Tag: IMPRENSA

  • ABI alerta em carta que “sem jornalismo não há democracia”

    ABI alerta em carta que “sem jornalismo não há democracia”

    A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) publicou uma carta do resultado da 3ª Semana Nacional de Jornalismo, evento promovido pela entidade de 7 a 11 de abril, em Curitiba, Fortaleza, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

    Além de agradecer o apoio de universidades e entidades representativas da sociedade civil, o documento reforça compromissos com a democracia, os direitos humanos, a liberdade de imprensa e de expressão.

    Os principais debates do encontro, citados na carta, dizem respeito à defesa da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão, a regulamentação das big techs, o combate às fake news, o papel do jornalismo na batalha de ideias e a importância do jornalismo comunitário.

    Segundo a ABI, esses temas podem ser resumidos na ideia de que “sem jornalismo não há democracia”.

    “O jornalismo é, ele próprio, um direito. Quando ele se ausenta, a democracia deixa de existir”.

    Desertos de notícias

    A ABI destacou as regiões com pouca ou nenhuma cobertura jornalística, chamadas de desertos de notícias. A situação torna esses territórios ambientes propícios à desinformação e à disseminação de notícias falsas. Investimento na produção de conteúdos informativos locais seria uma saída para garantir o direito à comunicação, defende a entidade.

    A entidade também abordou a necessidade de regulação e responsabilização das big techs, o que chamou de “tarefa civilizatória”. O entendimento é de que não há razoabilidade para faturamento com discurso de ódio e conteúdos criminosos.

    A ABI alerta para o que chamou de transformação dos meios de comunicação em verdadeiros “partidos políticos”, alinhados com os setores mais conservadores da sociedade.

    A leitura é de que o enfraquecimento de grandes empresas tradicionais refletiu no quase desaparecimento das reportagens. O espaço, então, teria sido ocupado nas redes sociais pela extrema direita.

    A ABI fala em uma perspectiva sombria da comunicação no Brasil “dominada pela mídia comercial e ameaçada pelas plataformas digitais, as big techs e os influencers, que impedem a divulgação da verdade”.

    A saída, segundo a entidade, é o fortalecimento da comunicação e dos comunicadores comunitários, populares e independentes. A defesa é que eles têm noção da responsabilidade política e social da comunicação, que permitem uma aproximação vida real do povo.

  • Morre aos 82 anos o jornalista Edivaldo Ribeiro, ícone da TV mato-grossense

    Morre aos 82 anos o jornalista Edivaldo Ribeiro, ícone da TV mato-grossense

    O jornalismo mato-grossense se despede de um de seus nomes mais emblemáticos. Morreu neste domingo (13), aos 82 anos, o jornalista Edivaldo Ribeiro, após uma batalha contra um câncer no pulmão. Ele faleceu em sua residência, em Cuiabá, onde vinha se dedicando ao tratamento da doença, que o afastou recentemente da televisão.

    Reconhecido pela sua postura firme e carisma no comando do programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, Edivaldo permaneceu por mais de sete anos à frente da atração policial que conquistou a liderança de audiência no horário do almoço. Seu estilo direto e a identificação com o público o tornaram uma referência da TV regional.

    Natural de Santo Anastácio, interior de São Paulo, Edivaldo iniciou sua trajetória no rádio e televisão passando por importantes veículos de comunicação no Paraná e em Mato Grosso do Sul. Em 1976, chegou a Cuiabá, onde deu continuidade à carreira, atuando inicialmente na Rádio A Voz do Oeste e em programas esportivos.

    Ao longo das décadas, sua voz e sua imagem se tornaram conhecidas em diversos veículos. Foi âncora na TV Brasil Oeste e na TV Gazeta, onde apresentou programas como Revista da Manhã e O Povo Reclama. Também teve passagens marcantes por rádios como Cultura, Cidade FM e CBN Cuiabá.

