

    O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar nesta quinta-feira (22) uma ação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para declarar a omissão do Congresso pela falta de regulamentação da proteção do trabalhador contra a automação das atividades laborais.

    Na sessão desta tarde, os ministros ouviram somente a sustentação do advogado da Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidade que apoia a ação.

    O caso chegou ao Supremo em 2022. Na ação, o ex-procurador-geral da República Augusto Aras busca que a Corte determine um prazo para o Congresso regulamentar a proteção dos trabalhadores contra o avanço da tecnologia.

    A Constituição de 1988 definiu que é direito dos trabalhadores urbanos e rurais a proteção em face da automação, na forma da lei. Apesar do comando constitucional, os deputados federais e senadores nunca aprovaram uma lei para tratar da questão.

    Para a PGR, a falta da regulamentação provoca redução “arbitrária e injustificada” da proteção do direito social dos trabalhadores.

    “Por esse motivo, incumbe a essa Corte Suprema declarar a omissão inconstitucional na edição de lei federal que torne efetivo o direito social à proteção em face da automação, fixando, por conseguinte, prazo razoável para que o Congresso Nacional supra a mora legislativa”, argumentou a procuradoria.

    Durante a sessão, o advogado Ricardo Quintas Carneiro, representante da CUT, afirmou que o uso de máquinas e robôs comandados por inteligência artificial vai automatizar diversos tipos de emprego.

    Segundo o advogado, a pandemia de covid-19 intensificou a automação, aumentou a competividade e fechou postos de trabalho.

    Carneiro também citou um estudo da Universidade de Oxford que indica impactos da automação em cerca de 700 profissões.

    “A CUT espera que o STF trace os necessários limites para que a ordem constitucional e o arranjo de equilíbrio entre capital, trabalho, tecnologia e Estado sejam preservados nos moldes da Constituição de 1988, com a prevalência do trabalho humano e decente”, afirmou.

    A data do julgamento do caso ainda não foi definida. O novo modelo que ouve as partes em plenário antes do julgamento foi implantado no ano passado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso. O método é utilizado pela Suprema Corte dos Estados Unidos.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Elon Musk enfrenta processo em Mato Grosso por uso de dados pessoais em inteligência artificial

    Elon Musk enfrenta processo em Mato Grosso por uso de dados pessoais em inteligência artificial

    Uma ação movida pela Associação de Defesa de Direitos Digitais (ADDD) contra a rede social X, de propriedade do bilionário norte-americano Elon Musk, está sendo processada na Vara Especializada em Ações Coletivas de Cuiabá. A associação busca impedir que a empresa utilize dados pessoais dos usuários para o treinamento de seu modelo de inteligência artificial, o Grok1.

    A ADDD entrou com um pedido de tutela cautelar antecedente contra a X Brasil Internet Ltda., solicitando que a justiça determine a suspensão imediata do uso de dados pessoais dos usuários da plataforma para o treinamento de modelos de IA generativa.

    Na ação, a associação destacou que a X Brasil é uma subsidiária da X Corp., empresa criada por Elon Musk em 2023, sucedendo o Twitter, e que está sediada em São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos.

    A ADDD também mencionou que a Meta, empresa que controla o Facebook e o Instagram, estaria utilizando dados de seus usuários para treinar sistemas de inteligência artificial, sem o devido consentimento. A X estaria adotando prática semelhante.

    Além disso, a associação alegou que a X modificou recentemente sua política de privacidade para legitimar essa atividade, passando a prever o uso de dados das postagens dos usuários no treinamento da IA.

    A ADDD argumenta que exigir que o usuário manifeste sua discordância em relação a essa prática é ilegal, pois a empresa é quem deveria solicitar permissão para utilizar os dados com essa nova finalidade.

    Ainda segundo a associação, mesmo que o usuário recuse, a X continuaria a utilizar os dados resultantes dessas postagens, como no caso de compartilhamentos feitos por outros membros da rede social.

    Ao analisar o caso, o juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ações Coletivas, considerou que o pedido não poderia ser atendido neste momento, pois a ADDD não apresentou provas suficientes para sustentar as alegações.

    O magistrado ressaltou que as acusações ainda estão sob investigação e, por isso, indeferiu o pedido de tutela cautelar, concedendo à ADDD um prazo de 30 dias para formular o pedido principal.

