Tag: inadimplência

  • Cartão de crédito, contas de água e luz, e cheque especial lideram inadimplência no Brasil, aponta pesquisa CNDL/SPC Brasil

    Cartão de crédito, contas de água e luz, e cheque especial lideram inadimplência no Brasil, aponta pesquisa CNDL/SPC Brasil

    Os principais fatores que impulsionam a inadimplência no Brasil incluem o cartão de crédito (16%), contas de água e luz (12%) e o cheque especial (10%). Esses dados foram revelados por uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em colaboração com a Offerwise Pesquisas. O estudo entrevistou consumidores inadimplentes há mais de três meses, abrangendo todas as capitais do país.

    A pesquisa também identificou as contas em atraso que resultaram na negativação dos consumidores. Os cartões de crédito (27%), empréstimos em bancos e financeiras (18%) e crediário (15%) são as principais responsáveis por deixar os consumidores com o nome sujo.

    “O consumidor inadimplente tem dívidas significativas com os bancos, que geralmente aplicam juros elevados. É crucial que, ao contratar crédito, ele avalie sua capacidade de pagamento e todas as taxas envolvidas. Para sair dessa situação, é necessário negociar com sabedoria e elaborar um planejamento realista, evitando novos atrasos”, destaca José César da Costa, presidente da CNDL.

    Internet e telefone são prioridades para inadimplentes

    Quando se trata de prioridades de pagamento, a pesquisa mostra que os consumidores inadimplentes dão preferência às contas de uso diário, que podem ter os serviços suspensos: internet (66%) e telefone (60%), seguidas por contas de água e luz (57%), TV por assinatura (50%), cartão de crédito (41%) e plano de saúde (41%).

    Os principais compromissos financeiros dos entrevistados incluem cartão de crédito (84%), contas de água e luz (80%), internet (77%), conta de telefone (75%) e empréstimos em banco ou financeiras (60%).

    Entre as contas que apresentam maior tempo médio de atraso, destacam-se cheques pré-datados (13 meses), mensalidades escolares ou do FIES (12 meses), empréstimos em banco ou financeira (9 meses), cartão de crédito (9 meses) e condomínio (8 meses).

    “A prioridade dada ao pagamento de contas de internet e celular reflete a importância dessas ferramentas na vida cotidiana. O essencial é que o consumidor mantenha um controle rigoroso de seus gastos mensais, garantindo que as contas básicas estejam dentro do orçamento. Registrar todos os compromissos financeiros e planejar inclusive os gastos extras ajuda a manter uma visão clara do quanto se pode gastar”, afirma Merula Borges, especialista em finanças da CNDL.

  • Número de devedores reincidentes cai, mas inadimplência continua alta no Brasil

    Número de devedores reincidentes cai, mas inadimplência continua alta no Brasil

    Dados divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam um cenário de inadimplência preocupante no país. Em julho de 2024, 85,22% das negativações foram de devedores reincidentes, ou seja, pessoas que já haviam sido inscritas no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses.

    Dentre os reincidentes, 61,75% não conseguiram quitar suas dívidas antigas até julho, enquanto 23,48% retornaram ao cadastro após terem resolvido suas pendências nos últimos 12 meses. Apenas 14,78% dos negativados não haviam tido restrições no CPF durante o período analisado, o que indica que são novos devedores.

    Menos reincidentes, mas mais novos inadimplentes

    O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca que, embora haja uma queda no número de reincidentes, o número de inadimplentes se mantém estável, o que indica a entrada de novos devedores. “É essencial que os consumidores adotem uma postura responsável na tomada de crédito, considerando todas as taxas envolvidas antes de assinar qualquer contrato para evitar surpresas no futuro”, alerta Costa.

    O levantamento também mostra que, em média, os consumidores reincidem em suas dívidas após 2,4 meses (72,6 dias) do primeiro atraso. Esse intervalo reflete a dificuldade dos brasileiros em se manterem em dia com seus compromissos financeiros.

