Tag: indústria

  • Grupo Haid avalia municípios de Mato Grosso para instalação de indústria

    Grupo Haid avalia municípios de Mato Grosso para instalação de indústria

    Em Mato Grosso conglomerado chinês Haid Group, um dos maiores do setor agroindustrial da China, está prestes a definir entre Rondonópolis e Campo Verde o local para instalar sua primeira fábrica no Brasil. A unidade será voltada ao processamento de caroço de algodão, com capacidade para 200 mil toneladas por ano e investimento estimado em mais de US$ 80 milhões.

    A empresa prevê a geração de cerca de 150 empregos diretos na cidade escolhida. A decisão deve ser anunciada ainda este mês.

    Representantes do Haid Group realizaram visitas técnicas a cinco municípios de Mato Grossoalém dos dois finalistas, também estiveram em Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste e Sorriso — para avaliar infraestrutura, logística e incentivos fiscais.

    Em Rondonópolis, o grupo recebeu informações sobre o terminal ferroviário e políticas de atração de investimentos, enquanto em Campo Verde foram apresentadas condições logísticas e de produção agrícola. A equipe da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) acompanhou as agendas, reforçando o interesse do governo em atrair capital estrangeiro para Mato Grosso.

    O diretor do grupo para a América do Sul, Yang Jiawei, declarou que o Estado oferece um ambiente favorável para os planos de expansão da empresa. o diretor Lee Yong Qiong, em reunião com o governador, destacou que Mato Grosso possui produção de algodão em quantidade e qualidade ideais para abastecer a futura planta industrial.

    Fundado em 1998, o Haid Group atua em segmentos como nutrição animal, produção de ração, criação animal e alimentos, sendo um dos principais conglomerados do setor agroindustrial na China.

  • Cipem percorre a região do Médio Norte em encontro com empresários

    Cipem percorre a região do Médio Norte em encontro com empresários

    Nova Maringá foi palco de mais uma edição da Reunião Itinerante do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem). O encontro reuniu presidentes e representantes dos sindicatos empresariais da base florestal do estado, além de empresários e contadores da região.

    O destaque da reunião, realizada no Cardume Gastrobar na sexta-feira (25), foi a apresentação sobre a Reforma Tributária brasileira, conduzida pelo advogado tributarista e consultor da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), José Lombardi.

    Durante a reunião, o presidente do Cipem, Ednei Blasius, destacou as ações da entidade para desburocratizar o setor e fortalecer o comércio de produtos florestais, especialmente nas questões federais. Ele também reforçou a importância da união do setor para viabilizar essas iniciativas.

    “A união do setor de base florestal fará toda a diferença para conquistarmos nossos objetivos de desenvolver essa atividade, que é fundamental para Mato Grosso. Somos responsáveis pela geração de emprego, renda e pela contribuição direta à manutenção da biodiversidade e da floresta em pé. Por isso, precisamos ser ouvidos e respeitados”, afirmou Blasius.

    Cipem na estrada

    Durante dois dias, o presidente percorreu indústrias associadas à base do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindinorte), ouvindo as demandas locais e levando informações para fortalecer o desenvolvimento da atividade florestal na região.

    Assembleia Ordinária

    Na tarde de sexta-feira (25), a diretoria do Cipem realizou a Assembleia Geral Ordinária na sede da Associação Comercial e Empresarial de Nova Maringá (ACEINMA). Entre os temas debatidos, estavam estratégias para ampliar a presença do setor em eventos nacionais e internacionais.

    Um dos principais assuntos foi a organização da participação do setor florestal mato-grossense na próxima edição do Carrefour International du Bois, que acontecerá de 2 a 4 de junho de 2026, em Nantes, França. Considerado o maior salão profissional da indústria madeireira na Europa, o evento reúne fabricantes, comerciantes e profissionais de toda a cadeia produtiva da madeira.

