Tag: influenciadores digitais

  • Influenciador foragido da polícia de Mato Grosso é preso em São Paulo após retorno da Europa

    Influenciador foragido da polícia de Mato Grosso é preso em São Paulo após retorno da Europa

    Um foragido da Operação 777, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), foi preso na noite desta terça-feira (03.12), no Aeroporto Internacional André de São Paulo, em Guarulhos.

    Um homem de 35 anos foi detido pela Polícia Federal quando desembarcava de um voo vindo da França. Ele estava foragido desde a deflagração da Operação 777, pela Polícia Civil de Mato Grosso, na semana passada.

    Após o cumprimento do mandado de prisão expedido pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, o influenciador digital foi encaminhado pela PF ao Centro de Detenção de Guarulhos, onde ficará à disposição da justiça.

    Medidas cautelares em Mato Grosso

    Os seis influenciadores, quatro de Mato Grosso e dois de São Paulo, investigados pela Decon por promover jogos de azar online e rifas ilegais, tiveram suas redes sociais bloqueadas por determinação judicial.

    Eles estão proibidos de deixar o país e devem entregar os passaportes para a Polícia Civil. Caso descumpram as medidas, poderão ser presos preventivamente.

    As ordens judiciais também incluem as mães de três dos investigados, acusadas de lavagem de dinheiro obtido com a promoção das plataformas ilegais.

    Ganhos ilícitos milionários

    A Polícia Civil apurou que os influenciadores faturaram R$ 12,869 milhões no primeiro semestre deste ano com a promoção de jogos ilegais.

    Novas plataformas eram constantemente lançadas, mas seguidores rapidamente percebiam a inviabilidade de ganhos. Quando havia prêmios maiores, estes não eram pagos, o que incentivava o lançamento de novos jogos para enganar os apostadores.

  • CPI das Bets: Virgínia Fonseca e Felipe Prior são convocados para depoimentos

    CPI das Bets: Virgínia Fonseca e Felipe Prior são convocados para depoimentos

    A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que analisa o impacto das apostas online, chamadas de bets, aprovou nesta terça-feira (03) a convocação de dois influentes nomes das redes sociais: a influenciadora Virgínia Fonseca e o ex-participante do Big Brother Brasil, Felipe Prior. Ambos deverão comparecer como testemunhas e estão legalmente obrigados a prestar depoimento.

    Por que Virgínia Fonseca foi convocada?

    De acordo com a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MT), relatora da comissão, a popularidade e relevância da influenciadora no meio digital justificam sua convocação. Virgínia teria participado de campanhas publicitárias promovendo empresas de apostas. Segundo a senadora, é crucial compreender o impacto ético e social dessas ações, dada a abrangência de seu alcance nas redes sociais.

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    Influenciadora Virgínia Fonseca. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

    Convocação de Felipe Prior e os contratos com empresas de apostas

    Já o requerimento para ouvir Felipe Prior, ex-BBB e arquiteto, foi apresentado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF). Reportagens indicam que Prior teria firmado contratos com uma casa de apostas, nos quais ele receberia 15% do valor perdido por novos apostadores que utilizassem seus links promocionais. A comissão busca esclarecer como influenciadores podem estar lucrando em detrimento de seguidores que acabam prejudicados financeiramente.

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    Ex-BBB Felipe Prior. (Foto: Reprodução/ TV Globo)

    Objetivo e avanços da CPI das Bets

    Instalada em novembro de 2024, a CPI tem prazo até abril de 2025 para investigar os efeitos das apostas virtuais sobre as finanças das famílias brasileiras e sua possível ligação com crimes financeiros, como lavagem de dinheiro. Nesta semana, foram realizadas oitivas com Hazenclever Cançado, presidente da Loterj, e João Studart, CEO da Bet Nacional. A comissão também solicitou ao Coaf informações financeiras relacionadas à influenciadora Deolane Bezerra e empresas do setor.

    CPI das Bets
    CPI das Bets foi instalada em novembro deste ano. (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

    O objetivo final da CPI é analisar a atuação de influenciadores digitais na promoção de apostas e entender as implicações dessas campanhas sobre o comportamento dos consumidores e a economia popular.

  • Influenciadores de Mato Grosso faturaram R$ 12,8 milhões com jogos ilegais

    Influenciadores de Mato Grosso faturaram R$ 12,8 milhões com jogos ilegais

    Uma operação conjunta nesta quarta-feira (27.11) a prisão de seis influenciadores digitais, quatro de Mato Grosso e dois de São Paulo, além das mães de três deles. A ação, denominada Operação 777, investiga a promoção de jogos de azar e rifas ilegais nas redes sociais, com um faturamento estimado de R$ 12.869.572,00 apenas no primeiro semestre deste ano.