  • Deepfakes e Inteligência Artificial: Os riscos da tecnologia no futuro

    Deepfakes e Inteligência Artificial: Os riscos da tecnologia no futuro

    Com o avanço da tecnologia, a inteligência artificial (IA) tem desempenhado um papel crescente na sociedade, trazendo benefícios e novas possibilidades em diversos setores. No entanto, junto com essas oportunidades, surgem também preocupações, especialmente em relação aos riscos que a IA pode representar em períodos eleitorais. Uma das principais ameaças associadas à IA nesse contexto são os deepfakes, uma tecnologia que permite a criação de vídeos e áudios falsos, mas altamente realistas, imitando pessoas de forma quase indistinguível da realidade.

    O que são Deepfakes?

    Deepfakes e Inteligência Artificial: Os riscos da tecnologia

    Deepfakes são montagens feitas a partir de IA que utilizam técnicas de aprendizado profundo para manipular vídeos e áudios, gerando conteúdo onde indivíduos podem ser vistos ou ouvidos dizendo ou fazendo coisas que, na realidade, nunca aconteceram. Essa tecnologia pode ser usada para criar discursos falsos de figuras públicas, como candidatos políticos, de forma extremamente convincente.

    Leia também: Funcionários de gigantes da IA alertam sobre perigos da tecnologia em carta aberta (05/06/2024)

    A Ameaça à segurança pessoal: Uma preocupação crescente

    Deepfakes e Inteligência Artificial: Os riscos da tecnologia

    Vivemos em uma era digital onde a maioria de nós possui fotos e informações pessoais disponíveis online. Embora isso facilite a conexão e o compartilhamento de momentos, também nos expõe a novos riscos, especialmente com o avanço dos deepfakes. Essa tecnologia, que manipula vídeos e imagens de forma extremamente realista, pode transformar nossa presença online em uma vulnerabilidade perigosa. Atualmente, os principais alvos dessa ameaça têm sido figuras públicas e celebridades, mas há uma crescente preocupação de que esse problema possa se tornar generalizado, afetando qualquer pessoa com uma presença online.

    O cenário de risco

    Deepfakes e Inteligência Artificial: Os riscos da tecnologia

    Imagine um cenário em que um cibercriminoso obtém acesso aos seus dados pessoais. Ele pode precisar passar por uma autenticação facial para assumir completamente o controle de uma plataforma bancária, por exemplo. O que impediria esse invasor de usar um deepfake do seu rosto para superar essa barreira de segurança? A realidade é que, no momento, ainda não temos uma solução definitiva para evitar que isso aconteça.

    Empresas e instituições financeiras, conscientes desses riscos, já estão trabalhando no desenvolvimento de ferramentas que possam detectar edições de imagem e, assim, impedir fraudes. No entanto, com os constantes avanços na inteligência artificial e a crescente sofisticação dos deepfakes, surge a dúvida: até quando essas medidas serão eficazes?

    Durante campanhas eleitorais, o impacto dos deepfakes pode ser devastador. A disseminação de vídeos falsos pode manipular a opinião pública, espalhar desinformação e minar a confiança no processo democrático. O principal risco está na capacidade de influenciar eleitores, que podem ser levados a acreditar em conteúdos falsos que prejudicam a imagem de um candidato ou partido, gerando confusão e dúvidas sobre o que é verdade e o que é manipulação.

    Um exemplo alarmante ocorreu nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020. Embora não tenha sido confirmado o uso de deepfakes diretamente na campanha, a ameaça foi amplamente discutida. Especialistas alertaram que vídeos falsos poderiam ser utilizados para desacreditar candidatos ou espalhar teorias da conspiração. A simples possibilidade de que deepfakes pudessem ser usados para interferir nas eleições gerou preocupação entre eleitores e autoridades.

    No Brasil, o risco não é menor. Com a crescente polarização política e a rápida disseminação de informações através das redes sociais, vídeos deepfakes podem ser usados para agravar conflitos e espalhar desinformação em uma escala massiva. Em um país onde o WhatsApp é uma das principais ferramentas de comunicação, a velocidade com que conteúdos falsos podem se espalhar é assustadora.

    O Futuro da privacidade e segurança

    Deepfakes e Inteligência Artificial: Os riscos da tecnologia

    Com o aumento das ameaças digitais, as pessoas podem se ver forçadas a reconsiderar sua presença nas redes sociais ou até mesmo sacrificar aspectos de sua privacidade para garantir sua segurança. Será que no futuro teremos que abdicar da neutralidade na internet para nos proteger contra essas ameaças? É uma questão que só o tempo poderá responder.