    Outro destaque da assembleia foi a preparação para a 4ª edição do evento Madeira Sustentável: O Futuro do Mercado, que ocorrerá no dia 8 de maio de 2025, no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis (SC), organizado pelo Cipem em parceria com o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF).

    Também foram discutidas ações para desburocratizar o setor e fortalecer o comércio de produtos acabados. O Cipem trabalha atualmente para alterar a legislação ambiental vigente, propondo mudanças na Resolução nº 411/2009 do Conama, que exige controle de estoque e emissão de Documento de Origem Florestal (DOF) para qualquer produto derivado da madeira nativa. A proposta visa facilitar a comercialização de “produtos acabados” como portas, batentes, forros e pisos, incentivando o mercado de produtos industrializados de madeira nativa.

  • Indústria discute soluções para ampliar a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

    Indústria discute soluções para ampliar a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

    A inserção de pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho foi tema central da 2ª reunião ordinária do Conselho Temático de Relações do Trabalho (CRT) da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt). O encontro contou com a participação de representantes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que trouxeram contribuições para minimizar as dificuldades enfrentadas pelas indústrias no preenchimento das vagas destinadas a esse público.

    Durante a reunião, o Observatório de Mato Grosso do Sistema Fiemt apresentou dados que revelam o panorama da empregabilidade de PCDs no estado. Em 2023, do saldo de 10 mil empregados com deficiência, apenas cerca de 2,5 mil foram absorvidos pelo setor industrial.

    O presidente do CRT, Claudio Ottaiano, ressaltou a necessidade de promover um diálogo constante sobre os desafios e oportunidades relacionados à inclusão de PCDs no mundo do trabalho. “Atualmente, uma das principais dores da indústria mato-grossense é a falta de força de trabalho qualificada. Há mais vagas do que trabalhadores disponíveis. Precisamos encontrar caminhos para estimular as contratações em todos os setores”, afirmou.

    Para contribuir com a construção de soluções, o gerente executivo do INSS, Odair Egues, apresentou detalhes sobre programas de apoio financeiro voltados às pessoas com deficiência, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o auxílio-inclusão. Segundo ele, a suspensão temporária do BPC no caso de contratação formal pode estimular a autonomia financeira dos trabalhadores com deficiência, permitindo o ingresso no mercado sem a preocupação imediata de perda do suporte financeiro.

    Odair Egues também destacou que pessoas com deficiência que conquistarem empregos com remuneração de até dois salários-mínimos podem ser beneficiadas com o auxílio-inclusão. “Este programa oferece o pagamento de meio salário-mínimo, servindo como apoio importante para garantir uma transição mais tranquila para a vida profissional, sem comprometer a segurança financeira nesse momento inicial”, explicou.

    O encontro reforçou a importância de parcerias e ações concretas para aumentar a inclusão e a valorização das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, beneficiando tanto os trabalhadores quanto o setor produtivo mato-grossense.

  • Indústria de Mato Grosso apresenta pequeno retrocesso no primeiro bimestre de 2025

    Indústria de Mato Grosso apresenta pequeno retrocesso no primeiro bimestre de 2025

    Um recente levantamento do IBGE revelou que a produção fabril em Mato Grosso experimentou um modesto declínio de 0,6% ao longo dos meses de janeiro e fevereiro de 2025. Esse resultado posiciona o estado entre aqueles com as maiores reduções no período, embora tenha ficado atrás de Bahia, Ceará e São Paulo. A média do país apontou para uma retração menos acentuada, de 0,1%.

    Enquanto alguns estados, como Paraná, Pará e Espírito Santo, registraram expansão em suas atividades industriais no mesmo intervalo, Mato Grosso seguiu uma direção oposta no comparativo bimestral.

    Entretanto, ao confrontar a produção industrial de fevereiro de 2025 com a de fevereiro do ano anterior, o IBGE identificou um acréscimo de 1,2% para Mato Grosso, sinalizando um crescimento discreto em um horizonte de doze meses.

