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  • REM MT e órgãos responsáveis traçam estratégias para combater desmatamento ilegal e incêndios florestais em MT

    REM MT e órgãos responsáveis traçam estratégias para combater desmatamento ilegal e incêndios florestais em MT

    Órgãos estaduais e federais se reuniram nesta terça e quarta-feira (15 e 16.02) para aprimorarem o planejamento de combate ao desmatamento e incêndios florestais de 2022. O encontro foi organizado pelo Programa REM Mato Grosso (do inglês, REDD para Pioneiros) e ocorreu na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), em Cuiabá.

    “Para combater o desmatamento e os incêndios florestais é necessário somar forças de forma estratégica e com disponibilidade de recursos: humanos e estrutura. Esse é um dos focos do Programa REM MT, que envolve estratégia e combate em campo e avanço tecnológico”, destaca Francieli Nascimento, coordenadora do Subprograma Fortalecimento Institucional do REM MT.

    Sinergia

    A sinergia entre os atores deu o tom do encontro ao longo dos dois dias de discussão. Houve muita interação e trocas de ideias para fortalecer toda a cadeia de combate aos ilícitos ambientais, que envolve o monitoramento, planejamento das ações, atuação em campo e punição dos infratores nas esferas administrativa e criminal. Os debates também contaram com participação on-line de membros da Superintendência de Gestão da Desconcentração e Descentralização (DUDs) da Sema. Instaladas em cidades-polo do interior, as DUDs são essenciais para o desenvolvimento sustentável do Estado.

    Resultados

    Dentre os resultados da reunião, há a possibilidade de um novo pátio para depósito dos maquinários utilizados para o desmatamento ilegal. O espaço pertence ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e fica na cidade de Sinop (500 km de Cuiabá), região do Médio Norte de Mato Grosso.

    “No momento só temos um pátio, que fica em Cuiabá. Com essa nova possibilidade, haverá redução de custos de deslocamento e mais rapidez na retirada do bem apreendido acelerando a ação em campo”, destaca Francieli.

    Recado aos infratores

    A coordenadora do Fortalecimento Institucional do REM MT ainda ressalta que a união dos órgãos no combante aos ilícitos ambientais serve para mandar uma mensagem clara aos infratores: “a de que o Estado está mobilizando as suas principais forças e parceiros para coibir o desmatamento, os incêndios florestais, o garimpo e a extração ilegal de madeira”.

    No campo, essa força tarefa conta com a Sema, Ibama, Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) e o Batalhão de Polícia Militar e Proteção Ambiental (BPMPA). Já na parte de responsabilização civil, o grupo conta com o Ministério Público Estadual (MPE) e, na criminal, com a Delegacia do Meio Ambiente (Dema).

    Para a tenente da PM Joelma de Carvalho, chefe de operações do BPMPA, é fundamental ter uma noção ampla de quem são os parceiros para garantir o sucesso das operações em campo.

    “Só no ano passado, o BPMPA realizou operações em 119 municípios prendendo infratores e coibindo diferentes ilícitos ambientais. Por isso, que para nós é importante essa integração. Justamente para sabermos qual é o nosso ponto focal, a depender da região em que estamos atuando”, reforça.

    Bruno Saturnino, chefe da Superintendência de Fiscalização da Sema, por sua vez, enfatiza que a integração desses órgãos passa uma mensagem à população de que o Estado tem promovido um grande esforço no combate ao desmatamento florestal, em especial no bioma amazônico.

    “Nos últimos três anos, nós aumentamos substancialmente a eficiência no combate aos ilícitos ambientais, seja no planejamento estratégicos ou nas ações de campo. Um dos grandes feitos nesse sentido e descapitalização dos infratores, através da apreensão dos maquinários utlizados para o desmatamento ilegal. Sem esses maquinários, eles não podem cometer o crime novamente”, observa Saturnino.

    O plano

    Ao final do encontro foi elaborado um ‘Plano de Ação Insterisitucional de Combate ao Desmatamento e aos Incêndios Florestais’. O documento prevê diferentes etapas de atuação para coibir os ilícitos ambientais.

