Tag: indústria

  • Produção de álcool contribui para queda na indústria em outubro, aponta IBGE

    Produção de álcool contribui para queda na indústria em outubro, aponta IBGE

    A produção industrial brasileira registrou recuo de 0,2% em outubro, conforme dados divulgados na quarta-feira (6) pela Pesquisa Industrial Mensal Brasil, do IBGE. Apesar da retração no mês, o setor acumula avanço de 5,8% em relação a outubro de 2022, marcando o quinto mês consecutivo de crescimento nessa base de comparação. No acumulado do ano, a produção industrial subiu 3,4%.

    O desempenho mantém a indústria 2,6% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, mas ainda 14,4% abaixo do recorde histórico alcançado em maio de 2011.

    Entre os fatores que pressionaram a queda de outubro, destaca-se a retração de 2% na produção de álcool, que havia crescido 4,7% em setembro. O segmento foi um dos principais responsáveis pelo desempenho negativo no mês.

    Por outro lado, entre as 25 atividades industriais monitoradas, 19 apresentaram crescimento na produção. Destaques positivos incluem o setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios, com alta de 14,1%, e o ramo de produtos diversos, que cresceu 7,4%. O segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias também exerceu influência positiva.

    Os resultados refletem a heterogeneidade do desempenho industrial, com alguns setores em expansão enquanto outros enfrentam desafios, como o de biocombustíveis, em meio a oscilações de mercado.

  • Transformação e oportunidades: nova indústria impulsiona o potencial do agro em Mato Grosso

    Transformação e oportunidades: nova indústria impulsiona o potencial do agro em Mato Grosso

    Nova Mutum, em Mato Grosso, recebeu importante investimento para o aproveitamento das riquezas do agronegócio, especialmente no setor algodoeiro. A inauguração de uma nova planta industrial na cidade marca um avanço significativo na transformação do caroço de algodão em produtos de alto valor agregado, como óleo comestível, margarinas e insumos para nutrição animal.

    Com um investimento expressivo e estrutura capaz de processar 216 mil toneladas de caroço de algodão por ano, a unidade destaca o estado como protagonista na agroindústria brasileira. O empreendimento, que gerará mais de 150 empregos diretos e 600 indiretos, reforça a cadeia produtiva e aproveita a proximidade com a matéria-prima em um estado que é líder nacional na produção de algodão.

    A planta industrial da Icofort Agroindustrial S/A, empresa que tem origem no Ceará, produz alimentos como óleos, margarinas e a gordura Elogiata, além de produtos para nutrição animal, como farelo, torta e torna moída de algodão. Atualmente, a empresa tem unidades em Luiz Eduardo Magalhães e Juazeiro, na Bahia, sendo a planta de Nova Mutum a primeira fora do nordeste.

    Agroindústria como motor de desenvolvimento

    A instalação da nova indústria representa um esforço conjunto entre setor público e privado, viabilizado por incentivos como o diferimento de ICMS para operações internas com óleo bruto de algodão, aprovado pelo Conselho Deliberativo dos Programas de Desenvolvimento de Mato Grosso (Condeprodemat).

    “O investimento em Nova Mutum é um exemplo de como o setor agroindustrial pode transformar o cenário econômico e social do estado. Além de fortalecer a cadeia do algodão, proporciona emprego e desenvolvimento sustentável”, destacou o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Silvio Rangel.

    Capacitação profissional e crescimento regional

    Para atender às demandas da nova planta, a prefeitura de Nova Mutum, em parceria com o Senai Mato Grosso, capacitou profissionais da região. De acordo com o diretor regional do Senai MT, a iniciativa é essencial para preparar a força de trabalho local para atuar em uma indústria moderna e tecnológica, gerando empregos com maior valor agregado.

    Mato Grosso: oportunidades e vocação natural

    A localização estratégica de Nova Mutum, no corredor logístico da BR-163, e a hospitalidade da região foram fatores determinantes para atrair o investimento. Segundo o secretário de Desenvolvimento de Mato Grosso, César Miranda, o estado oferece segurança jurídica, transparência e incentivos fiscais que tornam a região atrativa para grandes projetos industriais.

