Tag: INOVAÇÃO

  • Lucas do Rio Verde recebe evento de inovação e empreendedorismo focado na bioeconomia

    Lucas do Rio Verde recebe evento de inovação e empreendedorismo focado na bioeconomia

    Na próxima quinta-feira (19), Lucas do Rio Verde será palco de um evento que promete transformar a visão de negócios e inovação na região. Às 19h, no Espaço Sicredi (Unilasalle), acontece o lançamento do Programa Startup.Bio, uma maratona voltada para a criação de negócios de impacto no setor da bioeconomia.

    O Startup.Bio surge como uma iniciativa para estimular a inovação e a busca por soluções sustentáveis, destacando a importância da bioeconomia. O programa visa incentivar empreendedores a desenvolver ideias que transformem desafios ambientais em oportunidades de negócios, promovendo o desenvolvimento sustentável e econômico.

    Além do lançamento do Startup.Bio, o evento contará com um meetup sobre “Economia Verde no Cerrado”, conduzido pelo especialista Reginaldo Ribeiro, professor do IFMT Lucas do Rio Verde. Como coordenador do curso de Biotecnologia, Ribeiro desenvolve projetos focados em bioprodutos e bionegócios, e compartilhará insights e cases de sucesso que destacam o potencial da região para se tornar uma referência internacional em economia verde nos próximos anos.

    O evento é aberto à comunidade, gratuito e oferece certificação, além de possibilitar networking com profissionais e empreendedores interessados em inovação e sustentabilidade. Essa é uma oportunidade única para aprender sobre as perspectivas do Cerrado na economia verde e se inspirar com o potencial que a bioeconomia oferece.

  • InPacto Lucas avança com aula inaugural do Green School

    InPacto Lucas avança com aula inaugural do Green School

    A manhã desta quinta-feira (12), foi marcada pelo lançamento das atividades do Projeto Green School, que faz parte do InPacto Lucas. Esse projeto será desenvolvido por meio de três trilhas: Agronegócio e Sustentabilidade, Empreendedorismo e Inovação e Projeto de Vida.

    Cada trilha terá oito encontros, às terças e quintas-feiras, até dezembro de 2024, na Biblioteca do Unilasalle/Lucas, sendo uma turma no período matutino e outra no período vespertino. Os alunos são das escolas municipais, Eça de Queirós e Olavo Bilac, dos oitavos e nonos anos.

    O Green School é um dos 13 projetos escolhidos pelo InPacto Lucas para serem desenvolvidos em Lucas do Rio Verde. Ele é um projeto liderado pela Secretaria de Educação e executado pela Unilasalle.

    “Este é um projeto piloto, que marca o início de uma jornada inovadora para esse grupo de alunos e também para Lucas do Rio Verde. Eu acredito que o fator mais importante para um pacto pela inovação é juntar todas as pessoas, alunos, convidar a sociedade a construir uma visão coletiva da Lucas de Rio Verde, onde você mora, estuda, e trabalha para construir e transformar. Que todos possam compreender que é parte da solução, e transformação dessa cidade”, disse a secretária de Educação, Elaine Lovatel.

    O InPacto Lucas é desenvolvido por quatro hélices, sendo elas, o Governo Municipal, as instituições de ensino, a sociedade civil organizada e a iniciativa privada. O Pacto pela Inovação tem sido uma busca do município para o fortalecimento e crescimento da sociedade, com o desenvolvimento de ações que são pensadas a longo prazo, garantindo um futuro sustentável.

  • Cientistas chineses desenvolvem bateria de fluxo orgânico excepcional

    Cientistas chineses desenvolvem bateria de fluxo orgânico excepcional

    Um grupo de pesquisadores do Instituto de Física Química de Dalian, na China, alcançou um avanço significativo no campo das baterias de fluxo orgânicas. A equipe desenvolveu novas moléculas orgânicas redox-ativas (ORAMs) baseadas em naftaleno, que demonstraram excelente estabilidade e desempenho em condições atmosféricas normais.

    As baterias de fluxo são dispositivos eletroquímicos que armazenam energia em líquidos. Elas têm vantagens como escalabilidade e baixo custo de propriedade, mas têm sido limitadas por baixa energia de ciclo e uso de metais raros como o vanádio.