    “O plano pensa nas ações mais imediatas, que compreendem de janeiro até dezembro deste ano, quando se encerra a primeira fase do REM MT; e também estabelece ações de médio prazo, pensando numa eventual segunda fase do programa. Dessa forma, o plano é dividido em Monitoramento do desmatamento, Incêndios e Créditos Florestais; Fiscalização “in loco” e Remoto; Responsabilização Administrativa, Civil e Criminal; Julgamento; Arrecadação; Regularização Ambiental; e Capacitação Técnica”, detalha Franciele.

    Fazem parte da força tarefa: Sema/DUDs, Dema, o REM MT, o MPE, a Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE), Ibama, BEA, BPMPA, CIA do BPMPA de Cáceres, Patrulhamento Rural de Rondonópolis, Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) e o Exército Brasileiro.

  • Incêndios florestais provocam prejuízos a fauna e flora na região de Lucas do Rio Verde e Sorriso

    Incêndios florestais provocam prejuízos a fauna e flora na região de Lucas do Rio Verde e Sorriso

    A fumaça presente no ar de Lucas do Rio Verde e municípios vizinhos é apenas um dos prejuízos provocados pelas queimadas registradas esta semana. A fauna e flora também estão sofrendo danos provocados pelas chamas.

    Imagens registradas pelos bombeiros envolvidos nas ações de combate mostram animais que não conseguiram fugir das labaredas. Uma ema que estava numa área da comunidade Morocó não resistiu.

    Em entrevista ao CenárioMT, o comandante do Corpo de Bombeiros de Lucas do Rio Verde, major Alex Queiroz, enumerou várias frentes de combate esta semana. Na terça-feira (17), os militares e a brigada mista atuaram para controlar e extinguir o fogo que destruiu a vegetação nas proximidades do lixão próximo a Fundação Rio Verde. “Demandou uma grande equipe nossa durante praticamente todo o dia, principalmente na parte da tarde”, disse o oficial militar.

    Vários focos

    Na quarta-feira, os combatentes atuaram em dois incêndios: uma nas imediações da MT 449, próximo a praça de pedágio, e na região da Comunidade Morocó, divisa entre Sorriso e Lucas do Rio Verde.

    O primeiro originou na região do Distrito de Primaverinha, chegou a ser combatido por militares de Sorriso. Contudo, as chamas se propagaram, espalhando-se rapidamente para áreas rurais de Lucas do Rio Verde. “Atravessou o Rio Verde e entrou numa região aqui no município de Lucas do Rio Verde”.

    No segundo, que também originou do lado de Sorriso e acabou afetando pequenas áreas de Lucas do Rio Verde. O primeiro foco foi registrado na terça-feira, mas intensificou-se ontem. Militares ainda fazem avaliações nas proximidades de um balneário, pois há indícios de que um pequeno foco permanece no interior da região de mata. “Fizemos o trabalho durante todo o dia, até por volta de 8 horas da noite. Fizemos agora pela manhã uma varredura no local pra verificar qual a situação. E podemos informar que neste momento (final da manhã), tem uma área em região de mata, que ainda está queimando. Tem uma equipe que está lá agora fazendo um aceiro”, detalhou o comandante, ressaltando que um dos proprietários locais disponibilizou uma máquina para esta tarefa. “O objetivo é evitar que esse fogo avance mais ainda”.

    Monitoramento

    Major Alex Queiroz informou que existem pequenos focos da dentro da mata, possivelmente troncos de árvores que estão queimando e liberam fumaça. Os militares prosseguem monitorando estas áreas com o objetivo de impedir o avanço. O temor é que no período mais quente do dia, o vento possa espalhar fagulhas e fazer surgir novos focos.

    “A preocupação é ficar monitorando estes locais. Caso volte esse incêndio, a gente consiga uma efetividade maior, combatendo mais rápido”.