    A trajetória de Edivaldo Ribeiro é marcada por credibilidade, comprometimento e forte presença junto ao público. Sua morte deixa uma lacuna no jornalismo de Mato Grosso, especialmente no setor policial, onde se destacou por décadas.

  • Show Safra 2025 promete transformar Lucas do Rio Verde em epicentro do agronegócio

    Show Safra 2025 promete transformar Lucas do Rio Verde em epicentro do agronegócio

    A diretoria da Fundação Rio Verde apresentou as inovações do Show Safra Mato Grosso 2025 a jornalistas luverdenses nesta sexta-feira (14), no auditório da Cooperativa Sicredi Ouro Verde. O evento, que ocorrerá de 24 a 28 de março em Lucas do Rio Verde, promete ser um marco na história da feira, impulsionando o agronegócio mato-grossense e consolidando o município como referência nacional no setor.

    O diretor executivo da Fundação, Rodrigo Pasqualli, destacou as melhorias estruturais e tecnológicas projetadas para esta edição, que ampliam a capacidade e a eficiência do evento. Entre as novidades, estão a instalação de uma nova rede hidráulica com capacidade para 500 mil litros de água, a ampliação da rede elétrica para 6.500 kva e um estacionamento monitorado com espaço para 8.500 veículos.

    Outros avanços incluem a criação de seis portões de acesso com infraestrutura voltada para acessibilidade, sanitários climatizados, 6.500 metros de ruas pavimentadas e cobertas, e uma via rodoviária exclusiva para facilitar o fluxo de até seis mil veículos por hora. O evento também contará com um ponto de acesso para aplicativos de mobilidade, um aeroporto exclusivo para recepção de convidados e 6.500 metros quadrados de pavilhões temáticos. Além disso, haverá segurança reforçada com monitoramento eletrônico e reconhecimento facial.

    A programação prevê quatro pontos de geração e transmissão de conteúdo em tempo real, 525 expositores e mais de 1.500 marcas representadas. Serão realizados quatro leilões, com a expectativa de comercialização de mais de 9.800 animais. No campo do conhecimento, estão programadas 130 horas de conteúdo distribuídas nos auditórios climatizados, que têm capacidade para 1.200 pessoas simultaneamente.

    O presidente da Fundação Rio Verde, Joci Piccini, ressaltou a importância da imprensa na divulgação do evento e lembrou que Lucas do Rio Verde tem se consolidado como um dos grandes polos do agronegócio brasileiro. Ele enfatizou que a feira tem investimentos exclusivos da iniciativa privada, sem recursos públicos, e que os esforços dos últimos anos têm resultado em uma infraestrutura compatível às das maiores feiras do Brasil.

    “Temos expositores de todo o país e precisamos oferecer uma estrutura de ponta para atender a essa demanda. Os investimentos que fizemos em asfalto, energia, água e estacionamento garantem um evento ainda mais eficiente”, afirmou Piccini.

    Além do Show Safra, o presidente destacou a presença de autoridades como ministros, o governador e o vice-governador de Mato Grosso, além de deputados estaduais e federais. No dia 24, será anunciada a instalação da Universidade Federal em Lucas do Rio Verde, além do lançamento da duplicação da BR-163 no trecho entre Sorriso e Lucas e do contorno rodoviário do município. Outras entregas importantes incluem o centro do caminhoneiro do Sest Senat e 180 apartamentos para a população luverdense.

    No dia 26, a programação contará com um debate sobre a chegada da ferrovia estadual ao município. O evento reunirá representantes do setor logístico e empresários envolvidos no projeto para discutir os próximos passos e definir datas para a implementação da ferrovia, que deve alcançar Lucas do Rio Verde até 2027.

    “O Show Safra Mato Grosso é uma feira é diferenciada a cada ano, principalmente na estrutura, porque nós estamos representando o estado do Mato Grosso como feira e isso traz uma responsabilidade ainda maior e estamos elevando o nosso nível”, analisa Piccini.

  • Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde abre as portas para a imprensa e apresenta expectativas para 2025

    Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde abre as portas para a imprensa e apresenta expectativas para 2025

    A Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde realizou um café da manhã com a imprensa local nesta sexta-feira (31). O evento teve como objetivo apresentar os nove vereadores, estreitar os laços com os comunicadores e destacar a importância do trabalho da imprensa na divulgação transparente das ações do Legislativo. As sessões ordinárias terão início na próxima segunda-feira (3), e a Câmara reforçou o compromisso de manter as portas abertas para a cobertura jornalística.

    O presidente da Câmara, Airton Callai, destacou a importância da parceria com a imprensa para levar informações de qualidade à população. “Estreitar o laço com quem leva a informação para a população é muito importante. Nós abrimos a Câmara para a imprensa, demos liberdade para todo e qualquer jornalista e repórter vir, trazer demandas da população e também levar as informações do Legislativo”, afirmou.

    Ele ressaltou que a população precisa saber o que acontece dentro da Câmara, especialmente as discussões e as posições dos vereadores que foram eleitos para representar os cidadãos. “As discussões aqui podem ser acaloradas ou mais amenas, mas a população precisa saber o que está acontecendo, o que o seu vereador, em quem você confiou o voto, está fazendo ou defendendo”, completou.

    Durante o encontro, alguns vereadores deram uma mensagem aos comunicadores e conheceram os veículos de imprensa locais. O presidente Callai reforçou que os gabinetes estarão sempre abertos para atender a imprensa, seja para tirar dúvidas ou para discutir pautas que ainda serão votadas. “Nós contamos com essa imprensa de Lucas do Rio Verde, que faz um belo trabalho de elevar a informação com imparcialidade a cada cidadão luverdense”, disse.

    Calendário legislativo

    O presidente também anunciou mudanças administrativas que já estão sendo implementadas a partir de janeiro, com o objetivo de organizar e agilizar o trabalho da Câmara. Entre as novidades, está a definição de um calendário anual de sessões, que será votado na primeira sessão ordinária do ano, marcada para o dia 3 de fevereiro, às 19 horas.

    “Nós iremos votar o calendário de todo o ano de 2025, para que a imprensa saiba os dias em que haverá sessão. Também vamos montar as comissões que vão estudar os projetos, sejam do Executivo ou do Legislativo, que trazem impacto direto ao contribuinte”, explicou. A intenção é que a imprensa acompanhe de perto esses processos e ajude a levar as informações à população.

  • “Máquinas ao chão”: a silenciosa resistência da imprensa à ditadura

    “Máquinas ao chão”: a silenciosa resistência da imprensa à ditadura

    Câmeras no chão e os olhares ficaram fixos à cena. Um gesto de ousadia feito há mais de 40 anos por um grupo de fotógrafos no pé da rampa do Palácio do Planalto entrou para a história da cobertura política durante a ditadura no Brasil. Neste domingo (7), Dia do Jornalista, episódios de resistência como esse, conhecido como “Máquinas ao chão”, costumam ser lembrados.

    O dia 24 de janeiro de 1984, pouco menos de 20 anos depois do golpe de 1964 e na reta final do regime ditatorial, ficou conhecido porque os profissionais da imagem se negaram a fotografar o então presidente João Figueiredo. O gesto ocorreu após uma sequência de atritos entre o general e os fotojornalistas.

    “Sorrio quando quiser”

    O repórter fotográfico Sérgio Marques, com 25 anos de idade na época, relembra que entre os problemas estavam as reclamações diárias dos profissionais a respeito do tratamento do presidente Figueiredo para com eles. Em um dos conflitos anteriores, o presidente recebeu o deputado federal Paulo Maluf, futuro candidato à presidência.