    As investigações revelaram que os influenciadores utilizavam suas redes sociais para divulgar plataformas de jogos de azar online, prometendo altos lucros em pouco tempo. No entanto, a polícia descobriu que se tratava de um esquema fraudulento, onde os influenciadores ganhavam comissões pelas inscrições e os participantes, na maioria das vezes, não recebiam os prêmios prometidos.

    Para atrair mais seguidores, os influenciadores manipulavam os resultados dos jogos, exibindo vídeos em que apareciam ganhando grandes quantias em dinheiro. Essa prática, conhecida como “fake news”, enganava os usuários, que acreditavam poder ter o mesmo sucesso.

    Além dos jogos de azar, os influenciadores também promoviam rifas ilegais, onde os prêmios eram, na maioria das vezes, fraudados. Uma das táticas utilizadas era a venda de uma quantidade de números que superava o valor do prêmio, garantindo assim que o prêmio ficasse com o próprio influenciador ou com um comparsa.

    A operação resultou no cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande e em cidades de São Paulo. Os investigados foram autuados por crimes como estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

    A Polícia Civil alerta a população para os riscos de participar de jogos de azar ilegais e de confiar em propagandas de influenciadores digitais que prometem ganhos fáceis e rápidos. As investigações continuam e a polícia não descarta a identificação de novos envolvidos no esquema.

    Suspensão de empresas em Mato Grosso

    A decisão judicial da Operação 777 também determinou a suspensão da atividade econômica e da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) de nove empresas ligadas aos investigados e também a pessoas naturais da China.

    Além disso, foi deferido o bloqueio de sete redes sociais dos influenciadores nas plataformas do Instagram e Facebook.

    Eles também deverão cumprir medidas cautelares como a proibição de deixarem o país, apreensão dos passaportes e a proibição de realizarem qualquer divulgação relacionada a jogos de azar ilegais.

  • Operação investiga influenciadores suspeitos por falsas rifas no Rio

    Operação investiga influenciadores suspeitos por falsas rifas no Rio

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação nesta quarta-feira (17) contra influenciadores digitais suspeitos de fazer rifas ilegais e manipular resultados. A ação foi desencadeada por agentes da Delegacia do Consumidor (Decon).

    Cinco pessoas são alvo da ação. Entre os suspeitos, estão os influenciadores Chefin, Gui Polêmico e Almeida do Grau. Todos têm milhares de seguidores em redes sociais. A confirmação dos nomes foi obtida pela Agência Brasil com a Decon.

    Segundo as investigações, os alvos utilizavam artifícios fraudulentos para manipular os sorteios e controlar os resultados, garantindo lucros milionários, que são usados na compra de veículos de luxo e mansões.

    As buscas foram realizadas em endereços dos investigados em bairros nobres do Rio de Janeiro e em Niterói, São Gonçalo e Magé, municípios da região metropolitana. De acordo com a Polícia Civil, “a ação tem como objetivo identificar outros integrantes do grupo criminoso e coletar provas de outros delitos, como lavagem de dinheiro”. Os policiais aprenderam maços de dinheiro, relógios e joias.

    Ostentação

    No Instagram, o perfil Gui Polêmico tem 4,6 milhões de seguidores. A página oferece links para prêmios e sorteios. Almeida do Grau também usa a rede social para divulgar informações sobre sorteios. Em uma publicação na manhã desta quarta-feira, ele diz que “está tudo bem” e “já já vai prestar uma declaração”. Ele compartilhou ainda o endereço de um perfil que mostra sorteios de alguns bens e afirmou que “todos os nossos prêmios foram entregues”.

    Os perfis de Almeida do Grau e Gui Polêmico têm publicações que ostentam carros de luxo. Um deles com o capô coberto por notas de R$ 100. Também é possível encontrar postagem de pessoas reclamando que “compraram cotas que não aparecem”. “Eles nem respondem”, complementa outro usuário.

    Em um vídeo, Gui anuncia a rifa de uma BMW X1, avaliada em R$ 300 mil, por R$ 0,10. Outro post anuncia uma rifa de R$ 0,02 para um prêmio de R$ 50 mil. A mesma publicação tem uma resposta de uma pessoa que se sentiu enganada. “Eu ganhei o bilhete premiado e até hoje não entraram em contato comigo”, se queixa.

    Os investigados respondem pelos crimes de jogo de azar, crime contra a economia popular e associação criminosa. A Agência Brasil fez contato com os três influenciadores e aguarda posicionamento.

    Edição: Aline Leal

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