Tag: INCÊNDIOS FLORESTAIS

  • Pantaneiros participam de capacitação de enfrentamento aos incêndios florestais

    Pantaneiros participam de capacitação de enfrentamento aos incêndios florestais

    O 1° Pelotão Independente do Corpo de Bombeiros Militar (CBM-MT), localizado na cidade de Poconé (104 km de Cuiabá), inicia nesta quarta-feira (21) mais um ciclo de capacitação dos pantaneiros da região. A ideia é orientar moradores com as práticas das principais técnicas de ações preventivas aos incêndios florestais na região do portal Pantanal mato-grossense.

    O encontro, que está sendo realizado na Estância Vitória (Rodovia Transpantaneira Km 33), reúne uma turma de 15 pantaneiros de fazendas, chácaras e sítios da região.  Durante dois dias será realizado o nivelamento piloto, uma troca de experiências e repasse de informações do local sobre toda a situação das queimadas.

    De acordo com as informações repassadas pelo comandante do 1° Pelotão Independente do CBMMT, tenente Thiago Soares, no primeiro dia de capacitação, os monitores do CBM com experiência no combate a incêndios repassam o conhecimento teóricos que “inclui o início do fogo, básico do incêndio florestal, tipos de combate; direto e indireto, organização de pessoas e atendimento hospitalar”.

    No segundo dia de curso, os pantaneiros vivenciam situações práticas, experiências de pequenas queimadas. Um ato intencional realizado em um espaço seguro pelos bombeiros para os ensinamentos das “características do fogo para demonstrar alguns pontos teóricos na situação real”, preparando os pantaneiros para realizar ações de combate, caso o fogo se aproxime de seus estabelecimentos, casas ou propriedades.

    Embora os incêndios florestais só ocorram no segundo semestre do ano, período da seca, ações planejadas já estão em construção com objetivo de resultar em queda no número de focos de incêndio em Mato Grosso.

    O número limitado de 15 pessoas é para garantir a segurança de todos com o distanciamento social e os demais protocolos de prevenção da Covid-19. Essas capacitações servirão de base para nivelar, até o final de maio, mais de 300 pantaneiros.  A realização desses cursos conta com apoio direto do Órgão Estadual de Proteção e Defesa Civil, Sindicato Rural e da Prefeitura Municipal de Poconé.

    A execução de mais uma etapa da capacitação, faz parte do Plano de Operações para a Temporada de Incêndios Florestais (POTIF 2021) e tem o objetivo de posicionar equipes de militares para promover ações preventivas para minimizar os impactos dos desastres ocasionados pelos incêndios no Pantanal.

  • Cientistas e deputados sugerem medidas emergenciais e preventivas para o combate aos incêndios florestais

    Cientistas e deputados sugerem medidas emergenciais e preventivas para o combate aos incêndios florestais

    Bombeiros do Mato Grosso durante combate a queimadas no Pantanal

    Os especialistas debateram com os deputados sobre o controle e o manejo integrado do fogo nos vários biomas brasileiros. A ação imediata é apagar incêndios. O coordenador da frente parlamentar, deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), avalia o tamanho desse desafio para o poder público e a sociedade civil.

    “O Brasil não está preparado para os incêndios florestais: são quatro ou cinco aeronaves enquanto o país tem metade do território com florestas, orçamento contingenciado, teto de gastos e todo mundo trabalhando no limite”, afirmou. “Precisamos do apoio dos vizinhos, como Bolívia e Paraguai, e unir o Mercosul nessa causa.” Segundo Agostinho, um dos projetos prioritários para votação no Congresso Nacional é o que estabelece uma política nacional de manejo integrado do fogo.

    Essa proposta (PL 11276/18) prevê medidas para reduzir o impacto dos incêndios florestais e do uso indevido ou não autorizado do fogo na vegetação. Rodrigo Agostinho também incluiu na lista o projeto PL 1974/20, da deputada Bia Cavassa (PSDB-MS), que aumenta a pena para o crime de incêndio em mata ou floresta.

    Orientações aos pantaneiros
    O diretor do Instituto do Homem Pantaneiro, Coronel Ângelo Rabelo, se queixou das políticas públicas para o Pantanal e da falta de diálogo entre governantes e cientistas. Rabelo sugeriu a criação de um grupo permanente para elaborar alertas e orientações aos pantaneiros quanto à prevenção de secas e enchentes severas.

    “Nós não temos preparação nem capacidade financeira e operacional para enfrentar o que estamos enfrentando. Há fatores climáticos mostrados pela ciência e que são indiscutíveis. No Pantanal, os brigadistas são contratados a partir de julho, mas eu estou combatendo o fogo desde fevereiro. Nós perdemos 1 milhão de hectares no Mato Grosso do Sul”, lamentou.

    Incêndios no Pantanal

    Degradação ambiental
    Especialista em Amazônia, Erika Berenguer é pesquisadora das universidades britânicas de Oxford e Lancaster. Ela apresentou estudos sobre o impacto da degradação ambiental no aumento dos níveis das emissões de gases do efeito estufa e o lento processo de regeneração florestal após as queimadas. Erika Berenguer fez cinco sugestões de enfrentamento desses problemas.

    “Criação de um sistema de previsão de secas extremas associado a alerta e monitoramento de incêndios em tempo real; fortalecimento e expansão de programas de sistemas agrícolas alternativos às queimadas; criação de incentivos ao manejo madeireiro de impacto reduzido; fortalecimento dos comitês estaduais de gestão do fogo; e, por último, a redução imediata das atuais taxas de desmatamento”.

    Manejo do fogo
    Assessora técnica do Instituto Sociedade, População e Natureza (Ispn), Lívia Carvalho mostrou resultados positivos de um projeto australiano de redução das emissões de gases do efeito estufa por meio do manejo do fogo em regiões de savana.

    “Eles conseguiram reduzir 50% das áreas queimadas por incêndio, evitaram a emissão de 10 milhões de toneladas de gases do efeito estufa e têm um lucro anual de 65,7 milhões de dólares com o programa”, explicou.

  • Ciman faz balanço das ações de enfrentamento aos incêndios florestais

    Ciman faz balanço das ações de enfrentamento aos incêndios florestais

    Nesta sexta-feira (28/08), foi realizada a 2ª Reunião Ordinária do CIMAN (Comitê Temporário Integrado Multiagências de Coordenação Operacional do Estado de Mato Grosso) que teve como objetivo apresentar as ações que vêm sendo realizadas no enfrentamento dos Incêndios Florestais no estado e um balanço deste primeiro mês de atuação.

    Estiveram representadas na reunião o Exército Brasileiro, SEMA, SESP Defesa Civil de MT, Polícia Militar Ambiental, POLITEC, ICMBIO, DEMA, ROTA OESTE, FUNAI, SESC PANTANAL e ABIN. A reunião aconteceu na Secretaria de Segurança Pública do estado (SESP-MT).

    Na ocasião, foram apresentadas os trabalhos realizados até o momento, tais como balanços, ações realizadas e resultados obtidos pelos órgãos que têm atuado em parceria com o CBMMT na mitigação dos focos de calor e crimes ambientais.

    O coronel BM Alessandro Borges Ferreira, comandante-geral do CBMMT, ressaltou a importância da reunião, pois dessa forma se pode fazer um levantamento das ações e estratégias utilizadas pelos órgãos, a avaliação dos resultados obtidos e ajustes necessários para obtenção do êxito na missão. Ressaltou também os resultados que estão sendo alcançados evidenciam o comprometimento de todos e a importância da integração entre as forças municipais, estaduais e federais, que atuam para a mitigação dos danos ambientais.