    “O Maluf visitou o presidente Figueiredo e, quando nós da imprensa entramos, ele olhou para o presidente e sugeriu um sorriso. O presidente olhou para ele e disse: ‘estou na minha casa. Sorrio quando quiser’”, recorda.

    Em outro episódio, no mês de dezembro de 1983, Figueiredo havia sofrido um acidente de cavalo, se machucou e estava com o braço engessado. Mesmo assim, colocou paletó. O fotógrafo Wilson Pedrosa, então no Correio Braziliense, registrou o presidente na hora em que ele foi coçar o rosto. O episódio elevou a tensão entre os profissionais e o general.

    Essa tensão se agravou quando os profissionais de imagem, únicos que entravam no gabinete para registrar as reuniões do presidente, relataram o teor de um encontro aos repórteres de texto, cuja entrada era proibida. A partir de então, Figueiredo passou a impedir o acesso dos fotógrafos ao seu gabinete.

    “Imagine você trabalhar todos os dias no Palácio do Planalto para cobrir as audiências e não ter acesso ao gabinete. Nós começamos a reclamar com a assessoria, mas não adiantou”, recorda Sérgio Marques. Até que, na tarde do dia 24 de janeiro de 1984, uma terça-feira, diante de tantas limitações, os fotógrafos credenciados resolveram colocar as câmeras no chão assim que o presidente desceu a rampa.

    Marques explica que depois daquele dia não foi advertido ou ouviu comentários do presidente Figueiredo. Os fotógrafos voltaram a ser chamados para eventos. Em um deles, o general falou para os profissionais deixarem as máquinas e servirem-se em um coquetel. O fotógrafo recorda que concordou e deixou a câmera no chão. “Ele me olhou. Coloquei sobre a mesa. Aí ele deu um sorriso e falou, ‘eu não gostei daquele dia’”, lembra-se.

    Jornalismo profissional é verdadeiro antídoto contra a desinformação

    Filme

    O episódio de ousadia foi registrado no documentário “A Culpa é da foto”, de André Dusek, Eraldo Peres e Joédson Alves, lançado em 2015. “Foi o único protesto que teve de jornalistas credenciados do Palácio do Planalto contra um ditador”, ressalta Alves, que foi responsável pela pesquisa para o filme.

    O documentário, de aproximadamente 15 minutos de duração, está disponível no YouTube.

    O diretor entende que esse acontecimento se tornou um símbolo para os jornalistas brasileiros e não poderia cair no esquecimento. Em 1984, Joédson, que hoje é da equipe da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nem sonhava trabalhar com fotografia. Afinal, tinha apenas 13 anos de idade. No entanto, assim que se tornou profissional, com mais de 20 anos, soube da história dos veteranos.

    Dentre os profissionais que participaram do episódio, estavam Moreira Mariz (Folha de São Paulo), Cláudio Alves (Jornal de Brasília), Sérgio Marques (Revista Veja), Júlio Fernandes (Jornal de Brasília), Francisco Gualberto (Correio Braziliense), Beth Cruz (Agência Ágil), Élder Miranda (Rede Globo), Antonio Dorgivan (Jornal do Brasil), Adão Nascimento (Estado de São Paulo), Célson Franco (Correio Braziliense), Carlos Zarur (EBN), Sérgio Borges (Estado de São Paulo) e Vicente Fonseca (Rede Globo).

    Para o fotojornalista Joédson Alves, diretor do filme, foi um ato de bravura. “Muito emocionante. É algo para ter como referência para minha profissão. Eu tenho um respeito muito grande por todos eles. Já tivemos situações muito graves [ao longo dos anos] contra a impresa e nunca houve nenhum tipo de ação ou movimento para fazer algum protesto”.

