Tag: IBGE

  • Mulheres e jovens: os mais afetados pelo abandono escolar em Mato Grosso

    Mulheres e jovens: os mais afetados pelo abandono escolar em Mato Grosso

    O estado de Mato Grosso apresentou uma redução significativa em sua taxa de analfabetismo nos últimos anos. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2024, divulgada pelo IBGE, a taxa caiu de 4,9% em 2022 para 4,5% em 2023. No entanto, o estado ainda apresenta o maior índice de analfabetismo entre as unidades da federação do Centro-Oeste.

    A capital, Cuiabá, também registra um índice de analfabetismo acima da média nacional, com 3,7% da população com 15 anos ou mais sendo analfabeta. Essa situação reflete a dívida histórica do país em relação à educação, especialmente no que diz respeito à alfabetização de jovens e adultos.

    A pesquisa do IBGE revela que o analfabetismo é mais prevalente entre a população mais velha, o que demonstra a necessidade de políticas públicas contínuas para garantir o acesso à educação para todos.

    Além disso, o estudo aponta que uma parcela significativa da população mato-grossense possui apenas o ensino fundamental incompleto, o que limita suas oportunidades no mercado de trabalho.

    MT Mais Muxirum em Mato Grosso

    Para tentar reverter esse cenário, o Governo de Mato Grosso lançou o programa “MT Mais Muxirum”, que visa alfabetizar cerca de 18 mil pessoas com mais de 15 anos até o final deste ano. Desde 2021, o programa já atendeu mais de 52 mil pessoas, contribuindo para a redução do analfabetismo no estado.

    Apesar dos avanços, desafios ainda persistem. O abandono escolar precoce continua sendo um problema, especialmente entre as mulheres, que frequentemente deixam os estudos por motivos como gravidez, necessidade de cuidar de familiares ou para ingressar no mercado de trabalho.

    A redução do analfabetismo é um processo gradual e complexo que exige investimentos contínuos em educação, além de políticas públicas que promovam a igualdade de oportunidades e o acesso à educação de qualidade para todos.

    O programa “MT Mais Muxirum” representa um passo importante nessa direção, mas é fundamental que o governo estadual e os municípios continuem trabalhando em conjunto para garantir que todos os mato-grossenses tenham a oportunidade de aprender a ler e escrever.

  • Produção de álcool contribui para queda na indústria em outubro, aponta IBGE

    Produção de álcool contribui para queda na indústria em outubro, aponta IBGE

    A produção industrial brasileira registrou recuo de 0,2% em outubro, conforme dados divulgados na quarta-feira (6) pela Pesquisa Industrial Mensal Brasil, do IBGE. Apesar da retração no mês, o setor acumula avanço de 5,8% em relação a outubro de 2022, marcando o quinto mês consecutivo de crescimento nessa base de comparação. No acumulado do ano, a produção industrial subiu 3,4%.

    O desempenho mantém a indústria 2,6% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, mas ainda 14,4% abaixo do recorde histórico alcançado em maio de 2011.

    Entre os fatores que pressionaram a queda de outubro, destaca-se a retração de 2% na produção de álcool, que havia crescido 4,7% em setembro. O segmento foi um dos principais responsáveis pelo desempenho negativo no mês.

    Por outro lado, entre as 25 atividades industriais monitoradas, 19 apresentaram crescimento na produção. Destaques positivos incluem o setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios, com alta de 14,1%, e o ramo de produtos diversos, que cresceu 7,4%. O segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias também exerceu influência positiva.

    Os resultados refletem a heterogeneidade do desempenho industrial, com alguns setores em expansão enquanto outros enfrentam desafios, como o de biocombustíveis, em meio a oscilações de mercado.

  • Brasil tinha 7,9 milhões de empresas ativas em 2022, diz IBGE

    Brasil tinha 7,9 milhões de empresas ativas em 2022, diz IBGE

    Em 2022, o Brasil tinha 7,9 milhões de empresas ativas, conforme registrou o Cadastro Central de Empresas (Cempre). Desse total, 32,9% (2,6 milhões) eram empregadoras e tinham 40,5 milhões de pessoas ocupadas em seus quadros. Do total de empregados, 90,1% (36,5 milhões) eram assalariadas, recebendo média mensal de R$ 3,1 mil.

