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  • Amazônia: desmatamento em agosto foi o menor em seis anos

    Amazônia: desmatamento em agosto foi o menor em seis anos

    A área sob alertas de desmatamento na Amazônia em agosto de 2024 foi a menor em seis anos. Segundo dados do sistema de monitoramento Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a queda foi de 10,6% em relação a agosto de 2023, quando o país já havia retomado as políticas ambientais, e de 69,7% em relação ao mesmo mês de 2022. Manter a floresta em pé é um dos compromissos do Governo Federal, ao lado do trabalho de combate aos incêndios criminosos e de responsabilização dos culpados.

    Em agosto de 2023, o sistema registrou 563,09 km² sob alertas de desmatamento. Já em 2024, no mesmo período, foram 503,5 km², redução de quase 60 km². É o menor índice para o mês desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa. A queda é bem maior quando comparada a 2022, quando foram registrados alertas de desmatamento em 1.661,02 km² na região.

    À esquerda, o comparativo de desmatamento na Amazônia entre os meses de agosto ano a ano. À direita, os dados de janeiro a agosto nos últimos anos. Fonte: DETER / INPEÀ esquerda, o comparativo de desmatamento na Amazônia entre os meses de agosto ano a ano. À direita, os dados de janeiro a agosto nos últimos anos. Fonte: DETER / INPE

    Na comparação de janeiro a agosto houve queda de 24% em 2024 em relação ao mesmo período de 2023. Este ano foram 2.813 km2. Nos oito meses do ano passado, 3.712 km2.O Deter é um indicativo de tendência da taxa de desmatamento, medida sempre de agosto a julho por outro sistema do Inpe, o Prodes. O Prodes usa imagens de satélites mais precisas do que as usadas pelo Deter, que emite alertas diários para apoiar a fiscalização em campo realizada por Ibama e ICMBio.

    Cerrado

    No Cerrado houve queda de 12% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2023. Neste ano foram 404 km² no mês, contra 458 km² no ano passado. No recorte de janeiro a agosto, a queda em 2024 é de 16% em relação a 2023: 4.573 km² neste ano contra 5.459km² no ano passado.

    Histórico

    No início de agosto, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) divulgou queda de 45,7% da área sob alertas de desmatamento de agosto de 2023 a julho de 2024, a maior redução registrada pelo Deter-B no período. O total foi de 4.315 km², ante 7.952 km² de agosto de 2022 a julho de 2023.Neste período houve redução de 53% do desmatamento nos 70 municípios da Amazônia considerados prioritários para o combate ao desmatamento. Dessas cidades, 48 aderiram ao programa União com Municípios, do Governo Federal, que prevê repasses de R$ 785 milhões para ações ambientais, caso haja redução do desmatamento.

    Além de combater o desmatamento, o programa promove o desenvolvimento sustentável nesses 70 municípios, que corresponderam a 78% do desmatamento do bioma em 2022. Os recursos são destinados a ações a partir da lógica do “pagamento por performance”: quanto maior a redução anual do desmatamento e da degradação, maior será o valor investido. O parâmetro é o sistema de monitoramento Prodes, que calcula a taxa anual de desmatamento, medida de agosto de um ano a julho do ano seguinte.

    Deter

    O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) é um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal. Ele foi desenvolvido para dar suporte à fiscalização do desmatamento e da degradação florestal.

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  • Inpe aponta queda de 38% do desmatamento na Amazônia e de 15% Cerrado no semestre

    Inpe aponta queda de 38% do desmatamento na Amazônia e de 15% Cerrado no semestre

    A área sob alertas de desmatamento na Amazônia caiu 38% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados do sistema Deter-B, do Inpe, divulgados nesta quarta-feira (3/7). No Cerrado houve queda de 15% no semestre, a primeira redução para o período desde 2020.

    No mês de junho houve queda de 31% na Amazônia (457 km², ante 663 km²) e de 24% no Cerrado (662 km², ante 875 km²). Os dados foram apresentados pelas ministras Marina Silva (MMA) e Luciana Santos (MCTI) em entrevista coletiva na sede do MCTI, em Brasília (DF).

    “Os dados mostram uma tendência de queda consistente do desmatamento na Amazônia e o início de uma tendência de queda no Cerrado. Isso nos dá esperança de que, vendo o que ocorre na Mata Atlântica, com a queda continuada do desmatamento, vamos conseguir desmatamento zero até 2030”, disse Marina

    No primeiro semestre, a área sob alertas de desmatamento na Amazônia foi de 1.639 km², a menor desde 2018. O resultado ocorre após redução de 50% em 2023 na comparação com 2022.

    De agosto de 2023 a junho de 2024, a área sob alertas de desmatamento no bioma foi de 3.644 km², redução de 51% na comparação com o período de agosto de 2022 a junho de 2023. O número é indicativo da taxa anual de desmatamento, medida sempre de agosto a julho por outro sistema do Inpe, o Prodes. Falta, portanto, um mês para o fechamento do ciclo.

    O Prodes usa imagens de satélites mais precisas do que as usadas no Deter, que emite alertas diários para apoiar a fiscalização em campo realizada por Ibama e ICMBio.

    O Prodes é resultado da comparação de imagens de satélite do período seco na Amazônia em um ano com imagens do período seco no ano anterior.