    Edição: Marcelo Brandão

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  • Sebrae/MT promove encontro com jornalistas e parceiros para e apresentar projetos de desenvolvimento do empreendedorismo

    Sebrae/MT promove encontro com jornalistas e parceiros para e apresentar projetos de desenvolvimento do empreendedorismo

    Com o propósito de transformar os pequenos negócios em protagonistas do desenvolvimento sustentável e econômico, o Sebrae/MT (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso) em Lucas do Rio Verde, apresentou as diversas ações que já foram desenvolvidas e as que ainda serão colocadas em prática durante esse ano na região, aos jornalistas de rádio, televisão e sites, além de parceiros e clientes.

    O “Café com a Imprensa” ocorreu nesta quinta-feira (4), na sede do Sebrae/MT e reuniu mais de 30 profissionais da comunicação do município.

    O Sebrae/MT desenvolve ações em todo o território mato-grossense e está presente com sua rede de atendimento presencial em 125 municípios do Estado (89%). Em Lucas do Rio Verde, os comunicadores tiveram acesso aos dados da regional que também é responsável por atender outros sete municípios, entre eles Nova Mutum, Tapurah, São José do Rio Claro, Itanhangá, Nova Maringá e Santa Rita do Trivelato.

    Conforme o gerente regional do Sebrae/MT em Lucas do Rio Verde, Renato Ícaro Pereira Magalhães, o objetivo do encontro foi ampliar a comunicação com os profissionais para fomentar o empreendedorismo na região.

    “O Sebrae/MT não atende apenas MEI, mas temos uma séria de capacitações para empresas de pequeno, médio e grande porte. Também temos atuado muito mais forte na área de consultoria e, isso, em diversas áreas. Temos muitas empresas cadastradas de consultoria e isso facilita para ter uma redução de custos”, pontou Magalhães

    O gerente ressalta que somente em 2023, a agência realizou mais de de 10.785 atendimentos. Atualmente, são 26.255 empresas ativas na regional. Dessas, 89,67% são de pequenos negócios, sendo: Microempreendedor individual: 11.861 (45%), Microempresa: 9.134 (35%) e Empresa de Pequeno Porte: 2.548 (10%)

    A empresa de Otávio Roman, é um dos exemplos que recebeu apoio do Sebrae/MT na cidade e após a consultorias organizou a gestão do negócio. A microempresa do setor de som para eventos passou pela formatação de negócio e, atualmente, é parceria da entidade.

    “O Sebrae é muito parceiro do pequeno e médio negócio. Quando montei minha empresa, a primeira ação foi buscar uma consultoria e, agora, trabalhamos nisso para dar certo. A parceria deu tão certo que hoje também ofereço sonorização para os eventos do Sebrae. É um local que se consegue estruturação”, disse Roman.

    Outras ações

    Durante o encontro também foi apresentado o programa “Chamada de Impacto”, que impulsionará a economia de Lucas do Rio Verde com capacitação de empreendedores. O evento de abertura do programa será no dia 15 de abril, a partir das 19h, na agência do Sebrae/MT, em Lucas.

    A capacitação — promovida pelo Sebrae/MT, com apoio da prefeitura municipal de Lucas do Rio Verde e operação da Impact Hub Floripa — também deve gerar oportunidades de negócios para micro e pequenos empreendedores. Os interessados em participar, podem se inscrever gratuitamente, até o dia 10 de abril.

    Além disso, também terá o Empretec, que é o principal programa de formação de empreendedores do mundo, um seminário intensivo criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), promovido em 40 países e exclusivo do Sebrae no Brasil. Em Lucas do Rio Verde, serão seis dias (22 a 27/04), em imersão na melhor metodologia de empreendedorismo. As inscrições e agendamentos das entrevistas devem ser feitas pelo (65) 3548-2450.

