Tag: INPC

  • Inflação medida pelo INPC fecha fevereiro em 1,48%

    Inflação medida pelo INPC fecha fevereiro em 1,48%

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), inflação que costuma reajustar anualmente salários, fechou fevereiro em 1,48%. Assim como a inflação oficial do país, apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a conta de luz foi a vilã do mês.

    O resultado do INPC de fevereiro é o maior desde março de 2022 (1,71%). Em relação aos meses de fevereiro, é o mais alto desde 2003 (1,46%). Em 12 meses, o INPC soma 4,87%.

    Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A alta de fevereiro é explicada em grande parte pelo Bônus Itaipu, que concedeu desconto na conta de luz dos brasileiros em janeiro. No primeiro mês do ano, o índice apresentou variação nula (0%).

    Com o fim do desconto, o que já era previsto, a conta de energia elétrica subiu 16,96%, fazendo o grupo habitação – do qual faz parte a energia elétrica – subir 4,79%, impactando o INPC em 0,79 ponto percentual (p.p.).

    Em fevereiro, os produtos alimentícios subiram 0,75%, desaceleração em relação a janeiro (0,99%).

    Variações e impactos dos grupos de produtos e serviços:

    • Habitação: 4,79% (0,79 p.p.)
    • Transportes: 1,11% (0,22 p.p.)
    • Alimentação e bebidas: 0,75% (0,19 p.p.)
    • Educação: 4,45% (0,19 p.p.)
    • Saúde e cuidados pessoais: 0,54% (0,06 p.p.)
    • Artigos de residência: 0,44% (0,02 p.p.)
    • Comunicação: 0,17% (0,01 p.p.)
    • Despesas pessoais: 0,09% (0,01 p.p.)
    • Vestuário: -0,07% (-0,01 p.p.)

    Reajuste de salários

    O INPC impacta diretamente na vida de muitos brasileiros pois o acumulado móvel de 12 meses costuma ser utilizado para cálculo do reajuste de salários de diversas categorias ao longo do ano.

    O salário mínimo, por exemplo, leva o dado de novembro no seu cálculo. O seguro-desemprego, o benefício e o teto do INSS são reajustados com base no resultado de dezembro.

    INPC x IPCA

    A principal diferença para o IPCA é que o INPC apura o custo de vida de famílias com renda de até cinco salários mínimos. Já o IPCA, é o consumo de famílias com renda até 40 salários mínimos. Atualmente o mínimo é de R$ 1.518.

    O IBGE confere pesos diferentes aos grupos de preços pesquisados. No INPC, por exemplo, os alimentos representam 25% do índice, mais que no IPCA (21,86%), pois as famílias de menor renda gastam proporcionalmente mais com comida. Na ótica inversa, o preço de passagem de avião pesa menos no INPC do que no IPCA.

    “A apuração do INPC tem por objetivo a correção do poder de compra dos salários, através da mensuração das variações de preços da cesta de consumo da população assalariada com mais baixo rendimento”, diz o IBGE.

    Abrangência

    A coleta de preços é feita nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

  • Teto do seguro-desemprego sobe para R$ 2.424,11 após reajuste

    Teto do seguro-desemprego sobe para R$ 2.424,11 após reajuste

    A partir deste sábado (11), o trabalhador demitido sem justa causa receberá mais seguro-desemprego. A tabela das faixas salariais usadas para calcular o valor da parcela seguiu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2024 e foi reajustada em 4,77%

    Com a correção, o valor máximo do seguro-desemprego subirá de R$ 2.313,74 para R$ 2.424,11, diferença de R$ 110,37. O piso segue a variação do salário mínimo e aumenta de R$ 1.412 para R$ 1.518. Os novos montantes valem tanto para quem recebe o seguro-desemprego como para quem ainda dará entrada no pedido.

    A parcela do seguro-desemprego é calculada com base na média das três últimas remunerações do trabalhador antes da demissão. Após a correção das faixas salariais, o benefício será definido da seguinte forma.