    “Com iniciativas como essa, Mato Grosso consolida sua posição como um dos líderes da agroindústria no Brasil. Além de beneficiar a população com emprego e oportunidades, fortalecemos nossa economia e reafirmamos nosso papel estratégico no cenário nacional”, afirmou Miranda.

    A nova planta industrial reflete o potencial transformador do agronegócio, mostrando como a integração entre cultivo, tecnologia e logística pode agregar valor às riquezas naturais de Mato Grosso. A iniciativa não apenas transforma algodão em produtos essenciais, mas também coloca a região em destaque como referência em inovação e sustentabilidade na agroindústria.

  • TJMT reafirma suspensão da TACIN para todos os contribuintes, atendendo pedido da Fiemt

    TJMT reafirma suspensão da TACIN para todos os contribuintes, atendendo pedido da Fiemt

    O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) reafirmou, em decisão publicada no dia 21 de novembro de 2024, a suspensão da cobrança da Taxa de Segurança Contra Incêndio (TACIN), beneficiando todos os contribuintes, pessoas físicas e jurídicas. A decisão, proferida pelo Órgão Especial, rejeitou os Embargos de Declaração do Estado de Mato Grosso que buscavam restringir os efeitos da medida apenas às indústrias representadas pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).

    Em 2021, o STF já havia decidido pela inconstitucionalidade da cobrança e pela devolução dos valores pagos nos últimos cinco anos. Com base no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), o TJMT considerou que limitar os efeitos da decisão violaria o princípio da isonomia tributária. A Corte reafirmou que a suspensão é retroativa, permitindo que contribuintes solicitem não apenas a baixa da cobrança, mas também a devolução de valores pagos indevidamente.

    De acordo com o desembargador Márcio Vidal, relator do caso, “a decisão que declara a inconstitucionalidade de uma lei em controle abstrato de constitucionalidade possui caráter objetivo e não se restringe apenas à categoria representada pelo autor da ação”.

    A Fiemt celebrou a decisão como um marco relevante para o setor produtivo e reafirmou o compromisso de orientar os contribuintes nos próximos passos para resguardar seus direitos. “Nossa atuação é pautada pela defesa da legalidade, garantindo que as indústrias, além de cumprir suas obrigações, estejam protegidas contra exigências sem respaldo jurídico”, afirmou Silvio Rangel, presidente da Fiemt.

    A entidade recomenda que os interessados busquem apoio jurídico para formalizar os pedidos de restituição.

  • Mato Grosso lidera crescimento econômico no Centro-Oeste, com alta de 10,4% no PIB em 2022

    Mato Grosso lidera crescimento econômico no Centro-Oeste, com alta de 10,4% no PIB em 2022

    O Mato Grosso se destacou como um dos motores da economia brasileira em 2022. Segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado registrou um crescimento de 10,4% no Produto Interno Bruto (PIB), ficando atrás apenas de Roraima (11,3%) no ranking nacional.

    O desempenho expressivo do Mato Grosso se deve, em grande parte, à força do agronegócio, que, apesar de apresentar uma leve queda em volume (1,1%), continua sendo um dos principais pilares da economia estadual.

    Além do agronegócio, as indústrias de transformação, outros serviços e o comércio também contribuíram significativamente para o crescimento do PIB mato-grossense.

    Setores que mais cresceram em Mato Grosso

    Industria mt
    Foto: Christiano Antonucci/ Secom-MT

    No Brasil, os serviços foram o setor que mais cresceu em 2022, com alta de 4,3%. A indústria também apresentou crescimento, de 1,5%, enquanto a agropecuária registrou queda de 1,1%.

    O forte desempenho do Mato Grosso em 2022 demonstra a resiliência da economia estadual e sua capacidade de superar desafios.

    O crescimento do PIB é resultado de um conjunto de fatores, como a valorização das commodities, a expansão da produção agrícola e a diversificação da economia.

    Recuperação da economia brasileira

    A alta do PIB em Mato Grosso reflete a recuperação da economia brasileira como um todo.

    De acordo com a gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça, o crescimento do PIB pelo segundo ano consecutivo indica que o país está se recuperando dos efeitos da pandemia da Covid-19.

    Desempenho dos demais estados

    Entre os 27 estados brasileiros, 24 registraram crescimento do PIB em 2022. Além de Mato Grosso e Roraima, o Piauí (6,2%) e Tocantins (6%) também se destacaram com altas significativas. Por outro lado, Rio Grande do Sul (-2,6%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-0,7%) foram os únicos estados que registraram queda no PIB no período.