    Pesquisadores têm trabalhado para desenvolver baterias de fluxo orgânicas, que usam materiais orgânicos amplamente disponíveis e mais fáceis de produzir. Essas baterias podem ser classificadas em aquosas e não aquosas, dependendo do solvente utilizado.

    As baterias de fluxo orgânicas aquosas (AOFBs) usam água como eletrólito, enquanto as não aquosas (NAOFBs) usam um solvente orgânico.

    Um dos desafios das ORAMs é a tendência à desativação devido a reações secundárias quando não são usadas com um gás inerte. Isso pode aumentar os custos de manutenção da bateria, pois a perda de capacidade é irreversível e degrada significativamente sua vida útil.

    A equipe liderada pelos professores Zhang Changkun e Li Xianfeng desenvolveu novos derivados de naftaleno com hidroxilas ativas e estruturas de dimetilamina, que proporcionam estabilidade ao ar e podem ser usadas em AOFBs.

    Leia mais de nossos artigos sobre tecnologia!

    As novas ORAMs foram sintetizadas usando uma combinação de métodos químicos e eletroquímicos in situ. Esse processo não só facilitou a purificação das moléculas como também é escalável e econômico. Além disso, a etapa eletroquímica permitiu a introdução de estruturas de alquilamina hidrofílicas, que protegem contra reações secundárias indesejadas e melhoram a solubilidade das moléculas no eletrólito aquoso.

    Nos testes, a bateria de fluxo de naftaleno, quando usada com um eletrólito de 1,5 mol/L, apresentou desempenho estável por até 850 ciclos (aproximadamente 40 dias), com uma capacidade de 50 Ah por litro.

    Para avaliar a tolerância ao ar, os pesquisadores introduziram um fluxo contínuo de ar no eletrólito catódico. A bateria funcionou bem por 600 ciclos (aproximadamente 22 dias) sem queda de desempenho ou capacidade.

    Além das melhorias de desempenho, os pesquisadores também trabalharam na escalabilidade da produção dos derivados de naftaleno, atingindo uma produção de cinco quilos por lote.

    Baterias piloto foram construídas com os novos procedimentos de síntese e operação, sendo testadas em laboratório. Com uma capacidade de 330 Ah, as baterias piloto demonstraram estabilidade de ciclo por 270 ciclos (27 dias) e retenção de capacidade de 99,95% por ciclo.

    Segundo Li, “este estudo é esperado para abrir um novo campo no design de moléculas estáveis ao ar para armazenamento eletroquímico de energia sustentável e estável ao ar”.

  • Google relança Imagen 3, mas será que aprendeu a lição?

    Google relança Imagen 3, mas será que aprendeu a lição?

    Após a polêmica quando o Imagen 3 permitia gerar imagens racistas, a gigante da tecnologia relança ferramenta com novas proteções.

    O Google está de volta ao jogo da geração de imagens por IA, mas desta vez com mais cautela. Após a polêmica que envolveu a criação de imagens racistas e tendenciosas, a empresa relançou sua ferramenta com novas proteções para evitar a reprodução de estereótipos e conteúdos ofensivos. Será que aprendeu a lição? A nova versão promete ser mais precisa e ética, mas os desafios de criar imagens realistas de pessoas, especialmente em contextos históricos complexos, ainda persistem.

    A reintrodução da ferramenta de geração de imagens é o mais recente capítulo na saga da IA do Google, marcada por altos e baixos. No ano passado, o chatbot Bard, primeira tentativa da empresa nesse campo, gerou respostas imprecisas e causou constrangimento. Agora, com o Imagen 3, o Google busca se recuperar e conquistar a confiança dos usuários.

    Mas o caminho não é fácil. A geração de imagens realistas de pessoas é um desafio técnico e ético. Algoritmos podem perpetuar e amplificar vieses existentes nos dados de treinamento, levando à criação de imagens estereotipadas e ofensivas. A polêmica envolvendo o Google expôs os riscos de lançar tecnologias complexas sem uma avaliação rigorosa dos seus impactos.

    As alterações de segurança do Imagen 3

    Para evitar novos problemas, o Google implementou diversas medidas de segurança. A ferramenta não permite a geração de imagens de pessoas identificáveis, menores de idade ou cenas de violência. Além disso, a empresa afirma ter aprimorado seus algoritmos para reduzir o viés e garantir a diversidade nas imagens geradas.

