Tag: Incêndio Florestal

  • Mato Grosso recebe R$ 45 milhões para fortalecer combate a incêndios florestais

    Mato Grosso recebe R$ 45 milhões para fortalecer combate a incêndios florestais

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), destinará R$ 45 milhões para fortalecer o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso no combate e prevenção a incêndios florestais.

    A iniciativa faz parte de um investimento maior de R$ 405 milhões para fortalecer as corporações de bombeiros de toda a Amazônia Legal.

    O que o investimento vai garantir em Mato Grosso?

    Com os recursos, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso poderá:

    • Adquirir um helicóptero e equipamentos: A nova aeronave será fundamental para o combate a incêndios em áreas de difícil acesso.
    • Capacitar profissionais: Bombeiros, brigadistas e técnicos receberão treinamento especializado para agir de forma eficiente em situações de emergência.
    • Sensibilizar a população: Serão realizadas campanhas educativas para conscientizar a população sobre a importância da prevenção de incêndios.
    • Ampliar a estrutura: Serão construídas bases temporárias de pouso e decolagem para facilitar as operações de combate a incêndios.
    • Contratar bombeiros temporários: Aumentar o efetivo permitirá uma resposta mais rápida e eficaz em casos de incêndio.
    • Implementar brigadas florestais: Em parceria com municípios, serão criadas brigadas florestais para atuar em regiões mais remotas.

    Os incêndios florestais são uma grave ameaça à Amazônia e ao meio ambiente. O investimento do BNDES e do MMA é fundamental para fortalecer as ações de prevenção e combate a esses eventos, contribuindo para a preservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida da população.

    Comitê Estadual de Gestão do Fogo em Mato Grosso

    Mato Grosso também deu um importante passo para fortalecer o combate aos incêndios com a criação do Comitê Estadual de Gestão do Fogo. Esse comitê será responsável por coordenar as ações de prevenção e combate a incêndios em todo o estado, definindo normas e procedimentos para garantir maior eficiência.

    Com o investimento do BNDES e a criação do Comitê Estadual de Gestão do Fogo, Mato Grosso está mais preparado para enfrentar o desafio dos incêndios florestais. A expectativa é que as ações implementadas reduzam significativamente o número de incêndios e seus impactos ambientais e sociais.

  • Mato Grosso endurece combate a incêndios: 112 indiciados e R$ 74,5 milhões em multas em 2024

    Mato Grosso endurece combate a incêndios: 112 indiciados e R$ 74,5 milhões em multas em 2024

    O Governo de Mato Grosso intensificou o combate aos incêndios florestais em 2024, com resultados expressivos nas ações de fiscalização e punição.

    Segundo a delegada Liliane Murata, da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), já foram indiciadas 112 pessoas por colocar fogo em florestas, plantações e áreas urbanas.

    “Neste ano, já prendemos 20 pessoas em flagrante e temos 112 pessoas indiciadas pelo crime de incêndio, além de 122 inquéritos instaurados”, afirmou a delegada durante o podcast MT Conectado. “Todos os órgãos estão bem equipados para identificar, saber como foi a evolução do fogo e prender os responsáveis por degradar o meio ambiente com o fogo. A pessoa que cometeu este crime não sairá impune. É tolerância zero!”, completou.

    Corpo de Bombeiros de Mato Grosso também atua

    Brasília (DF), 16/09/2024 - Grandes focos de incêndio atingem áreas do Parque Nacional de Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
    Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Além da Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso também tem desempenhado um papel fundamental no combate aos incêndios. A corporação é a única do país que aplica multas por uso irregular do fogo. Neste ano, já foram aplicados R$ 74,5 milhões em multas e mais de 20 máquinas apreendidas.

    “Usar fogo na zona urbana durante o ano todo é proibido. Já nas áreas rurais, é permitido apenas quando há autorização do órgão ambiental. Só que com o decreto em vigor, todas as autorizações são revogadas. Estamos passando pela pior seca dos últimos 44 anos, então qualquer uso do fogo pode resultar em grandes incêndios florestais. Por isso, é preciso que a população respeite o período proibitivo”, alertou um oficial do Corpo de Bombeiros.