  • Crédito do BNDES para indústria supera agronegócio

    Crédito do BNDES para indústria supera agronegócio

    Pela primeira vez, as operações de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a indústria superam o agronegócio desde 2016. As aprovações do BNDES para a indústria representaram 27% do total de crédito do banco no acumulado do ano até setembro. O volume de crédito aprovado para agro representou 26% do total do BNDES no acumulado do ano.

    Até setembro, o banco aprovou R$ 154 bilhões para a Nova Indústria Brasil. Só em projetos de inovação foram R$ 9 bilhões, o maior valor já registrado pela instituição até hoje.

    “Houve uma mudança na qualidade do crescimento do Brasil, liderado pela indústria e pelos investimentos. Temos um grande desafio coletivo de dar prosseguimento a esses indicadores tão promissores, que revelam a confiança no investimento e na expansão de capacidade produtiva, fruto de condições macroeconômicas favoráveis e de iniciativas como a Nova Indústria Brasil, que tem sido uma das grandes responsáveis por contribuir para o desenvolvimento de uma indústria digital, verde e exportadora”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

    Empregos

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na sexta-feira (1º), dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) referentes a setembro. Os números revelam aumento de 1,1% na comparação com o mês anterior, com destaque para o aumento de 4,2% na fabricação de bens de capital. No dia anterior também havia sido divulgada a queda na taxa de desocupação para 6,4% no trimestre de julho a setembro, a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua do IBGE, iniciada em 2012.   A pesquisa mostrou que o aumento da ocupação no trimestre foi puxado pelo crescimento de 3,2% no emprego industrial.

  • Contratações do setor industrial têm salto de 75% e jovens são maioria

    Contratações do setor industrial têm salto de 75% e jovens são maioria

    O número de postos de trabalho criados pelo setor industrial brasileiro teve aumento expressivo nos nove primeiros meses de 2024, com destaque para a contratação de jovens.

    Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a indústria criou 405.493 novos postos de trabalho de janeiro a setembro, um salto de 75,5% em relação aos 230.943 registrados no mesmo período de 2023.

    Somente em setembro, os empregos industriais tiveram saldo de 59.827 vagas — aumento de 40% em relação a setembro de 2023 e de 16% em relação a agosto.

    Do total de vagas abertas no mês, 93% vieram da indústria da transformação (55.860), principalmente dos ramos de alimentação (22.488), borracha e material plástico (3.578), e veículos automotores (3.389).

    Pelo segundo mês consecutivo, o Nordeste foi a região em que a indústria mais contratou, com participação de 42,4% das vagas criadas em setembro (25.417). Em seguida vêm Sudeste (37,8%), Sul (9,9%), Norte (5,3%), e Centro-Oeste (4,2%).

    Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, programas do governo federal têm contribuído com o aumento das contratações. A pasta cita o programa Mover, voltado ao setor automotivo, a Depreciação Acelerada, que promove a modernização do parque industrial de 23 setores, a retomada do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) e o Programa Brasil Semicondutores.

    “Como resultado, o setor produtivo já anunciou planos de investimentos que chegam a R$ 1,6 trilhão para os próximos anos, R$ 1,06 trilhão da indústria da construção, R$ 130 bilhões do setor automotivo, R$ 120 bilhões de alimentos, R$ 105 bi de papel e celulose, R$ 100 bi de semicondutores e eletroeletrônicos; R$ 100 bi de siderurgia e R$ 39,5 bi do complexo industrial da saúde”, destacou o ministério.

    Jovens

    Do total das 405.493 novos postos de trabalho criados nos nove primeiros meses de 2024,  57,4% das vagas foram ocupadas por jovens de 18 e 24 anos. Entre os novos contratados está Caio Cabral, de 18 anos, que conseguiu seu primeiro emprego com carteira assinada em junho, na empresa APS Soluções, na zona Sul da capital paulista.

    Caio está cursando o último ano do ensino médio, mas já é formado em eletrotécnica há dois anos. “Foi fácil encontrar o emprego, eu não estava à procura de trabalho. Eu recebi um convite da empresa para uma oportunidade na minha área”, conta.