    A reativação da ferramenta ocorre em um momento crucial para a indústria de IA. A corrida pela dominância nesse mercado está cada vez mais acirrada, com gigantes da tecnologia como Microsoft e Apple investindo pesadamente em suas próprias soluções. A reputação do Google está em jogo e o sucesso da nova ferramenta será fundamental para consolidar sua posição nesse cenário competitivo.

    Mas será que essas medidas são suficientes? A geração de imagens por IA é uma tecnologia poderosa com um grande potencial para o bem e para o mal. É fundamental que as empresas desenvolvedoras sejam transparentes sobre os seus algoritmos e os dados utilizados para treiná-los. Além disso, é preciso que a sociedade como um todo participe desse debate e estabeleça normas e regulamentações para garantir o uso ético dessa tecnologia.

  • Taxi aéreo movido a hidrogênio bate recorde de voo sem emissões

    Taxi aéreo movido a hidrogênio bate recorde de voo sem emissões

    Protótipo da Joby Aviation demonstra potencial do hidrogênio para transporte aéreo.

    A revolução do transporte aéreo está mais próxima do que nunca. A Joby Aviation, empresa pioneira em táxis aéreos elétricos, alcançou um marco histórico com o primeiro voo de longa distância de um veículo movido a hidrogênio. O protótipo, capaz de decolar e pousar verticalmente, percorreu incríveis 840 quilômetros sobre a Califórnia.

    O feito inédito demonstra a viabilidade do combustível como uma alternativa limpa e eficiente aos fósseis na aviação. O veículo, equipado com células de combustível, faz a conversão do hidrogênio em eletricidade, água e calor, resultando em emissões zero durante o voo.

    O sucesso desse voo representa um marco significativo para a indústria da aviação, demonstrando a viabilidade técnica e econômica do hidrogênio como combustível para aeronaves.

    O potencial do hidrogênio na aviação

    Taxi aéreo movido a hidrogênio bate recorde de voo sem emissões
    Joby Aviation

    Essa abordagem oferece várias vantagens, como:

    1. Autonomia: Permite voos de longa distância, tornando possível conectar cidades que atualmente não possuem infraestrutura aeroportuária adequada.
    2. Redução de ruído: A propulsão elétrica é mais silenciosa que os motores a combustão tradicionais, o que minimiza o impacto ambiental e permite operações em áreas urbanas.
    3. Flexibilidade: A infraestrutura necessária para abastecer aeronaves a hidrogênio é mais simples do que a utilizada para combustíveis fósseis, facilitando a expansão da aviação sustentável.

    JoeBen Bevirt, fundador e CEO da Joby Aviation, destacou a importância desse avanço para o futuro do transporte aéreo. “Imagine poder viajar de São Francisco a San Diego, de Boston a Baltimore, ou de Nashville a Nova Orleans sem precisar ir a um aeroporto e sem emitir poluentes. Esse mundo está mais próximo do que nunca”, afirmou.

    A empresa prevê que a versão elétrica do táxi aéreo estará disponível comercialmente no próximo ano, após a conclusão dos testes e a obtenção das certificações necessárias. Já a versão a hidrogênio, embora ainda em desenvolvimento, tem potencial para revolucionar o transporte regional, oferecendo uma opção sustentável e eficiente para viagens de curta e média distância.

    A aeronave, capaz de decolar e pousar verticalmente, é fruto de anos de pesquisa e desenvolvimento da Joby e de sua subsidiária H2FLY. O voo histórico foi realizado com um protótipo adaptado para utilizar um tanque de hidrogênio líquido e um sistema de células de combustível. A eletricidade gerada pela reação do hidrogênio alimenta os seis motores elétricos da aeronave, enquanto as baterias fornecem energia adicional durante as manobras de decolagem e pouso.

    A empresa aproveitou a experiência adquirida com o desenvolvimento de seu táxi aéreo elétrico a bateria para acelerar o processo de certificação da versão a hidrogênio. A empresa planeja iniciar operações comerciais com a versão elétrica em 2025 e, posteriormente, expandir sua frota com modelos a hidrogênio para viagens de maior alcance.