    Os números fazem parte da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo (2022), divulgada nesta quinta-feira (5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Órgãos da administração pública, entidades sem fins lucrativos e organizações internacionais não estão incluídos no conceito de empresas da pesquisa, como também, os microempreendedores individuais (MEI).

    Nascimento

    Os dados mostram que, dentre as empresas empregadoras, 405,6 mil nasceram em 2022 – o que significa uma taxa de nascimento de 15,3%. Em relação às contratações, essas empresas recém-criadas foram responsáveis por aproximadamente 1,7 milhão de trabalhadores, que representa 4,6% do total de assalariados.

    O termo nascimento utilizado pelo IBGE é o evento demográfico caracterizado pelo início da atividade de uma empresa ou unidade local. Também são consideradas nesta categoria, as empresas que passaram 24 meses inativas, sem funcionários e depois volta à atividade.

    “São as empresas que são novas ou aquelas que, ao longo da sua existência ficam dormentes por um período que simplesmente fica sem funcionar. Se ela passou mais de 24 meses sem funcionar, quando ela retorna, para a gente, é considerada uma empresa que nasceu”, explica o gerente da pesquisa, Thiego Gonçalves Ferreira em coletiva de apresentação dos dados.

    Em comparação aos dados de 2017, a taxa de nascimento avançou de 10,9% para 15,3%, em 2022. Em paralelo, a participação do pessoal assalariado subiu de 3,3% para 4,6% em igual período.

    Em um recorte por sexo do trabalhador, a pesquisa constatou que as mulheres eram a menor parte dos vínculos das empresas (41,7%) nas empresas sobreviventes, ou seja, as que nasceram em 2017.

    “A participação feminina caiu entre 2018 e 2020 e voltou a crescer a partir de 2021”, acrescentou Eliseu Oliveira, analista da Gerência de Análises do IBGE na coletiva de apresentação dos dados.

    Na observação do nível de escolaridade, os dados mostram que a maioria não tinha nível superior.

    “A análise por nível de escolaridade dos assalariados revela que desde de 2019 houve uma queda de 9,5% para 8,8% na participação dos que tinham nível superior. Essa participação se manteve estável depois dessa queda, alcançando 8,9% de participação em 2022”, informou o analista.

    Mortes

    A taxa de mortalidade das unidades locais empregadoras no conjunto do país atingiu 9,2%. As maiores taxas, inclusive superando a nacional, foram registradas nas regiões Centro-Oeste (10%) , Norte (9,6%) e Nordeste (9,3%).

    Entre as unidades da federação, os maiores destaques foram Distrito Federal (11,2%) e Goiás (10,0%), na região Centro-Oeste; e Amapá (11,1%) e Amazonas (10,1%), na região Norte.

    Em movimento contrário, as menores taxas de mortes de empresas foram registradas na Paraíba (8,3%), Santa Catarina (8,6%) e Rio Grande do Sul (8,7%), e Mato Grosso do Sul (8,7%).

    “O conceito é o oposto do nascimento, com a diferença que nessa edição a gente está sendo mais rigoroso com a certidão de óbito da empresa. Se ela estiver em inatividade por dois anos seguidos, aí sim, a gente declara a morte dessa empresa. Significa que a gente só consegue ter uma informação mais precisa da morte de dois anos para trás. Aqui estamos falando de nascimento de empresa em 2022 e a morte de empresa de 2020”, disse

    Sobrevivência

    A permanência do funcionamento da empresa é tratada como sobrevivência, “evento demográfico caracterizado pela empresa ou unidade local que nasceu cinco anos antes do ano de referência e permaneceu ativa nos anos seguintes”. No caso das empresas empregadoras, se refere às que se encontram ativas no ano de nascimento e no(s) ano(s) seguinte(s), também na condição de empregadora.