  • Em lágrimas, Vini Jr revela  “menos vontade de jogar” devido a racismo

    Em lágrimas, Vini Jr revela “menos vontade de jogar” devido a racismo

    Alvo constante de insultos racistas em partidas do Campeonato Espanhol, Vinícius Júnior, atacante do Real Madrid, entrará em campo nesta terça-feira (26), no Estádio Santiago Bernabéu, vestindo a amarelinha. A seleção brasileira enfrenta a Espanha, a partir 17h30 (horário de Brasília) na capital espanhola. O principal objetivo do jogo é reforçar a luta antirracista deflagrada por Vini Jr no último ano na Espanha. Em entrevista coletiva nesta segunda (25), às vésperas do amistoso, Vini Jr não conteve as lágrimas e revelou que se sente desmotivado a seguir jogando futebol na Espanha.

    “É uma coisa muito difícil e eu tenho lutado bastante por tudo que vem acontecendo comigo. É desgastante porque você está meio que sozinho em tudo, porque eu já fiz tanta denúncia e ninguém é punido, nenhum clube é punido. E a cada dia que passa eu venho lutando por todas aquelas pessoas que vão vir, porque se fosse apenas por mim, pela minha família, eu acredito que eu já teria desistido de tudo que venho lutando. A cada dia quer vou para casa fico mais triste, mas eu fui escolhido para defender uma causa tão importante, que cada dia eu estudo mais sobre [o racismo], eu venho aprendendo para que num futuro muito próximo, o meu irmão que tem cinco anos não venha a passar por tudo que estou passando”, desabafou o atacante, que teve ao menos 10 episódios de racismo relatados aos procuradores do Campeonato Espanhol.

    O amistoso contra a Espanha em Madri terá uma identidade visual com destaque para o preto e branco. No momento do hino, os jogadores brasileiros usarão jaquetas pretas com o slogan “uma só pele; uma só identidade”, em português, inglês e espanhol.

    Ao longo da coletiva, Vini Jr chorou algumas vezes, a primeira delas ao abordar a forma como é tratado pela imprensa na Espanha.

    “Acredito que eles [jornalistas] têm que falar menos de tudo o que eu faço de errado dentro de campo, é claro que tenho que evoluir, mas tenho 23 anos, é um processo natural, saí muito novo do Brasil, não pude aprender tantas coisas. Tenho 23 anos e sigo estudando. Por que os repórteres da Espanha, que são mais velhos do que eu, não podem estudar e ver o que realmente está acontecendo? Cada vez estou mais triste, cada vez tenho menos vontade de jogar, mas vou seguir lutando”, disse Vini Jr., enxugando as lágrimas.

    Um jogo de 90 minutos por uma luta secular! ✊

    Brasil e Espanha não será apenas uma partida. Será também um manifesto contra o racismo no futebol e no mundo, a partir do slogan “Uma Só Pele, Uma Só Identidade”.

    Em meio a tantos desafios, o camisa 7 disse estar animado com o amistoso desta terça, principalmente após a primeira vitória do Brasil sob comando do técnico Dorival Júnior, contra a Inglaterra (1 a 0), no último sábado (23), em Londres.

    “Vai ser um sonho realizado para mim, poder jogar na minha casa aqui na Espanha, o Bernabéu, com a camisa da seleção brasileira, onde sempre sonhei estar. E pela primeira vez com a torcida contra. Vai ser um duelo muito importante para as duas seleções, algumas das maiores do mundo, faz tempo que não se enfrentam. A gente gosta de jogar contra os melhores, como foi contra a Inglaterra, conseguimos fazer um grande jogo”.

    Outros trechos da entrevista

    Deixar o Real Madrid

    “Pensei em sair, sim. Mas se saio daqui, estou dando o que querem aos racistas. Vou seguir lutando e jogando no melhor do mundo, ganhando títulos e fazendo muitos gols, para que vejam cada vez a minha cara. Sigo evoluindo para isso. Jogar futebol e fazer a alegria das minhas pessoas e de todos que vão ao estádio. Racistas sempre serão minoria. Como sou um jogador atrevido, que joga no Real Madrid e ganhamos muitos títulos, é complicado. Mas vou seguir firme e forte pois presidente me apoia, o clube me apoia, para que eu continue e possa ganhar muitas coisas”.