    A análise da média móvel trimestral, que considera os três meses findos em fevereiro de 2025, expõe uma conjuntura menos otimista para o estado. Dentro de um grupo de quinze unidades federativas avaliadas, seis apresentaram números negativos, com Mato Grosso registrando uma diminuição de 2,9%. As maiores quedas nesse indicador foram observadas em Pernambuco e Pará.

  • Brasil sobe no ranking de desempenho industrial, comemora Mercadante

    Brasil sobe no ranking de desempenho industrial, comemora Mercadante

    Em 2024, o Brasil recuperou a posição de 25º no ranking mundial da indústria da transformação, produzido pela agência da ONU para promoção do desenvolvimento industrial – a Unido, sigla para o nome em inglês United Nations Industrial Development Organization

    Esse é o melhor lugar atingido pela indústria brasileira desde 2019. No ano anterior, o Brasil figurava na 45ª posição do ranking.

    Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), comemorou a evolução no ranking e disse que o banco público é ator fundamental na evolução.

    “Em dois anos, no BNDES, já aprovamos mais de R$ 196 bilhões em 145,5 mil operações em crédito na NIB [Nova Indústria Brasil], mais de 70% do total previsto para o programa até o fim do governo”, ressalta o presidente, em nota. 

    O presidente enfatiza que o avanço da indústria brasileira é “resultado do esforço do governo Lula em neoindustrializar o país a partir de políticas públicas articuladas e inovadoras, especialmente a Nova Indústria Brasil (NIB).”

    O presidente do BNDES destaca ainda que o incremento para a indústria foi superior ao de outros setores.

    “Em 2024, as aprovações de crédito do BNDES para a indústria superaram as aprovações para o agronegócio, fato que não acontecia desde 2017 e que indica a melhoria na qualidade do crédito disponibilizado pelo BNDES.”

    Ainda de acordo com o presidente do banco, “as aprovações de crédito do Banco para micro, pequenas e médias empresas, incluindo a indústria, bateram recorde no ano passado. Tivemos ainda aprovações recorde para a indústria de fármacos, o maior valor de aprovações de crédito para o setor automotivo desde 2017, o maior volume de aprovações de crédito para exportações desde 2014 e o segundo maior volume de crédito aprovado para biocombustíveis da história do BNDES.”

  • Anuário da Indústria 2025 detalha desempenho do setor em MT e apresenta novo índice de competitividade

    Anuário da Indústria 2025 detalha desempenho do setor em MT e apresenta novo índice de competitividade

    O Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt) lançou Anuário da Indústria 2025, publicação que traça um panorama detalhado da atividade industrial no estado. O material reúne indicadores econômicos, projeções e análises estratégicas. Pela primeira vez, o estudo apresenta o Índice de Competitividade Industrial (ICI), que posiciona Mato Grosso entre os dez primeiros do país.

    Com dados atualizados sobre emprego, produção, exportações e regionalização do setor, o anuário busca orientar decisões de empresários, gestores e formuladores de políticas públicas. Em 2023, a indústria respondeu por 16,3% do Produto Interno Bruto estadual, com valor estimado em R$ 37,7 bilhões. O setor soma mais de 16 mil estabelecimentos e emprega 191 mil trabalhadores formais, o equivalente a 16,4% da força de trabalho com carteira assinada.

    A iniciativa é coordenada pelo Observatório de Mato Grosso do Sistema Fiemt, núcleo de inteligência de dados da instituição. Segundo o presidente da entidade, Silvio Rangel, a proposta é transformar dados em conhecimento útil para o fortalecimento do setor. “O anuário é uma ferramenta para apoiar decisões estratégicas e consolidar um ambiente mais competitivo e inovador para a indústria”, afirmou.