    Salário Médio Valor da parcela Até R$ 2.138,76 80% do salário médio ou salário mínimo, prevalecendo o maior valor De R$ 2.138,77 a R$ 3.564,96 50% sobre o que ultrapassar R$ 2.138,76 mais valor fixo de R$ 1.711,01 Acima de R$ 3.564,96 parcela invariável de R$ 2.424,11

    Direitos

    Pago ao trabalhador com carteira assinada dispensado sem justa causa, o seguro-desemprego tem de três a cinco parcelas, que dependem do número de meses trabalhados no emprego anterior e do número de pedidos do benefício, que pode ser solicitado por meio do Portal Emprega Brasil , do Ministério do Trabalho e Emprego.

    Para ter direito ao seguro-desemprego, o trabalhador deve cumprir os seguintes requisitos:

    •    Ter sido dispensado sem justa causa;
    •    Estiver desempregado, quando do requerimento do benefício;
    •    Ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica (inscrita em cadastro específico da Previdência Social) relativos a:
    –     pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, no primeiro pedido;
    –     pelo menos nove meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, no segundo pedido; e
    –     cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, nos demais pedidos;
    •    Não ter renda própria para o seu sustento e de sua família;
    •    Não estiver recebendo benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.

    O trabalhador não pode ter outro vínculo empregatício. O prazo para fazer o pedido varia entre o 7º e o 120º dia da demissão, para trabalhadores formais, e entre o 7º e o 90º dia, para empregados domésticos.

  • Inflação usada para cálculo de reajuste de salário é de 4,77%

    Inflação usada para cálculo de reajuste de salário é de 4,77%

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de dezembro ficou em 0,48%, fazendo com que em 2024 terminasse em 4,77%. O índice de inflação é utilizado para o cálculo do reajuste anual de salários de diversas categorias de trabalhadores.

    O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, o índice foi de 3,71%.

    O INPC de 2024 foi puxado, principalmente, pelo grupo alimentação e bebidas, que acumulou alta de 7,60% em 12 meses, representando impacto de 1,83 p.p. (ponto percentual) na taxa do ano. O segundo maior impacto coube ao grupo transportes, que subiu 3,77% (0,74 p.p.)

    O IBGE informou, também, que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – fechou 2024 em 4,83%, acima do limite máximo da meta de inflação do governo.

    Diferenças

    O INPC e o IPCA apuram o custo de vida para famílias em Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Distrito Federal, Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

    A diferença entre eles é que o IPCA leva em conta famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos; e o INPC apenas até cinco salários mínimos.

    O peso dos produtos e serviços também é diferente. No INPC, alimentos e bebidas têm mais peso que no IPCA. Ou seja, o IBGE tem dados que mostram que famílias mais pobres gastam proporcionalmente mais com comida do que as mais ricas. O inverso acontece com as passagens aéreas e planos de saúde, por exemplo.

    Muitos sindicatos de trabalhadores escolhem o INPC para índice de cálculo de reajuste anual. O salário mínimo também leva em consideração o INPC na fórmula de reajuste, porém, acompanha o acumulado de 12 meses encerrados em novembro (4,84%), de forma que o novo salário possa ser definido pelo governo ainda no fim de dezembro para vigorar em janeiro.

  • Salário mínimo passa para R$ 1.518 a partir desta semana

    Salário mínimo passa para R$ 1.518 a partir desta semana

    O Brasil tem desde esta quarta-feira (1º de janeiro) um novo valor de R$ 1.518 para o salário mínimo, o que representa aumento de R$ 106 em relação a 2024 (R$ 1.412).

    Segundo o governo federal, o novo valor incorpora a reposição de 4,84% da inflação de 12 meses apurada em novembro do ano passado (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e mais 2,5% de ganho real.

    O reajuste está de acordo com a nova regra aprovada pelo Congresso Nacional que condiciona a atualização do salário mínimo aos limites definidos pelo novo arcabouço fiscal. Por essa nova norma – válida entre 2025 e 2030 – o salário mínimo terá ganho real de 0,6% a 2,5%.

    Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pela regra anterior o reajuste deveria ser a reposição da inflação mais 3,2% (variação do Produto Interno Bruto em 2023).

    O reajuste menor vai afetar a remuneração de 59 milhões pessoas que têm o rendimento ligado ao valor do salário mínimo, como empregados formais, trabalhadores domésticos, empregadores, trabalhadores por conta própria e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

    Impacto direto

    O valor do salário mínimo tem impacto direto em despesas do governo federal como os pagamentos das pessoas aposentadas ou pensionistas, cerca de 19 milhões; de quem tem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), mais de 4,7 milhões; dos trabalhadores com carteira dispensados do serviço, cerca de 7,35 milhões que acionaram o seguro-desemprego (dado de julho de 2024); e os trabalhadores que têm direito ao abono salarial (PIS-Pasep), cerca de 240 mil pessoas no ano passado.

    A empresa Tendências Consultoria, de São Paulo, estima que a nova política de reajuste de salário mínimo vai gerar R$ 110 bilhões de economia dos gastos públicos até 2030, sendo que R$ 2 bilhões são previstos em 2025.

    Entre 2003 e 2017, o salário mínimo teve 77% de ganho real (acima da inflação). Essa política de reajuste ficou interrompida entre 2018 e 2022. O salário mínimo no Brasil foi criado em 1936, durante o governo do ex-presidente Getúlio Vargas.

  • Novo Reajuste do Salário Mínimo 2025: Entenda as regras e impactos no seu bolso

    Novo Reajuste do Salário Mínimo 2025: Entenda as regras e impactos no seu bolso

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que estabelece um teto para o reajuste do salário mínimo no Brasil. A partir de 2025 e até 2030, o aumento real será limitado a 2,5% acima da inflação. A medida faz parte do pacote de cortes de gastos do governo federal e foi aprovada pelo Congresso Nacional no final de 2024.

    Com a nova política, o salário mínimo para 2025 está previsto em R$ 1.518, um acréscimo de R$ 106 em relação ao valor atual, que é de R$ 1.412. No entanto, o montante final ainda precisa ser oficializado por meio de decreto presidencial.

    Como funciona o novo reajuste do salário mínimo?

    Salário mínimo de 2025 será de R$ 1.518 com novas regras sancionadas por Lula
    Salário mínimo de 2025 será de R$ 1.518 com novas regras sancionadas por Lula (Por: Marcello Casal JrAgência Brasil)

    A regra estabelece que o reajuste será calculado pela soma da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até novembro do ano anterior e do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

    A principal mudança está no teto de aumento real, que será limitado a até 2,5% do crescimento do PIB. Por exemplo, em 2023, o PIB cresceu 3,2%. Segundo a regra anterior, o reajuste seria baseado nesse valor total. Agora, com o novo teto, o reajuste considerará apenas 2,5%.

    Essa alteração reduz o impacto fiscal e alinha o reajuste ao arcabouço fiscal, conjunto de regras que limita o crescimento das despesas públicas.

    Quando o novo Salário Mínimo 2025 será pago?

    Os trabalhadores receberão o salário mínimo reajustado entre o final de janeiro e o início de fevereiro de 2025, correspondente aos dias trabalhados em janeiro.

    Impacto na economia e nas contas públicas

    De acordo com o governo federal, a nova política deve gerar uma economia de cerca de R$ 15,3 bilhões nos próximos cinco anos. Esse ajuste é crucial, considerando que cada R$ 1 de aumento no salário mínimo resulta em um acréscimo de R$ 392 milhões aos gastos públicos, principalmente em programas como a Previdência Social e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

    Pelas regras anteriores, o salário mínimo de 2025 seria de R$ 1.528, mas o teto imposto pela nova legislação reduziu esse valor para R$ 1.518.

    O que muda para os trabalhadores?

    A nova regra garante uma valorização acima da inflação, mas com um limite que controla aumentos excessivos. Isso significa que o salário mínimo continuará protegendo o poder de compra, mas com menor impacto nas contas públicas.