    O que frustra mais?

    “A falta das punições. Se a gente começar a punir todas essas pessoas que cometem crime e aqui eles não consideram crime, vamos começar a evoluir, tudo vai ficar melhor para todo mundo. Faço tantas denúncias, muitas vezes chegam cartas para fazerem mais denúncias, mas no final acontece como aconteceu com meu amigo em Barcelona, eles arquivam o processo e ninguém sabe de nada. Se a gente começar a punir essas pessoas, não que eles vão mudar o pensamento, mas vão ficar com medo de falar, seja no estádio, onde tem câmeras… e assim vamos diminuir isso, colocar medo naquelas pessoas. E que eles possam também educar seus filhos. Muitas vezes aqui tem criança me xingando e eu não culpo a criança, porque eles não entendem, eu na idade deles não entendia o racismo. É complicado.

    No futebol tem muitas pessoas, tantos jogadores melhores do que eu que já passaram por aqui, eu quero fazer com que as pessoas no mundo possam evoluir, melhorar, que possamos ter igualdade, que num futuro próximo haja menos casos de racismo, que as pessoas negras possam ter uma vida normal, como as outras. Quero seguir lutando por isso. Se fosse por mim, eu já teria desistido, fico em casa, ninguém vai me xingar, fazer nada comigo… Eu vou para os jogos com a cabeça centrada no jogo para fazer o melhor para minha equipe, mas nem sempre é possível. Tenho que me concentrar muito todos os dias”, revelou, entre lágrimas.

    Apoio dentro e fora de campo

    “Quero agradecer desde já a todos os jogadores da Espanha que sempre que dão entrevista estão me apoiando, fazendo tudo para que a Espanha mude seu pensamento. Não só a Espanha, em todo lugar tem muito racismo. Espero que a gente possa fazer tudo para diminuir cada vez mais o racismo. Os jogadores da Espanha estão me ajudando muito, falando coisas que no início só eu falava. Sempre peço que Fifa, Conmebol, Uefa possam fazer mais coisas, como a CBF está fazendo, vem me ajudando para que possamos evoluir como seres humanos, para que todos possam estudar para ver o que os pretos passam e passaram. O que eu passo não é nem perto do que todas essas pessoas passaram. Eu quero lutar por aqueles que são pretos”.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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  • CDL promove 5º Café com a Imprensa em Lucas do Rio Verde

    CDL promove 5º Café com a Imprensa em Lucas do Rio Verde

    A Câmara de Dirigente Lojistas de Lucas do Rio Verde – CDL – promoveu na tarde de ontem, terça-feira (30), a 5ª edição do Café com a Imprensa. O evento, além de confraternizar, teve como objetivo apresentar o calendário de ações que serão desenvolvidas ao longo de 2024.

    O presidente da CDL, Petronilio de Souza, comentou que é um momento de estreitamento de laços entre a entidade os profissionais da comunicação.

    “Em 2023 a imprensa sempre apoiou em nossos eventos de forma parceira e esse café é justamente para agredecer. O encontro foi também, para apresentar em primeira mão o calendário de eventos de 2024 que serão desenvolvidos pela CDL. Em nome de nossa diretoria, queremos agradecer a todos os profissionais que estiveram presentes no evento”, frisou o presidente.

    CLIQUE AQUI e confira o calendário de eventos da CDL para 2024.

  • Casos de violência contra jornalistas têm queda de 51% em 2023

    Casos de violência contra jornalistas têm queda de 51% em 2023

    A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgará na próxima quinta-feira (25) um relatório completo sobre os casos de violência contra jornalistas e de ataques à liberdade de imprensa no Brasil, em 2023.

    De acordo com dados preliminares divulgados pela entidade, os registros de violência contra os profissionais de imprensa no ano passado tiveram queda significativa. Em 2023, foram 181 casos, contra 376 registrados em 2022. A diminuição foi de 51,86%.