    Entre os segmentos com maior peso na atividade industrial estão a construção civil, os serviços especializados para construção e a fabricação de alimentos. O estado também se destaca na produção de biocombustíveis, especialmente etanol de milho, consolidando-se como um dos principais polos de bioenergia do país.

    O recém-lançado Índice de Competitividade Industrial (ICI) coloca Mato Grosso na 10ª posição nacional. O indicador considera variáveis como valor adicionado per capita, desempenho nas exportações, nível tecnológico e qualidade dos produtos enviados ao exterior. Para a gerente do Observatório, Vanessa Gasch, os números refletem a vocação produtiva do estado. “Mais de 70% do PIB da indústria de transformação vem dos biocombustíveis. No comércio exterior, o setor alimentício representa 88% do valor exportado pela indústria mato-grossense”, destacou.

    A publicação também aponta gargalos estruturais que limitam o avanço do setor, como a carência de mão de obra qualificada, deficiências na infraestrutura logística e energética, e a necessidade de estímulo à inovação.

    “Mato Grosso atrai investimentos por sua oferta de matéria-prima e ambiente de negócios. Cabe ao Sistema Fiemt criar as condições para que essas empresas cresçam com eficiência e sustentabilidade”, concluiu Silvio Rangel.

    Ainda segundo a publicação, o setor tem mais de 16 mil estabelecimentos e emprega 191 mil trabalhadores formais, o equivalente a 16,4% da força de trabalho com carteira assinada em Mato Grosso. As áreas mais representativas são a construção civil, os serviços especializados para construção e fabricação de alimentos.

    Mato Grosso competitivo

    Um dos destaques do levantamento é o Índice de Competitividade Industrial, que posiciona Mato Grosso em 10º lugar no ranking nacional. O índice considera variáveis como valor adicionado per capita, exportações industriais, nível tecnológico e qualidade dos produtos exportados. A atuação é puxada pela agroindústria e pela liderança nacional na produção de etanol de milho, consolidando o estado como um polo de bioenergia.

    “O destaque mato-grossense está na dimensão de exportação da indústria de transformação, especialmente no setor agroindustrial. Apesar desse desempenho expressivo nas exportações, o desafio para Mato Grosso é aumentar a complexidade tecnológica e o valor agregado dos bens produzidos”, destaca o presidente.

    Isso significa reduzir a dependência de produtos não duráveis e ampliar a participação de setores mais sofisticados. O índice é calculado com base em quatro indicadores: valor adicionado per capita da indústria de transformação, exportação per capita da indústria de transformação, intensidade de industrialização e qualidade das exportações.

    Com forte vocação agroindustrial e posição estratégica no agronegócio, Mato Grosso tem potencial para consolidar-se como polo de bioenergia e insumos industriais, mas precisa investir em inovação, infraestrutura e mão de obra qualificada para escalar seu desempenho no ICI, e a Fiemt tem trabalho nestas frentes.

    “Este índice confirma a vocação de Mato Grosso em produzir e exportar. Os biocombustíveis são responsáveis por mais de 70% do PIB da indústria de transformação. Já comércio no exterior, um dos principais destaques de Mato Grosso é a representatividade do setor alimentício, que representa mais de 88% do valor exportado pela indústria local”, destaca Vanessa Gasch, gerente do Observatório de Mato Grosso.

    A publicação também identifica desafios estruturais para o setor, como a necessidade de qualificação da mão de obra, ampliação da infraestrutura logística e energética, além do estímulo à inovação tecnológica.

    “Mato Grosso tem atraído indústrias por sua abundância de matéria-prima e ambiente favorável. Nosso papel é criar as condições para que essas empresas se desenvolvam com competitividade. O anuário funciona como um radar para orientar investimentos e decisões estratégicas”, conclui Silvio Rangel.

