Tag: Insulina

  • Saúde anuncia acordo para garantir abastecimento de insulina no SUS

    Saúde anuncia acordo para garantir abastecimento de insulina no SUS

    O Ministério da Saúde anunciou um acordo para antecipar a entrega de uma remessa de 1,8 milhão de unidades de insulina até o fim dezembro. Em nota, a pasta informou que a estratégia garante o abastecimento no Sistema único de Saúde (SUS). “O reforço dos estoques permite a continuidade do tratamento de todos os pacientes atendidos pela rede pública de saúde”.

    Segundo o comunicado, o acordo com a Novo Nordisk, fabricante de canetas de insulina, define a entrega de 93% do volume contratado até dezembro – a previsão inicial era disponibilizar apenas 50% ainda este ano. Segundo o ministério, a produção da empresa no Brasil é responsável por 15% de todo o fornecimento mundial do insumo.

    “A insulina a ser entregue pela Novo Nordisk é produzida em planta localizada em Montes Claros (MG), reconhecida como a maior fábrica de insulinas do Brasil e da América Latina, com cerca de dois mil funcionários”, destacou a pasta.

    Oferta ininterrupta

    No comunicado, o Ministério da Saúde informa manter aquisições regulares para oferta de insulina no SUS, “garantindo o abastecimento ininterrupto do medicamento”.

    Até outubro deste ano, foram distribuídas 49,9 milhões de unidades de insulinas NPH e 10,7 milhões de insulina regular (frascos e canetas) para todo o país, atendendo a demanda de estados e municípios.

    “Atualmente, há uma situação mundial de restrição da oferta de insulina. O Ministério da Saúde atuou para que essa situação fosse superada”, concluiu.

    A orientação é que qualquer pessoa com indicação de uso de insulina e dificuldade para acessar o medicamento em farmácias privadas, inclusive por meio do programa Farmácia Popular, procure uma unidade básica de saúde (UBS) para solicitar a medicação.

  • Governo antecipa entrega de 400 mil doses de insulina de ação rápida

    Governo antecipa entrega de 400 mil doses de insulina de ação rápida

    Até o próximo dia 9, o Ministério da Saúde vai concluir a distribuição de mais de 400 mil unidades de insulina análoga de ação rápida, usada no tratamento de diabetes tipo 1. A compra do medicamento ocorreu após cinco meses de negociação com o setor farmacêutico e depois de duas tentativas frustradas. É que dois pregões anteriores – em agosto do ano passado e em janeiro deste ano – não receberam propostas.

    O Ministério da Saúde antecipou a entrega da insulina por conta do risco de desabastecimento motivado pela escassez mundial do produto. Essa carga de 400 mil unidades se soma à de um 1,3 milhão de doses compradas emergencialmente e que vão garantir o abastecimento do SUS e de mais de 60 mil pessoas que fazem atendimento no Sistema Único de Saúde.

    Segundo o Ministério da Saúde, as insulinas regulares mais consumidas, indicadas para pacientes com diabetes tipo 2 e demais tipos, estão com “estoque adequado”. As insulinas análogas de ação rápida foram incorporadas ao SUS em 2017 após aprovação da Conitec, Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde.

     

  • Educação é arma de entidades médicas para conter avanço do diabetes

    Educação é arma de entidades médicas para conter avanço do diabetes

    A campanha que marca o Dia Mundial do Diabetes, comemorado nesta segunda-feira (14), tem como tema este ano Educação para Proteger o Amanhã, com o objetivo de conter o avanço da doença. De acordo com o Atlas do Diabetes 2021, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF), a doença é uma preocupação global: um em cada dez adultos vive com diabetes no mundo. São mais de 537 milhões de pessoas com idade entre 20 e 79 anos com a doença, e quase metade ainda não foi diagnosticada.

    Segundo a IDF, que escolheu o tema da campanha, somente nas Américas do Sul e Central, 32 milhões de adultos sofrem de diabetes, e o número pode chegar a 49 milhões em 2045. De acordo com a IDF, no ano passado, a doença causou mais de 410 mil mortes.