    “Os dados são resultado da decisão política e da convicção que move o governo do presidente Lula no desafio da descarbonização do país, de enfrentar a mudança do clima e, portanto, os eventos extremos”, disse Luciana.

    No Cerrado, a área sob alertas de desmatamento no primeiro semestre foi de 3.724 km², queda de 15% na comparação com os 4.396 km² registrados no ano anterior. A área sob alertas de desmatamento no bioma de agosto de 2023 a junho de 2024 (6.571 km²) teve aumento de 16% em relação ao periodo anterior (5.735 km²).

    O resultado indica tendência de estabilização do desmatamento no bioma após aumento de 43,6% em 2023 na comparação com 2022.

    “É uma tendência que está se configurando, ainda não está consolidada. É extremamente importe, porque a gente tinha o Cerrado em crescimento acelerado”, afirmou o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco.

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  • Inpe: desmatamento aumenta no Cerrado e cai na Amazônia

    Inpe: desmatamento aumenta no Cerrado e cai na Amazônia

    O desmatamento aumentou no Cerrado e caiu na Amazônia Legal, no acumulado de janeiro a abril de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) coletados a partir do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), disponível na plataforma TerraBrasilis [http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/].

    No caso da Amazônia, a área perdida foi de 1.132,45 quilômetros quadrados (km2) este ano, um número cerca de 41% menor do que o medido entre janeiro e abril do ano passado (1.967,69 km2), mas equivalente ao desmatamento ocorrido em 2021 (1,153,27 km2) e 2020 (1.204,15 km2).

    Já o desmatamento no Cerrado entre janeiro e abril de 2023 foi o maior dos últimos cinco anos, alcançando 2.133 km2, segundo o Deter. O valor é cerca de 14,5% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (1.886 km2). Considerando apenas o mês de abril, os alertas de desmatamento são 31% maiores este ano, na comparação com 2022.

    Alerta

    Em nota, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lembrou que o Deter faz um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura vegetal na Amazônia e no Cerrado. Esse levantamento é considerado o principal instrumento de fiscalização e controle do desmatamento e da degradação florestal, realizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e demais órgãos ambientais. Apesar disso, a plataforma não tem a finalidade de medir com precisão as áreas desmatadas, o que é feito pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), elaborado pelo Inpe anualmente.

    “Não é possível, dada a escala da análise e a cobertura de nuvens que interferem nessas medições, assegurar que esses números sejam definitivos. Entretanto, constituem importante ferramenta de planejamento e aprimoramento das ações para combater o desmatamento ilegal nesses biomas. Nesse sentido, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima determinou rigorosa apuração dos alertas identificados pelo Deter, a fim de verificar se foram desmatamentos autorizados pelos Estados, visto que compete a eles emitir autorizações de supressão de vegetação nativa. O MMA determinou, ainda, a verificação das bases legais das autorizações emitidas, bem como a ação imediata do Ibama no sentido de autuar e embargar as áreas desmatadas sem autorização”, disse a pasta.

    Repercussão

    Organizações ambientalistas repercutiram os dados do Deter. Para o WWF-Brasil, o resultado em relação à Amazônia pode indicar uma reversão na tendência da destruição do bioma, mas ainda é cedo para saber se tal mudança vai se consolidar. “Recebemos os números de abril como sinal positivo, mas infelizmente ainda não podemos falar em tendência de queda de desmatamento na Amazônia. Os números estão num patamar muito alto e a temporada da seca, favorável ao desmatamento, não começou”, afirma Mariana Napolitano, gerente de Conservação do WWF-Brasil.

    Já em relação ao Cerrado, a situação é considerada muito alarmante. Cerca de 80% dos alertas de desmatamento ocorreram em áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, o chamado Matopiba, região que é, atualmente, principal fronteira de expansão agrícola no Brasil e uma das grandes frentes de destruição de biomas do mundo. Nas últimas décadas, o Cerrado perdeu mais de 50% de sua cobertura vegetal original. O bioma é o principal responsável pela segurança hídrica do país, por abrigar importantes bacias hidrográficas e os maiores reservatórios de abastecimento de água das grandes cidades. Além disso, depende do regime de chuvas estável para garantir produtividade na própria atividade agrícola.

    O MMA informou que aumentou o número embargos de uso de área desmatada ilegalmente em 216% desde janeiro. Já a apreensão de produtos oriundos de infrações ambientais aumentou 210%, segundo a pasta.

    “No Cerrado e demais biomas (exceto Amazônia) houve aumento de 169% dos autos de infração de janeiro a abril em relação à média na gestão anterior. O número de embargos de uso de área desmatada ilegalmente no Cerrado e demais biomas aumentou 198% e as apreensões de produtos oriundos de infrações ambientais aumentaram 154% no mesmo período”, destacou a pasta.

    Ainda segundo o governo federal, em maio será concluída a nova fase do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), restituído por meio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já em julho, o MMA deve iniciar a atualização do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento no Cerrado (PPCerrado), que “permitirá a ampliação e intensificação dos esforços do governo federal, em parceria com os governos estaduais e a sociedade, para combater o desmatamento no bioma”.

    Edição: Marcelo Brandão