  • Indústrias de MT atendidas pelo Brasil Mais Produtivo destacam aumento de até 49% em produtividade

    Indústrias de MT atendidas pelo Brasil Mais Produtivo destacam aumento de até 49% em produtividade

    No segmento de concretagem da indústria Chalé Pré-Moldados, empresa de estruturas pré-moldadas de concreto e de estruturas metálicas sediada em Campo Verde, um desafio precisava de solução: quando o concreto era confeccionado e despejado no silo, até que este silo fosse para as formas, a produção do concreto ficava interrompida.

    A consultoria do programa Brasil Mais Produtivo, executada no estado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Mato Grosso (Senai MT), por meio do Instituto Senai de Tecnologia e em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso (Sebrae-MT), conseguiu trazer soluções que resultaram em um aumento de produtividade de 49%.

    “A sugestão da consultoria foi que a gente fizesse novos equipamentos e que um deles ficasse à disposição da produção e o outro faria a concretagem das formas e voltaria e pegaria o equipamento que estava na produção e levaria para as formas. O olhar de pessoas de fora que não estão acostumadas com o processo é primordial neste contexto. Elas vêm com novas ideias, novas análises”, contou um dos proprietários da indústria, Marco Aurélio Barbieri.

    Com um investimento acessível, em torno de R$ 5 mil, a indústria de Campo Verde praticamente dobrou sua produção, além de contar com outras melhorias dentro do processo produtivo.

    O Programa Brasil Mais Produtivo oferece consultorias em manufatura enxuta e eficiência energética, tendo como foco uma maior produtividade das indústrias. Os atendimentos são destinados à micro, pequenas e médias indústrias, sendo que para micro e pequenas empresas, este serviço é gratuito.

    Já para médias indústrias, o valor da consultoria é 70% subsidiado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), restando apenas 30% como contrapartida do cliente. Atualmente, 185 indústrias estão sendo atendidas no estado.

    O sócio proprietário da Brita Guia, Gustavo de Oliveira, destacou que o programa vincula baixo investimento com alto retorno. A Brita Guia foi uma das empresas atendidas em 2024, que registrou melhorias após a consultoria em manufatura enxuta.

    “O que fica marcado por essa passagem do programa aqui na Brita Guia é a ideia de que sim, a empresa tem que investir, tem que buscar novas tecnologias, novos equipamentos e novos processos, mas mesmo nos processos atuais, com os equipamentos que já temos, as possibilidades de ganho de performance são muito grandes”, disse Gustavo.

    Produtividade em alta

    A DMAR Madeiras, indústria localizada em Sinop, também conseguiu aumentar sua eficiência e produtividade por meio do programa. Com a otimização da linha de produção de paletes, a empresa registrou um aumento de 30% a 33% na produtividade.

    De acordo com o proprietário da indústria, Antonio Carlos Henriques Luis, os resultados obtidos pelo programa foram muito além do que ele imaginava.

    “Por meio do trabalho do Brasil Mais Produtivo, foram feitas várias modificações que melhoraram bastante a nossa produção. Conseguimos uma produtividade na faixa de 30 a 33%. Esse programa melhorou bastante a qualidade e a produção. Também fizemos melhorias na fábrica para atingirmos uma maior produção com menos consumo e com maior rapidez”, disse Antonio.

    O programa

    O Brasil Mais Produtivo é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e conta com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Finep Inovação e Pesquisa, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

  • Em dois anos, país aumenta reciclagem de embalagens PET em 14%

    Em dois anos, país aumenta reciclagem de embalagens PET em 14%

    O Brasil reciclou 410 mil toneladas de embalagens PET em 2024, montante 14% superior às 359 mil toneladas recicladas 2022, segundo a 13ª edição do Censo da Reciclagem do PET no Brasil, divulgado nesta segunda-feira (24) pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet).

    Apesar do resultado positivo, a entidade ressalvou que a falta de políticas públicas de coleta seletiva dificulta a destinação correta das embalagens descartadas pelos consumidores, o que está gerando ociosidade no setor.