    Apesar disso, houve uma redução de 12,45% no número de devedores reincidentes nos últimos 12 meses encerrados em julho de 2024, em comparação com o período anterior. Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil, atribui essa queda à reversão das expectativas em relação à taxa de juros no país, o que encarece o crédito e dificulta o pagamento.

    A faixa etária mais representativa entre os devedores reincidentes é a de 30 a 39 anos, que corresponde a 26,58% do total. Em relação ao gênero, as mulheres são ligeiramente mais representativas, com 54,40% dos reincidentes.

    Recuperação de crédito

    Em contrapartida, o Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil mostra que o número de consumidores que saíram dos cadastros de inadimplentes caiu 1,42% nos 12 meses encerrados em julho de 2024, comparado ao mesmo período anterior. A queda foi mais acentuada entre os consumidores que levaram de 3 a 4 anos para quitar suas dívidas, com uma redução de 18,47%.

    A faixa etária de 50 a 64 anos foi a que mais conseguiu recuperar crédito, representando 22,97% dos casos. Em termos de gênero, a recuperação de crédito foi quase igualmente dividida entre mulheres (51,03%) e homens (48,97%).

    Em média, cada consumidor recuperado pagou R$ 3.053,49 para quitar suas dívidas, com 52% dos devedores resolvendo pendências de até R$ 500.

    Os dados reforçam a importância da educação financeira e da cautela na tomada de crédito, especialmente em um cenário econômico desafiador como o atual.

  • Inadimplência atinge 67,98 milhões de consumidores em julho, aponta CNDL/SPC Brasil

    Inadimplência atinge 67,98 milhões de consumidores em julho, aponta CNDL/SPC Brasil

    O Indicador de inadimplência realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,25%) estavam negativados em julho de 2024, o que representa 67,98 milhões de consumidores. Em comparação com julho de 2023, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 0,38% em julho de 2024. Na passagem de junho para julho, o número de devedores cresceu 0,01%.

    A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em julho deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior.

    “Apesar dos números macroeconômicos apresentarem resultados positivos na economia doméstica, a incerteza com o cumprimento da meta fiscal e os indicadores ruins da econômica americana pressionam as taxas de juros brasileira. Com a reversão nas expectativas a respeito da taxa de juros e o Banco Central sinalizando que pode até haver alta na Selic, a expectativa é de que o número de inadimplentes se mantenha alto e o acesso ao crédito diminua”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 1 a 3 anos (9,65%).

    O número de devedores com participação mais expressiva em julho está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,67%). De acordo com a estimativa, são 16,77 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (49,31%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,20% mulheres e 48,8% homens.

    Em julho de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.358,95 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,10 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

    Os dados ainda mostram que quase três em cada dez consumidores (30,89%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 45,03% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

    Em julho de 2024, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 2,25% em relação ao mesmo período de 2023. O dado observado em julho deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de junho para julho, o número de dívidas apresentou recuo de ‐0,57%.

    Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 5,76%. Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Água e Luz (‐13,98%), Comunicação (‐5,35%) e Comércio (‐3,66%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

    “É preciso priorizar o pagamento das dívidas, mas não adianta partir para a negociação se o orçamento com as contas básicas fica comprometido. Quando isto acontece, a chance de descumprimento nos acordos é grande. Com isso, a possibilidade de voltar a uma situação de inadimplência pode ser pior do que a inicial, gerando um efeito de bola de neve. Em alguns casos é melhor buscar ajuda e até mesmo esperar um pouco para montar uma reserva antes de negociar”, aponta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

    Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,82% do total. Na sequência, aparece Comércio (10,76%), o setor de Água e Luz com 10,30% e Outros com 7,81% do total de dívidas.

    Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (4,92%), seguida pelo Nordeste (2,64%), Norte (2,59%) e Sudeste (0,40%). Por outro lado, o Sul (‐1,35%) mostrou queda no número de dívidas na comparação anual.

    Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na região Norte, onde 45,10% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na região Sul, a proporção de negativados equivale a 37,46% da população adulta.

    Para todos os indicadores, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.

  • Inadimplência em Mato Grosso: bancos e comércio lideram lista de dívidas

    Inadimplência em Mato Grosso: bancos e comércio lideram lista de dívidas

    Um novo levantamento do Núcleo de Inteligência de Mercado da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela um cenário preocupante para a economia mato-grossense: a inadimplência cresceu 0,47% em julho, atingindo 5.349 novos consumidores com dívidas atrasadas.

    O estudo aponta que a soma das dívidas pendentes no estado ultrapassa R$ 2,4 milhões, com um valor total a ser pago de R$ 5,5 bilhões. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o número de inadimplentes aumentou 0,87%, o que representa 9.804 pessoas a mais nessa situação.

    Bancos e comércio encabeçam a lista

    Os setores que mais registraram a falta de pagamento foram: bancos (49,13%), comércio (26,61%), água e luz (10,73%), comunicação (4,50%) e outros (9,03%). Vale destacar que, apesar do aumento geral da inadimplência, os setores de comércio e água e luz apresentaram queda em relação ao mesmo período do ano passado, com reduções de 8,15% e 17,27%, respectivamente.

    Perfil do inadimplente mato-grossense

    O estudo também revela que a maior parte dos endividados (26,64%) tem entre 30 e 39 anos, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos (21,73%). Em termos de gênero, os homens representam 53,75% dos inadimplentes, enquanto as mulheres correspondem a 46,25%. No total, mais de 1,1 milhão de pessoas estão em situação de inadimplência em Mato Grosso, o que representa 43,83% da população do estado. O valor médio da dívida é de R$ 4 mil por pessoa, com um atraso médio de 26 meses.

    Onde buscar ajuda

    Para regularizar suas obrigações e evitar riscos de fraudes e golpes, o consumidor pode procurar os balcões de atendimento da CDL Cuiabá ou acessar o aplicativo “SPC Consumidor” para verificar sua situação financeira. O SPC Brasil oferece diversas ferramentas para auxiliar empresas na concessão e recuperação de crédito de forma segura. Além disso, o portal meubolsofeliz.com.br disponibiliza recursos adicionais para aqueles com dificuldades no orçamento, incluindo conteúdo informativo sobre educação financeira.

  • A alta inadimplência no Brasil reflete gestão financeira deficiente e impacto emocional das compras

    A alta inadimplência no Brasil reflete gestão financeira deficiente e impacto emocional das compras

    A alta inadimplência no Brasil é um reflexo direto da situação socioeconômica do país e da maneira como os brasileiros administram suas finanças pessoais. Um estudo recente realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, entrevistou consumidores com contas atrasadas há pelo menos três meses e revelou dados preocupantes: 35% dos inadimplentes que residem nas capitais admitem que não fazem uma gestão eficaz de seus ganhos e gastos. Além disso, 21% desses consumidores confiam na memória para controlar suas finanças.

    Entre os motivos mais citados para a falta de controle orçamentário estão: já ter tentado controlar as finanças, mas não achar que ajuda (18%), falta de disciplina para manter um controle rigoroso dos gastos (15%), falta de tempo (15%), confiança excessiva na memória (15%) e desconhecimento sobre como realizar o controle financeiro (13%).

    “É preocupante que uma parcela tão significativa da população não utilize um método sistemático para organizar suas próprias contas e gastos. Não importa a ferramenta, o importante é que o consumidor não se desorganize financeiramente. Algumas pessoas têm facilidade com planilhas ou aplicativos, mas outras não. O fundamental é sempre registrar tudo o que se ganha e se gasta, e jamais confiar na memória porque ela falha”, alerta o presidente da CNDL, José César da Costa.