    No Brasil, existem cerca de 15,7 milhões de adultos com a doença. O país é o primeiro em número de casos na América Latina e o quarto no mundo, informa o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Levimar Araujo. Estima-se que, até 2045, a doença alcance 23,2 milhões no país.

    A campanha deste ano é especial porque marca os 100 anos da primeira aplicação de insulina. “É um ano em que queremos chamar bastante a atenção (da população)”, disse Araújo.

    Para o vice-presidente do Departamento de Diabetes Mellitus da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Rodrigo de Oliveira Moreira, a educação é essencial, “tanto do profissional da saúde, para conseguir diagnosticar, como para tratar o paciente de forma adequada”. A Sbem estima que, atualmente, pelo menos 30% dos brasileiros com diabetes não sabem que têm a doença.

    De acordo com a entidade, são pessoas que não estão sendo diagnosticados adequadamente. “Este seria o primeiro ponto na educação: melhorar o diagnóstico desses pacientes e permitir que os médicos saibam identificar os pacientes de maneira adequada”, afirmou o endocrinologista, em entrevista à Agência Brasil.

    A campanha tem o objetivo de levar o paciente a conhecer a doença, suas limitações e o que precisa saber para se tratar. “É parte essencial para o tratamento. Vários estudos mostram que a educação no diabetes melhora o controle da doença, melhora os níveis de glicose, melhora o tratamento do diabetes de uma maneira geral”.

    Tipos

    Rodrigo Moreira enfatizou que todos os tipos de diabetes são preocupantes. Considerado uma doença autoimune, que aparece geralmente na infância ou adolescência, o tipo 1 representa de 5% a 10% do total de casos. É caracterizado pela baixa ou nenhuma produção de insulina pelo organismo, o que faz com que a glicose continue circulando no sangue, em vez de ser usada como energia. Isso aumenta a glicemia e causa uma série de danos ao corpo.

    No diabetes tipo 2, que é mais comum (aproximadamente 90% dos casos), o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Mais comum em adultos, está especialmente associado à obesidade.

    “A enorme maioria dos pacientes do tipo 2 está diretamente relacionada ao excesso de peso e à obesidade”. Moreira ressaltou, porém, que, se esses pacientes forem educados, inteirando-se da importância de uma dieta saudável, da prática de atividade física, haverá redução no número de pessoas com diabetes, e o tratamento se tornará muito mais fácil e efetivo.

    Moreira disse que o diabetes do tipo 1 acomete menos de 10% das pessoas e aparece normalmente na criança. Uma das grandes preocupações da Sbem hoje é que o diabetes tipo 2, relacionado à obesidade, que era uma doença clássica de adultos, está aparecendo cada vez mais cedo. “E está se vendo um aumento significativo nos adolescentes, principalmente naqueles jovens com excesso de peso e sedentários”. O endocrinologista destacou que, por isso, é preciso que os pais e responsáveis se conscientizem da importância de abordar o problema do excesso de peso desde cedo, para que as crianças não desenvolvam o diabetes.

    O médico reiterou que o paciente deve conhecer a doença, principalmente aquele que tem diabetes tipo 2, que é complexo e envolve muitos aspectos. No entanto, muitas vezes, a pessoa acha que, só tomando o remédio, resolve. “Quanto mais cedo conhecer a doença, o paciente vai ver que o diabetes se trata com mudança de estilo de vida, boa alimentação, atividade física. Quanto mais conhecer a sua doença, mais fácil será o tratamento. E quanto mais se conseguir educar os médicos de família, os clínicos, mais se poderá identificar e tratar precocemente o paciente.”