    Trabalhadores e beneficiários de programas sociais, como aposentados e pensionistas, serão os mais diretamente afetados. Apesar de o aumento ser menor, o governo afirma que a medida visa equilibrar os benefícios com a sustentabilidade fiscal.

    Objetivo do novo teto de reajuste

    O governo destaca que a medida busca alinhar a valorização do salário mínimo às condições fiscais do país. A introdução de um teto para o aumento real tem o objetivo de conter gastos obrigatórios, permitindo maior controle sobre o orçamento público.

    A política visa também evitar pressões inflacionárias e criar um cenário de maior previsibilidade para a economia.

    Por que o reajuste é limitado a 2,5%?

    O teto de 2,5% reflete uma estratégia de equilíbrio entre a valorização do salário e o impacto fiscal. Este valor é considerado suficiente para garantir ganho real aos trabalhadores sem comprometer o orçamento público.

    A medida, no entanto, foi alvo de críticas, especialmente de setores sindicais, que argumentam que o novo limite pode reduzir o poder de compra dos trabalhadores a longo prazo.

    Próximos passos do Salário Mínimo 2025

    O valor oficial do salário mínimo será publicado em decreto presidencial nos próximos dias. Especialistas recomendam que os trabalhadores fiquem atentos às atualizações para entender como o reajuste impactará seus rendimentos.

    Se você deseja mais informações sobre como o salário mínimo afeta a economia, confira outras análises no nosso site.

  • Inflação para famílias com renda mais baixa fica em 0,61%

    Inflação para famílias com renda mais baixa fica em 0,61%

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda até cinco salários mínimos, registrou inflação de 0,61% em outubro deste. A taxa ficou acima do 0,48% de setembro deste ano e do 0,12% de outubro do ano passado.

    O INPC ficou acima do registrado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país e que ficou em 0,56% no período. No acumulado do ano, o INPC registrou taxa de 3,92%, também acima do IPCA (3,88%).

    No acumulado de 12 meses, no entanto, o INPC, com taxa de 4,60%, ficou abaixo do IPCA (4,76%).

    Em outubro, os produtos alimentícios tiveram inflação de 1,11%, enquanto os não alimentícios tiveram alta de preços de 0,45%.

  • INPC tem deflação de 0,14% em agosto

    INPC tem deflação de 0,14% em agosto

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda até cinco salários mínimos, teve deflação (queda de preços) de 0,14% em agosto deste ano. Em julho, o INPC havia registrado inflação de 0,26%. Em agosto do ano passado, a taxa ficou em 0,20%.

    Com o resultado, o INPC acumula 2,80% no ano e 3,71% em 12 meses, segundo dados divulgados nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Queda

    O INPC apresentou taxas mais baixas do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, e que registrou deflação de 0,02% em agosto e inflação de 2,85% no ano e de 4,24% em 12 meses.

    De acordo com o INPC, os produtos alimentícios recuaram 0,63% em agosto último, enquanto os não alimentícios tiveram um aumento de preços de apenas 0,02% no mês.

    Edição: Kleber Sampaio

    — news —

  • INPC fica em 0,25% em junho, acima da inflação oficial

    INPC fica em 0,25% em junho, acima da inflação oficial

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda entre um e cinco salários mínimos, registrou taxa de 0,25% em junho deste ano. O índice de junho ficou abaixo do observado em maio (0,46%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Apesar do recuo em relação a maio, o INPC registrou, em junho, uma taxa mensal superior à observada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial e que ficou em 0,21% no mês.

    O INPC acumula taxas de inflação de 2,68% no ano e de 3,70% em 12 meses, de acordo com o IBGE.

    Os produtos alimentícios tiveram alta de preços de 0,44% em junho, um aumento menos intenso do que o apurado em maio (0,64%). Os não alimentícios passaram de uma inflação de 0,40% em maio para 0,19% em junho.