  • Engenheiro é solto após pagar fiança por causar incêndios no Norte de Mato Grosso

    Engenheiro é solto após pagar fiança por causar incêndios no Norte de Mato Grosso

    Um engenheiro, preso em flagrante por atear fogo em uma propriedade rural em Sorriso, Mato Grosso, foi liberado após pagar apenas 5,3% do valor da fiança estabelecida pela Justiça. A decisão gerou grande repercussão e críticas, especialmente em meio à grave crise de incêndios florestais que assola o estado.

    Câmeras de segurança flagraram o engenheiro nas proximidades do incêndio, reforçando as evidências contra ele. No entanto, a Justiça decidiu reduzir o valor da fiança de R$ 15 mil para apenas R$ 800, após o advogado de defesa alegar que o acusado estava desempregado.

    A decisão judicial gerou polêmica, uma vez que a soltura do engenheiro, um profissional com formação e conhecimento sobre os impactos ambientais, envia uma mensagem equivocada à sociedade, minimizando a gravidade do crime ambiental. Especialistas alertam que a impunidade incentiva a prática de queimadas criminosas, que causam danos irreparáveis ao meio ambiente e à saúde da população.

    O incêndio em Sorriso ocorreu no último domingo (8) e foi rapidamente contido pelas equipes do Corpo de Bombeiros. As imagens das câmeras de segurança foram cruciais para identificar o engenheiro, que foi preso em flagrante.

    Durante a audiência de custódia, o juiz plantonista determinou a soltura do acusado mediante o pagamento da fiança e o cumprimento de algumas condições, como comparecer a todos os atos do processo. No entanto, a juíza de plantão que analisou o caso posteriormente decidiu reduzir o valor da fiança, alegando as condições financeiras do engenheiro.

    A onda de queimadas em Mato Grosso

    Mirante do Centro Geodésico
    Foto: @CenárioMT

    Mato Grosso enfrenta uma das piores crises de incêndios florestais dos últimos anos. A estiagem prolongada e a prática de queimadas criminosas têm contribuído para a devastação de vastas áreas de vegetação.

    O estado concentra um grande número de focos de incêndio, colocando em risco a biodiversidade, a qualidade do ar e a vida das comunidades locais. A soltura de suspeitos de incêndio criminoso, como o caso do engenheiro, pode agravar ainda mais a situação e dificultar o combate às queimadas.

  • Três onças foram encontradas mortas devido ao fogo no Pantanal

    Três onças foram encontradas mortas devido ao fogo no Pantanal

    O fogo que consome o Pantanal já causou a morte de, pelo menos, três onças-pintadas, de acordo com o biólogo Gustavo Figueiroa, que atua na linha de frente do enfrentamento às queimadas pela rede Brigadas Pantaneiras.

    Na última segunda-feira (5), a localização de dois filhotes encontrados carbonizados comoveu as equipes que trabalham na conservação e recuperação do bioma. Os animais foram encontrados no município de Aquidauana, em Mato Grosso do Sul, e a terceira onça morta pelo fogo foi encontrada na propriedade do Recanto Ecológico Caiman, em Miranda, cerca de 75 quilômetros de distância de Aquidauana, informou o biólogo.

    “A onça é um predador topo de cadeia, é um animal que é superimportante para o ambiente, além de ser super ágil – consegue fugir, nadar, escalar árvore. E quando você vê onças sendo queimadas, imagina todo o resto da fauna que é muito mais lenta e menos ágil”, explica.

    A onça-pintada é considerada a rainha do Pantanal Mato-grossense, sendo o maior felino da América do Sul.
    Onça – Fotos do Canva

    O estudo Respostas de mamíferos neotropicais a megaincêndios no Pantanal brasileiro, publicado em abril deste ano pelo periódico científico Global Change Biology, apontou que no incêndio de 2020, o maior já registrado no bioma, as onças-pintadas foram as únicas das oito espécies investigadas (jaguatiricas, pumas, queixadas, tatu-canastra, cutia, veado-mateiro e antas) que não sofreram redução em suas populações, por causa da capacidade migratória. No entanto, os pesquisadores alertaram que “a crescente frequência e gravidade dos incêndios causados pelo homem provavelmente terão efeitos deletérios na distribuição e persistência das espécies.”

    O tatu-canastra, por exemplo, foi apontado como uma das espécies mais suscetíveis aos danos causados pelo fogo, por já ter populações reduzidas, com lentas taxas de reprodução e pela dificuldade de fugir das queimadas. “Tatus-canastras buscam refúgio em tocas durante incêndios florestais, e os megaincêndios provavelmente causaram alta mortalidade devido à temperatura elevada do solo e à inalação de fumaça”, sugeriu o estudo.

