Tag: Inovação Tecnológica

  • Parceria entre governo e setor industrial de Mato Grosso antecipa dados sobre entraves econômicos

    Parceria entre governo e setor industrial de Mato Grosso antecipa dados sobre entraves econômicos

    Representantes do governo de Mato Grosso e da indústria discutiram, na última sexta-feira (4), os principais obstáculos que dificultam o crescimento econômico de Mato Grosso. O encontro marcou uma prévia da apresentação oficial do estudo Custo Mato Grosso, que trará dados detalhados sobre os fatores que impactam a competitividade no estado.

    A reunião aconteceu na sede da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) e reuniu técnicos da pasta, além de representantes da Federação das Indústrias e do Movimento Mato Grosso Competitivo. O levantamento, que será divulgado até o fim de abril, tem como objetivo subsidiar decisões estratégicas na formulação de políticas públicas e propor soluções conjuntas entre os setores público e privado.

    Durante a conversa, foram destacados os efeitos de gargalos logísticos, burocráticos e estruturais na economia estadual. O estudo é inspirado no “Custo Brasil” e traz uma versão regionalizada voltada para o ambiente produtivo mato-grossense.

    As instituições reforçaram a importância da colaboração entre governo e indústria para o desenvolvimento sustentável do estado, com foco em educação profissional, inovação tecnológica e fortalecimento das cadeias produtivas.

  • Embrapii destina R$ 20 milhões para produção de fármacos e biofármacos

    Embrapii destina R$ 20 milhões para produção de fármacos e biofármacos

    Recursos não reembolsáveis, no valor de R$ 20 milhões, estão disponíveis nas quatro novas unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) para o desenvolvimento de novos fármacos e biofármacos pela indústria farmacêutica. As novas unidades foram selecionadas em recente chamada pública, e os recursos são oriundos do Ministério da Saúde. São elas a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo; o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (ID´Or); Centro de Inovação em Fármacos da Universidade de São Paulo e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

    De acordo com a Embrapii, o credenciamento das novas unidades deverá gerar cerca R$ 60 milhões em projetos de inovação. Ao financiar um terço do valor dos projetos com recursos não reembolsáveis, a empresa exige contrapartida financeira da iniciativa privada e aportes das instituições de pesquisa envolvidas nos projetos.

    O diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães, destacou que o setor farmacêutico é estratégico para a segurança em saúde e o desenvolvimento do país, além de ser importador de insumos, de ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) e outros componentes. “A partir disso, existe enorme potencial a ser explorado tendo como suporte nossa extraordinária biodiversidade que oferece vantagem competitiva na sua exploração sustentável. Certamente, podemos unir o conhecimento empresarial acumulado na indústria farmacêutica com a expertise e competência dos pesquisadores das unidades Embrapii e, assim, contribuir com o aumento da disponibilidade de insumos nacionais e da produção de novos fármacos e biofármacos desenvolvidos no país”, disse Guimarães. Ele lembrou que a missão da Embrapii é incentivar e financiar a inovação tecnológica na indústria.

    Além do suporte financeiro, as empresas terão acesso à infraestrutura dos centros de pesquisa ae apoio técnico dos pesquisadores para superar desafios tecnológicos. Os projetos podem envolver novos medicamentos, a partir de novas moléculas e princípios ativos; proteínas terapêuticas; kits diagnósticos; ensaios clínicos e pré-clínicos; produção de hemoderivados, entre outros.

    Projetos em saúde

    A área de saúde acumula o maior número de projetos contratados na Embrapii. São 180, que somam R$ 154 milhões em investimentos. Do total, 99 já foram concluídos e geraram 52 pedidos de registro de propriedade intelectual. Os projetos na área de biotecnologia respondem por 23% das soluções apoiadas, seguidos por integração de sistemas, com 22%.

