Tag: Infância

  • Rede de proteção em Mato Grosso: Profissionais se mobilizam por direitos da juventude

    Rede de proteção em Mato Grosso: Profissionais se mobilizam por direitos da juventude

    Profissionais de diversas áreas ligadas à proteção de crianças e adolescentes participam, em Cuiabá, Mato Grosso, de um encontro estadual que visa reforçar as práticas da rede de garantia de direitos no estado. A iniciativa, que ocorre no Centro de Eventos do Pantanal e segue até esta quinta-feira (24), reúne conselheiros tutelares, gestores públicos e representantes de entidades da sociedade civil.

    O evento tem como foco a qualificação técnica e o alinhamento estratégico entre os profissionais que atuam na linha de frente da proteção à infância e juventude, buscando superar desafios e consolidar políticas públicas eficazes. A atividade é organizada por uma instância estadual vinculada à pasta de Assistência Social e conta com o apoio da gestão estadual.

    Durante os debates, participantes destacaram a importância da troca de experiências e do fortalecimento do trabalho conjunto entre municípios, conselhos e instituições. O encontro também reforça a necessidade de preparar os profissionais para o atendimento diário, promovendo uma atuação mais eficaz em todo o estado.

    Representantes de municípios do interior enfatizaram o papel da capacitação como ferramenta para ampliar o conhecimento e aprimorar a abordagem local. Conselheiros tutelares da capital também destacaram a importância da união entre os seis conselhos existentes em Cuiabá, diante do crescimento da cidade e da complexidade dos casos atendidos.

    A programação busca ainda sensibilizar a sociedade sobre o papel das políticas públicas na proteção dos direitos das crianças e adolescentes, além de valorizar a profissionalização dos envolvidos nesse trabalho. O evento conta com a presença de autoridades do Judiciário, do Legislativo e de órgãos públicos municipais e estaduais.

  • Estudo aponta redução de 14,6% no trabalho infantil no Brasil, em 2023

    Estudo aponta redução de 14,6% no trabalho infantil no Brasil, em 2023

    O Ministério do Trabalho e Emprego apresentou nesta terça-feira (5) estudo preliminar sobre a situação do trabalho infantil no Brasil. O levantamento aponta queda de 14,6% no índice em 2023, em comparação com o ano anterior.

    O estudo Diagnóstico Ligeiro do Trabalho Infantil – Brasil, por Unidades da Federação considera os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Apesar da diminuição geral, o coordenador nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil do MTE, Roberto Padilha Guimarães, ressaltou, em nota, que o cenário ainda é preocupante. “Essa realidade exige que continuemos fortalecendo as políticas públicas de prevenção e combate ao trabalho infantil.”

    O Brasil pretende alcançar a meta 8.7 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). O desafio é, até 2025, acabar com o trabalho infantil em todas as suas formas, em todo o território brasileiro.

    Dados do trabalho infantil

    No Brasil, em 2022, havia 1,88 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade que trabalhavam em atividades econômicas ou na produção para o próprio consumo. Em 2023, o contingente em situação de trabalho infantil baixou para 1,607 milhão.

    A série histórica da Pnad Contínua/IBGE para a população em situação de trabalho infantil foi a seguinte: 2016 (2,112 milhões), 2017 (1,945 milhão), 2018 (1,905 milhão), 2019 (1,758 milhão). Devido à pandemia de covid19, não foi possível coletar informações sobre o trabalho de crianças e adolescentes em 2020 e 2021.

    De acordo com o estudo, em 2023, houve redução do trabalho infantil em 22 das 27 unidades da federação. As exceções são Tocantins, com alta de 45,2%; Distrito Federal, crescimento de 32,2%; Rio de Janeiro (+19,7%); Amazonas (+12%) e Piauí (+6%).

    Minas Gerais e São Paulo lideram em números absolutos de crianças e adolescentes em trabalho infantil, com 213.928 e 197.470 menores de idade, respectivamente. Nesses estados também se concentram 25% das crianças e adolescentes encontradas nas piores formas de trabalho infantil de todo o Brasil.

    Já as reduções no número de pessoas de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil foram verificadas, em 2023, no Amapá e no Rio Grande do Norte, com os maiores percentuais de diminuição (-51,6%).