    “As empresas recicladoras chegam a atuar com uma ociosidade média de 23%, chegando a picos de até 40%”,  destaca o presidente da Abipet, Auri Marçon. “Com isso, a indústria de reciclagem do PET está chegando no seu limite, por não ter a matéria-prima necessária para seus processos produtivos, ao mesmo tempo em que toneladas de embalagens são destinadas aos aterros comuns ou descartadas incorretamente no meio ambiente”, acrescenta.

    Destino das PETs recicladas

    De acordo com o censo, em 2024, o principal destino da resina reciclada das PETs – 37% do total – foi a fabricação de uma nova embalagem, utilizada principalmente pela indústria de água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas. O setor têxtil vem em segundo lugar, com um consumo de 24% da resina reciclada, seguido pela indústria química (13%), lâminas e chapas (13%), e fitas de arquear, utilizadas em empacotamento e fechamento de caixas (10%).

  • Inovação na indústria recuou em 2023 no Brasil, diz IBGE

    Inovação na indústria recuou em 2023 no Brasil, diz IBGE

    A parcela de indústrias brasileiras que inovaram em produtos ou processos ficou em 64,6% do total das empresas, em 2023. Segundo dados da Pesquisa de Inovação (Pintec) 2023, divulgada nesta quinta-feira (20), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual é inferior aos registrados em 2022 (68,1%) e em 2021 (70,5%).

    “A gente considera uma empresa inovadora aquela que, em 2023, lançou um produto novo ou substancialmente aprimorado ou um processo de negócio novo ou substancialmente aprimorado. Os dados mostram que a gente vem observando uma queda desde 2021”, explica o pesquisador do IBGE Flávio José Marques Peixoto.

    A taxa de inovação aumenta com o porte da empresa. Em 2023, por exemplo, 73,6% das empresas com 500 funcionários ou mais apresentaram inovação. O percentual caiu para 70,8% quando analisadas apenas as empresas com 250 a 499 funcionários, e para 59,3% no caso das empresas que têm de 100 a 249 empregados.

    Considerando-se o tipo de inovação, 34,4% das empresas inovaram tanto em produtos quanto em processos de negócios, enquanto 16,6% só fizeram inovações em processos e 13,6% só inovaram em produtos.

    Em relação aos produtos inovadores, 68% eram novos apenas para a empresa (ou seja, já eram usados em outras empresas do mercado), 27,6% eram novidades para o mercado nacional (usado em outros países, mas não no Brasil) e 4,4% eram inovações para o mercado mundial.

    Já em relação aos processos de negócios, 31,7% eram voltados para a organização do trabalho; 29,4% para a produção de bens ou fornecimento de serviços; 27,9% para marketing; 27,6% para processamento de informação e comunicação; 25,7% para práticas de gestão ou relações externas; 18% para contabilidade e operações administrativas e 17,2% para logística, entrega ou distribuição.

    Dentre as empresas inovadoras, 32,9% cooperaram com outras empresas ou consumidores para fazer suas inovações. A maioria das cooperações foi com fornecedores (27,1%), consultores (22,3%), clientes (20,2%) e infraestrutura de ciência e tecnologia (19,9%).

    Também foram observadas cooperações com outras empresas do grupo (12,4%), start-ups (9,9%) e até concorrentes (3,2%).

    Dificuldades

    Entre as empresas inovadoras, 47,6% encontraram problemas ou obstáculos para inovar em 2023, abaixo, por tanto, dos percentuais de 2022 (47,9%) e de 2021 (59,1%).

    “Empresas sempre enfrentaram problemas e obstáculos na sua inovação, sejam empresas inovadoras ou não. No caso do das inovadoras, vários aspectos atrapalham, incluindo problemas no seu processo inovativo. No caso das não inovadoras, na maioria das vezes, essas questões impedem que as inovações sejam realizadas”, destaca Peixoto.