    Ações


    O Novembro Azul é relacionado ao diabetes no mundo inteiro, inclusive no Brasil, lembrou Moreira. Durante todo o mês, entidades médicas e de apoio a pacientes com diabetes estão promovendo ações em todo o país para conscientizar e informar sobre a doença. A programação teve início dia 11, com sessão solene no Senado, prevê para hoje, às 19h, show de Guilherme Arantes, no Teatro Ribalta, no Rio de Janeiro, fechado para convidados. Na ocasião, a Sbem e a Sociedade Brasileira de Diabetes entregarão menções honrosas a apoiadores da causa do diabetes.

    No próximo sábado (19), haverá a Corrida e Caminhada SBD 2022, com largada às 7h30 no Parque Linear Bruno Covas, em São Paulo. As inscrições podem ser feitas no site da SBD. Para o dia 23. está prevista a Feira Comemorativa Dia Mundial do Diabetes, no Serviço de Diabetes do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (Iede), no Rio de Janeiro, no período de 8h às 12h. A feira oferecerá ao público atendimento com serviços de saúde, com orientações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do diabetes; medidas antropométricas; glicemia capilar; pé diabético e saúde bucal.

    Outra atividade prevista na campanha deste ano é a Campanha Nacional Gratuita em Diabetes, realizada na sede da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes, das 9h às 16h, na Rua Eça de Queiroz, 198, Vila Mariana, São Paulo. Serão oferecidos serviços de saúde como exames para avaliação de olhos, pés e boca, aferição da pressão arterial, avaliação nutricional, exame de colesterol, hemoglobina glicada e de microalbuminúria, avaliação vascular e teste de covid-19.

    Informação

    Na opinião do presidente da Sociedade Brasileira do Diabetes, o que está faltando no Brasil é, justamente, informação. Levimar Araujo salientou que a campanha de educação destaca a importância dos testes de glicemia capilar, popularmente chamados de “testes de ponta de dedo”, visando a melhorar o diagnóstico. Com apoio da Roche Diabetes Care Brasil, será realizada, neste mês, campanha de detecção do diabetes em inúmeras farmácias de todo o país. Serão doadas mais de 67 mil tiras de glicemia para mais de 250 farmácias e associações, que vão realizar gratuitamente os testes de glicemia capilar. No exame, é feita uma picada na ponta do dedo para obter uma gota de sangue, que é analisada em um aparelho chamado glicosímetro. O teste, que permite monitorar o nível glicêmico do paciente, representa o primeiro passo para diagnóstico do diabetes.

    Araujo explicou que o teste deve ser feito duas horas após a refeição, e não em jejum, como os médicos costumam pedir. “Tem duas coisas que estamos batendo muito na tecla: é fazer esse exame duas horas depois da refeição e estar alerta para os sintomas do diabetes, que são sintomas clássicos, como acordar à noite para urinar; no caso da criança, começar a fazer xixi na cama”. Ele disse que é mais fácil identificar no jovem e na criança. No idoso, ou pessoas com mais de 40 anos de idade, é preciso incentivar a busca do diagnóstico.

    No Brasil, a Região Sudeste concentra o maior número de diagnósticos, porque os pacientes têm mais acesso à saúde. Levimar Araujo reforçou que 46% das pessoas que têm diabetes desconhecem o fato. “É assustador um número tão grande de pessoas que não sabem que são diabéticas e podem ter complicações”. Segundo o médico, pessoas com hipertensão, aumento da cintura abdominal e aumento de colesterol têm chance maior de desenvolver diabetes.

    Para Araujo, a elevação do número de diabéticos no Brasil pode acabar se tornando um problema de saúde pública, porque começa a haver mais complicações. Quanto mais precoce for o diagnóstico, menos complicações, afirmou. Entre as complicações, estão cegueira ou retinopatia diabética; pé diabético e amputação de membros inferiores; problemas renais, necessidade de hemodiálise e acidentes de trânsito. Quando se consegue prevenir, diminui a incidência dessas complicações. “Facilita bastante o nosso trabalho de educação na saúde pública”. Enfatizou o médico.