    A função de Caio na empresa é de auxiliar técnico de laboratório. Segundo ele, o emprego tem correspondido à sua expectativa. “O meu salário está dentro do que eu esperava e a empresa é relativamente perto da minha, tenho deslocamento de uns 40 minutos”.

    O novo trabalho tem colaborado também com a formação de caio. “Tenho a oportunidade de aprender a cada dia e isso está sendo muito bom para mim e para minha carreira. A estrutura do laboratório é ótima e os profissionais têm muita experiência e me ajudam”.

    Marli Matias Lima, de 20 anos, não teve a mesma facilidade de Caio para encontrar um emprego. Desde que terminou o ensino médio, em dezembro de 2022, estava à procura de uma vaga, que só veio encontrar em setembro do ano passado, na Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP).

    “Foi difícil conseguir a vaga porque era muita gente fazendo o processo seletivo. Inclusive, o processo abriu em abril de 2023 e eu só fui convocada na segunda chamada, em setembro”,  afirma.

    Hoje, Marli é preparadora de carrocerias na montadora e cursa faculdade de análise e desenvolvimento de sistemas. “O salário está dentro da minha expectativa porque permite cobrir os gastos que eu tenho. A fábrica não é perto de casa, mas temos o ônibus fretado, que leva 40 minutos para fazer o trajeto”.

  • Indústria de Mato Grosso continua sendo um “furacão” na geração de empregos

    Indústria de Mato Grosso continua sendo um “furacão” na geração de empregos

    A indústria de Mato Grosso continuou em expansão no mercado de trabalho em setembro, registrando o segundo melhor desempenho entre os setores econômicos do estado.

    De acordo com os dados do Novo Caged, analisados pelo Observatório da Indústria do Sistema Fiemt, o saldo de empregos formais foi de 611 postos, com 360 criados pela indústria e 251 pela construção civil.

    Vanessa Gasch, gerente do Observatório da Indústria, destacou que o avanço da indústria local reflete sua resiliência e importância na economia regional. “Comparado a 2023, registramos um crescimento de 3,8% no saldo de empregos da indústria em setembro de 2024”, pontuou.

    Segmentos com maior destaque em Mato Grosso

    O setor de serviços manteve-se como o principal gerador de empregos no estado, com um saldo de 1.121 postos. Já o comércio, com saldo de 90, e a agropecuária, que apresentou uma perda de 99 postos, ocuparam a terceira e quarta posições, respectivamente.

    No panorama geral, Mato Grosso registrou um saldo positivo de 1.723 empregos, com 51 mil contratações e 50 mil desligamentos. Esse crescimento representa uma variação de 0,18% em relação a agosto e uma elevação de 3,78% na comparação com setembro de 2023.

    Principais atividades impulsionadoras

    O bom desempenho da indústria foi impulsionado, principalmente, pelo setor de transformação, com destaque para a “Fabricação de produtos alimentícios”, que sozinha gerou 281 novos postos. A atividade de “Abate e fabricação de produtos de carne” também apresentou um saldo positivo, com 244 novas vagas. No segmento de construção, a área de “Serviços especializados para construção” registrou um saldo de 155 empregos.

    Esses dados reforçam o papel da indústria mato-grossense no crescimento econômico do estado, que se consolida como um dos principais pilares do mercado de trabalho local.

  • Indústria cresce 1,1% em setembro, revela pesquisa do IBGE

    Indústria cresce 1,1% em setembro, revela pesquisa do IBGE

    A produção da indústria brasileira cresceu 1,1% em setembro deste ano em relação a agosto. Essa é a segunda alta consecutiva porque em agosto a expansão havia sido de 0,2%. A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) foi divulgada nesta sexta-feira (1º), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A indústria também apresentou expansão na comparação com setembro do ano passado (3,4%), a quarta alta consecutiva, e nos acumulados do ano (3,1%) e de 12 meses (2,6%).

    As principais altas em setembro – na comparação com agosto – vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%), produtos alimentícios (2,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (2,5%), produtos do fumo (36,5%), metalurgia (2,4%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,3%). No total, 12 dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram crescimento.

    Queda

    Ao mesmo tempo, 12 setores tiveram queda, com destaque para indústrias extrativas (-1,3%), produtos químicos (-2,7%), outros equipamentos de transporte (-7,8%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,7%). Produtos de borracha e material plástico apresentaram estabilidade na produção.

