Tag: incêndio no Pantanal

  • Ministros em Mato Grosso: preocupação com os incêndios florestais no Estado

    Ministros em Mato Grosso: preocupação com os incêndios florestais no Estado

    O governador Mauro Mendes e os ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, se reúnem nesta quarta-feira (16.09), no hangar do Ciopaer, no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, para tratar de medidas de combate aos incêndios florestais no Estado.

    Após a reunião, eles atenderão a imprensa em entrevista coletiva, por volta das 13h30. A visita dos ministros estava prevista para terça-feira (15.09), porém por problemas na aeronave, eles não chegaram a pousar no Estado.

    Na segunda-feira (14.09), o governador assinou decreto de calamidade para acessar recursos e contratos de emergência. Essa iniciativa irá oportunizar dobrar também os equipamentos empregados nas ações e ampliar a proteção à fauna e flora do Estado.

    Atualmente, a estrutura de pessoal utilizada em todo o Estado para o combate aos incêndios florestais é de 2.500 profissionais, entre Forças de Segurança, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, voluntários e Exército Brasileiro. Além disso, são seis aeronaves atuando no combate ao fogo, 3 helicópteros, maquinário e veículos de apoio oficiais e de voluntários, em um total de 40 equipes.

  • Deputados e senadores farão diligência in loco no Pantanal

    Deputados e senadores farão diligência in loco no Pantanal

    Representantes do Congresso Nacional deverão visitar o bioma no próximo final de semana. Objetivo é cobrar do governo federal que assuma a coordenação do combate ao fogo

    Deputados e deputadas federais da Frente Parlamentar Ambientalista e senadores e senadoras farão diligência a partir de sábado (19) no Pantanal de Mato Grosso, na região de Poconé. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (14), em reunião virtual da Frente, que foi coordenada pela deputada federal Professora Rosa Neide (PT-MT) e pelo deputado federal Nilto Tatto (PT-SP). O encontro reuniu mais de 59 pessoas, entre autoridades estaduais, federais, ambientalistas, pesquisadores e moradores do bioma.

    Professora Rosa Neide destacou que as queimadas no Pantanal estão fora de controle. “Mais de 10% da área do bioma já foi varrido pelo fogo, dizimando a fauna e a flora e as chamas seguem sem controle, por isso a necessidade urgente da união de esforços das autoridades nos três níveis e de toda sociedade pelo combate aos incêndios e por planejamento e prevenção”, disse.

    Nesse sentido, o deputado Nilto Tatto informou que além da diligência, parlamentares da Frente se reunirão o mais rápido possível com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para solicitar a criação de um Grupo de Trabalho (GT) que possa construir ações urgentes como: pedidos de audiências ao Ministério do Meio Ambiente e ao Conselho Nacional da Amazônia, presidido pelo vice-presidente, Hamilton Mourão. “Nessas audiências vamos cobrar que o governo federal assuma seu papel de coordenação nos trabalhos de combate aos incêndios no bioma”, disse o deputado.

    A Frente também encaminhará ao Colégio de Líderes da Câmara, pedido para que a mesa diretora coloque em discussão o Projeto de Lei (PL) 9950/2018, do deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), que dispõe sobre a conservação e o uso sustentável do Bioma Pantanal e dá outras providências.

    Ainda dentro das ações imediatas, a deputada Rosa Neide apresentou nesta segunda-feira na Câmara, Requerimento subscrito pelo presidente da Frente Ambientalista, deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), e pelos deputados: Camilo Capiberibe (PSB-AP), Nilto Tatto e outros, que pede a instalação de Comissão Temporária Externa, destinada a acompanhar e promover estratégia nacional para enfrentar as queimadas em biomas brasileiros.

    Nesse esforço de ações em prol do Pantanal, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso realizará audiência pública na quinta-feira (17), para debater ações estaduais de combate ao fogo.

    Pelo governo de Mato Grosso, a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti destacou na reunião que todos os esforços do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil estão empenhados no combate às chamas, mas reclamou que falta estrutura, equipamentos e aeronaves. “São as maiores queimadas da história do Pantanal. Fizemos planejamento para 2020, mas a demanda foi maior”, disse. Ela destacou ainda, que o governo estadual decretará estado de emergência.