    Métodos de Controle Orçamentário

    O levantamento revelou que seis em cada dez entrevistados (65%) administram o orçamento usando principalmente métodos tradicionais, como um caderno de anotações (32%) e planilhas no computador (18%). Os itens mais controlados por esses consumidores são:

    • Despesas essenciais: como mantimentos, luz, água, aluguel, condomínio, mensalidades (87%).
    • Rendimentos: considerando a soma de todos os ganhos, como salários, mesadas, aluguéis, “bicos”, pensões, aposentadorias (84%).
    • Prestações de compras: a serem pagas (78%).
    • Gastos não essenciais: como salão de beleza, lazer, saídas a bares e restaurantes, lanches, táxi, roupas, presentes (63%).

    Conhecimento Financeiro

    Em termos de educação financeira, 42% dos inadimplentes consideram seu conhecimento sobre administração do orçamento regular, 40% avaliam como ótimo ou bom, enquanto 17% julgam seu entendimento como ruim ou péssimo.

    Consumo por Impulso e Pressões Sociais

    A pesquisa destaca que 53% dos inadimplentes admitem gastar mais do que o orçamento permite. Além disso, 46% confessam ceder frequentemente aos impulsos de compra e 40% afirmam que se endividam porque o prazer de comprar supera o controle financeiro.

    Outro ponto significativo é a relação entre as emoções dos consumidores e o ato de comprar: 38% revelam que fazem compras não planejadas para melhorar o humor ou valorizar-se, e 35% admitem que a navegação nas redes sociais frequentemente os leva a compras impulsivas sem considerar a capacidade de pagamento.

    “As emoções são um fator determinante de como o dinheiro é usado. Percebe-se pela pesquisa que a falta de controle financeiro está muitas vezes ligada à situação emocional e crenças sobre o dinheiro do consumidor, sobretudo no que diz respeito ao consumo por impulso”, destaca Costa.

    O levantamento também mostra que 35% dos entrevistados dizem que outras pessoas afirmam que eles compram demais, e 29% reconhecem que acumulam dívidas para manter um padrão de vida similar ao de amigos.

    Impacto do Convívio Social

    O convívio social também desempenha um papel significativo no consumo e nas dívidas. Quase metade dos entrevistados (47%) concorda que se sente pressionada a gastar mais quando está com a família e amigos, enquanto 41% frequentemente excedem o orçamento nas compras para satisfazer os desejos do cônjuge, namorado(a) ou filhos.

    A pesquisa revela que a administração financeira pessoal, a influência emocional e a pressão social são fatores interligados que contribuem para o quadro de inadimplência no Brasil. A conscientização e a educação financeira são fundamentais para reverter essa situação e promover uma gestão mais equilibrada e responsável das finanças pessoais.

  • 85% dos consumidores que atrasaram contas em junho são reincidentes, aponta indicador da CNDL/SPC Brasil

    85% dos consumidores que atrasaram contas em junho são reincidentes, aponta indicador da CNDL/SPC Brasil

    Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontam que, em junho de 2024, do total de negativações, 85,16% foram de devedores reincidentes, isto é, que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses.

    Considerando o universo de devedores reincidentes, 62,08% foram de consumidores que ainda não tinham pagado dívidas antigas até junho; e 23,08% tinham saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram. O restante, 14,84%, não esteve com restrições no CPF ao longo dos últimos 12 meses e, por isso, não foram considerados reincidentes.

    Número de pessoas reincidentes por tipo

    “O indicador mostra que os inadimplentes que pagam suas dívidas retornam em pouco tempo aos cadastros de negativados. Neste cenário existem tanto as questões sociais do país em relação à renda e ao emprego da população, mas também os consumidores que têm dificuldade no controle dos gastos. Antes de negociar, é importante que o consumidor faça uma análise real da sua capacidade de pagamento mensal, sempre incluindo uma reserva para emergências”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa

    O indicador ainda revela que o tempo médio entre o vencimento de uma dívida para outra é de 74 dias, ou seja: depois de 2,5 meses (em média) de ficar inadimplente, o consumidor volta a atrasar o pagamento de uma segunda conta.