    Edição: Nádia Franco

  • Descoberta da insulina, o “hormônio da vida”, completa 100 anos

    Descoberta da insulina, o “hormônio da vida”, completa 100 anos

    A descoberta da insulina – e de sua eficácia para o tratamento do diabetes – completa, em 2021, um século tendo o mérito de ter salvo milhões de vidas ao redor do mundo. Retratada como “hormônio da vida”, essa substância produzida pelo pâncreas pode ser obtida, visando tratamentos médicos em larga escala, tanto de animais quanto em laboratórios.

    “A insulina é o hormônio da vida. É importante para a saúde das pessoas porque é ela que vai dar a entrada do combustível principal do organismo, que é a glicose, para as células. É como se fosse a gasolina do motor. Se não tem glicose, o corpo não tem combustível. E o injetor dessa glicose nas células é a insulina”, explica didaticamente à Agência Brasil o presidente da Federação Internacional de Diabetes para a Região da América Central e América do Sul, Fadlo Fraige Filho.

    Segundo o médico endocrinologista, sem glicose, o corpo se deteriora e sintomas de diabetes, como emagrecimento acentuado e muita necessidade de urinar e de beber água, começam a surgir.

    “Sem tratamento, as pessoas podem entrar em coma, e o coma diabético é mortal, com altos índices de mortalidade quando não tratado adequadamente”, acrescentou Fraige, que é também especialista da Sociedade Brasileira de Diabetes e presidente tanto da Associação Nacional de Atenção à Diabetes como da Federação Nacional de Entidades de Diabetes do Brasil.

    O professor da Faculdade de Medicina do ABC acrescenta que o diabetes atinge cerca de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. “É prevalente não apenas pelo número como também por suas comorbidades, uma vez que é a primeira causa de cegueira e de amputações de membros inferiores, bem como de doenças cardiovasculares.”

    Ainda segundo ele, uma parte considerável das hospitalizações está relacionada ao diabetes. “A internação não é feita por diabetes, mas por complicações dela decorrentes, em casos classificados como AVC, infarto, trombose, amputações, infecções, pneumonia e toda sorte de complicações. O diabetes vem [oficialmente] na segunda linha de internações, mas é a base de tudo isso”, acrescentou.

    Tendo por base estudos feitos em sete hospitais gerais nos Estados Unidos, bem como no Hospital da Beneficência Portuguesa em São Paulo, Fraige relata que o diabetes ocupa, com suas complicações, 44% de todos os leitos em hospitais gerais. “Felizmente, hoje em dia, quando tratada a tempo e com pessoal habilitado, é possível a reabilitação das pessoas, ainda que seja uma doença que não tem cura”.

    Tratamento

    O médico não esconde a dificuldade do tratamento do diabetes, mas diz que é a única saída para evitar as várias complicações da doença.

    “O grande desafio é fazer com que as pessoas controlem glicemia, colesterol e pressão. Chamo atenção para o fato de que o diagnóstico de diabetes não é um diagnóstico encerrado como, às vezes, é, por exemplo, o de câncer. É um diagnostico que dá opções. Você pode ir para o caminho do controle para ter uma vida saudável e sem complicações. A coisa complica para quem não a controla ou negligencia [o tratamento]”.

    Em muitos casos, o tratamento envolve controle por meio de dietas. Mas, em geral, são necessárias, no caso dos portadores de diabetes tipo 1, pelo menos quatro aplicações diárias de insulina, além da necessidade de várias picadas no dedo para fazer a medição glicêmica.

    A falta de familiaridade com a insulinoterapia entre uma parte considerável de profissionais da saúde, entretanto, preocupa o médico endocrinologista. “Infelizmente, a insulinoterapia é desconhecida da maioria dos profissionais não especializados, o que pode acarretar em riscos de se ter uma hipoglicemia que, às vezes, pode ser fatal”, disse.

    De acordo com o especialista, na maioria das vezes, o diabetes não é fatal, mas pode resultar em grandes complicações neurológicas quando a insulinoterapia não é feita da maneira adequada.

