Tag: Incêndios

  • Clima adverso e incêndios em cafezais aumentam preocupações na Mogiana Paulista

    Clima adverso e incêndios em cafezais aumentam preocupações na Mogiana Paulista

    Os incêndios registrados recentemente em cafezais da região da Mogiana Paulista, embora tenham causado perdas pontuais, não resultaram em prejuízos significativos, conforme relatos de agentes consultados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). No entanto, a principal preocupação dos produtores continua sendo a falta de umidade, um problema agravado pelas condições climáticas adversas.

    Segundo pesquisadores do Cepea, os efeitos do El Niño, que começaram a se manifestar no segundo semestre do ano passado, têm causado um déficit hídrico prolongado, impactando negativamente a produção nacional de café. A safra atual já está abaixo do esperado, e as perspectivas para a próxima safra são incertas, dado o estresse hídrico que as plantas enfrentam.

    Nesse cenário, os cafeicultores estão na expectativa de que as chuvas retornem com maior frequência em setembro, com volumes suficientes para aliviar o estresse hídrico das plantações. A continuidade desse clima seco pode comprometer ainda mais a oferta de café na próxima safra, intensificando as preocupações no setor.

  • Ibama freta cinco helicópteros e aumenta frota de combate a incêndios florestais

    Ibama freta cinco helicópteros e aumenta frota de combate a incêndios florestais

    Mais cinco helicópteros estrangeiros estão à disposição do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para combater os incêndios florestais que atingem os biomas brasileiros. Ao todo, são dez aeronaves preparadas para as operações. Na segunda-feira, 2 de setembro, o Ibama recebeu o último dos cinco novos helicópteros fretados: uma aeronave bimotor de grande porte que seguirá para Corumbá, no Mato Grosso do Sul, para auxiliar no combate aos incêndios no Pantanal.

    Os outros helicópteros fretados são monomotores. Duas aeronaves já estão em ação no Pantanal (no Mato Grosso do Sul); uma está na região do Parque Indígena do Xingu (no Mato Grosso); e outra está na região do Araguaia (Tocantins). O contrato de fretamento dos monomotores tem duração de quatro meses, enquanto que a aeronave bimotor ficará em posse do Ibama por seis meses e poderá ser utilizada, também, no apoio logístico a operações em diversas regiões do país.

    Atuação

    De acordo com o Ibama, além de levarem brigadistas e equipamentos, as aeronaves serão utilizadas para o combate às chamas com uso do chamado helibalde. Com este dispositivo, os helicópteros lançam água sobre as chamas por meio de um grande balde acoplado a seu gancho de carga. O bimotor contratado leva vantagem sobre os monomotores no combate aos incêndios, já que seu helibalde pode lançar cerca de 2,5 mil litros de água por vez, enquanto os acoplados aos monomotores lançam de 500 a 800 litros.

    A maior capacidade é importante, especialmente para o combate em áreas de floresta degradada, pois facilita que a água concentrada e em maior volume atinja o fogo através da copa das árvores. A capacidade de levar até 18 brigadistas em cada viagem também é outra vantagem dessa aeronave de maior porte.

    Contratação dos helicópteros

    A contratação dos helicópteros foi facilitada pela Medida Provisória nº 1.240/2024, publicada pelo Governo Federal no mês de julho. O normativo prevê a alteração no Código Brasileiro de Aeronáutica e autoriza a utilização de aeronaves de matrícula estrangeira no combate a incêndios e em emergências.

    A mudança permite o uso imediato de aviões na preservação do bioma e das espécies que habitam na flora brasileira. Em casos de calamidade pública ou situações de emergência ambiental, o serviço de combate a incêndios poderá ser realizado por aeronaves e tripulação de outras nacionalidades.

    Atualmente, o Brasil conta com 22 empresas autorizadas a prestar serviço de combate a incêndios, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O serviço oferecido por empresas privadas era realizado com aeronaves de pequeno porte. Com a publicação da MP, aeronaves de maior porte, que estão disponíveis em outros países, poderão ser utilizadas em solo nacional.