    Os dados do indicador mostram que, nos últimos 12 meses encerrados em junho de 2024, houve uma queda de ‐12,22% no número de devedores reincidentes, aqueles que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes no período analisado. A comparação é com os 12 meses anteriores.

    “O consumidor que pretende pagar uma dívida negativada deve ficar atento ao negociar com o credor, contestar todos os pontos da dívida, taxas de juros, parcelas, prazo de pagamento e em alguns casos até o valor da dívida pode ser negociado. Fazer um planejamento de pagamento que seja possível cumprir e mudar alguns hábitos de consumo para evitar gastos que comprometam a renda”, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

    Número de pessoas reincidentes

    A abertura por faixa etária dos devedores reincidentes mostra que o número de reincidentes com participação mais expressiva no Brasil em junho foi da faixa de 30 a 39 anos (26,28%). A participação dos devedores reincidentes por sexo segue bem distribuída, sendo 53,23% mulheres e 46,77% homens.

    O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil mostra a evolução do número de consumidores que deixaram os cadastros de inadimplentes por terem realizado o pagamento das suas dívidas em atraso. São utilizadas as informações de saídas de CPFs das bases às quais o SPC Brasil tem acesso. Em conjunto com os dados de reincidência, esses dados permitem melhor monitoramento da inadimplência no país, que atinge cerca de 41,28% da população adulta.

    Adimplência cresce 1,77% em junho

    Os dados do indicador de recuperação de crédito mostram que, nos 12 meses encerrados em junho de 2024, houve crescimento de 1,77% no número de consumidores que conseguiram sair das listas de negativados. A comparação é com os 12 meses anteriores.

    O crescimento do indicador acumulado em 12 meses se concentrou no aumento da recuperação de consumidores que levaram de 1 a 3 anos (26,34%) para efetuarem o pagamento de todas suas dívidas.

    Observando a abertura por faixa etária dos consumidores que quitaram suas dívidas, o número de consumidores recuperados com participação mais expressiva no Brasil em junho foi da faixa de 50 a 64 anos (24,21%).

    A participação dos consumidores recuperados por sexo segue bem distribuída, sendo 51,83% mulheres e 48,17% homens.

    Em junho de 2024, cada consumidor recuperado pagou, em média, R$ 2.284,36 na soma de todas as dívidas que tinha. Os dados ainda mostram que 57,19% pagaram até R$ 500 nas dívidas que possuíam.

  • Inadimplência tem pequena queda em junho após meses de crescimento e atinge 67,98 milhões de consumidores

    Inadimplência tem pequena queda em junho após meses de crescimento e atinge 67,98 milhões de consumidores

    Após meses de crescimento e de recorde histórico, o número de inadimplentes no país teve uma pequena queda em junho de 2024.

    O Indicador realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,28%) estavam negativados em junho de 2024, o que representa 67,98 milhões de consumidores.

    Em comparação com junho de 2023, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 0,53% em maio de 2024. Na passagem de abril para maio, o número de devedores caiu ‐0,43%.

    A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em junho deste ano ficou acima da observada no mês anterior.

    “A queda observada no mês de junho pode ser um reflexo da restrição de negativação das pessoas afetadas pela tragédia no RS. O indicador deve refletir essa medida nos próximos meses. O fim do ciclo de queda dos juros deve também impactar, dado que o custo do crédito se eleva, por isso é importante que o consumidor evite grandes dívidas e priorize manter o orçamento em dia”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 1 a 3 anos (11,99%).

    O número de devedores com participação mais expressiva em junho está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,72%). De acordo com a estimativa, são 16,79 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (49,37%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados.

    A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,12% mulheres e 48,88% homens.