    O que fica claro é que estamos diante de um desafio tecnológico e ético que exige atenção imediata. À medida que a IA continua a evoluir, a sociedade precisa encontrar um equilíbrio entre a inovação e a proteção da privacidade, garantindo que as ferramentas criadas para facilitar nossas vidas não se tornem armas nas mãos erradas.

    Como se proteger?

    Deepfakes e Inteligência Artificial: Os riscos da tecnologia

    A detecção e prevenção de deepfakes ainda são desafios tecnológicos. No entanto, algumas medidas podem ser adotadas para mitigar os riscos. A alfabetização midiática é essencial: educar o público sobre os perigos das deepfakes e ensinar a importância de verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las. Além disso, empresas de tecnologia têm desenvolvido ferramentas para identificar deepfakes, mas essas tecnologias ainda estão em fase de aprimoramento.

    Autoridades eleitorais também desempenham um papel crucial, monitorando o ambiente digital durante as campanhas e promovendo campanhas de conscientização para combater a desinformação. A colaboração entre plataformas de redes sociais, governos e organizações não governamentais é vital para criar um ambiente eleitoral mais seguro e transparente.

    Os riscos da IA, especialmente dos deepfakes, em períodos eleitorais são reais e não podem ser subestimados. À medida que a tecnologia avança, a sociedade precisa estar preparada para enfrentar esses desafios, garantindo que o processo democrático não seja comprometido por manipulações digitais. A conscientização, a educação e o desenvolvimento de tecnologias de detecção são passos essenciais para proteger a integridade das eleições e, consequentemente, da democracia.

  • Nvidia adia lançamento do Blackwell B200

    Nvidia adia lançamento do Blackwell B200

    A Nvidia, gigante do setor de tecnologia, enfrenta um revés em seus planos de lançamento do próximo chip de inteligência artificial. Segundo informações do portal The Information, o modelo Blackwell B200 sofrerá um atraso de pelo menos três meses devido a um problema de design descoberto tardiamente no processo de produção.

    O chip em questão é o sucessor do altamente cobiçado H100, peça fundamental na infraestrutura de inteligência artificial de gigantes da nuvem como a Microsoft. A demanda por esses componentes é tão intensa que contribuiu para a valorização astronômica da Nvidia no mercado financeiro.

    Apesar de a empresa afirmar que a produção do B200 deve ser intensificada no segundo semestre, fontes anônimas, incluindo um funcionário da Microsoft, indicam que o envio em larga escala só ocorrerá no primeiro trimestre do próximo ano. A Nvidia está atualmente realizando novos testes em parceria com a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) para corrigir o problema.

    Vale ressaltar que empresas como Microsoft, Google e Meta já haviam feito pedidos bilionários pelo novo chip, que marcaria o início de um ciclo anual de lançamentos de processadores de inteligência artificial pela Nvidia. O atraso pode impactar significativamente o cenário competitivo, já que outras empresas, como a AMD, estão investindo fortemente no desenvolvimento de seus próprios chips para essa área.

  • Ações de tecnologia desmoronam, a bolha da IA estourou?

    Ações de tecnologia desmoronam, a bolha da IA estourou?

    As ações de tecnologia estão enfrentando uma queda acentuada, com a euforia em torno da inteligência artificial (IA) começando a perder força. O que começou como uma correção em empresas como Tesla e Google, rapidamente se transformou em um verdadeiro banho de sangue no setor.

    A gigante dos chips Intel foi a última a sofrer as consequências, anunciando cortes de 15 mil empregos e o fim do pagamento de dividendos. As ações da empresa despencaram 27% em um único dia, o pior desempenho em décadas.

    A situação ficou ainda mais crítica após o fundo de hedge Elliott Management afirmar em uma carta que o setor de tecnologia de grande capitalização, incluindo a Nvidia, estaria vivendo em uma “bolha” e que a IA estaria “supervalorizada”.

    Apesar da queda de mais de 20% em relação à sua máxima em junho, colocando a Nvidia em território de mercado em baixa, a ação ainda está bem acima dos níveis vistos na maior parte de maio e mais do que dobrou de preço desde janeiro. Isso indica que as avaliações podem ter ficado excessivamente otimistas, como alertou o Elliott.

