Tag: inadimplência

  • Mato Grosso registra mais de 1,1 milhão de inadimplentes em novembro de 2024

    Mato Grosso registra mais de 1,1 milhão de inadimplentes em novembro de 2024

    Em novembro de 2024, Mato Grosso contabilizou 1,173 milhão de pessoas inadimplentes, representando 45,01% da população adulta do estado, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá). O número reflete um aumento de 0,98% em relação ao mês anterior, com mais 11.393 consumidores negativados no Serviço de Proteção ao Crédito Brasil (SPC Brasil).

    Apesar disso, em comparação com novembro de 2023, houve uma redução de 3,84% no número de inadimplentes, contrariando as tendências de crescimento observadas no Centro-Oeste (+3,27%) e no Brasil (+1,48%).

    Os inadimplentes em Mato Grosso têm idade média de 45,4 anos, com predominância na faixa etária de 30 a 49 anos (48,52%) e maior presença masculina (53,58%). O valor médio das dívidas chegou a R$ 5.100,49 por pessoa, totalizando R$ 5,9 bilhões em débitos no estado. Os bancos lideram como principais credores, representando 49,31% das dívidas, seguidos pelo comércio (25,56%) e serviços de água e luz (11,45%).

    O presidente da CDL Cuiabá, Júnior Macagnam, destacou a importância da renegociação para aliviar o cenário de endividamento. Ele reforçou que mutirões e feirões de renegociação são realizados periodicamente e que comerciantes estão dispostos a negociar com os consumidores. Além disso, a CDL oferece suporte por meio do aplicativo “SPC Consumidor” e do portal “Meu Bolso Feliz”, com conteúdos e ferramentas de educação financeira.

    Preocupada com o alto índice de inadimplência, a CDL Cuiabá propôs ao Governo do Estado a inclusão da educação financeira como disciplina regular no ensino médio das escolas públicas. A medida busca capacitar os jovens para lidar com o orçamento e evitar futuros problemas financeiros.

  • Alta reincidência de inadimplentes revela desafios no controle das finanças pessoais no Brasil 

    Alta reincidência de inadimplentes revela desafios no controle das finanças pessoais no Brasil 

    Dados do Indicador de Reincidência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que oito em cada dez consumidores voltam a ser negativados em menos de um ano após quitarem uma dívida negociada.

    Em novembro de 2024, 81,26% dos registros de inadimplência foram de consumidores reincidentes, ou seja, pessoas que haviam aparecido no cadastro de devedores nos últimos 12 meses.

    Entre os inadimplentes reincidentes, 58% correspondem a consumidores que ainda não haviam quitado dívidas anteriores até novembro. Outros 23,19% saíram do cadastro de negativados nos últimos 12 meses, mas retornaram. Apenas 18,74% dos negativados não apresentaram restrições ao longo do último ano, sendo, portanto, considerados novos devedores.

    “O consumidor enfrenta dificuldades em manter-se fora da inadimplência. Muitas vezes, ele negocia uma dívida, começa a pagar, mas não consegue honrar o acordo. É essencial que, durante o final de ano, com festas e comemorações, as pessoas evitem excessos nos gastos e adotem um planejamento financeiro adequado”, alerta José César da Costa, presidente da CNDL.

    Outro dado relevante é o tempo médio para a ocorrência de uma nova dívida: 75 dias. Ou seja, em cerca de 2,5 meses após o vencimento de uma conta, o consumidor volta a atrasar o pagamento de outra.

    Embora a reincidência seja alta, o número total de devedores reincidentes caiu 14,19% nos últimos 12 meses encerrados em novembro de 2024, em comparação com o período anterior. Essa queda reflete, em parte, iniciativas como o Feirão SPC Brasil, que oferece descontos para renegociação de dívidas.

    “Essa ação é uma excelente oportunidade para o consumidor colocar as contas em dia e começar 2025 com o nome limpo”, destaca Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil.