    A Joby está liderando uma nova era na aviação, com o objetivo de tornar o transporte aéreo mais limpo, silencioso e acessível. A empresa continua investindo em pesquisa e desenvolvimento, buscando aprimorar ainda mais a eficiência e a autonomia de suas aeronaves.

  • Li-Fi: Uma nova era de conectividade sem fio

    Li-Fi: Uma nova era de conectividade sem fio

    Imagine se conectar à internet simplesmente ligando uma luz? Essa é a promessa da tecnologia Li-Fi, uma inovação que tem o potencial de revolucionar a forma como nos conectamos ao mundo digital.

    O que é Li-Fi?

    Li-Fi é uma sigla para Light Fidelity, ou Fidelidade Luminosa, em português. Essa tecnologia utiliza a luz visível para transmitir dados, ao contrário do Wi-Fi, que utiliza ondas de rádio. As lâmpadas LED são moduladas para emitir pulsos de luz invisíveis ao olho humano, carregando informações que podem ser decodificadas por dispositivos compatíveis.

    Como funciona?

    A ideia é simples: a luz de uma lâmpada LED é modulada a uma velocidade extremamente alta, criando um padrão de luz que representa os dados. Um receptor especial, presente em dispositivos compatíveis, pode detectar essas variações e convertê-las novamente em dados utilizáveis.

    Promessas da tecnologia

    • Velocidade: Ofereceria velocidades de transmissão de dados muito superiores ao Wi-Fi, chegando a teoricamente 224.000 megabits por segundo.
    • Segurança: Como os sinais de Li-Fi são confinados ao ambiente iluminado, a chance de interceptação de dados é menor.
    • Capacidade: Em ambientes com alta demanda por conectividade, como estádios ou aeroportos, o Li-Fi pode oferecer uma capacidade muito maior do que o Wi-Fi.
    • Eficiência energética: Ao utilizar a infraestrutura de iluminação existente, pode ser mais eficiente em termos de consumo de energia.

    Os desafios e o futuro do Li-Fi

    Apesar de suas vantagens, a tecnologia ainda enfrenta alguns desafios. A principal limitação é o alcance, pois a conexão só é possível em áreas no alcance da iluminação. Além disso, a tecnologia ainda está em desenvolvimento e a compatibilidade com dispositivos é limitada.

    No entanto, o potencial é enorme. A tecnologia tem o potencial de transformar diversos setores, como indústria, saúde e transporte. Com investimentos em pesquisa e desenvolvimento, o Li-Fi pode se tornar uma realidade em um futuro próximo.

    O Li-Fi representa uma nova fronteira na conectividade sem fio. Com velocidades mais altas, maior segurança e maior capacidade, essa tecnologia tem o potencial de revolucionar a forma como interagimos com o mundo digital. Embora ainda haja desafios a serem superados, o futuro é promissor.

  • Mato Grosso perde terreno na corrida pela inovação, aponta estudo

    Mato Grosso perde terreno na corrida pela inovação, aponta estudo

    Apesar de ser um dos maiores polos agrícolas do Brasil, Mato Grosso ainda engatinha quando o assunto é inovação. Um estudo divulgado ontem pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) revela que o estado apresenta uma participação tímida na Lei do Bem, programa que oferece incentivos fiscais para empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

    Dos R$ 472 milhões investidos em projetos de P&D em Mato Grosso em 2022, por meio da Lei do Bem, a maior parte – cerca de R$ 403 milhões – foi destinada ao setor agroindustrial.

    No entanto, o número de empresas mato-grossenses aderindo ao programa é bem abaixo da média nacional. Enquanto quase 3,5 mil empresas de todo o país participam da lei, em Mato Grosso esse número se restringe a apenas 43, que apresentaram 72 projetos.

    Burocracia e falta de conhecimento são os vilões na adesão de Mato Grosso

    CENARIO 1
    Foto: Reprodução

    Segundo Marconi Albuquerque, coordenador de Apoio à Inovação do MCTI, a baixa adesão de empresas mato-grossenses à Lei do Bem pode ser explicada por diversos fatores, como a complexidade da legislação, a falta de conhecimento sobre os benefícios do programa, especialmente entre as pequenas empresas, e a dificuldade de adaptação à cultura de inovação.