    Falta apoio federal

    Chefe das equipes de brigadistas do Corpo de Bombeiros que estão na linha de frente do combate às chamas, o Coronel Barroso corroborou a fala da secretária e disse que está há 27 anos em Mato Grosso e nunca tinha visto incêndios nesta proporção. “São os maiores incêndios florestais da história. São 150 metros de largura de frentes de fogo com labaredas que alcançam 25 metros de altura. As chamas estão sem controle. Nosso esforço é para proteger a vida humana e salvar os animais. Precisamos de mais estrutura, apoio material e logística para atender os animais. Criamos com a ajuda de voluntários, postos de socorro e contamos com ajuda do hospital veterinário da UFMT”, contou.

    Morador do Pantanal há 45 anos, o senhor Adalberto contou que de fato jamais viu um volume de queimadas nesta magnitude. Nesse sentido destacou que é necessária a ida dos representantes do Parlamento Brasileiro ao bioma para denunciar a situação e para encaminhar soluções imediatas, a médio e longo prazo. “Os parlamentares precisam vir para verem com os próprios olhos a situação e conversar com o povo pantaneiro, com os empresários do turismo e os pesquisadores”, disse. Ele cobrou que o Ministério do Meio Ambiente assuma seu papel na coordenação das ações de combate ao fogo. “O Ministério precisa instalar um gabinete de crise. Hoje não há planejamento nem para as ações imediatas”, denunciou.

    A fala do morador foi corroborada pela deputada Rosa Neide. “O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, veio a Mato Grosso sobrevoou o Pantanal e foi embora sem encaminhar ajuda nenhuma. Cadê o exército? O governo federal precisa encaminhar brigadistas do exército para atuar diretamente no combate às chamas. Não da pra ficar somete com os bombeiros e voluntários”, afirmou a petista.

    O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) também cobrou participação do exército. Ele informou que há apenas 300 brigadistas atuando no Pantanal. “São heróis que estão colocando em risco suas vidas, mas é muito pouco para o tamanho dos incêndios. O exército tem mais de 1.000 brigadistas e precisa apoiar”, afirmou.

    Ações contra desmatadores

    O procurador de Justiça, Luiz Alberto Scaloppe, destacou que o Ministério Público Estadual está em campo acompanhando a situação e proporá ações contra desmatadores ilegais e contra quem colocar fogo de forma criminosa. Ele criticou os governos federal e estadual por falta de planejamento e coordenação para enfrentar os incêndios.

    “Isso que ocorre (no Pantanal) é devido à ausência e falta de coordenação do governo federal e muitas lacunas do governo do Estado. Falta contingente maior do exército. Falta recursos para contratação de mais brigadistas”, disse.

    Scaloppe denunciou que não é apenas o fogo que ameaça o Pantanal, mas também ações deliberadas que visam a drenagem na planície alagada para plantio de monoculturas. “Estamos propondo ações contra a entrada da soja no Pantanal. Para que o governo do Estado não conceda nenhuma licença que permita plantações no bioma”, denunciou.

    O deputado estadual Valdir Barranco (PT) cobrou ajuda dos produtores rurais de Mato Grosso. “Temos que chamar os grandes produtores. O pantanal pode desequilibrar a balança comercial. O mau exemplo que Mato Grosso está dando ao destruir seus três biomas: Pantanal, Cerrado e Amazônia pode impedir a exportação de produtos primários para a Europa e Ásia. Os produtores podem contribuir, eles têm equipamentos e estrutura e precisam ajudar a preservar a natureza”, afirmou.

    A audiência contou ainda com participação de pesquisadores e professores da Unemat e UFMT; do presidente da Comissão de Meio Ambiente da AL, deputado estadual Carlos Avalone (PSDB); do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ); da representante da Rede de Comunidades de Povos Tradicionais do Pantanal, Claudia Sala de Pinho; do cineasta Amauri Tangará; do ativista Leopoldo Filho; de representantes da OAB-MT; e de assessores das bancadas do PT, PSOL, PCdoB e PV.

  • Operação Pantanal 2 recebe suprimentos para combate aos incêndios em Poconé

    Operação Pantanal 2 recebe suprimentos para combate aos incêndios em Poconé

    Na manhã de ontem, segunda-feira (14/09), foi realizada a entrega oficial de materiais e insumos para apoiar as ações de combate a incêndios florestais que atingem o Pantanal. Essa entrega contempla a Operação Pantanal 2, que visa diminuir e extinguir os focos de calor que atingem toda a região pantaneira em Poconé.