    Edição: Valéria Aguiar

    — news —

  • Lula descarta desvinculação de aposentadoria do salário mínimo

    Lula descarta desvinculação de aposentadoria do salário mínimo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou, nesta quarta-feira (26), a desvinculação do piso das aposentadorias do salário mínimo.

    Em entrevista ao Portal Uol, o presidente afirmou também que não vai mexer na política de valorização do salário mínimo. “Eu não considero isso gasto”, disse Lula sobre o aumento dos salários.

    “A palavra salário mínimo é o mínimo do mínimo que uma pessoa precisa para sobreviver. Se eu acho que eu vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, eu não vou para o céu, eu ficaria no purgatório”, argumentou o presidente na entrevista.

    “Preciso garantir que todas as pessoas tenham condições de viver dignamente. Por isso, nós temos que tentar repartir o pão de cada dia em igualdade de condições. Você acha que eu quero que empresário dê prejuízo? Eu não sou doido! Porque, se ele der prejuízo, eu vou perder meu emprego. Eu quero que o empresário tenha lucro, mas eu quero que ele tenha a cabeça, como teve o Henry Ford, quando disse: ‘eu quero que meus trabalhadores ganhem bem para eles poderem comprar os produtos que eles fabricam’. Se essa filosofia predominasse na cabeça de todo mundo, este país estava maravilhoso”, acrescentou Lula.

    Henry Ford (1863-1947) foi um empresário norte-americano, fundador da companhia automobilística Ford.

    Em audiência pública no Congresso Nacional, neste mês, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que o governo está revisando os gastos e que a discussão está sendo feita apenas internamente. A equipe econômica estuda a possibilidade de “modernizar” as vinculações de benefícios trabalhistas e previdenciários, não relacionados à aposentadoria, como o benefício de prestação continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.

    Durante a entrevista desta quarta-feira (26), Lula também afirmou que a política de valorização do salário mínimo será mantida enquanto for presidente da República. Para ele, esta é a forma de distribuir a riqueza do país.

    A política prevê reajuste anual com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB – soma dos bens e serviços produzidos no país) de dois anos antes. Caso o PIB não tenha crescimento real, o valor a ser reajustado leva em conta apenas o INPC.

    “Você tem sempre que colocar a reposição inflacionária para manter o poder aquisitivo, e nós damos uma média do crescimento do PIB dos últimos dois anos. O crescimento do PIB é exatamente para isso. O crescimento do PIB é para você distribuir entre os 213 milhões de brasileiros, e eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos”, afirmou Lula.

    — news —

  • Publicada portaria que reajusta benefícios do INSS acima do mínimo

    Publicada portaria que reajusta benefícios do INSS acima do mínimo

    A portaria que reajusta em 3,71% os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acima de um salário mínimo foi publicada nesta sexta-feira (12) no Diário Oficial da União.

    Com a definição do índice de reajuste – que segue o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano passado – o teto do INSS atual terá acréscimo de R$ 278,52, passando dos atuais R$ 7.507,49 para R$ 7.786,01 em 2024.

    Além de corrigir os benefícios, o INPC também é aplicado para reajustar as contribuições para a Previdência Social, que sobem conforme o salário. Quanto mais o trabalhador na ativa recebe, mais está sujeito a alíquotas adicionais que elevam a contribuição.

    Os benefícios atrelados ao salário mínimo subirão 8,4%, de R$ 1.320 para R$ 1.412. A variação corresponde à política correção aprovada em agosto do ano passado, que prevê a reposição da inflação pelo INPC do ano anterior, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

    O decreto com o valor do salário mínimo, que responde pela maior parte dos benefícios da Previdência Social, foi assinado no fim de dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    O INSS começará a pagar os benefícios de janeiro no fim do mês. Para quem ganha um salário mínimo, o pagamento da aposentadoria, pensão ou auxílio será feito entre 25 de janeiro e 7 de fevereiro. Quem recebe além do mínimo terá o benefício depositado entre 1º e 7 de fevereiro.

    Edição: Denise Griesinger

    — news —