Tag: INDEA

  • Nova portaria federal estabelece datas do vazio sanitário da soja em Mato Grosso

    Nova portaria federal estabelece datas do vazio sanitário da soja em Mato Grosso

    A nova Portaria nº 1.271/2025, publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, estabelece de forma nacional os períodos do vazio sanitário e do calendário de semeadura da soja para todas as unidades da federação. Embora a norma represente uma mudança no modelo de gestão — antes definido por estados individualmente —, para o estado de Mato Grosso as datas permaneceram inalteradas, conforme explicou o engenheiro agrônomo do Indea de Lucas do Rio Verde, Leandro Oltramari.

    Segundo ele, o vazio sanitário da soja em 2025 será mantido de 8 de junho a 6 de setembro, período em que é proibida a presença de plantas vivas de soja em qualquer estágio de desenvolvimento. O calendário oficial de plantio da próxima safra inicia em 7 de setembro de 2025 e se estende até 7 de janeiro de 2026.

    “É importante que os produtores aproveitem esse período de umidade residual para realizar a eliminação de tigueras, que são aquelas plantas de soja voluntárias, comuns em áreas próximas a armazéns, beiras de estradas e soqueiras. A presença dessas plantas fora de época aumenta o risco de disseminação da ferrugem asiática, além de outras doenças e pragas”, alertou Oltramari.

    O técnico lembra que o descumprimento da norma implica em multa de 2 UPFs (Unidades Padrão Fiscal) por hectare irregular, além de uma multa-base de 30 UPFs por infração. “Em uma área de 100 hectares, por exemplo, o valor da multa pode ultrapassar facilmente o necessário para aquisição de herbicidas e controle adequado”, destacou.

    Outro ponto de preocupação levantado por Oltramari é o atípico regime de chuvas registrado neste ano em Mato Grosso. A persistência da umidade nos meses de abril e início de maio, fora do padrão histórico, cria um cenário propício para o surgimento antecipado de doenças como a ferrugem asiática. “Essas condições aumentam o risco sanitário, principalmente em áreas onde há permanência de plantas voluntárias de soja, que funcionam como hospedeiras e fontes iniciais de inóculo para a próxima safra”, explicou.

    Na safra 2023/24, marcada pela influência do fenômeno El Niño e chuvas abaixo da média, houve menor pressão de doenças. No entanto, segundo o engenheiro, a safra 2024/25 apresentou elevada umidade nos meses de janeiro e fevereiro, o que resultou na presença de ferrugem em várias lavouras, principalmente as chamadas “tardias”.

    “Cada safra tem suas particularidades. Por isso, o produtor precisa atuar com planejamento estratégico, observando as condições climáticas, os riscos fitossanitários e adotando medidas preventivas dentro do que estabelece a legislação. O cumprimento do vazio sanitário é uma das ferramentas mais importantes nesse processo”, concluiu.

  • Produtores devem declarar estoque de rebanho até 10 de junho, alerta INDEA

    Produtores devem declarar estoque de rebanho até 10 de junho, alerta INDEA

    Teve início no dia 1º de maio a campanha de comunicação de estoque de rebanhos em Mato Grosso. O prazo segue até 10 de junho, e todos os pecuaristas do estado estão obrigados a informar os dados atualizados de seus animais ao INDEA (Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso). A medida, segundo o médico veterinário Clodomiro Reverdito, responsável pela unidade local em Lucas do Rio Verde, é fundamental para garantir o controle sanitário e a rastreabilidade do rebanho, especialmente após o fim da vacinação contra a febre aftosa.

    “Essa é a primeira campanha de 2025. Temos duas ao longo do ano: uma em maio e outra em novembro. O produtor precisa comparecer ao INDEA munido das quantidades atualizadas de animais em cada categoria e faixa etária, além de informar sobre outras espécies como suínos e aves”, explicou Clodomiro. A comunicação também pode ser feita de forma online, por meio do Módulo do Produtor, ferramenta que permite registrar nascimentos, mortes, evolução etária e demais informações exigidas.

    O não cumprimento dos prazos acarreta restrições e penalidades. A partir de 8 de maio, propriedades que não tiverem feito a declaração serão bloqueadas para emissão de GTA (Guia de Trânsito Animal), ficando autorizadas apenas a emissão para abate. “Assim que o produtor regulariza, o sistema libera novamente para venda ou movimentação dos animais”, detalha.