    Os recursos são oriundos da Defesa Civil Nacional e destinados diretamente ao município, que decretou situação de emergência devido as queimadas. Poconé também foi responsável por instruir todo o processo para a compra emergencial desses materiais e insumos, afim de dar aporte a todas as ações até então realizadas no combate aos incêndios florestais no Pantanal Mato-grossense, sendo realizado um trabalho intenso da Defesa Civil do Estado no auxílio para a obtenção do recurso.

    O emprego dos recursos vão desde a locação de caminhão pipa e de pá carregadeira, até a aquisição de combustível, alimentação, contratação de brigadistas e aquisição de retardante (material que impede a rápida propagação do fogo em materiais combustíveis), sendo um montante total de 1 milhão e 50 mil reais. Desse total,  284 mil foram empregados somente para aquisição de retardantes.

    No ato de entrega desses recursos, estiveram presentes a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), por meiodo Comitê de Gestão do Fogo, o Corpo de Bombeiros Militar, a Defesa Civil Estadual, o poder Executivo Municipal e a empresa que fornecerá o material retardante.

  • Aeronaves monitoram o pantanal mato-grossense que está em chamas

    Aeronaves monitoram o pantanal mato-grossense que está em chamas

    O pantanal mato-grossense está sofrendo com as queimadas que tomaram conta da maior planície alagável do mundo. Cinco frentes de trabalho da força-tarefa da Operação Pantanal II estão no local atuando diretamente para conter o incêndio.

    Segundo informações repassadas a imprensa nesta quarta-feira, 09, seis aeronaves são utilizadas para monitorar e reconhecer os novos focos de calor.

    Duas delas foram enviadas nesta quarta-feira (09.09) para possibilitar o lançamento de aproximadamente 30 mil litros de água nas frentes dos incêndios que avançam da porção Sul do Parque Encontro das Águas e nas proximidades de Porto Jofre, em Poconé (distante 102 km de Cuiabá).

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    Lançamento da Operação Pantanal 2 para combate ao incêndio na região – Foto por: Mayke Toscano/Secom-MT

    É importante destacar que essas cinco frentes de combate são estabelecidas por meio de monitoramento aéreo, por validação das imagens de geomonitoramento e pelas equipes terrestres. Só então os objetivos estratégicos são traçados. Só é possível alcançar as cinco frentes de combate aos incêndios florestais por causa da integração das forças da otimização dos recursos, e da deliberação conjunta que chamamos de comando unificado”, explica o tenente-coronel Bombeiro Militar, Dércio Santos da Silva, coordenador-geral do Ciman/MT.

    Do total de 136 pessoas atuando no combate às chamas, 37 são militares do Corpo de Bombeiros Militar de mato Grosso, 33 militares da Marinha do Brasil, 21 funcionários do SESC, 15 do ICMBio, 14 do IBAMA, 12 militares do CBM de Mato Grosso do Sul e quatro servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

    A operação foi deflagrada no dia 7 de agosto, e desde então empenha esforços para proteção da maior planície alagável do mundo. A região abriga o Parque Encontro das Águas, e Porto Jofre, conhecidas como a maior concentração de onças pintadas do mundo.

     

  • Equipes controlam fogo que consumia área do Pantanal próxima a Corumbá

    Equipes controlam fogo que consumia área do Pantanal próxima a Corumbá

     

    Após quase oito dias ininterruptos em campo, bombeiros, brigadistas e funcionários de fazendas da Serra do Amolar, no Mato Grosso do Sul, conseguiram controlar o incêndio que consumia parte da vegetação pantaneira na região conhecida como Jatobazinho, próxima a Corumbá (MS), e ameaçava uma escola municipal – cujas aulas já tinham sido suspensas devido à pandemia da covid-19.ebc

    Segundo o tenente-coronel Fernando Carminati, do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, as chamas foram controladas, mas as equipes presentes no local seguem monitorando a situação devido ao risco de reignição do fogo, pois a seca atípica que atingiu o Pantanal este ano e o calor do solo em brasas podem contribuir para o ressurgimento do fogo.

    “O fogo está controlado, mas há ainda alguns pontos com muita fumaça. E uma característica do Pantanal é a queima subterrânea de parte da massa vegetal. Com o vento, pode ocorrer a reignição do incêndio. Por isso, durante esta fase de rescaldo, é necessário monitorar a situação”, disse o tenente-coronel, acrescentando que a frente fria que, desde ontem, vem fazendo com que as temperaturas baixem, favoreceu a formação de uma garoa que ajudou as equipes no controle do incêndio.