    Estes são seguidos por Acre, com queda de 43%; Santa Catarina (-31,8%); e Espírito Santo (-31,4%), que completam a lista dos cinco estados com as reduções mais expressivas.

    Canais de denúncias

    O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania dispõe do Disque 100, para receber denúncias, entre outras, sobre a ocorrência de trabalho infantil. O serviço funciona diariamente, 24 horas, por dia, incluindo fins de semana e feriados. As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio do telefone 100. A ligação telefônica de aparelho fixo ou celular é gratuita e os dados são sigilosos.

  • Oito em cada 10 adultos defendem a proibição de celulares em escolas

    Oito em cada 10 adultos defendem a proibição de celulares em escolas

    Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e pela QuestionPro mostra que oito em cada 10 adultos (80%) acreditam que o uso de celulares nas escolas deve ser proibido. Entre os pais, 82% concordam com essa proibição, também apoiada pela maioria dos entrevistados sem filhos (72%).

    Celulares em escolas

    A percepção sobre a necessidade da proibição aparece em todas as faixas etárias de adultos, mas no caso de pessoas com 61 anos ou mais o índice é ainda maior: 87% apoiam a restrição. “Essa é uma concordância transversal na sociedade, não existe divergência. E essa concordância atravessa gênero, idade, todos os perfis”, explica a gerente de pesquisa quantitativa do Instituto Locomotiva, Gabrielle Selani.

    Recentemente, o Ministério da Educação anunciou que está elaborando um projeto de lei para proibir o uso de celulares nas salas de aula. O tema também é debatido na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

    O levantamento identificou que 90% dos entrevistados concordam que as crianças de hoje em dia não querem mais brincar na rua por causa do uso do celular ou para assistir TV. Segundo a pesquisa, 69% acreditam que a idade ideal para ter o primeiro celular é a partir dos 13 anos, mas 86% acreditam que os jovens desejam ter um celular antes dessa idade.

    “Está clara a concordância sobre a proibição do uso de celulares nas escolas, mas, além disso, é preciso monitorar o tempo e o conteúdo em si. É preciso estar atento também sobre o que acontece fora do muro das escolas”, diz Gabrielle.

    Entre os efeitos negativos do uso de celular na infância, segundo os entrevistados, estão vício em tecnologia, aumento da ansiedade e depressão, problemas de sono, desempenho escolar prejudicado, dificuldades nas relações sociais e exposição ao cyberbullying.

    A pesquisa realizou 1.491 entrevistas em todo o país, no período de 24 de junho a 8 de julho, abrangendo diversas regiões e perfis socioeconômicos. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

    Para a gerente de pesquisa do Instituto Locomotiva, a pesquisa pode contribuir para a elaboração de legislações inclusivas sobre o tema. “A pesquisa ouviu a sociedade como um todo, pois é preciso universalizar o assunto. Essa é uma questão que vai afetar toda a sociedade, todos vamos sentir os impactos do uso sem controle das telas”.

  • Menina de 2 anos morre após ser espancada e estuprada pelo pai

    Menina de 2 anos morre após ser espancada e estuprada pelo pai

    Uma tragédia brutal abalou a capital amazonense na segunda-feira (6). Uma menina de apenas 2 anos foi encontrada morta após ser espancada e estuprada pelo próprio pai, um homem de 52 anos, no bairro Jorge Teixeira, zona leste da cidade de Manaus. A criança ainda chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

    Segundo informações da 27ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), o crime teria sido presenciado pela mãe da menina e outras crianças. No entanto, a mulher, em estado de choque, afirma que não tinha conhecimento dos abusos.

    A equipe médica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para onde a menina foi levada constatou sinais de estupro e violência antiga e recente. A brutalidade do crime chocou a comunidade e gerou revolta nas redes sociais.

    O pai da menina foi preso no Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo, também na zona leste da capital, após dar entrada com quadro de pressão alta. O caso será investigado pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).

  • Polícia Civil cumpre mandado de busca na capital em investigação sobre abuso sexual infantil

    Polícia Civil cumpre mandado de busca na capital em investigação sobre abuso sexual infantil

    A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) deflagrou, a Operação Infância Protegida para apuração sobre o crime de armazenamento de conteúdo sexual infantil. Foi cumprido um mandado de busca em uma residência no bairro Jardim Manancial, em Cuiabá.