    Por outro lado, iniciativas com inteligência artificial (IA) têm trazido inúmeros benefícios a pacientes, pesquisadores, unidades e profissionais de saúde, assegurou a Embrapii. Os projetos com IA respondem por 15,7% das propostas na empresa, na área de saúde. A instituição apoiou ainda 62 ações para enfrentar o avanço da pandemia de covid-19 no Brasil, destinando recursos ao desenvolvimento de projetos de inovação, em parceria com a indústria.

    Segundo Jorge Guimarães, o apoio emergencial da Embrapii permitiu que tecnologias de prevenção e tratamento chegassem ao mercado em tempo hábil. Exemplos foram a entrega de 4.600 respiradores ao Ministério da Saúde e a criação do pulmão artificial.

  • Válvula hidráulica que otimiza o uso do chuveiro é o primeiro produto de MT com patente internacional

    Válvula hidráulica que otimiza o uso do chuveiro é o primeiro produto de MT com patente internacional

    Uma válvula hidráulica que otimiza o uso do chuveiro, desenvolvida pelo engenheiro civil Luiz Souza Costa Filho do Instituto Federal de Mato Grosso, IFMT Campus  Cáceres – Prof. Olegário Baldo,  é o primeiro produto inovador de instituições de pesquisa e ensino superior pública de Mato Grosso com direitos autorais de criação protegidos em mais de 150 países, por meio de Tratado Internacional de Cooperação em matéria de Patentes.

    Fruto de pesquisa de doutorado de Luiz pela Universidade Estadual de Campinas, Unicamp, com orientação do professor José Gilberto Dalfré Filho e coorientação do professor Paulo Vatavuk, o produto, apresenta, entre as inovações, economia para instalação, conforto aos usuários e aspectos ergonômicos que favorece a acessibilidade para pessoas com deficiência.

    “Nosso propósito de pesquisa era criar algo que pudesse ter utilidade para as pessoas. A ideia já estava protegida como patente no âmbito nacional com o depósito realizado no final de 2019 no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI. Nesse processo de internacionalização, estamos muito felizes por ajudar o IFMT a se tornar a primeira instituição educacional pública de Mato Grosso na abertura desses caminhos”, afirma o engenheiro.

    O depósito internacional de patente, realizado pela Agência de Inovação Tecnológica do IFMT, assegura proteção da invenção em países dos cinco continentes que são signatários do tratado de cooperação, a exemplo dos Estados Unidos, Cuba, Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Espanha, França, Itália, Reino Unido, Indonésia, Nova Zelândia, Israel, Angola, Emirados Árabes, Egito, Japão, Índia, República da Coréia, Turquia e China.

    “Essa é a primeira patente internacional registrada pelo IFMT e também a primeira patente de Mato Grosso entre instituições públicas de ensino superior. Um processo e um avanço bastante importante para o nosso IFMT por meio da Agência de Inovação Tecnológica que trabalha no sentido de registro e proteção das nossas propriedades intelectuais e de acompanhar e divulgar o trabalho realizado pelos nossos pesquisadores”, comemora a coordenadora da Agência de Inovação Tecnológica do IFMT, Silvana Santos da Cruz.

    Com a proposta de produção em larga escala e disponibilidade do produto no mercado, pesquisador e instituições estão em diálogo com uma empresa especializada e uma das líderes do segmento na produção de metais sanitários no Brasil, para licenciamento da patente.

    Educação  Pública

    Com 32 anos de profissão, Luiz é egresso da antiga Escola Agrotécnica Federal de Cáceres, hoje campus do IFMT, onde cursou o ensino médio e retornou, em 2010, após aprovação em concurso público para engenheiro civil. Ele é um dos primeiros servidores do quadro técnico-administrativos da instituição com incentivo à qualificação para doutorado.

    Para Luiz, a projeção internacional e conquistas no âmbito da inovação tecnológica é um grande desafio que depende sempre de investimento em educação pública de qualidade, com incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento da ciência.