    Perfil dos inadimplentes e recuperação de crédito 

    Entre os reincidentes, a faixa etária com maior participação é de 30 a 39 anos, representando 25,01% do total. A distribuição por gênero é equilibrada: 53,03% são mulheres e 46,97%, homens.

    O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil, que mede o número de consumidores que deixam os cadastros de inadimplência após quitar suas dívidas, apontou uma queda de 7,32% no número de consumidores recuperados nos últimos 12 meses, em relação ao período anterior.

    A diminuição foi mais acentuada entre aqueles que levaram de 91 dias a 1 ano para regularizar suas pendências (-16,85%). A faixa etária com maior recuperação em novembro de 2024 foi de 50 a 64 anos (24,30%), com uma participação equilibrada entre mulheres (51,59%) e homens (48,41%).

    Em novembro, cada consumidor recuperado pagou, em média, R$ 2.000,71 em dívidas. Entretanto, a maioria (60,04%) quitou valores de até R$ 500.

    Os dados reforçam a necessidade de educação financeira para enfrentar os desafios da inadimplência e promover um consumo mais consciente no país.

  • Inadimplência cresce mais um mês e atinge 68,62 milhões de consumidores em novembro

    Inadimplência cresce mais um mês e atinge 68,62 milhões de consumidores em novembro

    O Indicador de Inadimplência realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,51%) estavam negativados em novembro de 2024, o que representa 68,62 milhões de consumidores. Em comparação com novembro de 2023, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 1,48% em novembro de 2024. Na passagem de outubro para novembro, o número de devedores cresceu 0,89%.

    A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em novembro deste ano ficou acima da observada no mês anterior.

    Número de pessoas inadimplentes

    “O número de inadimplentes cresceu mais um mês seguido tanto em comparação com o mês passado, quanto em comparação com o mesmo período de 2023. O cenário mostra uma dificuldade do brasileiro em pagar suas dívidas. A inflação dos alimentos tem um grande impacto na renda das pessoas e isso atrapalha ainda mais esta situação de endividamento. A expectativa é que com a entrada do décimo terceiro e da renda extra do final do ano os consumidores priorizem o pagamento das dívidas”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    Número de pessoas inadimplentes por tempo de atraso

    O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 3 a 4 anos (33,79%).

    O número de devedores com participação mais expressiva em novembro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,60%). De acordo com a estimativa, são 16,93 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (49,82%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,16% mulheres e 48,84% homens.

    Em novembro de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.510,82 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,11 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

    Os dados ainda mostram que quase três em cada dez consumidores (30,65%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 44,35% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

    Em novembro de 2024, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 2,45% em relação ao mesmo período de 2023. O dado observado em novembro deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de outubro para novembro, o número de dívidas apresentou alta de 0,59%.

    Número de dívidias em atraso

    Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 4,60%. Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Água e Luz (‐9,07%), Comércio (‐5,41%) e Comunicação (‐4,07%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

    “O Feirão SPC Brasil foi prorrogado e é uma ótima oportunidade para os consumidores negociarem suas contas atrasadas. Estão sendo oferecidos descontos de até 90% nas dívidas. As negociações são feitas online e podem também ser divididas. O consumidor pode sair da inadimplência e entrar em 2025 com o nome limpo”, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

    Número de dívidas em atraso por setor credor

    Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 65,26% do total. Na sequência, aparece Comércio (10,46%), o setor de Água e Luz com 10,01% e Outros com 8,35% do total de dívidas.

    Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (6,59%), seguida pelo Nordeste (2,80%), Sudeste (1,13%) e Norte (0,67%). Por outro lado, o Sul (‐0,90%) mostrou queda no número de dívidas na comparação anual.

    Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na região Centro‐Oeste, onde 44,82% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na região Sul, a proporção de negativados equivale a 37,00% da população adulta.

    Para todos os indicadores de Inadimplência, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.