    Trabalhador ferido

    O comandante informou que desde o inicio dos combates houve o caso de um trabalhador que acabou ferido com queimaduras nas mãos. Major Alex Queiroz pontuou que a guarnição do Corpo de Bombeiros fez os primeiros atendimentos no local e depois encaminhou o trabalhador para o Hospital São Lucas.

    Em relação a animais silvestres, o comandante do Corpo de Bombeiros confirmou o registro de vários animais mortos. “E fica a destruição do meio ambiente, da fauna e da flora, prejuízos para os produtores, que tiveram centenas de hectares queimados. É um prejuízo extremamente grande, inclusive pra população, que está sofrendo todos os esses dias com a fumaça”, lamentou.

    O Corpo de Bombeiros está fazendo levantamento da área que foi queimada. A primeira estimativa é de que tenham sido afetados, entre lavouras e região de matas, em torno de 4 mil hectares. “Pelas características, só podemos provar através de uma pericia, ao que tudo indica teve início na MT 485, no entroncamento de uma estrada vicinal de uma fazenda no acesso à Morocó. Tudo indica que o ponto inicial foi naquela localidade. Com o vento, veio trazendo para o lado do Rio Verde e da cidade”, sinalizou.

    O oficial reforça a necessidade de cuidados redobrados neste período de baixa umidade relativa do ar. “A vegetação, temperatura alta, umidade baixa, muito vento. Qualquer fagulha pode dar início a um incêndio terrível, como esse a gente teve. A gente orienta e pede às pessoas que tomem cuidado”, alertou. “A gente observou que havia muita fumaça e pessoas que insistiam em transitar pela rua com visibilidade praticamente zero. A chance de ter um acidente automobilístico é muito grande. A gente pede para  as pessoas evitarem esses locais”, conclui.

  • Série de incêndios florestais na região de Lucas ocupou maioria do efetivo do Corpo de Bombeiros

    Série de incêndios florestais na região de Lucas ocupou maioria do efetivo do Corpo de Bombeiros

    21 dos 32 militares que integram o efetivo da 13ª Cia Independente de Bombeiro Militar em Lucas do Rio Verde estiveram envolvidos em combate a incêndios florestais nesta segunda e terça-feira. A frente de trabalho contou ainda com os brigadistas formados recentemente, além de trabalhadores de propriedades rurais afetadas pelas queimadas.

    Além dos incêndios florestais ou em palhada registrados em Lucas do Rio Verde, focos originados em Sorriso também afetaram propriedades rurais no município. Um desses incêndios iniciados em Sorriso e combatido pelos militares ultrapassou o rio. “As condições climáticas, muito vento, a vegetação bastante seca, a umidade bastante baixa, tudo isso faz com que o incêndio se propague bastante rápido. Se não tiver maquinário, fica difícil combater”, pontuou o comandante do Corpo de Bombeiros em Lucas do Rio Verde, major Alex Queiroz.

    Além de destacar a atuação de trabalhadores de propriedades rurais, que no caso do incêndio florestal na comunidade Itambiquara conseguiram conter o avanço das queimadas, Queiroz comentou sobre a necessidade de ação com maquinários. “É um incêndio muito intenso e rápido. Tem que ter uma equipe no local pra dar combate imediato. E tem que ter maquinário. Só com abafador e bomba costal você não consegue, devido a alta temperatura”, avaliou.

    Os maquinários são usados na formação de aceiros, uma das medidas para conter o avanço do fogo nas propriedades rurais. “A gente pede para os sitiantes tomaram muito cuidado. A palhada está muito seca e alguns incêndios podem surgir de descuidos”, alerta o oficial, sugerindo que a colheita neste período de baixa umidade relativa do ar seja feita em períodos que a temperatura e o clima não estejam em condições extremas, que possibilitem o surgimento de focos de calor.

    Além do combate por terra, houve apoio aéreo pra conter o avanço das chamas. Uma aeronave auxiliou nas ações para extinguir as chamas.

    https://www.cenariomt.com.br/mato-grosso/lucas-do-rio-verde/incendio-de-grande-proporcao-atinge-propriedades-rurais-densa-nuvem-de-fumaca-cobre-lucas-do-rio-verde/