    “A gente olha o ciclo de sobrevivência das empresas e pretende falar quanto tempo uma empresa sobreviveu. A gente pega as empresas que nasceram em determinado ano e acompanha os anos seguintes. A partir daí se consegue ter a taxa de sobrevivência”, afirmou Ferreira.

    De acordo com a pesquisa divulgada hoje, considerando as empresas que nasceram em 2017, pode-se observar que a taxa de sobrevivência após cinco anos de nascimento foi de 37,9%. Das empresas empregadoras que nasceram naquele ano, 76,2% sobreviveram em 2018; 59,6% em 2019; 49,4% em 2020; 42,3% em 2021 e apenas 37,3% sobreviveram em 2022.

    De um modo geral, a maior probabilidade de sobrevivência foi na região Sudeste, seguida das regiões Sul, Nordeste, Norte e, por fim, Centro-Oeste. Entre as Unidades da Federação, a taxa de sobrevivência no quinto ano variou de 27,9% (Amapá) a 40,5% (Sergipe).

    Empreendedorismo

    Os conceitos seguidos pelo IBGE, indicam que as empresas de alto crescimento são as que têm aumento médio de pessoal ocupado assalariado de pelo menos 10% ao ano, por um período de três anos, e com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial de observação.

    Em 2022 eram 70.032, que ocuparam 8 milhões de pessoas assalariadas. Em relação às empresas com 10 ou mais assalariados, as de alto crescimento representaram um quantitativo equivalente a 13,8% das empresas, 26,7% do pessoal assalariado e 24,6% dos salários e outras remunerações.

    Das empresas de alto crescimento, 6 623 eram as chamadas gazelas, as que tinham até 5 anos de nascimento. “Elas absorveram 409,5 mil pessoas assalariadas e pagaram um salário de 2,1 salários mínimos”, concluiu o analista.

  • Economia cresce 0,9% no terceiro trimestre de 2024, diz IBGE

    Economia cresce 0,9% no terceiro trimestre de 2024, diz IBGE

    A economia cresceu 0,9% na passagem do segundo para o terceiro trimestre do ano, empurrada pela indústria e pelo setor de serviços, na 13ª expansão consecutiva. Em relação ao terceiro trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país) apresentou alta de 4%.

    No acumulado de quatro trimestres, o crescimento da economia do país soma 3,1%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB chega a R$ 3 trilhões de reais.

    Em um recorte setorial, os serviços e a indústria cresceram 0,9% e 0,6% respectivamente, na passagem do segundo para o terceiro trimestre. Já a agropecuária foi o único setor que registrou queda, de 0,9%.

    Com os resultados divulgados, o PIB e o setor de serviços renovam patamares recordes. Por outro lado, a indústria se encontra 4,7% abaixo do pico, alcançado no 3º trimestre de 2013.

    A alta de 0,9% no trimestre ficou abaixo do crescimento de 1,4% apurado na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2024.

    Emprego e renda

    A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, atribui o resultado positivo do trimestre a fatores relacionados a emprego e renda.

    “A gente continua com vários efeitos positivos, como o mercado de trabalho, a inflação está acima da meta, mas não está em níveis altíssimos, e o governo continua com a política de transferência de renda”, enumera, lembrando que a taxa de desocupação atingiu patamares mínimos historicamente.

    Palis pondera que a desaceleração frente o crescimento apurado no segundo trimestre (1,4% para 0,9%) não é ainda impacto do aumento, em setembro, da taxa básica de juros, por parte do Comitê de Política Monetária (Copom), passando de 10,5% para 10,75% ao ano.

    “Demora um tempo para ter um efeito maior sobre a atividade economia. O terceiro trimestre não tem tanto esse impacto, apesar de o juro estar em um patamar elevado”, diz.

    Ela acrescenta que a base de comparação é alta, o que faz com que aumentos sejam menos expressivos.

    Nas atividades de serviços – setor com maior participação no PIB – as altas ficaram por conta de Informação e comunicação (2,1%); outras atividades de serviços (1,7%); atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%); atividades imobiliárias (1%); comércio (0,8%); transporte, armazenagem e correio (0,6%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%).