    Pantanal

    Dos 112 incêndios registrados até o momento no bioma, 71 foram extintos, 18 estão ativos e 23 estão controlados com a força-tarefa liderada pelo Centro de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), vinculado ao Ibama. O trabalho está sendo realizado desde o mês de junho nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Atualmente, 18 aeronaves e 48 embarcações do Governo Federal estão mobilizadas na força-tarefa.

    O Prevfogo empregou uma logística para garantir acesso a áreas remotas e implementar estratégias eficazes, como o lançamento de água por aeronaves e a abertura de aceiros (faixas de terreno livres de vegetação) por equipes terrestres. As iniciativas de prevenção e conscientização realizadas por meio de Educação Ambiental da população, para mitigação de novos incêndios e a promoção da sustentabilidade também se unem às ações diretas de combate.

    Entre 1º de janeiro e 1º de setembro de 2024, foram registrados 9.175 focos de calor no Pantanal, com 72,6% concentrados no Mato Grosso do Sul, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A estimativa do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/UFRJ) é que cerca de 17% da área total do bioma já tenha sido queimada, ou o equivalente a 2,5 milhões de hectares.

  • MPF aciona justiça para contratação de brigadistas contra incêndios

    MPF aciona justiça para contratação de brigadistas contra incêndios

    O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma Ação Civil Pública contra a União, pedindo a liberação urgente de verbas para a contratação de brigadistas. De acordo com o órgão, no último dia 22 de agosto foi expedida uma recomendação para a contratação de mais de 450 brigadistas e disponibilidade de aeronaves para combate aos incêndios na Região Norte. Como o MPF não teve resposta, recorreu à Justiça.

    Na ação, o MPF solicita de forma urgente que o Governo Federal libere a verba para contratação de 15 brigadas com 30 brigadistas temporários cada. E também que garanta equipamentos de proteção individual e de combate ao fogo, aeronaves com capacidade para transportar até 12 mil litros de água em cada voo e helicópteros equipados com dispersores de água. É sugerido, inclusive, que a União requisite bombeiros militares de outros estados, como alternativa à contratação.

    A estimativa dos recursos necessários é do Ibama em Rondônia, com quem as equipes devem atuar para controlar os incêndios da região. Segundo a entidade, atualmente ela possui apenas 205 brigadistas distribuídos em oito bases que atendem o estado e o sul do Amazonas.

    O Ministério Público Federal pede ainda que a União seja condenada a pagar R$ 50 milhões a título de compensação pelos danos morais coletivos.

    Outro pedido da Ação Civil Pública é que a Força Nacional de Segurança e o Exército Brasileiro envie homens em quantidade suficiente para garantir o patrulhamento do entorno das áreas onde ocorrem o combate às queimadas. E, ainda, que os agentes brigadistas que trabalham na área de gestão do Ibama em Rondônia, que atendem também no Acre, sul do Amazonas e Oeste do Mato Grosso, ganhem escolta.

  • Brasil já registrou mais de 154 mil focos de calor este ano

    Brasil já registrou mais de 154 mil focos de calor este ano

    O Brasil iniciou o mês de setembro com mais 154 mil focos de calor registrados este ano, segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O maior número de frentes de fogo está na Amazônia, que concentra 42,7% dos focos registrados no domingo (1º) e nesta segunda-feira (2).

    De acordo com o Inpe, como esses dados são gerados por imagens de satélite, que variam em captação de áreas entre 375 metros quadrados (m²) e 4 quilômetros quadrados (km²), cada foco pode representar uma ou várias frentes de fogo ativas. Da mesma forma, uma frente de fogo muito grande pode ser captada por mais de um satélite e representar mais de um foco de calor.

    Na comparação com os dados divulgados no último boletim do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), no sábado (31), os focos de calor continuam avançando pelos biomas brasileiros, em relação ao registrado até o dia 27 de agosto, até quando já haviam sido captados pouco mais de 112 mil focos de calor no país. Embora a Amazônia seja o bioma mais atingido, por causa da extensão de seu território, o município mais afetado foi Corumbá, em Mato Grosso do Sul, onde o bioma predominante é o Pantanal e foram detectados 4.245 focos. Já o segundo município mais atingido foi Apuí, no Amazonas, onde houve 3.401 focos até o dia 27 de agosto.