    No entanto, o número registrado no ano passado foi 34,07% maior em relação aos 135 casos contabilizados em 2018, antes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Na avaliação da presidente da Fenaj, Samira de Castro, a queda dos episódios de violência contra os profissionais de imprensa em 2023 tem relação com a diminuição das ações de descredibilização da imprensa pelo ex-presidente.

    “Podemos comemorar a queda nos números da violência em 2023. Mas temos de continuar em alerta e mobilizados, porque as cifras continuam muito elevadas”, comentou Samira.

    O relatório completo dos casos de violência contra jornalistas conterá dados sobre as categorias profissionais, gênero, estado e tipo de mídia.

  • Barroso nega que decisão do STF sobre imprensa represente censura

    Barroso nega que decisão do STF sobre imprensa represente censura

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, reiterou nesta quinta-feira (30) que a decisão da Corte que permite a responsabilização de veículos de imprensa por declarações falsas de entrevistados não cerceia a liberdade de expressão.

    Ontem (29), a Corte aprovou uma tese jurídica reiterando que o princípio constitucional da liberdade de imprensa impede a censura prévia de conteúdos publicados. Contudo, se um entrevistado acusar falsamente outra pessoa, a publicação poderá ser responsabilizada judicialmente nos casos de má-fé.

    Na abertura da sessão desta tarde, Barroso esclareceu que a Corte reiterou posicionamento contra a censura da imprensa e a favor da liberdade de expressão.

    “Reiteramos nossa crença na imprensa, na importância da liberdade de expressão, a vedação da censura e não responsabilização de veículo por declaração de terceiro, salvo comportamento doloso com a intenção da causar mal a alguém ou negligência”, afirmou.

    Segundo o presidente, em regra, a imprensa não responde por declarações feitas por terceiros. Contudo, jornais, revista e sites podem ser responsabilizados em casos de má-fé e grave negligência.

    “A hipótese [julgada] era de alguém acusado de terrorismo, de homicídio e de ter colocado uma bomba no aeroporto, quando a imputação era sabidamente falsa. Quem conhece a história, esse homem [Zarattini] passou a vida inteira enfrentando a notícia falsa de que havia praticado um ato terrorista. O mal que isso faz para sua mulher, para seus filhos, para sua família. Houve uma entrevista maliciosa e uma negligência em informar que aquele homem não havia sequer sido denunciado pela prática do crime, e ainda se difundiu a informação de que ele teria sido um terrorista”, afirmou.

    Processo

    A decisão do Supremo foi baseada em ação na qual o ex-deputado federal Ricardo Zarattini Filho processou o jornal Diário de Pernambuco por danos morais, em função de uma reportagem publicada em 1995.

    Na matéria jornalística, o político pernambucano Wandenkolk Wanderley afirmou que Zarattini, morto em 2017, foi responsável pelo atentado a bomba no aeroporto de Recife, em 1966, durante a ditadura militar.

    Ao recorrer à Justiça, a defesa de Ricardo Zarattini disse que Wandenkolk fez acusações falsas e a divulgação da entrevista gerou grave dano à sua honra. Segundo ele, o jornal reproduziu afirmação falsa contra ele e o apresentou à opinião pública como criminoso.

    O jornal alegou no processo que a publicação da entrevista se deu no âmbito da liberdade de imprensa, protegida pela Constituição.

    A publicação foi condenada pela primeira instância ao pagamento de indenização de R$ 50 mil. Em seguida, o Tribunal de Justiça de Pernambuco anulou a condenação e entendeu que o periódico apenas reproduziu as falas de Wandenkolk Wanderley e não fez qualquer acusação a Zarattini.

    Posteriormente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revalidou a condenação, e o caso foi parar no Supremo, que manteve a condenação do jornal ao entender que a publicação atuou com negligência sem, ao menos, ouvir Zarattini.

    Edição: Aline Leal
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