    A antecipação do período de seca, provocado pela mudança climática e a intensidade das queimadas neste ano já ultrapassa em números o quadro de 2020, quando 43% do bioma foi queimado, atingindo a vida silvestre em massa.

    “É um impacto gigantesco porque é uma fauna que vem sofrendo ao longo dos últimos anos, com esses incêndios repetidos e constantes e essa resiliência vai sendo perdida. Então, muitas espécies têm um declínio populacional e é possível que tenha extinções locais”, afirma Gustavo.

    O biólogo conta que no combate às queimadas no Pantanal as brigadas enfrentam muitas dificuldades, principalmente para acessar algumas áreas, como as de vegetação mais alta. Nessas regiões são aplicadas técnicas como o uso de aceiros, nos quais se retira a vegetação em faixas para interromper a propagação do fogo, e da queima de expansão, que é o contrafogo.

    Outro desafio apontado por Figueiroa é a atual condição climática. “Durante essas ondas de calor, com essa secura, fica muito fácil para o fogo se alastrar, mesmo em áreas que a gente já combateu, já controlou o fogo. Dependendo do vento e da temperatura, muitas dessas brasas reacendem e podem ser jogadas para áreas que não queimaram ainda e isso dificulta muito o trabalho”.

    Reserva

    O Recanto Ecológico Caiman, onde uma das onças-pintadas morreu, é uma área com 53 mil hectares no Pantanal, que promove o ecoturismo como instrumento de conservação do bioma, por meio de atividades como safári fotográfico, monitoramento de espécies e educação ambiental. No local, 5,6 mil hectares constituem a Reserva Particular do Patrimônio Natural Dona Aracy, onde fauna e flora permanecem livres, inclusive, do uso sustentável.

    Segundo a instituição, 80% do recanto já foi atingido pelo fogo no mês de julho e as atividades de ecoturismo foram suspensas até o final de setembro. “Nossa prioridade e nosso propósito são – e sempre foram – a conservação da fauna e da flora, as milhares de espécies que encontram aqui uma morada segura”, informou por meio de nota.

    Resgate

    De acordo com o Governo de Mato Grosso do Sul, o Grupo de Resgate Técnico Animal do Pantanal (Gretap) atua com 30 profissionais especializados em salvamento da fauna silvestre nas diversas frentes que trabalham no enfrentamento aos focos de fogo. Os animais resgatados que precisam de cuidados são encaminhados aos centros de reabilitação de Corumbá e Campo Grande.

    No último boletim divulgado nessa terça-feira (6), pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, até o último domingo (4), 564 animais silvestres foram resgatados

    — news —

  • Corpo de Bombeiros combate incêndio de grandes proporções em Lucas do Rio Verde

    Corpo de Bombeiros combate incêndio de grandes proporções em Lucas do Rio Verde

    Na tarde de ontem, terça-feira (06/08), o 13º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar (CBMM) de Lucas do Rio Verde enfrentou um desafiador combate a um incêndio florestal de grandes proporções na região do Morocó, na Fazenda Rio Verde.

    A guarnição, composta por três bombeiros militares e duas viaturas (ABTs e BMM), foi acionada para atender a ocorrência e rapidamente se deslocou ao local. Diante da magnitude do incêndio, a equipe adotou uma tática de combate mais abrangente, dividindo-se em duas equipes para atuar em diferentes pontos do perímetro.

    A viatura BMM concentrou seus esforços nas áreas adjacentes ao perímetro florestal, enquanto a viatura ABTS atuou no combate e extinção de 50% de um trator que estava em chamas às margens da rodovia.

    Ao longo de quatro horas de intenso trabalho, os bombeiros militares, em conjunto com brigadistas das fazendas vizinhas, utilizaram uma variedade de equipamentos, como sopradores, kits de combate e mangotinhos, para controlar as chamas e evitar a propagação do fogo.

    O incêndio consumiu aproximadamente 100 hectares de área, incluindo lavoura de milho e área florestal, demonstrando a gravidade da situação.

    A operação contou com uma logística complexa, envolvendo: 01 viatura ABTS; 01 viatura BMM; 03 bombeiros militares; 03 brigadistas; 03 uniportes; 05 caminhões pipa; 05 tratores; 30 funcionários

    A sinergia entre os equipamentos e a colaboração dos funcionários das fazendas vizinhas foram fundamentais para o sucesso da operação.