    Segundo o veterinário, a comunicação correta e no prazo é essencial para que o INDEA tenha um mapa preciso do rebanho bovino mato-grossense, que atualmente é estimado em cerca de 33 milhões de cabeças. “Se houver qualquer suspeita sanitária, precisamos saber onde estão os animais e qual o volume envolvido para mitigar riscos com rapidez. Isso se tornou ainda mais importante com o status de área livre de aftosa sem vacinação”, completou.

    Além das restrições no sistema, o produtor que não declarar seu estoque dentro do prazo está sujeito a multa de 27 UPFs, o que hoje representa cerca de R$ 6.700. E mesmo com a penalidade, a obrigação de declarar continua. “É um ato simples. O produtor tem a informação, só precisa comunicar. É inadmissível não fazê-lo com um prazo tão extenso de 40 dias. Quem não cumpre, além de ser punido, ainda precisa regularizar do mesmo jeito”, finalizou Clodomiro.

    Na última campanha realizada pelo Indea, em novembro de 2024, houve o envolvimento de 109.900 estabelecimentos rurais, sendo 109.651 estabelecimentos com bovinos, 315 com aves comerciais e 105 contendo suínos tecnificados. A última campanha também apontou a existência de 32,8 milhões de bovinos, 37,2 milhões de galinhas comerciais e 1,7 milhão de suínos tecnificados.

  • Veterinários devem fazer curso obrigatório em Mato Grosso para atuar em leilões, cavalgadas e outros eventos agropecuários

    Veterinários devem fazer curso obrigatório em Mato Grosso para atuar em leilões, cavalgadas e outros eventos agropecuários

    Veterinários interessados em trabalhar em eventos com aglomeração de animais, como leilões, cavalgadas e feiras agropecuárias em Mato Grosso, devem participar de um curso de capacitação presencial que ocorrerá no dia 12 de maio, em Cuiabá. A formação, promovida pelo órgão estadual de defesa agropecuária INDEA, será realizada das 8h às 18h, na sede do conselho regional da categoria, no bairro Santa Rosa.

    O curso é exigência para a atuação em eventos agropecuários e também habilita o profissional a emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento essencial para o transporte de animais. Durante o treinamento, serão abordados temas como responsabilidade técnica, bem-estar animal, normas legais, resenha de equídeos, e o uso do sistema eletrônico para emissão de documentos sanitários.

    As inscrições podem ser feitas até 2 de maio, por meio de formulário online. Para participar, é necessário fornecer informações como nome completo, telefone e e-mail. A iniciativa conta com apoio de instituições regionais e federais ligadas ao setor agropecuário.

  • Indea alerta para sinais da vassoura-de-bruxa em plantações de mandioca e reforça importância da notificação imediata

    Indea alerta para sinais da vassoura-de-bruxa em plantações de mandioca e reforça importância da notificação imediata

    O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) solicita aos produtores de mandioca que fiquem atentos aos sinais da praga quarentenária Rhizoctonia theobromae (sin. Ceratobasidium theobromae), conhecida como vassoura-de-bruxa da mandioca. Essa praga já tem ocorrência confirmada no Estado do Amapá e pode causar perdas de até 100% da produção por causa da rápida disseminação.

    Como medida preventiva, o Indea capacitou, em novembro do ano passado, fiscais e agentes fiscais para identificar a praga durante ações de campo e fiscalizações volantes. E o órgão, responsável por impedir que pragas de outros Estados e países entrem no Estado e afetem a produção estadual, solicita que os produtores da raiz leguminosa se cadastrem no Indea e notifiquem o órgão imediatamente caso sejam percebidas características da doença.

    O coordenador de Defesa Sanitária Vegetal, Edson Ramos, explica que as plantas atingidas pela vassoura-de-bruxa apresentam ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. Além disso, apresenta também superbrotamento e formação de estruturas semelhantes a uma vassoura nos caules. Outras características são o escurecimento dos vasos (necrose vascular) e o enfraquecimento da planta, levando a morte do vegetal.

    “Pedimos que o produtor de mandioca, caso se depare com as características da praga, nos comunique imediatamente, para que possamos agir e impedir que haja o alastramento”, explica o coordenador do Indea.