    De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), a área da Amazônia que já foi consumida pelo fogo em 2024 ultrapassou 5,5 milhões de hectares e o Pantanal já perdeu 2,5 milhões de hectares até esse domingo.

    Combate

    O MMA informou que atualmente atuam na Amazônia 1.468 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

    Já no Pantanal, esses órgãos atuam com 391 profissionais, que se somam a outros 343 das Forças Armadas, 79 da Força Nacional de Segurança Pública e dez da Polícia Federal. Também estão sendo empregadas 18 aeronaves e 52 embarcações do governo federal.

    Na última terça-feira (27), o Supremo Tribunal Federal determinou o prazo de 15 dias para que o governo federal reforce o número de pessoas e de equipamentos no combate ao fogo no Pantanal e na Amazônia. No dia 10 de setembro, o cumprimento da medida deverá ser avaliado em audiência de conciliação que tratará de três ações de descumprimento de preceito fundamental (ADPFs) que tratam do tema.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Incêndios Florestais: 225 Bombeiros combatem 39 focos em Mato Grosso

    Incêndios Florestais: 225 Bombeiros combatem 39 focos em Mato Grosso

    Nesta sexta-feira (30.08), 225 militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso estão atuando no combate a 39 incêndios florestais em todo o estado. A operação envolve cinco aviões, um helicóptero, 55 viaturas, 11 máquinas e quatro barcos.

    Em Sinop, o incêndio no Parque Florestal foi controlado, mas nove bombeiros continuam no local com apoio de caminhões e caminhonetes. Em Chapada dos Guimarães, 26 bombeiros e 21 brigadistas do ICMBio estão concentrados em várias regiões, incluindo o Parque Nacional.

    No Pantanal, 79 bombeiros enfrentam as chamas em áreas como a RPPN Sesc Pantanal e a Fazenda Cambarazinho, com suporte de aviões, viaturas e máquinas. Outras regiões, como Rosário Oeste, Nobres e Juína, também contam com a presença de 112 bombeiros em ações de combate.

    O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) monitora incêndios em diversas fazendas e terras indígenas, utilizando satélites para orientar as equipes de campo. A severa estiagem e a baixa umidade têm intensificado a propagação das chamas, e o Corpo de Bombeiros pede colaboração da população para evitar novos focos.

    Incêndios Extintos: Desde o início do período proibitivo, mais de 70 incêndios foram controlados em municípios como Cuiabá, Chapada dos Guimarães e Rondonópolis.

    Focos de Calor: Nas últimas 24 horas, foram registrados 1.688 focos de calor em Mato Grosso, com maior concentração na Amazônia.

    Veja também:

  • Mato Grosso lidera focos de queimadas no Brasil, com mais de 21 mil registros

    Mato Grosso lidera focos de queimadas no Brasil, com mais de 21 mil registros

    Mato Grosso está no topo da lista de queimadas no Brasil em 2024, com impressionantes 21 mil focos registrados até agora.

    O estado é seguido por Pará, Amazonas e Mato Grosso do Sul.

    As queimadas no país cresceram 80% este ano, totalizando mais de 112 mil focos, um aumento de 50 mil em relação ao mesmo período de 2023.

    A grave situação é agravada pela pior seca dos últimos 44 anos, que intensificou a propagação dos incêndios.

    Em Cuiabá, a fumaça tem afetado a população por mais de 20 dias.

    O fogo tem atingido também áreas de conservação estadual como a Área de Proteção Ambiental (APA) Cabeceiras do Rio Cuiabá, a Reserva de Exploração Extrativista Guariba-Roosevelt e a APA Chapada dos Guimarães, além unidades de conservação federais como a Meandros do Rio Araguaia, Serra das Araras e Parque Nacional do Juruena.

    Em Sinop, Um incêndio no fim da tarde destruiu parte da vegetação e atingiu árvores no parque florestal, na região central, próximo à Avenida das Palmeiras. O Corpo de Bombeiros agiu rapidamente para conter as chamas, que se espalharam devido ao vento. Dois caminhões de bombeiro e um caminhão-pipa foram utilizados para controlar o fogo. O principal foco do incêndio estava entre a Avenida das Palmeiras e a Rua das Orquídeas. Uma grande nuvem de fumaça se espalhou pela cidade, afetando a visibilidade e a qualidade do ar. O parque abriga diversos animais, como macacos e pássaros.