    Prevenção e combate a incêndios:

    O Corpo de Bombeiros Militar alerta para a importância da prevenção de incêndios, especialmente durante o período de estiagem. A população deve redobrar a atenção e evitar ações que possam gerar focos de incêndio, como queimadas e descarte inadequado de materiais inflamáveis.

    Em caso de incêndio, a orientação é acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros através do número 193.

  • Lula sanciona política para uso controlado do fogo

    Lula sanciona política para uso controlado do fogo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (31) a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que traz uma abordagem planejada e coordenada para usar o fogo de forma controlada, visando prevenir e combater incêndios florestais, conservar ecossistemas e respeitar práticas tradicionais. O texto impõe medidas para disciplinar o uso do fogo no meio rural, principalmente entre as comunidades tradicionais e indígenas, e prevê a sua substituição gradual por outras técnicas.

    O ato ocorreu durante a visita de Lula a Corumbá, no Mato Grosso do Sul. De 1º de janeiro a 28 de julho, o município concentrou 67,3% dos 4.553 focos de calor no Pantanal, que enfrenta a seca mais grave em 70 anos, intensificada pela mudança do clima. O presidente sobrevoou áreas queimadas e conversou com brigadistas que atuam no combate às chamas.

    Lula disse que a lei será um marco no combate a incêndios no Brasil e destacou a importância do trabalho conjunto entre governo federal, estaduais e municipais. Ele também falou sobre a importância do Pantanal para o Brasil. “Um país que tem um território como o Pantanal e a gente não cuida disso, esse país não merece o Pantanal. O Pantanal é um patrimônio da humanidade, pela diversidade de coisas que tem aqui”, disse.

    Vestido com roupas de brigadistas, Lula contou que ficou emocionado vendo os profissionais tentando apagar o fogo. “Muitas vezes, do nosso gabinete em Brasília, a gente não tem noção do que é um brigadista. E eu tive o prazer hoje de ver um brigadista de carne e osso, um cidadão igual a mim, que tem a missão nobre de apagar o fogo que a natureza trouxe ou que algum inimigo trouxe”, disse o presidente.

    Até 29 de julho, foram registrados 82 incêndios no Pantanal; 45 foram extintos e 37 estão ativos, dos quais 20 controlados (quando o fogo está cercado por uma linha de controle). Em apoio às equipes locais, o governo federal tem 890 profissionais em campo, entre integrantes das Forças Armadas, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Federal. São 15 aeronaves em operação, entre aviões e helicópteros, e 33 embarcações.

    A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez um apelo para que o fogo não seja provocado na região. “Se não parar de colocar fogo, não tem quantidade de pessoas e equipamento que vença. O que pode fazer a diferença é parar de atear fogo no Pantanal”, disse.

    Usos do fogo

    Aprovada pelo Congresso Nacional, a nova política nacional proíbe a prática de colocar fogo como método de supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo, exceto quando há queima controlada dos resíduos de vegetação. Para práticas agropecuárias, o uso do fogo será permitido apenas em situações específicas, de acordo com as peculiaridades das localidades.

    Também será permitido utilizar o recurso nos seguintes casos: pesquisa científica aprovada por instituição reconhecida; prática de prevenção e combate a incêndios; cultura de subsistência de povos indígenas, comunidades quilombolas ou tradicionais e agricultores familiares; e capacitação de brigadistas florestais.

    O texto define os tipos de queimada como controlada e prescrita. A primeira é a usada para fins agropecuários em áreas determinadas e deverá constar em plano de manejo integrado do fogo, com autorização prévia dos órgãos competentes. A autorização poderá ser dispensada para fins de capacitação em manejo integrado do fogo, desde que a área queimada não ultrapasse 10 hectares e esteja de acordo com as diretrizes do Comitê Nacional de Manejo, que ainda será criado.

    Já a queimada prescrita ocorre com planejamento e controle do fogo para fins de conservação, pesquisa ou manejo dentro do plano integrado. É o que ocorre, por exemplo, no controle de espécies exóticas ou invasoras. Essa modalidade também exige autorização prévia.