  • Empresas inadimplentes de Mato Grosso são excluídas do Simples Nacional

    Empresas inadimplentes de Mato Grosso são excluídas do Simples Nacional

    A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz-MT) excluiu do sistema Simples Nacional mais de 2,7 mil contribuintes que estão com débitos pendentes com a Fazenda Pública. A exclusão será efetivada a partir de 1º de janeiro de 2025.

    Os contribuintes excluídos que desejarem retornar ao regime de tributação do Simples Nacional precisam regularizar todas as pendências fiscais com os entes federativos e realizar uma nova adesão, entre 02 e 31 de janeiro de 2025.

    O processo pode ser feito de forma online, diretamente pelo Portal do Simples Nacional, no endereço https://www8.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional/.

    A Sefaz reforça que a notificação de exclusão tem caráter orientativo, não sendo necessário abrir processo para contestação. Os contribuintes podem acessar a notificação diretamente no Domicílio Tributário Eletrônico (DT-e) pelo site: https://www.sefaz.mt.gov.br/dte/pages/login/login.xhtml.

    Em caso de dúvidas ou necessidade de mais informações, os contribuintes podem entrar em contato pelo WhatsApp: (65) 4042-9298.

    A Secretaria destaca a importância de regularizar as pendências fiscais para evitar transtornos e garantir a continuidade dos benefícios do Simples Nacional. A adesão ao regime simplificado é essencial para a competitividade e organização tributária das empresas, além de reforçar o compromisso com o cumprimento das obrigações fiscais dentro do prazo.

    Fonte: Sefaz-MT

  • Inadimplência cresce e atinge 68,11 milhões de consumidores em outubro

    Inadimplência cresce e atinge 68,11 milhões de consumidores em outubro

    O Indicador de Inadimplência realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,23%) estavam negativados em outubro de 2024, o que representa 68,11 milhões de consumidores. Em comparação com outubro de 2023, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 1,13 em outubro de 2024. Na passagem de setembro para outubro, o número de devedores cresceu 0,94.

    A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em outubro deste ano ficou acima da observada no mês anterior.

    “O novo aumento da inadimplência indica um aperto financeiro persistente, principalmente para os consumidores da faixa etária de 30 a 39 anos, onde se concentra a maior parte dos devedores. Com o aumento da taxa Selic e a previsão de novas altas nos juros, o custo do crédito deve ficar pior para financiamentos e empréstimos, afetando ainda mais os consumidores endividados, principalmente aqueles com dívidas bancárias. Esta é uma situação preocupante, já que a maior parte das dívidas em atraso se concentra no setor bancário, com crescimento de 4,16% nas dívidas dessa categoria”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    Tempo de atraso

    O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 3 a 4 anos (25,28%).

    O número de devedores com participação mais expressiva em outubro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,70%). De acordo com a estimativa, são 16,84 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (49,56%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,21% mulheres e 48,79% homens.

    Maior parte das dívidas são com bancos

    Em outubro de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.425,73 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,12 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

    Os dados ainda mostram que quase três em cada dez consumidores (30,93%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 44,74% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

    Em outubro de 2024, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 2,28% em relação ao mesmo período de 2023. O dado observado em outubro deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de setembro para outubro, o número de dívidas apresentou alta de 1,59%.

    Número de dívidas em atraso

    Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 4,16%. Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Água e Luz (‐6,77%), Comércio (‐5,90%) e Comunicação (‐5,46%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

    “Com a proximidade das festas de fim de ano, muitos consumidores enfrentam maiores despesas relacionadas a presentes, celebrações e viagens. Além disso, o início do ano traz encargos tradicionais, como matrículas escolares e impostos (IPTU, IPVA). Estas despesas, somadas a um cenário de crédito mais caro e alto endividamento, podem afetar ainda mais a inadimplência. A expectativa fica por conta da entrada de recursos na economia com os trabalhos temporários e o décimo terceiro salário. Dentro deste cenário é fundamental que o consumidor se planeje e priorize o pagamento das dívidas”, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

    Número de dívidas em atraso por setor credor

    Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,93% do total. Na sequência, aparece Comércio (10,51%), o setor de Água e Luz com 10,38% e Outros com 8,22% do total de dívidas.

    Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (6,44%), seguida pelo Nordeste (2,46%), Sudeste (1,19%) e Norte (0,25%). Por outro lado, o Sul (‐1,68%) mostrou queda no número de dívidas na comparação anual.

    Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na região Centro‐Oeste, onde 44,54% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na região Sul, a proporção de negativados equivale a 36,66% da população adulta.

    Para todos os indicadores, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.

  • Juros do cartão de crédito rotativo sobem para 438,4% ao ano

    Juros do cartão de crédito rotativo sobem para 438,4% ao ano

    Enquanto algumas taxas de juros médios nas concessões de crédito caem, os juros do rotativo do cartão de crédito subiram 11,5 pontos percentuais para as famílias em setembro, chegando a 438,4% ao ano. Mesmo com a limitação do rotativo em vigor desde o início do ano, os juros seguem variando sem uma queda expressiva ao longo dos meses.

    A medida visa reduzir o endividamento, mas não afeta a taxa de juros pactuada no momento da concessão do crédito, aplicando-se apenas a novos financiamentos. Nos 12 meses encerrados em setembro, os juros da modalidade caíram 2,7 pontos percentuais. Os dados são das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nesta quarta-feira (30), em Brasília, pelo Banco Central (BC).

    O crédito rotativo dura 30 dias e é tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão de crédito. Ou seja, contrai um empréstimo e começa a pagar juros sobre o valor que não conseguiu quitar. A modalidade é uma das mais altas do mercado.

    Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão de crédito. Nesse caso do cartão parcelado, os juros subiram 3,8 pontos percentuais no mês e caíram 8 pontos percentuais em 12 meses, indo para 185,8% ao ano.

    Crédito livre

    No total, a taxa média de juros das concessões de crédito livre para famílias teve aumento de 0,5 ponto percentual em setembro, mas acumula redução de 4,9 pontos percentuais (p.p.) em 12 meses, chegando a 52,4% ao ano. Contribuindo para a queda dos juros médios no acumulado, houve reduções em crédito consignado, aquisição de veículos, desconto de cheques e arrendamento mercantil.

    Também compõe essas estatísticas os juros do cheque especial, que subiram 4,2 pontos percentuais no mês e 3,2 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 137,1% ao ano. Desde 2020, a modalidade tem os juros limitados em 8% ao mês (151,82% ao ano), mas o fim da queda da taxa Selic (juros básicos da economia) e o aumento da inadimplência se refletem na alta dos juros médios do cheque especial.

    Nas operações com empresas, os juros médios no crédito livre tiveram redução de 0,3 ponto percentual em setembro e de 2,2 pontos percentuais em 12 meses, indo para 20,7% ao ano. Destacaram-se as reduções das taxas de capital de giro com prazo menor a 365 dias (9,1 pontos percentuais) e de cartão de crédito rotativo (29 pontos percentuais). Por outro lado, houve alta de 6,5 pontos percentuais no cheque especial no mês de setembro.

    Taxa média

    No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já no crédito direcionado, as regras são estabelecidas pelo governo e se destinam, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito, com juros subsidiados concedidos por bancos oficiais ou com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS – ou da caderneta de poupança.

    No caso do crédito direcionado, a taxa média para pessoas físicas ficou em 9,9% ao ano em setembro, redução de 0,1 ponto percentual no mês e de 0,6 ponto percentual em 12 meses. Para as empresas, a taxa caiu 1,7 ponto percentual no mês e 1,1 ponto percentual em 12 meses indo para 10,3% ao ano.

    Com isso, considerando recursos livres e direcionados, para famílias e empresas, a taxa média de juros das concessões em setembro diminuiu 0,1 ponto percentual no mês e 2,6 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 27,6% ao ano.