    Em junho de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.476,42 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,11 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

    Os dados ainda mostram que quase três em cada dez consumidores (30,66%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 44,55% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

    Em junho de 2024, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 2,20% em relação ao mesmo período de 2023.

    O dado observado em junho deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de maio para junho, o número de dívidas apresentou recuo de ‐0,06%.

    Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 3,34%.

    Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comércio (‐4,85%), Água e Luz (‐4,26%) e Comunicação (‐0,59%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

    “O indicador mostra que tivemos um crescimento no número de dívidas em comparação com o ano passado. Destacamos que um mesmo CPF pode ter mais de uma dívida, então muitas vezes o consumidor negocia uma conta atrasada, mas continua com outras restrições. O cenário da inadimplência é preocupante e necessita tanto de apoio do poder público, quanto de um uso do crédito mais consciente por parte da população”, aponta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

    Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,77% do total. Na sequência, aparece Comércio (10,63%), o setor de Água e Luz com 10,60% e Outros com 7,68% do total de dívidas.

    Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (3,57%), seguida pelo Nordeste (3,07%), Sudeste (2,49%) e Norte (0,60%). Por outro lado, o Sul (‐6,33%) mostrou queda no número de dívidas na comparação anual.

    Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na região Norte, onde 45,22% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na região Sul, a proporção de negativados equivale a 36,24% da população adulta.

  • 82% dos inadimplentes sofreram impacto na saúde física ou mental pelas dívidas em atraso, revela pesquisa CNDL/SPC Brasil

    82% dos inadimplentes sofreram impacto na saúde física ou mental pelas dívidas em atraso, revela pesquisa CNDL/SPC Brasil

    A inadimplência é um problema que traz impactos financeiros, mas também para a saúde física e mental das pessoas. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, realizada com brasileiros com contas em atraso há pelo menos três meses, 82% dos entrevistados admitem que sofreram algum tipo de efeito seja na saúde física ou mental, após atrasar o pagamento das contas.

    Entre as principais consequências, 66% relataram alterações no sono, 60% menos vontade de sair e socializar com outras pessoas e 51% alterações no apetite. Além disso, um percentual relevante admite que desconta a ansiedade no vício como cigarro, comida ou álcool (37%) e nas compras impulsivas (26%).

    A pesquisa mostra ainda que 97% dos entrevistados sofreram efeitos negativos com a inadimplência, sendo que 84% ficaram preocupados, 74% sentiram-se ansiosos, 65% estressados ou irritados, 64% angustiados e 64% envergonhados. Em praticamente todos as emoções investigadas, as mulheres têm destaque.

    “A inadimplência traz impactos tanto no âmbito financeiro, mas também na saúde emocional e física das pessoas. É importante que o consumidor que esteja nesta situação procure ajuda de amigos e familiares. Negociar dívidas e encontrar soluções demanda equilíbrio”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    Nove em cada dez entrevistados (88%) tiveram o padrão de vida afetado pelas dívidas

    De acordo com o levantamento, 88% dos inadimplentes relataram terem sofrido o impacto das dívidas no padrão de vida. Apenas 10% afirmam que o padrão de vida não foi alterado.

    Por causa das dívidas em atraso, 38% têm evitado comprar roupas e calçados, 37% começaram a anotar todos os ganhos e gastos, 36% evitam sair com pessoas que gostam de gastar e incentivá-las a fazer compras e 34% evitam fazer compras a prazo.

    A maioria dos consumidores endividados (70%) afirmaram que tentaram tomar algum tipo de crédito no último ano, sendo que 53% pretendiam pagar dívidas e 23% comprar algo. Por outro lado, 30% não tentaram, principalmente as classes C/D/E.