    No caso de práticas agropecuárias, o texto prevê ainda a possibilidade de que o órgão competente estabeleça critérios para concessão de autorização por adesão e compromisso, que também deverá seguir todos os requisitos ambientais e de segurança estabelecidos na política. Além disso, os proprietários de áreas contíguas poderão fazer manejo do fogo de forma solidária, em que ambos respondem pela operação, caso o local tenha até 500 hectares.

    A autorização dessas queimas poderá ser suspensa ou cancelada pelo órgão competente em algumas situações, como no caso de risco de morte, danos ambientais ou condições meteorológicas desfavoráveis ou descumprimento da lei.

    Áreas protegidas

    Se a queimada for para agricultura de subsistência exercida por povos indígenas, povos quilombolas e comunidades tradicionais, conforme seus costumes e tradições, o projeto não exige autorização. Ainda assim, haverá exigências, como acordo prévio com a comunidade residente e comunicação aos brigadistas florestais responsáveis pela área, além de ocorrer apenas em épocas apropriadas.

    A implementação da política de manejo integrado nas terras dessas populações deverá ser feita pelo Ibama, em parceria com a Funai, Fundação Cultural Palmares, Incra e Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União.

    Quando o órgão ambiental autorizar a queima controlada em áreas limítrofes a terras indígenas ou territórios quilombolas e nas zonas de amortecimento de Unidades de Conservação (UCs), ele deverá informar aos órgãos gestores respectivos. Se houver sobreposição de Terras Indígenas, territórios quilombolas e UCs, o manejo integrado do fogo deverá ser planejado para compatibilizar os objetivos, a natureza e a finalidade de cada área protegida.

    O texto também cria instâncias intergovernamentais para gerenciar respostas a incêndios nas vegetações. Brigadas voluntárias e particulares deverão se cadastrar junto ao Corpo de Bombeiros do estado em que atuarão. Caberá ao Ministério do Meio Ambiente a organização de um cadastro nacional de brigadas florestais.

    Nas situações em que os bombeiros militares atuem em conjunto com brigadas florestais, a coordenação e a direção das ações caberão à corporação militar, exceto se as operações ocorrerem em terras indígenas, quilombolas e outras áreas sob gestão federal.

    Edição: Valéria Aguiar

    — news —

  • Fazendeiro é preso por incêndio florestal em Mato Grosso

    Fazendeiro é preso por incêndio florestal em Mato Grosso

    Um fazendeiro foi preso após a polícia detectar um incêndio florestal em sua propriedade, localizada no município de Itiquira-Mato Grosso. A prisão foi resultado de uma denúncia formalizada pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itiquira, após um alerta da plataforma Global Forest Watch, que identificou focos de calor e incêndios ativos na propriedade de Taniguti. A informação foi corroborada pelo Laboratório Global Land Analysis and Discovery (GLAD) da University of Maryland, que analisou imagens de satélite e confirmou o incêndio no imóvel rural.

    A equipe da 2ª Companhia Ambiental da Polícia Militar de Rondonópolis se deslocou até a Fazenda das Palmeiras por volta das 15h50 para verificar a denúncia. No local, os policiais constataram a existência de queimadas recentes em andamento, com vestígios de fogo e fumaça ainda visíveis. Não havia moradores na propriedade no momento da inspeção.

    Após a constatação, a guarnição buscou informações nas propriedades vizinhas e identificou o fazendeiro como o proprietário da área. Ele afirmou que havia adquirido a propriedade recentemente, mas não pôde apresentar documentos que comprovassem a transação.

    O fazendeiro declarou desconhecer qualquer atividade de queimada em sua propriedade e disse que soube do incêndio apenas pela visita da equipe do Corpo de Bombeiros Militar, que havia fiscalizado a área mais cedo.

    Diante das evidências e da negativa do proprietário, a equipe da Polícia Militar informou-o sobre o crime ambiental pelo qual estava sendo acusado. O fazendeiro foi preso e conduzido à Delegacia de Polícia de Itiquira para os procedimentos legais. Ele realizou o deslocamento em seu próprio veículo e foi entregue à autoridade policial sem lesões corporais.

  • Após força-tarefa em Terra Indígena no Pantanal de Mato Grosso incêndio é controlado

    Após força-tarefa em Terra Indígena no Pantanal de Mato Grosso incêndio é controlado

    Os militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso (CBMT) conseguiram conter o incêndio florestal de média proporção na Terra Indígena Baía dos Guató, região do Pantanal em Barão de Melgaço. Na última sexta-feira (23.07), uma equipe de oito soldados realizaram uma força-tarefa no local de difícil acesso, com a retirada de material combustível dos pontos considerados eminentes ao fogo e análise do campo.