    “Na variação mensal, o efeito da variação das taxas de juros (efeito taxa) mostrou-se mais significativo que o efeito decorrente de alterações na composição das carteiras (efeito saldo). Nesse contexto, destacaram-se as reduções das taxas médias do capital de giro com prazo menor de 365 dias (9,1 pontos percentuais), no crédito às empresas e o aumento do cartão de crédito rotativo (11,5 pontos percentuais) no crédito às famílias”, informou o BC.

    Saldos das operações

    Em setembro, as concessões de crédito tiveram alta de 2,2%, chegando a R$ 636,4 bilhões, resultado da alta de 0,8% para as pessoas físicas e de 3,9% para empresas. As concessões de crédito direcionado caíram 7,4% no mês, enquanto no crédito livre houve alta de 3,7%.

    Com isso, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 6,179 trilhões, um crescimento de 1,2% em relação a agosto.

    O resultado refletiu aumento de 1,6% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,374 trilhões) e o incremento de 1% no de pessoas físicas (R$ 3,804 trilhões). Na comparação interanual, o crédito total cresceu 9,9% em setembro.

    Já o crédito ampliado ao setor não financeiro – que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos, independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) – alcançou R$ 17,486 trilhões, com redução de 0,5% no mês e aumento de 12,6% em 12 meses. O principal fator desse decréscimo no mês é atribuído aos títulos da dívida pública e dos empréstimos externos, que caíram 1,5% e 3,1%, respectivamente.

    Endividamento das famílias

    Segundo o Banco Central, a inadimplência – atrasos acima de 90 dias – se mantém estável há bastante tempo, com pequenas oscilações. Ela registrou 3,2% em setembro. Nas operações para pessoas físicas, situa-se em 3,8%, e para pessoas jurídicas em 2,4%.

    O endividamento das famílias – relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses – ficou em 47,9% em agosto, aumento de 0,1 ponto percentual no mês e queda de 0,4% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 29,9% no mês passado.

    Já o comprometimento da renda – relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período – ficou em 26,8% em agosto, aumento de 0,4 ponto percentual na passagem do mês e redução de 0,4% em 12 meses.

    Esses dois últimos indicadores são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

  • Oito em cada dez consumidores que atrasaram contas em setembro são reincidentes, aponta CNDL/SPC Brasil

    Oito em cada dez consumidores que atrasaram contas em setembro são reincidentes, aponta CNDL/SPC Brasil

    De acordo com o Indicador de Reincidência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), oito em cada dez consumidores retornam para os cadastros de negativação menos de um ano após o pagamento de uma conta negociada. O Indicador aponta que, em setembro de 2024, do total de negativações, 85,75% foram de devedores reincidentes, isto é, que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses.

    Considerando o universo de devedores reincidentes, 60,88% foram de consumidores que ainda não tinham pagado dívidas antigas até setembro; e 24,87% tinham saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram. O restante, 14,25%, não esteve com restrições no CPF ao longo dos últimos 12 meses e, por isso, não foram considerados reincidentes.

    “A diminuição no número de reincidentes nos últimos 12 meses sugere um cenário positivo nas condições de pagamento e, também mostra o empenho dos consumidores em se livrar da inadimplência. Apesar disso, o país ainda tem um número muito alto de endividados, uma realidade desafiadora tano para o setor econômico do país, quanto para a recuperação financeira de muitos brasileiros”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    O indicador ainda revela que o tempo médio entre o vencimento de uma dívida para outra é de 74,1 dias, ou seja: depois de 2,5 meses (em média) de ficar inadimplente, o consumidor volta a atrasar o pagamento de uma segunda conta.

    Os dados do indicador mostram que, nos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2024, houve uma queda de ‐17,54% no número de devedores reincidentes, aqueles que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes no período analisado. A comparação é com os 12 meses anteriores.