    Em 2023, as principais dificuldades enfrentadas foram instabilidade econômica (44,2%), capacidade limitada de recursos internos (42,1%) e acirramento da concorrência (41,4%).

    Foram constatados também problemas como mudanças nas prioridades estratégicas (37,6%), baixa atratividade da demanda (36,9%), limitações tecnológicas externas à empresa (36,4%), dificuldade em estabelecer parcerias (34,8%) e dificuldades para obtenção de apoio público (33,9%).

    Entre as empresas não inovadoras, 21,7% encontraram problemas e obstáculos para inovar, abaixo dos 28,3% de 2022 e dos 33,9% de 2021. Os principais motivos apontados foram instabilidade econômica (21,2%), baixa atratividade da demanda (19,2%) e acirramento da concorrência (19%).

    De acordo com o IBGE, 36,3% das empresas inovadoras utilizaram apoio público para inovar, menos que os 39% de 2022. Entre os instrumentos usados por essas indústrias, em 2023, destacam-se incentivo fiscal à pesquisa e desenvolvimento (P&D) e à inovação tecnológica (26,4%), financiamento exclusivo para máquinas e equipamentos utilizados para inovar (10,5%) e financiamento a projetos de P&D (6,5%).

    “Atividades de inovação são atividades que têm riscos e certezas e, às vezes, o apoio público vem para diminuir um pouco esses riscos, principalmente no longo prazo”, ressalta o pesquisador.

    “De 2022 para 2023, praticamente todos os instrumentos tiveram uma queda, exceto o incentivo a fiscal à P&D e à inovação tecnológica, ou seja, ao uso da Lei do Bem, que teve um pequenino aumento de 26,2% para 26,4%”.

    O levantamento do IBGE mostrou ainda que empresas inovadoras tiveram interesse em utilizar apoio público mas acabaram não usando. Entre os principais interesses estavam incentivo fiscal à pesquisa e desenvolvimento (P&D) e à inovação tecnológica (29,7%), financiamento exclusivo para máquinas e equipamentos utilizados para inovar (25,8%) e financiamento a projetos de P&D (22,5%).

    Pesquisa & desenvolvimento

    O IBGE também fez um levantamento sobre as indústrias que investiram em P&D no país. Em 2023, o percentual era de 34,3%, pouco abaixo da taxa do anterior (34,4%), mas acima da de 2021 (33,9%).

    “Entre as empresas menores, teve um aumento na incidência de empresas de 100 a 249 [funcionários] que realizaram na P&D, de 25,3% [em 2021 e 2022] para 26,5% [em 2023], mas houve uma queda bem razoável nas grandes empresas [acima de 500 funcionários], que vem caindo desde 2021 [quando o percentual era 56,3%], chegando agora em 50,3%”, destaca Peixoto.

    Os setores com mais empresas que investiram em P&D foram farmoquímica e farmacêutica (67,8%), equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (66,9%) e produtos químicos (63%).

    Por outro lado, as atividades com menor taxa de dispêndio em P&D foram couro, artigos de viagens e calçados (15,6%), produtos têxteis (14,3%) e produtos de madeira (10,3%).

    Segundo o IBGE, 53,1% das empresas inovadoras investiram em P&D, em 2023, acima dos percentuais de 2022 (50,6%) e de 2021 (48,1%).

    Em relação às expectativas futuras, 59,1% das empresas inovadoras que investiram em P&D planejavam manter seus dispêndios em 2024, 37,4% tinham intenção de aumentar e apenas 3,5% pretendiam diminuir esses dispêndios. Já para 2025, 49,1% pretendiam ampliar; 48,8%, manter; e 2,1%, diminuir.

  • Vendas de eletroeletrônicos crescem 29% em 2024, melhor desempenho na década

    Vendas de eletroeletrônicos crescem 29% em 2024, melhor desempenho na década

    Em 2024, a indústria brasileira vendeu ao varejo 117,7 milhões de aparelhos eletroeletrônicos, como televisões, geladeiras, fogões e aparelhos de ar-condicionado, registrando um aumento de 29% em relação às vendas de 2023. Este é o melhor desempenho do setor da última década, de acordo com o balanço da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).