    Na indústria, houve alta de 1,3% nas indústrias de transformação – seguimento que transforma matéria-prima em um produto final ou intermediário, que vai ser novamente modificado por outra indústria. Em contrapartida, caíram construção (-1,7%); eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,4%) e indústrias extrativas (-0,3%).

    Os técnicos do IBGE calcularam que o investimento no terceiro trimestre, chamado de formação bruta de capital fixo, cresceu 2,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Os consumos das famílias (1,5%) e do governo (0,8%) também tiveram expansão.

    As exportações apresentaram queda de 0,6%, enquanto as importações cresceram 1%.

    Altas seguidas

    Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, a alta de 4% é a 15ª seguida. Na base comparativa, os serviços tiveram novamente maior expansão, de 4,1%, com destaque para a alta de informação e comunicação (7,8%) e outras atividades de serviços (6,4%).

    A indústria cresceu 3,6%, com destaque para construção (5,7%) e indústrias de transformação (4,2%), que foi influenciada, principalmente, pela fabricação de veículos automotores; outros equipamentos de transporte; móveis e produtos químicos.

    A agropecuária recuou 0,8%. De acordo com o comunicado do IBGE, “alguns produtos, cujas safras são significativas no terceiro trimestre, apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade, como cana (-1,2%), milho (-11,9%) e laranja (-14,9%)”.

    O instituto contextualiza que esses recuos apagaram o bom desemprenho de culturas como algodão (14,5%), trigo (5,3%) e café (0,3%), que também possuem safras relevantes no período.

    “Já era de se esperar, desde o começo do ano, e esse comportamento, ao longo do tempo, foi piorando, muito por conta das questões climáticas da seca, que têm acontecido no Brasil”, diz Rebeca Palis.

    O IBGE destaca que a melhora no mercado de trabalho, que se reflete no aumento da massa salarial, e programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, colaboraram para o consumo das famílias crescer 5,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2023 – 14º trimestre seguido de alta.

    Na mesma comparação, a despesa do governo cresceu 1,3%.

    A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2024 foi de 17,6%, o que representa um crescimento em relação à observada no mesmo período do ano anterior (16,4%).

    Acumulado do ano

    No acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 3,3% em relação a igual período de 2023. Nessa comparação, a agropecuária (-3,5%) caiu, enquanto a indústria (3,5%) e os serviços (3,8%) apresentaram expansão.

    Revisão para cima

    O IBGE informou também que o PIB de 2023, anteriormente um crescimento de 2,9%, foi revisto para 3,2%.

    Matéria alterada às 10h40 para acréscimo de informações.

  • Expectativa de vida ao nascer no Brasil sobe para 76,4 anos em 2023

    Expectativa de vida ao nascer no Brasil sobe para 76,4 anos em 2023

    A esperança de vida ao nascer no Brasil ficou em 76,4 anos em 2023, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e publicados nesta sexta-feira (29) no Diário Oficial da União. Houve um aumento de 0,9 ano em relação a 2022, quando a expectativa de vida era de 75,5 anos.

    Os dados completos da pesquisa Tábuas da Mortalidade serão divulgados pelo IBGE a partir das 10h desta sexta-feira.

    De acordo com o IBGE, a pesquisa fornece estimativas da expectativa de vida às idades exatas até os 80 anos, com data de referência em 1º de julho, o que permite o conhecimento sobre os níveis e padrões de mortalidade da população brasileira.

    A expectativa de vida é usada para o cálculo do chamado fator previdenciário para o cálculo dos valores relativos às aposentadorias dos trabalhadores que estão sob o Regime Geral de Previdência Social.

  • Empregos em Mato Grosso: Estado é o segundo com a menor taxa de desemprego no país, segundo IBGE

    Empregos em Mato Grosso: Estado é o segundo com a menor taxa de desemprego no país, segundo IBGE

    As taxas de empregos em Mato Grosso faz com que o Estado continue com o protagonismo econômico no Brasil.  Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (22.11).