    “A análise por faixa etária revela que a maior concentração de inadimplentes reincidentes está entre 30 e 39 anos, enquanto a faixa etária de 50 a 64 anos lidera a recuperação de crédito. Isto evidencia as diferenças nos perfis de endividamento e de recuperação, com um equilíbrio entre os gêneros. A situação geral ainda aponta para a necessidade de políticas públicas de apoio aos inadimplentes e de educação financeira da população”, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

    Número de pessoas reincidentes

    A abertura por faixa etária dos devedores reincidentes mostra que o número de reincidentes com participação mais expressiva no Brasil em setembro foi da faixa de 30 a 39 anos (25,76%). A participação dos devedores reincidentes por sexo segue bem distribuída, sendo 53,51% mulheres e 46,49% homens.

    O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil mostra a evolução do número de consumidores que deixaram os cadastros de inadimplentes por terem realizado o pagamento das suas dívidas em atraso. São utilizadas as informações de saídas de CPFs das bases às quais o SPC Brasil tem acesso. Em conjunto com os dados de reincidência, esses dados permitem melhor monitoramento da inadimplência no país, que atinge cerca de 40,91% da população adulta.

    Os dados do indicador de recuperação de crédito mostram que, nos 12 meses encerrados em setembro de 2024, houve queda de ‐4,63% no número de consumidores que conseguiram sair das listas de negativados. A comparação é com os 12 meses anteriores.

    Número de pessoas que recuperaram o crédito

    A queda do indicador acumulado em 12 meses se concentrou na diminuição da recuperação de consumidores que levaram de 3 a 4 anos (‐15,34%) para efetuarem o pagamento de todas suas dívidas.

    Observando a abertura por faixa etária dos consumidores que quitaram suas dívidas, o número de consumidores recuperados com participação mais expressiva no Brasil em setembro foi da faixa de 50 a 64 anos (23,71%).

    A participação dos consumidores recuperados por sexo segue bem distribuída, sendo 52,09% mulheres e 47,91% homens.

    Em setembro de 2024, cada consumidor recuperado pagou, em média, R$ 2.349,52 na soma de todas as dívidas que tinha. Os dados ainda mostram que 59,23% pagaram até R$ 500 nas dívidas que possuíam.

  • Inadimplência no Brasil atinge 67,54 milhões de consumidores em setembro

    Inadimplência no Brasil atinge 67,54 milhões de consumidores em setembro

    O Indicador de Inadimplência, realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), aponta que 40,91% dos brasileiros adultos estavam negativados em setembro de 2024, representando 67,54 milhões de consumidores. Em comparação com o mesmo período de 2023, houve uma leve queda de 0,32% no índice de inadimplentes, mas de agosto para setembro de 2024, o número de devedores cresceu 0,47%.

    O levantamento revela que o setor bancário continua sendo o principal responsável pelo endividamento das famílias, enquanto as dívidas com serviços essenciais, como água, luz, comércio e comunicação, apresentaram queda. José César da Costa, presidente da CNDL, destacou que a priorização das contas essenciais, aliada à dificuldade de quitação de dívidas bancárias, pode resultar em uma recuperação econômica lenta. Ele também enfatizou a necessidade de educação financeira e políticas de crédito mais acessíveis para enfrentar essa realidade.

    Perfil dos inadimplentes

    Entre os inadimplentes, a faixa etária com maior participação é a de 30 a 39 anos, representando 23,70% do total, com cerca de 16,69 milhões de pessoas negativadas. Metade dos brasileiros nessa faixa etária está com o nome sujo. Além disso, a inadimplência entre homens e mulheres está equilibrada, com 51,19% dos devedores sendo mulheres e 48,81% homens.

    O valor médio das dívidas dos negativados é de R$ 4.386,62, e cada inadimplente tem, em média, dívidas com 2,11 empresas credoras. O estudo também mostra que 44,98% dos devedores possuem dívidas de até R$ 1.000.