  • Sobe para dez número de presos por queimadas em São Paulo

    Sobe para dez número de presos por queimadas em São Paulo

    A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que prendeu, nessa quinta-feira (29), o décimo suspeito de envolvimento em incêndio no estado desde o último dia 21.

    O homem, de 39 anos, ateou fogo em diversos pontos de uma plantação de cana na cidade de Pindorama, próxima de São José do Rio Preto. O fogo se alastrou por área extensa da lavoura, cenário que tem sido comum devido ao tempo excepcionalmente seco das últimas semanas. A prisão foi em flagrante após os vigilantes de uma empresa perto do local chamarem a polícia.

    Com o homem, foram apreendidos uma bicicleta, um isqueiro, uma caixa de fósforos e R$ 158. Em depoimento à polícia, ele disse ter usado drogas antes do crime. O homem foi encaminhado à Cadeia Pública de Catanduva.

    Esse caso e os outros nove que resultaram em prisões recentes por incêndio não possuem relação entre si, segundo a SSP-SP.

    A onda de queimadas no estado já tem prejuízo estimado de mais de R$ 1 bilhão, segundo o governo estadual. Mais de 7 mil agentes públicos trabalharam no combate às chamas na última semana. Duas pessoas morreram no combate às queimadas.

    Edição: Carolina Pimentel

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  • Incêndios no Pantanal já consumiram este ano mais de 15% do bioma

    Incêndios no Pantanal já consumiram este ano mais de 15% do bioma

    Desde o início do ano, 2,3 milhões de hectares, o equivalente a 15,61% do Pantanal, já foram atingidos pelos incêndios que afetam o bioma, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ).

    Após a passagem de uma frente fria, um novo alerta de perigo extremo de fogo do Sistema de Alarmes do Lasa-UFRJ foi divulgado com previsões para a Bacia do Paraguai, no Pantanal. Segundo o informativo, até o próximo sábado (31), a maior parte da região volta a apresentar condições climáticas que dificultam o combate a incêndios mesmo por meios aéreos, com alta velocidade de propagação do fogo.

    Na soma de todas as terras indígenas que integram o bioma, foram consumidos mais de 371 mil hectares. A maior parte foi na Terra Indígena Kadiwéu, onde o fogo atingiu mais de 357 mil hectares, que equivale a 66,4% do território.

    Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), no dia 20 de agosto, 959 profissionais atuam no combate aos incêndios, com o apoio de 18 aeronaves. Até 18 de agosto, 569 animais silvestres haviam sido resgatados.

    Na última terça-feira (27), o Supremo Tribunal Federal determinou o prazo de 15 dias para que o governo federal reforce o número de pessoas e de equipamentos no combate ao fogo no Pantanal e na Amazônia. No dia 10 de setembro, o cumprimento da medida deverá ser avaliado em audiência de conciliação que tratará de três Ações de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) que tratam do tema.

    No mesmo dia, o governo federal publicou portaria autorizando o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) a estruturar brigadas temporárias em municípios de 18 estados e do Distrito Federal, com equipes que podem variar de 13 a 25 profissionais, além de contratar equipes especializadas de pronto emprego, com mobilização em menos de 24 horas.

    Edição: Graça Adjuto

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  • Situação de emergência por incêndio florestal cresceu 354% em agosto

    Situação de emergência por incêndio florestal cresceu 354% em agosto

    O número de municípios que decretaram situação de emergência por incêndios florestais em agosto cresceu 354% em relação ao mesmo mês do ano de 2023, aponta levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios.

    Somente neste mês, 118 gestores municipais registraram a condição no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

    Este ano, até o dia 26 de agosto, 167 municípios declararam situação de emergência. No mesmo período de 2023 apenas 57 enfrentavam o problema.

    De acordo com o levantamento, 4,4 milhões de pessoas já foram afetadas pelos incêndios florestais este ano, sendo que a maioria, 4 milhões, foram alcançados pelos efeitos como poluição do ar e perda da biodiversidade.