    “A Lei do Bem é um instrumento poderoso para impulsionar a competitividade das empresas e o desenvolvimento tecnológico do país. No entanto, ainda há muito a ser feito para que as empresas, principalmente as de menor porte, compreendam e aproveitem os benefícios desse programa”, afirmou Albuquerque.

    Potencial inexplorado

    O coordenador destaca que Mato Grosso possui um enorme potencial para a inovação, especialmente no setor agroindustrial. “O estado tem tudo para se tornar um referência em inovação no agronegócio, mas para isso é preciso investir em pesquisa e desenvolvimento”, disse.

    Invista em inovação e veja sua empresa decolar!

    A Lei do Bem oferece uma série de benefícios fiscais que podem impulsionar o crescimento do seu negócio. Ao investir em pesquisa e desenvolvimento, sua empresa pode:

    • Economizar com impostos: Deduza até 34% do IRPJ e CSLL dos seus gastos com P&D.
    • Modernizar sua operação: Adquira máquinas e equipamentos com 50% de desconto no IPI.
    • Acelerar a depreciação e amortização: Recupere seu investimento mais rapidamente.
    • Expandir seus negócios para o exterior: Reduza os custos com registro de marcas, patentes e cultivares.
  • Cientistas de Oxford desenvolvem painel solar flexível revolucionário

    Cientistas de Oxford desenvolvem painel solar flexível revolucionário

    Pesquisadores da Universidade de Oxford deram um salto significativo na produção de energia solar ao desenvolver um material perovskita flexível capaz de gerar eletricidade tão eficientemente quanto os tradicionais painéis de silício. A grande inovação é a possibilidade de aplicação desse material em praticamente qualquer superfície, transformando desde carros e roupas até prédios e dispositivos móveis em geradores de energia limpa.

    Com apenas um micrômetro de espessura, cerca de 100 vezes mais fino que um cabelo humano, o novo material é uma verdadeira revolução no setor. A equipe de cientistas conseguiu empilhar múltiplas camadas de absorção de luz em uma única célula solar, ampliando o espectro de luz capturado e, consequentemente, aumentando a eficiência energética.

    Cientistas britânicos desenvolvem painel solar flexível revolucionário
    Créditos: Dr. Shuaifeng Hu, Universidade de Oxford

    Os resultados são promissores. Testes realizados pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão certificaram a eficiência do material em mais de 27%, igualando a performance dos painéis de silício convencionais. Os pesquisadores acreditam que, com o tempo, seja possível alcançar eficiências ainda maiores, ultrapassando os 45%.

    A flexibilidade do material é outro fator revolucionário. Diferentemente dos painéis rígidos que ocupam grandes áreas, a nova tecnologia permite a integração da energia solar em diversos objetos do cotidiano. Isso pode reduzir significativamente a dependência de grandes parques solares.

    Além do aspecto tecnológico, o potencial comercial da descoberta é enorme. A equipe responsável pelo projeto já criou uma empresa, a Oxford PV, que inaugurou a primeira fábrica mundial de painéis solares de perovskita sobre silício na Alemanha. No entanto, os pesquisadores lamentam a falta de incentivos governamentais no Reino Unido, o que obrigou a instalação da fábrica em outro país.

    O futuro aponta para um mundo onde os revestimentos solares de perovskita estarão presentes em praticamente tudo. Com a redução contínua dos custos de produção de painéis solares, que já são quase um terço mais baratos que os combustíveis fósseis, essa visão pode se tornar realidade mais rapidamente.

    A pesquisa desenvolvida na Universidade de Oxford representa um avanço significativo na busca por fontes de energia limpas e renováveis. A aplicação prática dessa tecnologia promete transformar o cenário energético global nas próximas décadas.

  • Inovação: Cientistas desenvolvem biomaterial que regenera cartilagem

    Inovação: Cientistas desenvolvem biomaterial que regenera cartilagem

    Um grupo de pesquisadores da Northwestern University (Evanston, Illinois – em Chicago)  alcançou um importante avanço na medicina regenerativa. Eles criaram um novo biomaterial capaz de regenerar cartilagem de alta qualidade em articulações de joelhos de grandes animais.