    Os dados foram apresentados na segunda-feira (17/3) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, pelo presidente da Eletros, Jorge Nascimento.

    “A boa notícia não sai só do forno. Ela sai da geladeira, da TV, da air fryer, do ventilador”, brincou o ministro ao comentar com a imprensa os dados do setor eletroeletrônico

    Para Alckmin, o balanço positivo do setor eletroeletrônico é resultado do crescimento de 3,4% da economia em 2024, do aumento real dos salários e das políticas de estímulo à indústria brasileira.

    “Isso reflete, de um lado, a melhora de renda da população; o emprego cresceu, a massa salarial cresceu; e a política industrial, a Nova Indústria Brasil, Depreciação Acelerada para trocar máquinas. É um setor que pode crescer mais ainda com data centers, que é produtor dos grandes equipamentos para data centers”, ressaltou o vice-presidente, que destacou os programas para que disponibilizam crédito para fortalecer a indústria nacional, como a Letra de Crédito do Desenvolvimento, o Novo Padis, Brasil Semicom, Lei do Bem e a Lei da Informática

    “Empresa que quiser ser global, ela tem que estar no Brasil. Nós estamos falando de uma das maiores economias do mundo”, concluiu o ministro Geraldo Alckmin.

    Crescimento em todos os segmentos

    Para o presidente executivo da Eletros, o setor teve um ano de grande retomada e superação. “Os resultados alcançados, ainda que influenciados por diversos fatores, como o econômico e o climático, mostram a força da indústria nacional, sua capacidade de atender à demanda e corresponder às expectativas do consumidor, que busca produtos cada vez mais modernos, eficientes e acessíveis”, afirmou Jorge Nascimento.

    O segmento de ar-condicionado foi o destaque do ano, com crescimento de 38% em relação a 2023. A produção atingiu 5,8 milhões de unidades, superando as 4,2 milhões do ano anterior.

    Com aumento de 33% nas vendas, a linha portátil, que envolve cafeteiras, secadores de cabelo e ferro de passar, comercializou 80,8 milhões de equipamentos em 2024 – 19,8 milhões a mais do que no ano anterior.

    As vendas de aparelhos da linha branca, da qual fazem parte fogões, máquinas de lavar e geladeiras, cresceram 17%, passando de 13,3 milhões, em 2023, para 15,6 milhões no ano passado.

    O segmento de linha marrom, composto principalmente por televisores e equipamentos de áudio, cresceu 22% em relação a 2023. A produção atingiu 13,4 milhões de unidades, contra 10,9 milhões no ano anterior. Mesmo após as Olimpíadas, o setor manteve um ritmo forte de crescimento, alcançando seu maior volume em 10 anos.

    Perspectivas

    Até 2027, a Eletros estima R$ 5 bilhões em investimento para novos negócios do setor de eletrodomésticos e eletroeletrônicos e ampliação de indústrias já existentes. As projeções da Eletros para 2025 indicam um crescimento entre 8% e 10% no cenário mais otimista. Em uma visão mais conservadora, a estimativa é de um avanço médio de 5%.

    Do ponto de vista estratégico, o setor seguirá com uma agenda voltada à competitividade, em alinhamento com a Nova Indústria Brasil e outras políticas públicas focadas em eficiência energética, estímulo à demanda por produtos mais modernos, modernização das linhas de produção, fortalecimento da cadeia de suprimentos, investimentos em infraestrutura logística e incentivo à exportação.

    “A Eletros tem trabalhado em parceria com o Poder Público para não apenas superar desafios, mas também fortalecer a indústria nacional, reconhecendo sua importância para o setor produtivo brasileiro”, finaliza Nascimento.