    Foram apreendidos um computador e um telefone celular, que serão submetidos à análise para verificar a existência de material ilícito.

    A ação, autorizada pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, dá continuidade à investigação sobre o crime de armazenamento de material de abuso sexual infantil, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, cuja pena é de um a quatro anos de reclusão.

    A delegada titular da DRCI, Juliana Chiquito Palhares, ressalta a importância da denúncia de crimes dessa natureza e reitera o compromisso da Polícia Civil no combate à pedofilia e à exploração sexual infantil no estado.

    A população pode colaborar com informações por meio do telefone 197, canal de denúncias da Polícia Civil.

  • Mais de 56 mil urnas foram usadas nas eleições dos conselhos tutelares

    Mais de 56 mil urnas foram usadas nas eleições dos conselhos tutelares

    O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) divulgou no início da noite deste domingo (1°), o balanço parcial sobre a eleição de 2023 dos mais de 30 mil conselheiros tutelares, encerrada às 17h deste domingo (1º).De acordo com o primeiro boletim, mais de 56 mil urnas eletrônicas, cedidas pela Justiça Eleitoral, pela primeira vez foram usadas em todo o país.

    Na primeira localidade onde foram divulgados os resultados, Fernando de Noronha (PE), houve aumento da participação social, com 11% do eleitorado comparecendo às urnas. O percentual representa o dobro da participação registrada em 2019.

    O secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Cláudio Augusto Vieira, doMinistério dos Direitos Humanos e da Cidadania, em entrevista àAgência Brasil, confirmou que o governo federal espera maior participação da população neste pleito, apesar de ser facultativa. “Essaé uma questão importantíssima para o Brasil. Então, o MDHC se colocou à disposição para fazer a mobilização, que é o que nos cabe, além do esclarecimento e campanha, chamando o munícipe para dizer: ‘olha, na sua cidade, você pode escolher um conselheiro ou uma conselheira’.”

    “A expectativa tenho é que vai ter um aumento bastante significativo [da população nas urnas]. É a terceira vez desta eleição de forma unificada e com a característica especial de envolvimento do Tribunal Superior Eleitoral, com os tribunais regionais eleitorais na seção das urnas eletrônicas. O que é muito importante para participação, para facilitação de contagem e de acesso e de votação para a população. Então, a expectativa continua firme de um aumento significativo de participação social”, acredita osecretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente/MDHC, Cláudio Augusto Vieira.

    O ministério apontou que as eleições foram adiadas em algumas localidades. A maior delas foi o município de Natal (RN), onde houve problema de logística na distribuição das urnas eletrônicas. Já em dez microrregiões do Rio Grande do Sul, devido às fortes chuvas, em setembro, o adiamento em alguns municípios foi confirmado previamente.

    O MDHC informou que atuará para garantir eleições diretas, com voto unitário do eleitor, conforme previsão do Estatuto da Criança e do Adolescente e a Resolução 231/2022 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).

    Conforme o primeiro boletim do MDHC, os três municípios onde houve registro de eleições indiretas, com votos irregulares de vereadores, foram Uberlândia (MG), Rio Largo e Santana do Ipananema, ambos em Alagoas.

    Em Belo Horizonte (MG), devido à lentidão no sistema de votação do próprio município, houve atransferência para urnas de papel e, com isso,a votação foi prorrogada até 18h30.Maceió(AL) foi a segunda capital sem urna eletrônica. A votação em cédula já estava prevista e, de acordo com o MDHC, não ocorreram intercorrências.

    O Ministério Público do Rio Grande do Norte recomendaa anulaçãoda eleição em Ceará-Mirim. O motivo alegado é que o edital apontou cinco candidatos, porém a urna foi programada para votar apenas um candidato.

    Os municípios de São Paulo, Guarulhos (SP), Palmas (TO), Fortaleza (CE) e São Luís (MA) ofereceram transporte gratuito aos eleitores, conforme solicitado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

    Nas próximas horas, os boletins do MDHC irão detalhar do número de votos nas principais cidades. O resultado final dos nomes dos eleitos é de responsabilidade das prefeituras municipais e do governo do Distrito Federal.

    Edição: Juliana Cézar Nunes
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