    “É fundamental que ela [insulinoterapia] seja conhecida, estudada e aprimorada pelos profissionais da saúde. No caso da diabetes do tipo 1, não há outro tratamento. Já muitas pessoas que têm a do tipo 2 passam a ter de tomar insulina nas situações em que os antidiabéticos orais deixam de fazer efeito.”

    Fraige defende que o diabetes deve ser tratado de maneira multidisciplinar. “Não só o médico, mas farmacêuticos e enfermeiros têm de entender do assunto. Nutricionistas, professores de educação física e todos os profissionais de saúde têm de ampliar os conhecimentos sobre diabetes para minimizá-lo e para melhor orientar as pessoas”, enfatiza.

    Inovação

    Graças a conhecimentos multidisciplinares, foi possível, inclusive, produzir insulina em laboratório, o que acabou por salvar também a vida de centenas de milhares de animais que não precisaram mais ser abatidos pela indústria farmacêutica. Para produzir 1 quilo de insulina (visando o tratamento de humanos), era necessário coletar o pâncreas de 50 mil animais.

    Por meio da biotecnologia, o biólogo e pós-doutor em Engenharia Genética Spartaco Astolfi Filho coordenou estudos que resultaram na produção de insulina humana em laboratório, a partir de fermentação bacteriana. Essa tecnologia inovadora foi desenvolvida pela Universidade de Brasília (UnB) em parceria com a empresa Biobrás Bioquímica do Brasil.

    “O grupo da UnB ficou responsável pela construção da bactéria recombinante superprodutora de insulina humana. Todo o processo de desenvolvimento tecnológico da insulina humana recombinante foi concluído com sucesso resultando na construção do setor industrial de produção de insulina humana em 1998 em Montes Claros. Em 2000, a patente foi concedida nos Estados Unidos”, disse à Agência Brasil o pesquisador.

    Apesar de a técnica para a obtenção de insulina a partir de bactérias ser brasileira, a produção do insumo em território nacional acabou sendo interrompida após a aquisição da Biobrás por uma empresa multinacional, em 2001. Confira a seguir os principais eventos associados à descoberta da insulina (clique nas datas para abrir a descrição):

    Cronologia da Insulina*

    Os alemães Oskar Minkowski e Joseph von Mering demonstraram que a retirada do pâncreas de cães causava diabetes levando-os a óbito.

    O estadunidense Eugene Opie descreve que, em casos de Diabetes Mellitus grave, ocorria a degeneração das células das ilhotas de Langerhans do pâncreas.

    O inglês Edward Sharpey-Schafer levantou a hipótese de que o Diabetes seria causado pela deficiência de uma substância, produzida pelas células das ilhotas de Langerhans do pâncreas, razão pela qual ele a denominou de insulina, termo derivado da palavra latina insula (ilha).

    Confirmação da hipótese, pelos canadenses Frederick Banting e Charles Best. Eles injetaram, em cachorros diabéticos, extratos ilhotas de Langerhans de pâncreas de cachorros saudáveis, revertendo o quadro de diabetes. Trabalhando na Universidade de Toronto em colaboração com o escocês John Mcleod, os dois pesquisadores purificaram a insulina de pâncreas bovino e foram os primeiros a tratar um humano diabético com sucesso: um jovem canadense adolescente de 14 anos.

    Banting e Mcleod ganharam o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina. A partir de então, a empresa farmacêutica estadunidense Eli Lilly & Co, e empresas farmacêuticas da Europa passaram a produzir insulina bovina e suína em larga escala para tratamento do Diabetes Mellitus.

    *Fonte (das informações na cronologia): Spartaco Astolfi Filho: Biólogo (UnB), Mestre em Biologia Molecular (UnB), Doutor em Ciências (UFRJ) e Pós-Doutor em Engenharia Genética (UMIST – UK).

    Edição: Lílian Beraldo