    Apesar de parecer uma substância gelatinosa, o material é, na verdade, uma complexa rede de componentes moleculares que imitam o ambiente natural da cartilagem no corpo humano. Em testes realizados em joelhos de ovinos com danos na cartilagem, foi observado um crescimento significativo de novo tecido cartilaginoso em apenas seis meses. Esse novo tecido apresenta as propriedades naturais da cartilagem, como resistência mecânica e ausência de dor.

    O material desenvolvido pelos cientistas tem o potencial de revolucionar o tratamento de condições como osteoartrite e lesões esportivas, além de prevenir cirurgias de substituição total do joelho. A pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Anais da Academia Nacional de Ciências).

    Imagem microscópica do biomaterial:

    Inovação: Cientistas desenvolvem biomaterial que regenera cartilagem
    Creditos: Samuel I. Stupp/Northwestern University

    Samuel I. Stupp, líder do estudo, destaca a importância da cartilagem para a saúde das articulações. “Quando a cartilagem se deteriora, afeta significativamente a mobilidade e qualidade de vida das pessoas. Infelizmente, em adultos, esse tecido não possui capacidade de regeneração natural. Nosso novo tratamento é capaz de estimular o reparo em um tecido que normalmente não se regenera”, afirma o pesquisador.

    Leia mais sobre ciências!

    O biomaterial é composto por um peptídeo bioativo e ácido hialurônico modificado, substância comum em produtos de cuidados da pele e naturalmente presente em diversas partes do corpo humano, incluindo as articulações. A combinação desses componentes cria uma estrutura semelhante à arquitetura natural da cartilagem, estimulando as células do organismo a regenerar o tecido danificado.

    Os testes foram realizados em ovelhas devido às semelhanças entre a articulação do joelho humano e a do animal. Os resultados mostraram que o novo material não apenas preencheu as áreas danificadas, mas também gerou cartilagem de alta qualidade, superior à obtida com técnicas tradicionais.

    Os pesquisadores acreditam que, no futuro, esse biomaterial poderá ser aplicado em cirurgias de joelho, substituindo métodos atuais que apresentam limitações. A expectativa é que a regeneração da cartilagem natural permita maior durabilidade e qualidade de vida aos pacientes, reduzindo a necessidade de procedimentos invasivos como a substituição total do joelho.

    Este avanço científico representa um importante passo em direção a tratamentos mais eficazes para doenças degenerativas e lesões que afetam as articulações.

  • Condeprodemat aprova novos incentivos para sustentabilidade e inovação industrial

    Condeprodemat aprova novos incentivos para sustentabilidade e inovação industrial

    O setor industrial de Mato Grosso alcançou avanços significativos na integração de práticas sustentáveis e inovação tecnológica durante reunião do Conselho Deliberativo dos Programas de Desenvolvimento de Mato Grosso (Condeprodemat), realizado na sexta-feira (05/07).

    Um dos principais destaques foi a aprovação do projeto que inclui o vapor, derivado do bagaço de cana, identificado pelo código NCM 27.05.00.00, (sigla para Nomenclatura Comum do Mercosul) na lista de produtos beneficiados com incentivo fiscal.

    Esta iniciativa promove tanto o crescimento econômico quanto a proteção ambiental. A geração de energia a partir do bagaço de cana é uma prática que apresenta vantagens ambientais consideráveis, tendo um impacto ambiental muito menor em comparação com fontes fósseis, que liberam componentes poluentes como óxido de enxofre.

    Outro ponto de destaque na reunião foi a prorrogação dos incentivos fiscais para produtos como farelo, demais produtos de soja e óleos vegetais de soja. Além disso, houve a extensão por mais um ano da cumulatividade dos benefícios para produtos de carne e miudezas comestíveis de carne suína, conforme solicitado pelo Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo).

    As aprovações do conselho, após solicitação da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), refletem o compromisso na entidade na busca de soluções que conciliem crescimento econômico com responsabilidade ambiental, reforçando sua posição de liderança no desenvolvimento sustentável das indústrias.

    A reunião foi conduzida pelo secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec MT), César Miranda. O vice-presidente da Fiemt e conselheiro suplente do Condeprodemat, Gustavo de Oliveira, representou o setor industrial.