    Fiscalização intensificada

    A Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal informa que a fiscalização do trânsito de plantas e partes de mandioca foi intensificada, especialmente nas regiões que fazem divisa com o norte do Estado. O objetivo é evitar a entrada de material contaminado em território mato-grossense.

    “O fungo causador da vassoura-de-bruxa tem um elevado potencial destrutivo. Por isso, pedimos que os produtores comuniquem qualquer caso suspeito com urgência, para que as medidas de contenção sejam tomadas imediatamente”, alerta Edson Ramos.

    Em caso de suspeita, entre em contato com o Indea

    Produtores podem procurar pessoalmente ou contato telefônico em uma das 140 Unidades Locais de Execução do Instituto espalhadas pelo Estado.

  • Ação conjunta da PM e Indea apreende 2,8 toneladas de carnes transportadas de forma irregular

    Ação conjunta da PM e Indea apreende 2,8 toneladas de carnes transportadas de forma irregular

    Uma ação conjunta da Polícia Militar de Mato Grosso com servidores do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) apreendeu, nesta terça-feira (25.2), uma carga de 2.800 quilos de carne bovina sendo transportada em um caminhão baú em más condições sanitárias. O caso ocorreu em um trecho da MT-060, próximo a Nossa Senhora do Livramento (39 km de Cuiabá).

    O Indea recebeu denúncia de que havia um estabelecimento comercializando carnes na Baixada Cuiabana, com sede no município de Poconé, de maneira irregular. Após o recebimento da informação, a equipe do Indea e os policiais militares iniciaram trabalho de investigação da situação.

    Por meio de monitoramento dos setores de inteligência das unidades e com auxílio das câmeras de segurança do Programa Vigia Mais MT, as equipes localizaram o veículo modelo baú na rodovia estadual.

    As equipes da PM e Indea identificaram que o montante superior a duas toneladas de carne seria distribuído clandestinamente em Várzea Grande e cidades próximas.

    Toda a carga, considerada imprópria para o consumo humano, foi apreendida e descartada em local adequado. As equipes lavraram um auto de infração e termo de apreensão.

  • PRF combate crimes ambientais em Mato Grosso durante Operação Fronteira “Insidiae”

    PRF combate crimes ambientais em Mato Grosso durante Operação Fronteira “Insidiae”

    A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou, entre os dias 08 e 14 de fevereiro de 2025, a Operação Fronteira “Insidiae” no município de Rondonópolis (Mato Grosso). A ação teve como objetivo intensificar a repressão aos crimes ambientais na região e contou com a participação do Indea/MT.

    Durante a operação, foram registradas 23 ocorrências de crimes ambientais, sendo 15 relacionadas à atividade poluidora ou degradadora do meio ambiente e 8 por irregularidades no transporte de madeira.

    As equipes da PRF realizaram 16 comandos de fiscalização, que resultaram na fiscalização de 127 pessoas e 226 veículos. Foram detidas  27 pessoas e 204 metros cúbicos de madeira irregular foram apreendidos.

    Fiscalização do ARLA 32:

    Um dos focos da operação foi a fiscalização do uso do ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo), um reagente essencial para reduzir a emissão de gases poluentes em veículos a diesel.  Foram flagrados  15 veículos com irregularidades no sistema, incluindo adulterações no escapamento para burlar o uso do ARLA 32.

    A PRF alerta que o uso do ARLA 32 é obrigatório em veículos a diesel fabricados a partir de 2012 e que a adulteração do sistema de escapamento para evitar o uso do reagente configura crime ambiental, além de colocar em risco a saúde da população e o meio ambiente.

    Importância da Fiscalização Ambiental:

    A Operação Fronteira “Insidiae” demonstra a importância da fiscalização ambiental realizada pela PRF nas rodovias de Mato Grosso. As ações de combate aos crimes ambientais contribuem para a preservação dos recursos naturais, a proteção da saúde pública e a garantia do cumprimento da legislação ambiental. A PRF reforça o seu compromisso com a defesa do meio ambiente e continuará atuando para coibir práticas ilegais que causem danos à natureza.