    Entre os que tentaram pegar crédito, 75% conseguiram, sendo as modalidades mais utilizadas o empréstimo (39%), cartão de crédito que já possuíam (21%) e limite do cheque especial (15%). Mas 24% não obtiveram liberação.
    66% dizem ter um nível de preocupação alto ou muito alto frente às dívidas

    Da mesma maneira que as emoções podem impulsionar a gastos excessivos e/ou impensados, a inadimplência também gera impactos emocionais negativos nos consumidores.

    Seis em cada dez inadimplentes (66%) dizem ter um nível de preocupação alto ou muito alto frente às dívidas em atraso há mais de 3 meses, enquanto 19% têm um nível médio e 12% estão pouco ou muito pouco preocupados.

    Questionados sobre o maior temor frente as dívidas, 34% receiam não conseguir pagar as contas em atraso, 10% serem considerados desonestos pelas pessoas e 9% ter que baixar o padrão de vida para pagar dívidas.

    “Muitas pessoas em situação de endividamento buscam no momento de desespero alternativas que podem piorar ainda mais a situação financeira. O grande número de ofertas de jogos de aposta online e de empréstimos que prometem dinheiro rápido podem fazer com que o consumidor entre em um círculo vicioso de dívidas, tornando a situação ainda pior do que já estava”, explica a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges.

    Mais da metade dos inadimplentes relataram ter sofrido queda de produtividade no trabalho

    As dívidas em atraso também podem ter impacto na dimensão profissional e social dos inadimplentes. Mais da metade dos entrevistados (56%) afirmaram que as dívidas afetaram as relações sociais, sendo que 48% afirmam ter ficado mais irritados e intolerantes com as pessoas próximas e 39% têm sido mais descuidadas com o bem-estar da família.

    Em relação ao trabalho. 57% dos endividados relataram ocorrências no âmbito profissional após a inadimplência, sendo que 43% têm ficado mais desatentos ou improdutivos, 37% têm produzido menos e 35% perdem a paciência com os colegas.

  • Inadimplência em Mato Grosso registra maior queda mensal do ano

    Inadimplência em Mato Grosso registra maior queda mensal do ano

    O número de consumidores com dívidas atrasadas em Mato Grosso teve a maior queda mensal de 2024. De acordo com levantamento no Núcleo de Inteligência de Mercado da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a inadimplência caiu 3,2% em maio no comparativo com o mês anterior.

    Em relação ao mesmo período de 2023, o indicador praticamente se manteve em patamar de estabilidade (-0,02%).

    O levantamento aponta que 4 em cada 10 consumidores têm dívidas de até R$ 1 mil e pouco mais de 38% estão inadimplentes entre um e três anos. Cada devedor tem, em média, duas contas atrasadas. Já o valor médio dos passivos é de R$ 5.076,06.

    Cerca de metade (49%) dos débitos da população com as finanças no vermelho são com bancos e demais instituições financeiras. Em segundo lugar aparecem as dívidas com o comércio (26,8%) e água e luz (10,9%).

    Quanto à faixa etária, a maior parte dos endividados (26,7%) tem entre 30 e 39 anos, seguido pelo grupo entre 40 e 49 anos (21,7%). Em relação ao gênero, 53,82% são homens, enquanto 46,18% são mulheres. Ao todo, mais de 1,1 milhão de pessoas estão em situação de inadimplência em Mato Grosso.

    Na visão do superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja, apesar do contingente elevado de devedores em atraso, a queda do indicador mostra relativa estabilidade no cenário estadual. Ele também avalia que a informalidade é um dos principais desafios no combate à inadimplência. “Muitas pessoas estão fora do mercado de trabalho formal, o que resulta em rendas instáveis e dificuldades para honrar compromissos financeiros regulares”.

    O gestor destaca que uma parte das empresas tem disponibilizado negociações vantajosas para facilitar a regularização de dívidas dos consumidores. No caso dos aposentados, o adiantamento do 13º salário tanto em abril quanto maio, possibilitou o pagamento de pendências.

    “Fomentar o empreendedorismo e criar oportunidade de geração de renda continuam sendo estratégias essenciais para reduzir a dependência das famílias em relação à informalidade”.