    Crescimento das dívidas no setor bancário

    O número de dívidas em atraso cresceu 0,20% em relação a setembro de 2023, com destaque para o setor bancário, que registrou um aumento de 2,17% no número de dívidas. Por outro lado, setores como Água e Luz (-11,24%), Comércio (-6,06%) e Comunicação (-5,27%) apresentaram quedas significativas.

    Roque Pellizzaro Júnior, presidente do SPC Brasil, destacou que o endividamento no setor bancário, especialmente com cartões de crédito e empréstimos pessoais, reflete o impacto dos juros elevados e a dependência dos brasileiros do crédito bancário. Ele alertou para os desafios que os consumidores enfrentam para regularizar suas pendências, devido ao custo elevado desses tipos de dívida.

    Dívidas por região

    A maior alta no número de dívidas foi registrada na região Centro-Oeste, com um aumento de 3,23%, seguida pelo Nordeste, com 0,42%. Em contraste, as regiões Sul (-3,78%), Sudeste (-0,99%) e Norte (-0,84%) tiveram queda no número de inadimplentes. A região Centro-Oeste também apresenta o maior percentual de negativados, com 43,74% da população adulta incluída em cadastros de devedores, enquanto a região Sul tem o menor percentual, com 36,37%.

  • 86% dos consumidores que atrasaram contas em agosto são reincidentes, aponta indicador da CNDL/SPC Brasil

    86% dos consumidores que atrasaram contas em agosto são reincidentes, aponta indicador da CNDL/SPC Brasil

    Para boa parte dos consumidores, se manter fora da inadimplência é um desafio. Após o pagamento de uma dívida, oito em cada dez consumidores retornam para os cadastros de negativação menos de um ano após o pagamento da conta negociada. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). De acordo com o indicador, em agosto de 2024, do total de negativações, 86,31% foram de devedores reincidentes, isto é, que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses.

    Considerando o universo de devedores reincidentes, 63,58% foram de consumidores que ainda não tinham pagado dívidas antigas até agosto; e 22,73% tinham saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram. O restante, 13,69%, não esteve com restrições no CPF ao longo dos últimos 12 meses e, por isso, não foram considerados reincidentes.

    “A alta reincidência sugere falhas estruturais no planejamento financeiro, o que pode ser agravado por fatores como desemprego, baixa renda ou falta de educação financeira, mesmo que tenhamos tido números melhores com renda e desemprego nas últimas medições. Embora tenha havido uma queda de 16,38% no número de reincidentes no último ano, o problema persiste de forma significativa, impactando tanto os consumidores quanto o mercado de crédito”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    O indicador ainda revela que o tempo médio entre o vencimento de uma dívida para outra é de 73,4 dias, ou seja: depois de 2,4 meses (em média) de ficar inadimplente, o consumidor volta a atrasar o pagamento de uma segunda conta.

    Os dados do indicador mostram que, nos últimos 12 meses encerrados em agosto de 2024, houve uma queda de ‐16,38% no número de devedores reincidentes, aqueles que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes no período analisado. A comparação é com os 12 meses anteriores.

    “O desafio está em quebrar esse ciclo de inadimplência, e isto demanda maior investimento em educação financeira, renegociações mais eficazes das dívidas e políticas públicas que facilitem o acesso ao crédito consciente, garantindo maior estabilidade financeira para os consumidores.”, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

    A abertura por faixa etária dos devedores reincidentes mostra que o número de reincidentes com participação mais expressiva no Brasil em agosto foi da faixa de 30 a 39 anos (26,80%). A participação dos devedores reincidentes por sexo segue bem distribuída, sendo 53,99% mulheres e 45,01% homens.

    Recuperação de crédito

    O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil mostra a evolução do número de consumidores que deixaram os cadastros de inadimplentes por terem realizado o pagamento das suas dívidas em atraso. São utilizadas as informações de saídas de CPFs das bases às quais o SPC Brasil tem acesso. Em conjunto com os dados de reincidência, esses dados permitem melhor monitoramento da inadimplência no país, que atinge cerca de 41,06% da população adulta.