    Rondônia lidera com 2,1%, seguido por Mato Grosso e Santa Catarina (2,8%). Em contrapartida, a média nacional atingiu 6,4%, evidenciando o destaque do estado no mercado de trabalho.

    Os dados também mostram que a taxa composta de subutilização da força de trabalho em Mato Grosso foi de apenas 7,6%, a terceira menor do país, atrás de Santa Catarina (5,1%) e Rondônia (5,5%).

    Este indicador, que inclui pessoas desocupadas, subocupadas e na força de trabalho potencial, contrasta com a média nacional de 15,7%. Além disso, o percentual de desalentados no estado foi de 1%, um dos menores índices do Brasil, bem abaixo da média nacional de 2,7%.

    Empregos em Mato Grosso: formal e informal

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    FOTO CANVA

    Outro ponto de destaque é a segurança no emprego formal: 78,1% dos trabalhadores ocupados no setor privado em Mato Grosso possuem carteira assinada, refletindo políticas públicas que priorizam direitos trabalhistas.

    No entanto, a taxa de informalidade no estado, de 35,3%, também é inferior à média nacional de 38,8%, sinalizando uma economia mais estruturada e menos dependente de ocupações precárias.

    Além disso, 23,7% da população ocupada no estado trabalha por conta própria, um dado alinhado com a média nacional de 24,6%. Esse equilíbrio reflete o fortalecimento do empreendedorismo e do mercado de trabalho formal, garantindo dinamismo econômico.

    Políticas públicas e perspectivas otimistas

    De acordo com o coordenador do Data Hub da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Vinicius Hideki, a baixa taxa de subutilização e desalentados é um reflexo direto de políticas públicas eficientes e do fortalecimento de setores como serviços, construção e agroindústria.

    Mato Grosso mantém-se em uma posição privilegiada, absorvendo a mão de obra disponível graças a um mercado de trabalho dinâmico”, afirmou.

    O secretário César Miranda destacou que o estado vive há anos uma situação de pleno emprego, resultado de políticas públicas alinhadas ao dinamismo da economia local.

    “Com novos investimentos previstos em infraestrutura, agroindústria e tecnologia, as perspectivas para 2025 são ainda mais otimistas. Mato Grosso é um modelo de crescimento econômico aliado à geração de emprego de qualidade e sustentabilidade”, concluiu.

  • Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

    Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

    A taxa de desocupação, também chamada de taxa de desemprego, caiu em sete unidades da federação no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. Nas outras 20, a taxa manteve-se estável, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A maior queda foi observada na Bahia, onde a taxa recuou 1,4 ponto percentual, passando de 11,1% no segundo trimestre para 9,7% no terceiro trimestre. Os outros seis locais com queda foram Rondônia (-1,2 ponto percentual, ao passar de 3,3% para 2,1%), Rio de Janeiro (-1,1 ponto percentual, ao passar de 9,6% para 8,5%), Mato Grosso (-1 ponto percentual, ao passar de 3,3% para 2,3%), Pernambuco (-1 ponto percentual, ao passar de 11,5% para 10,5%), Rio Grande do Sul (-0,8 ponto percentual, ao passar de 5,9% para 5,1%) e Santa Catarina (-0,4 ponto percentual, ao passar de 3,2% para 2,8%).

    Apesar da queda, Pernambuco continua sendo o estado com maior taxa de desemprego. Rondônia apresentou a menor taxa. A taxa de desemprego nacional, divulgada no fim de outubro, recuou para 6,4% no terceiro trimestre, inferior ao observado no segundo trimestre deste ano (6,9%) e no terceiro trimestre de 2023 (7,7%).

    Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a taxa de desemprego recuou em 13 unidades da federação, com destaque para o Amapá (com queda de 4,3 pontos percentuais, ao passar de 12,6% para 8,3%), Bahia (-3,6 pontos percentuais, ao passar de 13,3% para 9,7%) e Pernambuco (-2,7 pontos percentuais, ao passar de 13,2% para 10,5%).