    Segundo informações do comandante do 1°Pelotão Independente do CBMT, tenente Thiago Soares, “durante todo o dia foram separados os materiais das bordas que poderiam servir como fonte para um novo incêndio”. Além disso, foi detectado uma área de vegetação verde e úmida ao redor do local onde estava o incêndio, uma barreira natural que impediu a propagação das chamas. Ele reforçou que não há mais incêndio subterrâneo e os trabalhos continuam.

    Baía dos Guató

    Como forma preventiva, o CBM vai monitorar via satélite, além de fazer sobrevoos uma vez por semana, para verificar a situação do solo. O relatório aponta que apenas uma área de 200 hectares foi consumida pelas chamadas. No último final de semana, não foi detectado nenhum novo foco de incêndio ou fumaça no local.

    É segunda vez que foi registrado incêndio no mesmo local, decorrente de um fenômeno natural do Pantanal, ocasionado pelas (turfas; uma espécie de carvão primário criando de vegetação compactada no solo) possibilitando a formação de pequenas brasas que se intensificaram com o atual clima seco na região.

    Para realizar essa missão, o CBM contou com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), além do Sesc Pantanal, que disponibilizou helicópteros para deslocar os militares e equipamentos de trabalho.

     

  • Perícia afirma que incêndio no Pantanal mato-grossense foi intencional

    Perícia afirma que incêndio no Pantanal mato-grossense foi intencional

    O governo do Mato Grosso divulgou resultados das perícias em cinco áreas da região do Pantanal, ao sul do estado, onde ainda ocorrem incêndios florestais. Em nota, o governo afirma que há danos provocados por ação humana intencional.

    De acordo com o Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT), na Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal (RPPN) – região de Barão de Melgaço, o incêndio foi provocado com o propósito de queimar a vegetação desmatada “para criação de área de pasto para gado.”

    Em outro local, denominado Fazenda São José, o fogo começou por causa da “queima de raízes para o uso de fumaça a fim de retirar os favos de mel”, em uma área onde se costuma fazer extração de mel de abelhas silvestres.

    A perícia diagnosticou também causas acidentais. Na Fazenda Espírito Santo, a máquina agrícola que fazia limpeza de área e juntava o material colhido para fazer feno “pegou fogo e começou o incêndio na região.”

    Na Rodovia Transpantaneira, a causa do incêndio florestal foi um veículo que pegou fogo, após acidente no qual despencou do barranco próximo a uma ponte na estrada. Na Rodovia Helder Cândia, um cabo de alta tensão se rompeu e as faíscas provocaram o incêndio.

    A apuração das razões dos incêndios havia sido prometida pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes.

    “A Secretaria estadual do Meio Ambiente tem tecnologias suficientes para identificar minuto a minuto o que acontece no estado de Mato Grosso. Uma região de incêndios dessa nós recuperamos as imagens do Sistema Planet, e nós vamos ter imagens que podem demonstrar quando o fogo começou, aonde ele começou, em que ponto começou”, disse Mendes após fazer vistoria aérea do local no dia 18 de agosto.

    De acordo com a Lei nº 9.605/1998, é crime “provocar incêndio em mata ou floresta” com pena de “reclusão, de dois a quatro anos, e multa”.

    Operação Pantanal

    Desde 5 de agosto, o Ministério da Defesa estendeu a Operação Pantanal que se dedicava ao combate aos incêndios no Mato Grosso do Sul para o Mato Grosso. Equipes e veículos das Forças Armadas, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Corpo de Bombeiros epanta brigadistas atuam no combate ao fogo.

    Na última quinta-feira, 182 militares e 139 agentes atuaram contra três focos de incêndio em Porto Jofre e Hotel Pantanal Mato Grosso, no município de Poconé (MT). Eles também debelaram dois focos de incêndio nas localidades de Fazenda Santa Maria e Fazenda Rio Novo, em Barão de Melgaço.

    Cerca de 1,7 milhão de hectares devem ter sido destruídos, no Mato Grosso, por causa de incêndios florestais. Além da ação humana, a vegetação seca e o calor potencializam o surgimento de focos de incêndio no estado.

    Edição: Lílian Beraldo