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  • FGV: confiança da indústria sobe 0,8 ponto em agosto

    FGV: confiança da indústria sobe 0,8 ponto em agosto

    O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,8 ponto em agosto para 100,3 pontos. Em médias móveis trimestrais, a elevação foi de 0,2 ponto. Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

    De acordo com o economista Stéfano Pacini, do instituto, a alta indica o bom nível de atividade mantido pelo setor no terceiro trimestre, com a melhora do ambiente de negócios influenciada pela descompressão de custos com a queda de preços de combustíveis e energia.

    “Os níveis de demanda ainda estão positivos e os estoques se mantêm equilibrados, apesar do cenário ainda problemático quanto ao suprimento de alguns tipos de insumos. Esse quadro favorável se reflete nas previsões ainda favoráveis para a evolução do emprego no setor nos três meses. Nos demais quesitos que medem expectativas em relação ao futuro próximo, nota-se alguma cautela dos empresários frente a um segundo semestre de eleições e manutenção de juros mais elevados.”

    Componentes

    Os dados mostram que houve alta da confiança em nove dos 19 segmentos industriais monitorados pela sondagem em agosto. O Índice Situação Atual (ISA) avançou 1,4 ponto e chegou a 102,8 pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 0,3 pontos e atingiu 97,9 pontos.

    Segundo o FGV Ibre, o melhor desempenho no ISA foi verificado no indicador que mede o nível dos estoques, com o recuo de 2,9 pontos, para 96,7 pontos. Isso coloca o indicador na região neutra, apontando que os estoques estariam equilibrados.

    O indicador que mede a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios subiu 0,6 ponto, para 101,7 pontos. E o grau de satisfação das empresas com o nível de demanda avançou 0,4 ponto, para e 103,2 pontos.

    Nos indicadores de expectativa, a principal influência veio da tendência dos negócios para os próximos seis meses, com alta de 3,0 pontos em agosto, para 96,9 pontos. Apesar disso, o Ibre FVG aponta que o indicador continua em patamar baixo em níveis históricos.

    Já o indicador que mede o otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes caiu 3,0 pontos, para 92,1 pontos. O resultado é o mais baixo desde março deste ano, quando o indicador chegou a 90,3 pontos.

    Por outro lado, a expectativa de emprego nos três meses seguintes teve alta pelo quinto mês consecutivo, de 0,7 ponto, para 104,6 pontos, alcançando o melhor resultado desde outubro de 2021, quando o indicador ficou em 108,1 pontos.

    O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria se manteve estável em agosto, com variação de -0,1 ponto percentual, para 82,2%.

    Edição: Maria Claudia

  • Confiança da indústria cai pelo terceiro mês consecutivo, diz FGV

    Confiança da indústria cai pelo terceiro mês consecutivo, diz FGV

    O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,2 ponto de setembro para outubro deste ano. Esse foi o terceiro mês consecutivo de queda do indicador, que chegou a 105,2 pontos em uma escala de zero a 200, menor nível desde maio último (104,2 pontos).

    O recuo foi puxado principalmente pelo Índice de Expectativas, que mede a confiança do empresário da indústria no futuro. O subíndice caiu 1,7 ponto e chegou 101,9 pontos, o menor patamar desde maio de 2021. O componente que mais contribuiu para isso foi a piora das avaliações sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses.

    O Índice da Situação Atual, que mede a percepção do empresariado em relação ao presente, teve queda de 0,9 e chegou a 108,3 pontos, o menor patamar desde setembro de 2020. O componente com recuo mais expressivo foi a avaliação sobre o nível de estoques.

    “Embora a confiança da indústria ainda esteja em nível elevado e acima dos níveis pré-pandemia, o otimismo quanto à situação futura do segmento industrial para os próximos meses retornou para o nível próximo do considerado neutro, indicando a expectativa de manutenção do cenário atual. Essa avaliação ocorre em meio a pressões de custos, desemprego elevado, instabilidades econômicas e institucionais persistentes, tornando a conjuntura futura mais incerta e menos favorável a planos de expansão da produção”, disse Claudia Perdigão, economista da FGV.

    O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 1,1 ponto percentual, para 81,3%, maior valor desde novembro de 2014.