  • 84% dos consumidores que atrasaram contas em maio são reincidentes, aponta indicador da CNDL/SPC Brasil

    84% dos consumidores que atrasaram contas em maio são reincidentes, aponta indicador da CNDL/SPC Brasil

    Muitos consumidores buscam acordos e negociações para sair da negativação, mas após alguns meses eles retornam para a lista de inadimplentes. Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontam que em maio de 2024, do total de negativações, 84,82% foram de devedores reincidentes, isto é, que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses.

    Considerando o universo de devedores reincidentes, 60,96% foram de consumidores que ainda não tinham pagado dívidas antigas até maio; e 23,86% tinham saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram. O restante, 15,18%, não esteve com restrições no CPF ao longo dos últimos 12 meses e, por isso, não foram considerados reincidentes.

    “A negativação de um consumidor dificilmente é um evento isolado. Em alguns casos, pode até decorrer de um eventual esquecimento ou de um desajuste pontual. Mas, com maior frequência, reflete problemas mais sérios, que perduram por tempos. É comum, assim, que após uma negativação se sucedam outras. Por isso, é importante que o consumidor faça um levantamento total das suas dívidas e uma programação realista de pagamento antes de buscar uma negociação”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    O indicador ainda revela que o tempo médio entre o vencimento de uma dívida para outra é de 76,1 dias, ou seja: depois de 2,5 meses (em média) de ficar inadimplente, o consumidor volta a atrasar o pagamento de uma segunda conta.

    Os dados do indicador mostram que, nos últimos 12 meses encerrados em maio de 2024, houve uma queda de ‐11,91% no número de devedores reincidentes, aqueles que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes no período analisado. A comparação é com os 12 meses anteriores.

    “O indicador mostra que nos últimos meses o número de consumidores reincidentes nos cadastros de negativação está caindo. Isso é um sinal positivo, apesar do número de reincidentes ser ainda muito alto no país. As famílias estão tendo dificuldade de manter as contas em dia e ainda separar um valor para o pagamento das dívidas mais antigas. Por isso, é importante que se evite novos gastos extras até que as dívidas sejam pagas”, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

    A abertura por faixa etária dos devedores reincidentes mostra que o número de reincidentes com participação mais expressiva no Brasil em maio foi da faixa de 30 a 39 anos (26,17%). A participação dos devedores reincidentes por sexo segue bem distribuída, sendo 53,52% mulheres e 46,48% homens.

    O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil mostra a evolução do número de consumidores que deixaram os cadastros de inadimplentes por terem realizado o pagamento das suas dívidas em atraso. São utilizadas as informações de saídas de CPFs das bases às quais o SPC Brasil tem acesso. Em conjunto com os dados de reincidência, esses dados permitem melhor monitoramento da inadimplência no país, que atinge cerca de 41,79% da população adulta.

    Os dados do indicador de recuperação de crédito mostram que, nos 12 meses encerrados em maio de 2024, houve crescimento de 4,16% no número de consumidores que conseguiram sair das listas de negativados. A comparação é com os 12 meses anteriores.

    O crescimento do indicador acumulado em 12 meses se concentrou no aumento da recuperação de consumidores que levaram de 1 a 3 anos (28,48%) para efetuarem o pagamento de todas suas dívidas.

    Observando a abertura por faixa etária dos consumidores que quitaram suas dívidas, o número de consumidores recuperados com participação mais expressiva no Brasil em maio foi da faixa de 50 a 64 anos (24,03%).

    A participação dos consumidores recuperados por sexo segue bem distribuída, sendo 51,95% mulheres e 48,05% homens.

    Em maio de 2024, cada consumidor recuperado pagou, em média, R$ 2.030,56 na soma de todas as dívidas que tinha. Os dados ainda mostram que 60,42% pagaram até R$ 500 nas dívidas que possuíam.