    Os dados do indicador de recuperação de crédito mostram que, nos 12 meses encerrados em agosto de 2024, houve queda de ‐1,68% no número de consumidores que conseguiram sair das listas de negativados. A comparação é com os 12 meses anteriores.

    A queda do indicador acumulado em 12 meses se concentrou na diminuição da recuperação de consumidores que levaram de 3 a 4 anos (‐19,24%) para efetuarem o pagamento de todas suas dívidas.

    Observando a abertura por faixa etária dos consumidores que quitaram suas dívidas, o número de consumidores recuperados com participação mais expressiva no Brasil em agosto foi da faixa de 50 a 64 anos (23,97%).
    A participação dos consumidores recuperados por sexo segue bem distribuída, sendo 51,99% mulheres e 48,01% homens.

    Em agosto de 2024, cada consumidor recuperado pagou, em média, R$ 2.194,85 na soma de todas as dívidas que tinha. Os dados ainda mostram que 56,14% pagaram até R$ 500 nas dívidas que possuíam.

  • Inadimplência atinge 67,73 milhões de consumidores em agosto, aponta CNDL/SPC Brasil

    Inadimplência atinge 67,73 milhões de consumidores em agosto, aponta CNDL/SPC Brasil

    O Indicador de inadimplência realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,06%) estavam negativados em agosto de 2024, o que representa 67,73 milhões de consumidores. Em comparação com agosto de 2023, o percentual de inadimplentes do Brasil teve queda de -1,17% em agosto de 2024. Na passagem de julho para agosto, o número de devedores caiu -0,42.

    A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em agosto deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior.

    “O país teve uma pequena queda na inadimplência em agosto, mas ainda é cedo para afirmar que é uma tendência. A melhora na atividade econômica, a diminuição do desemprego e a expectativa com a abertura de vagas de final de ano devem trazer um ambiente propício para a diminuição da inadimplência, mas o número ainda é alto e mostra a dificuldade do brasileiro em sair dessa situação”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    A queda do indicador anual se concentrou na diminuição de inclusões de devedores com tempo de inadimplência até 90 dias (‐21,09%).

    O número de devedores com participação mais expressiva em agosto está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,70%). De acordo com a estimativa, são 16,73 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (49,20%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,20% mulheres e 48,80% homens.

    Em agosto de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.362,49 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,10 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

    Os dados ainda mostram que quase três em cada dez consumidores (31,13%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 45,12% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

    Em agosto de 2024, o número de dívidas em atraso no Brasil teve queda de ‐0,30% em relação ao mesmo período de 2023. O dado observado em agosto deste ano ficou abaixo da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de julho para agosto, o número de dívidas apresentou recuo de ‐0,37%.

    Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a queda das dívidas com o setor de Água e Luz com recuo de ‐16,50%, seguido pelo setor de Comércio (‐5,13%) e Comunicação (‐4,99%). Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Bancos (2,11%) apresentaram alta no total de dívidas em atraso.

    “Nos últimos meses, o país viu crescer o acesso ao crédito disponibilizado aos consumidores. O desafio agora está na alta concentração de dívidas de longo prazo, que podem levar à inadimplência e à limitação de consumo. No caso de contas negativadas, é importante lembrar que, apesar da restrição sair depois que a dívida completa 5 anos, ela não deixa de existir e por isso a melhor alternativa é mesmo negociar”, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

    Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,69% do total. Na sequência, aparece Comércio (10,78%), o setor de Água e Luz com 10,21% e Outros com 8,06% do total de dívidas.

    Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior queda veio da região Sul (‐5,23%), seguida pelo Sudeste (‐1,84%) e Norte (‐0,51%). Por outro lado, o Centro‐Oeste (3,50%) e o Nordeste (0,36%) apresentaram alta no número de dívidas na comparação anual.

    Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na região Norte, onde 44,98% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na região Sul, a proporção de negativados equivale a 37,28% da população adulta.

    Para todos os indicadores, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.