    A perspectiva econômica também não ajuda o setor de chips. A crença de que a política monetária está excessivamente restritiva está ganhando força, com a taxa básica de juros americana em um nível elevado.

    A fabricante de chips Arm Holdings também sentiu o impacto, registrando uma queda de 25% em seu valor de mercado após reportar um crescimento de receita de 39%. Isso mostra que o mercado pode ter se antecipado ao desempenho da empresa.

    Fundamentalmente, pouco mudou para a Nvidia. Seus chips para treinamento e inferência de IA ainda são altamente desejados por sua capacidade de processar grandes volumes de dados. No entanto, a demanda explosiva tem feito o CEO Jensen Huang enfrentar dificuldades para atender aos pedidos, levando empresas como Tesla e Amazon a investirem em seus próprios chips.

    Elon Musk anunciou que a Tesla irá aumentar os investimentos em seu chip Dojo, otimizado para treinamento de redes neurais com base em dados de vídeo. A empresa busca uma alternativa aos chips da Nvidia para desenvolver sua tecnologia de direção autônoma.

    Da mesma forma, o CEO da Amazon, Andy Jassy, afirmou estar investindo em seus próprios chips, apesar da parceria com a Nvidia. A busca por melhor relação custo-benefício é a motivação por trás dessa decisão.

    O mercado está passando por um momento de ajuste, com as expectativas em torno da IA sendo reavaliadas. A queda das ações de tecnologia é um sinal de que os investidores estão se tornando mais cautelosos em relação ao setor.

  • Google Chrome leva inteligência artificial para novos níveis

    Google Chrome leva inteligência artificial para novos níveis

    A gigante da tecnologia, Google, anunciou a chegada de três novos recursos impulsionados por inteligência artificial (IA) ao navegador Chrome. Inicialmente disponível para usuários de Windows e macOS, a novidade também chega, pela primeira vez, aos usuários de Linux.

    As novidades, todas baseadas nos mais recentes modelos de IA Gemini da Google, foram reveladas pela vice-presidente do Chrome, Parisa Tabriz. Segundo ela, os recursos visam facilitar a busca visual por meio do Google Lens, comparar produtos entre diferentes abas e rediscobrir sites visitados anteriormente.

    Por enquanto, apenas o Google Lens está disponível na versão 127 do Chrome para usuários de Ubuntu. A previsão é que os demais recursos sejam liberados gradualmente nas próximas semanas, começando pelos Estados Unidos e, posteriormente, expandindo para outras regiões.

    Google Lens: Mais do que uma busca por imagem

    Google Chrome leva inteligência artificial para novos níveis

    O Google Lens, já conhecido por muitos usuários de Android e Google Imagens, ganha ainda mais destaque com a integração ao Chrome. A ferramenta permite realizar buscas visuais de qualquer elemento presente em uma página web, seja em um vídeo do YouTube, uma postagem nas redes sociais ou até mesmo em um blog.

    Além de identificar objetos, o Lens também é capaz de resolver equações matemáticas e traduzir textos, tornando-se uma ferramenta versátil para os usuários.

    Comparação de abas e busca inteligente no histórico

    Google Chrome leva inteligência artificial para novos níveis

    Com o objetivo de facilitar o processo de compras online, o Chrome introduz o recurso “Comparar Abas”. Utilizando IA, a ferramenta extrai informações relevantes de diferentes páginas abertas, gerando uma tabela comparativa que auxilia na tomada de decisão.

    Outra novidade é a busca inteligente no histórico do navegador. A promessa é permitir que os usuários encontrem informações específicas utilizando linguagem natural, como “Qual filme eu li sobre na semana passada?”. No entanto, a eficácia desse recurso ainda está por ser comprovada.

    Embora a ideia de uma busca inteligente no histórico seja atraente, é necessário observar se a IA será capaz de compreender nuances e contextos complexos. A possibilidade de realizar consultas detalhadas, como “Qual foi o preço mais baixo encontrado para o filme X na semana passada?”, seria um diferencial significativo.

    A Google afirma que a busca no histórico será um recurso opcional e que não acessará dados de navegação anônima.

    Disponibilidade dos recursos

    No momento da publicação desta matéria, apenas o Google Lens está disponível na versão 127 do Chrome para usuários no Reino Unido. Os demais recursos serão liberados gradualmente nas próximas semanas.