    Três das quatro grandes categorias econômicas da indústria cresceram de agosto para setembro: bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (4,2%), bens intermediários (insumos industrializados usados no setor produtivo (1,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,6%). Apenas o segmento de bens de consumo duráveis teve queda (-2,7%).

  • Mato Grosso recebe nova indústria de farinha de trigo

    Mato Grosso recebe nova indústria de farinha de trigo

    Em linha com o crescimento da produção de trigo em Mato Grosso, o grupo paranaense Belarina Alimentos anunciou a inauguração de uma nova planta industrial em Cuiabá, prevista para iniciar operações em janeiro de 2025.

    Localizada no Distrito Industrial, a unidade começará pelo envasamento do trigo e, futuramente, ativará a moagem do cereal, com capacidade projetada de 300 toneladas diárias. O investimento inicial, voltado à reativação de uma antiga planta existente, é de R$ 10 milhões.

    Nesta quarta-feira (30.10), representantes da Belarina, incluindo os diretores Rodrigo Farias Boaventura e Jefferson Macedo de Souza, além do supervisor Junior Queiroz, foram recepcionados pelo presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Silvio Rangel, o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado de Mato Grosso (Sindipan MT), Samuel Gariglio, o diretor da Fiemt, Elias Pedrozo, a superintendente Fernanda Campos, e o gerente de Desenvolvimento Industrial, Lucas Barros

    A princípio, a planta realizará o envase de trigo oriundo de outras regiões. Com a consolidação da produção local, a unidade ativará a moagem do cereal, fortalecendo a cadeia produtiva e criando novas oportunidades locais. De acordo com o diretor da Belarina, Rodrigo Boaventura, “o futuro do trigo no Brasil passa pelo cerrado. A qualidade do cereal produzido no cerrado é excepcional e aproveitando essa oportunidade”.

    A iniciativa da Belarina deverá fomentar a produção local, já contando com o compromisso de compra de 3 mil toneladas de trigo de produtores rurais de Mato Grosso.

    Essa parceria é bem recebida pela Fiemt, que, segundo seu presidente Silvio Rangel, está preparada para oferecer suporte à Belarina por meio de seus serviços. “É uma grande oportunidade de incentivar essa cadeia produtiva em Mato Grosso, contribuindo para o desenvolvimento econômico e industrial do estado,” disse Rangel. Além disso, a Fiemt apoia na condução das tratativas tributárias para incentivo à produção por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).

    A Belarina também planeja integrar-se à Federação das Indústrias, por meio do Sindipan, reforçando sua presença em Mato Grosso e fortalecendo laços com o setor produtivo local.

  • Mato Grosso precisa qualificar mais de 300 mil trabalhadores para atender demanda nos próximos anos

    Mato Grosso precisa qualificar mais de 300 mil trabalhadores para atender demanda nos próximos anos

    Um estudo do Observatório Nacional da Indústria (ONI), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira (18), revela que Mato Grosso precisará qualificar cerca de 315 mil pessoas para atender as demandas do mercado de trabalho nos próximos três anos. Segundo o levantamento, 48 mil novos profissionais devem ser formados, enquanto 268 mil trabalhadores que já estão no mercado precisarão passar por requalificação.

    O crescimento econômico de Mato Grosso, impulsionado pela geração de empregos, explica a necessidade de qualificação. De acordo com o professor de economia da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Mauricio Munhoz, a dinâmica econômica do estado, em expansão, está diretamente relacionada ao aumento da população.

    Projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que Mato Grosso será o único estado brasileiro cuja população continuará crescendo até 2070. O último Censo (2022) registrou 3.658.813 habitantes, e a previsão é de que esse número chegue a 5.265.603 (+43,91%) em 2070.

    Para acompanhar o ritmo de criação de empregos e substituir profissionais que devem deixar o mercado formal a partir de 2025, o estado precisará preparar 48 mil novos trabalhadores. Além disso, outros 268 mil precisarão de treinamentos e atualizações para manterem suas competências em funções cada vez mais exigentes na indústria e em outros setores.

    Essa projeção reforça a importância de investimentos em educação e capacitação para que o estado consiga atender à crescente demanda do mercado de trabalho nos próximos anos.