  • Indea prorroga prazo de cadastramento obrigatório de área cultivada de soja em Mato Grosso

    Indea prorroga prazo de cadastramento obrigatório de área cultivada de soja em Mato Grosso

    O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) prorrogou a data de cadastro ou de atualização de cadastro das unidades de produção de soja em Mato Grosso. Os sojicultores mato-grossenses têm até o dia 28 de fevereiro para informar ao órgão o total de área plantada, localização geográfica, a variedade utilizada, entre outras informações.

    A prorrogação foi publicada no Diário Oficial, por meio da Instrução Normativa nº 001/2025, entre o Indea e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

    O cadastro pode ser realizado anualmente através da internet, por meio eletrônico no endereço  Sistema de Defesa Sanitária Vegetal (Sisdev) ou presencialmente em uma das 140 Unidades do Indea distribuídas no Estado.

    Quem não se cadastrar, dentro do prazo legal, fica sujeito à aplicação de multa de 10 Unidades Padrão Fiscal (UPFs), cujo valor é de R$ 2.425,50.

    Produção de soja

    Na safra passada, foram cadastradas 16.520 unidades de produção de soja, o que corresponde a 8.961 produtores de soja. Juntos, eles totalizam mais de 11 milhões de hectares de área plantada.

    Atualmente, Mato Grosso já conta com um pouco mais de 13.300 unidades de produção cadastradas, o que corresponde a mais de 10 milhões de hectares já declarados pelos sojicultores.

  • Indea confirma caso de besouro que ataca colmeias em Mato Grosso

    Indea confirma caso de besouro que ataca colmeias em Mato Grosso

    O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) emitiu, nesta terça-feira (4.2), uma nota técnica confirmando a primeira ocorrência do Aethina tumida, popularmente conhecido como o pequeno besouro das colmeias (PBC), em Mato Grosso. O inseto, que ataca colmeias de abelhas e torna o mel impróprio para consumo humano, foi detectado em um apiário de Rondonópolis.

    A nota técnica do Indea, de número 01/2025, detalha que o caso foi identificado após os produtores acionarem o órgão, suspeitando da presença do inseto em suas colmeias. Após investigação, a presença do PBC foi confirmada em três colmeias, após análise das amostras pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Goiânia.

    De acordo com o coordenador de Defesa Sanitária do Indea e médico veterinário João Marcelo Néspoli, as larvas do besouro são as maiores causadoras de danos, pois se alimentam das larvas das abelhas e do pólen, além de perfurar os favos de mel ao movimentarem-se, causando a fermentação do mel e pólen, que se tornam impróprios para consumo humano.

    Diante da situação, o Indea orienta os apicultores a adotarem medidas sanitárias para proteger suas colmeias, como o cadastramento ou atualização do cadastro da produção junto ao Indea, para se ter a dimensão da ação efetiva de controle de pragas; notificar o órgão em caso de suspeita da ocorrência do Pequeno Besouro das Colmeias no apiário e meliponários; inspecionar regularmente as colmeias (ao abri-las, observar atentamente a tampa, as laterais, o fundo, as frestas, os quadros e os favos para detectar a presença do besouro); raspar periodicamente o acúmulo de própolis e de cera da tampa, das molduras dos quadros, das paredes e do fundo das colmeias, que podem servir de abrigo para o besouro e dentre outras orientações na nota em anexo ao final da matéria.

    “Nossa equipe está trabalhando para o controle dessa praga, mas os apicultores precisam adotar as boas práticas de prevenção e controle, além de notificar a possível presença ao Indea”, comenta Néspoli.

    Em caso de suspeita, o Indea sugere que procure uma unidade mais próxima. A lista das unidades você confere aqui ou pelo 0800-065-3015.

    A presença do Aethina tumida em Mato Grosso é um alerta para os apicultores do estado, que precisam redobrar a atenção e adotar as medidas de controle recomendadas pelo Indea para evitar a proliferação da praga e proteger suas colmeias.

  • Mato Grosso registra crescimento expressivo no registro de agroindústrias em 2024

    Mato Grosso registra crescimento expressivo no registro de agroindústrias em 2024

    O setor de agroindústrias em Mato Grosso vive um momento de expansão. Segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), o número de estabelecimentos comerciais que industrializam produtos de origem animal e possuem registro sanitário mais que dobrou em 2024, comparado ao ano anterior.