    Focos de incêndio

    De acordo com o diretor de relações institucional do Instituto Homem Pantaneiro, Angelo Rabelo, ainda há, em outras regiões da Serra do Amolar, cerca de 90 focos de incêndio. Ainda assim, ele comemorou a debelação das chamas que ameaçavam a Escola Jatobazinho – mantida por uma organização não governamental, em parceria com a prefeitura de Corumbá – e que consumiu milhares de hectares da flora.

    “Os aceiros [longas faixas do terreno ao redor das chamas de onde a vegetação é retirada a fim de reduzir o material inflamável e, assim, tentar conter a propagação do fogo] ao redor do fogo permitiram preservar a escola. Pode-se dizer que, no momento, a situação está controlada, mas é importante monitorar [a área próxima à escola] e [combater] os demais focos”, disse Rabelo.

    Distante cerca de três horas de barco de Corumbá, a principal área afetada pelo incêndio fica a cerca de 150 quilômetros do Parque Nacional do Pantanal – unidade de conservação criada em meio ao complexo de áreas protegidas e reconhecidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural da Humanidade.

    A origem do incêndio ainda está sendo investigada – embora tanto Carminati, quanto Rabelo, tenham dito à Agência Brasil não ter dúvidas de que ele foi causado pela ação humana, já que não chovia na região quando o fogo surgiu, não havendo, portanto, chances dele ter sido causado por um raio.

    Apesar de relativamente próximo às margens do Rio Paraguai, as equipes tiveram que recorrer a um carro-pipa e mangueiras, pois devido à seca no Pantanal, a obtenção de água no local foi dificultada. Todo o maquinário pesado empregado teve que ser levado de balsa, pelo Rio Paraguai, até o local, em uma área de difícil acesso.

    Em certos momentos, a fumaça chegou a cruzar o Rio Paraguai e afetar parte dos moradores de Corumbá, de onde, à noite, era possível avistar as chamas ardendo à distância. Para o diretor do Instituto Homem Pantaneiro, o fogo destruiu ao menos 20 mil hectares (cada hectare corresponde, aproximadamente, às medidas de um campo de futebol oficial) de vegetação – informação de que os órgãos oficiais ainda não dispõem.

  • Bombeiros combatem foco de incêndio no Pantanal

    Bombeiros combatem foco de incêndio no Pantanal

    Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul tenta debelar, desde a madrugada de sábado (26), um incêndio no Pantanal. A área afetada localiza-se em uma área situada à margem rodovia BR-262, entre os municípios de Corumbá e Miranda. Ao todo, dez homens foram destacados para a missão.

    Segundo o sargento André Marti, ainda não se pode determinar as dimensões da região atingida, embora se estime que seja de, no mínimo, 100 quilômetros. A extensão pode ser maior porque as chamas alcançam a vegetação rasteira e também a copa das árvores, de forma que o fogo acaba se espalhando, explicou Marti. Nesses pontos, as labaredas podem chegar a 5 ou 6 metros de altura e tornam mais difícil o acesso dos bombeiros. O total da área consumida pelo incêndio poderá ser confirmado somente após uma varredura aérea, que está sendo providenciada.

    Em entrevista à Agência Brasil, Marti afirmou que o trecho abrange, majoritariamente, propriedades privadas. Ele disse ainda que a corporação não descarta a hipótese de o incêndio ter caráter criminoso, devido à grande quantidade de focos.

    Até o momento, não há registro de feridos. O fogo, porém, quase atingiu um hotel. Os proprietários do estabelecimento agiram rapidamente, antes mesmo da chegada dos bombeiros, e evitaram que o fogo atingisse o local. “Eles se assustaram com a intensidade do calor”, comentou o sargento.

    A região atingida pelo incêndio encontra-se em um dos mais importantes biomas do mundo, o Pantanal Mato-Grossense. No Pantanal, já foram identificadas quase 2 mil espécies de plantas, muitas delas com potencial medicinal.

    No bioma, também vivem muitas espécies que já estão ameaçadas em outras regiões do Brasil.

    O município de Miranda fica a cerca de 130 quilômetros de Bonito, cidade que ganhou fama por suas belezas naturais.

    Nádia Franco