    O maior número de decretos foi registrado em São Paulo, por 51 municípios, seguido por Mato Grosso do Sul, com 35 registros; Acre, com 22; Espírito Santo e Rondônia, dois municípios, e Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Santa Catarina, apenas um município cada.

    Até o momento, o sistema aponta que já foram reconhecidos pelo governo federal a situação de emergência por incêndio florestal em 12 municípios em Mato Grosso do Sul. Os demais processos ainda estão em andamento para que os gestores possam ter acesso aos recursos públicos federais para medidas emergenciais.

    A instituição estima um prejuízo de R$ 10 milhões em assistência médica emergencial para a saúde pública, que ainda pode crescer com impactos causados pela exposição da população à fumaça.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Saúde pede que população evite exposição à fumaça e atividades físicas

    Saúde pede que população evite exposição à fumaça e atividades físicas

    Em meio ao segundo dia consecutivo de forte nevoeiro em diversas regiões brasileiras, proveniente da fumaça de incêndios registrados no Norte e no Sudeste do país, o Ministério da Saúde orientou que a população evite, ao máximo, a exposição ao ar livre e a prática de atividades físicas.

    A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, Agnes Soares, alertou que o risco é maior para crianças e idosos, além de pessoas com doenças prévias, como hipertensos e diabéticos. Outro grupo que deve se manter vigilante é o de pessoas com alergias e problemas respiratórios, como asma e bronquite crônica.

    Segundo Agnes, essas populações reagem de forma mais rápida e intensa à contaminação por fumaça. Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (26), ela destacou que, caso haja extrema necessidade de circular em ambientes abertos, que as pessoas utilizem alguma forma de proteção, como máscaras e bandanas de tecido.

    Os possíveis sintomas da exposição à fumaça, de acordo com a secretária, incluem ardência nos olhos, irritação na garganta e sensação de fechamento da laringe, além de manifestações mais sérias e que podem sinalizar que o pulmão foi afetado, como o chiado característico da bronquite. Pessoas mais sensíveis podem fazer uso de máscaras que permitem a filtração de partículas finas do ar.

    Alerta

    Segundo Agnes, a maioria dos episódios em saúde associados à exposição à fumaça envolvem doenças e queixas respiratórias. Entretanto, pessoas com problemas cardíacos e hipertensão, por exemplo, apresentam risco aumentado de infarto e acidente vascular cerebral (AVC) nos dias que se seguem após o início dos incêndios.

    “Se o episódio [de dispersão da fumaça] dura de três a quatro dias, pode ser mais sério para a população”, alertou.

    Aulas

    Questionada sobre a manutenção das aulas em regiões atingidas pela fumaça, a secretária destacou que não há um marco legal sobre o tema. A recomendação é que os municípios, ao tomarem suas decisões, levem em consideração o risco aumentado para doenças respiratórias, sobretudo em meio a episódios prolongados.

    Agnes lembrou que cenários de umidade relativa do ar muito baixa, por si só, já prejudicam o desempenho dos estudantes e causam desconforto geral. O recomendável, segundo ela, é avaliar caso a caso, determinando desde a redução de atividades físicas até o fechamento das escolas.

    Cuidados

    De acordo com a secretária, não há monitoramento em tempo real de casos de doenças respiratórias e outros quadros advindos da exposição à fumaça registrados em unidades de pronto atendimento (UPAs) e serviços de emergência. Mas já há, segundo ela, relatos de aumento desse tipo de atendimento – sobretudo nas alas de pediatria.

    Os cuidados com crianças incluem evitar ao máximo a exposição prolongada à fumaça e, sempre que possível, garantir o estoque de medicações controladas, além de promover hidratação abundante, de forma a garantir que as mucosas se mantenham úmidas.

    “Não é hora de brincar, de andar de bicicleta, de pular corda. Para os idosos, a mesma questão: não é o momento de sair pra fazer atividades que não sejam estritamente necessárias. Se precisar sair, use proteção, como máscaras e bandanas, para reduzir o contato com partículas nas vias respiratórias.”

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