    Em 2023, 13 estabelecimentos obtiveram o registro sanitário, permitindo a comercialização de produtos como carnes, leite, mel e ovos. Já em 2024, esse número saltou para 23, demonstrando um crescimento de 76,9%.

    Essa expansão é resultado da busca por maior segurança alimentar e da necessidade de atender às exigências do mercado consumidor, que cada vez mais busca produtos com qualidade e procedência garantida.

    Os registros são divididos em duas categorias: Serviço de Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal (SISE) e Serviço de Inspeção Agroindustrial de Pequeno Porte (SIAPP). O SISE é direcionado para indústrias de grande e médio porte, enquanto o SIAPP atende as pequenas agroindústrias familiares.

    “O crescimento do número de registros demonstra o compromisso do produtor rural mato-grossense com a qualidade e a segurança alimentar. Além disso, o registro sanitário permite que esses produtos sejam comercializados em novos mercados, gerando mais renda e oportunidades para os produtores”, afirma Marcio Adelio de Carvalho, coordenador de Inspeção e Fiscalização de Produtos e Subprodutos de Origem Animal do Indea.

  • Bioinsumos ganham força no agronegócio com nova regulamentação federal, destaca especialista

    Bioinsumos ganham força no agronegócio com nova regulamentação federal, destaca especialista

    Os bioinsumos têm representado um avanço importante no cenário agrícola brasileiro. Em entrevista a CenarioMT, Leandro Oltramari, engenheiro agrônomo do INDEA (Instituto de Defesa Agropecuária) de Lucas do Rio Verde (MT), falou sobre o assunto. Ele  explicou que, no final de 2024, foi sancionada a Lei Federal nº 15.070, de 23 de dezembro de 2024, que regulamenta a produção, comercialização e uso desses produtos no país. Oltramari ressaltou a necessidade de acompanhamento técnico por parte dos produtores para garantir a eficácia e a segurança no manejo dos bioinsumos.

    De acordo com o especialista, a nova legislação estabelece responsabilidades específicas para os órgãos federais e estaduais. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ficará encarregado de fiscalizar a produção, importação, exportação e registro de bioinsumos comerciais. Já aos estados, por meio de órgãos como o INDEA, caberá a fiscalização do comércio, transporte e uso desses produtos dentro de suas respectivas jurisdições.

    “Aos estados, ao INDEA, compete fiscalizar o comércio e o transporte dentro do estado, além do uso dos bioinsumos. Toda a fiscalização do uso, de acordo com as normas, será responsabilidade do órgão de defesa sanitária do estado de Mato Grosso”, explicou Oltramari.

    O engenheiro agrônomo também destacou que os produtores rurais continuam autorizados a produzir bioinsumos para uso próprio em suas propriedades, desde que sigam as normas de controle para evitar contaminações ambientais e garantam a qualidade do produto aplicado nas lavouras. “O produtor pode continuar fazendo esse insumo na sua propriedade, com todo o controle necessário para evitar qualquer tipo de contaminação no meio ambiente e garantir a qualidade na aplicação”, afirmou.

    Além disso, Oltramari ressaltou que os estados poderão utilizar dados do Ministério da Agricultura para auxiliar na fiscalização, reforçando a parceria entre as esferas federal e estadual.

    Bioinsumos como ferramenta estratégica

    Oltramari enfatizou que os bioinsumos são uma ferramenta valiosa para os produtores, especialmente no cultivo de soja, milho, algodão e outras culturas. Ele destacou que o uso desses produtos tem crescido ano a ano, com resultados positivos observados em lavouras que adotam a prática.

    “Os bioinsumos são mais uma ferramenta para o produtor no cultivo da soja, do milho, do algodão e de outras culturas. Temos acompanhado periodicamente lavouras que utilizam bioinsumos, e a cada ano o número de produtores que adotam essa prática aumenta”, afirmou.

    O especialista reforçou a importância do acompanhamento técnico para orientar os produtores no manejo adequado dos bioinsumos, garantindo que sejam utilizados de forma eficiente e segura. Com a nova legislação, o setor ganha maior segurança jurídica e diretrizes claras para o desenvolvimento sustentável dessa prática, que vem se consolidando como uma alternativa promissora para a agricultura brasileira.