    As outras 14 unidades da federação apresentaram estabilidade da taxa na comparação com o terceiro trimestre de 2023.

    A taxa de informalidade do mercado de trabalho, ou seja, o percentual de trabalhadores informais em relação ao total de pessoas ocupadas, subiu apenas em dois estados, na comparação com o segundo trimestre deste ano: Bahia (2,3 pontos percentuais, atingindo 51,7%) e Mato Grosso (1,7 ponto percentuais, alcançando 35,3%). Nas demais unidades da federação, manteve-se estável.

    Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, também houve alta em apenas dois locais: Roraima (3,6 pontos percentuais, atingindo 47,8%) e Rio Grande do Sul (1,4 ponto percentual, chegando a 32,9%). Nenhuma unidade da federação apresentou alta.

  • Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

    Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

    A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

    No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

    A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

    Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

    A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

  • Setor de serviços em Mato Grosso desacelera, enquanto o Brasil cresce

    Setor de serviços em Mato Grosso desacelera, enquanto o Brasil cresce

    O setor de serviços em Mato Grosso apresenta um cenário preocupante em 2024. Enquanto o Brasil como um todo demonstra um crescimento consistente nesse segmento, o estado mato-grossense tem registrado uma queda significativa na demanda por serviços, especialmente no turismo.

    De acordo com dados do IBGE, o setor de serviços em Mato Grosso acumulou resultados negativos ao longo do ano, com destaque para a queda de 20% nas atividades turísticas no período de janeiro a setembro, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa retração é a maior do país e coloca o estado em uma posição desfavorável em relação ao desempenho nacional.

    A desaceleração do setor de serviços em Mato Grosso contrasta com o crescimento de 2,9% observado no Brasil no mesmo período. Essa diferença é ainda mais acentuada quando se compara o desempenho mensal: enquanto o Brasil registrou um crescimento de 1,8% em setembro, Mato Grosso apresentou uma queda de 2%.

    O turismo, um dos setores mais afetados, registrou uma queda de 20% no acumulado do ano. Essa retração pode ser atribuída a diversos fatores, como a instabilidade econômica, a falta de investimentos em infraestrutura turística e a concorrência de outros destinos.

    A importância do setor de serviços em Mato Grosso

    É fundamental que sejam adotadas medidas eficazes para superar os desafios e impulsionar o crescimento econômico do estado.
    É fundamental que sejam adotadas medidas eficazes para superar os desafios e impulsionar o crescimento econômico do estado.

    O setor de serviços representa uma parcela significativa da economia de Mato Grosso, sendo o segundo maior do Centro-Oeste, atrás apenas do Distrito Federal.

    A desaceleração desse setor pode ter um impacto negativo em diversos outros setores da economia, como o comércio e a indústria.

    As causas dessa desaceleração são complexas e multifatoriais, podendo incluir:

    • Instabilidade econômica: A incerteza econômica pode levar as empresas a reduzirem seus investimentos e os consumidores a diminuírem seus gastos.
    • Falta de investimentos em infraestrutura: A falta de investimentos em infraestrutura, como rodovias e aeroportos, pode dificultar o acesso a destinos turísticos e prejudicar a logística de empresas de serviços.
    • Concorrência de outros destinos: Outros estados e países podem estar oferecendo condições mais atrativas para o turismo e para a instalação de empresas.

    O que pode ser feito para reverter essa situação?

    Para reverter essa tendência e impulsionar o crescimento do setor de serviços em Mato Grosso, é necessário um conjunto de medidas, como:

    • Incentivar o investimento privado: Criar um ambiente mais favorável para os investimentos privados, com redução de burocracia e incentivos fiscais.
    • Investir em infraestrutura: Melhorar a infraestrutura turística e logística do estado.
    • Diversificar a economia: Promover a diversificação da economia, reduzindo a dependência de um único setor.
    • Promover o turismo sustentável: Desenvolver produtos turísticos que valorizem a cultura e a natureza local, atraindo turistas mais conscientes e exigentes.

    A recuperação do setor de serviços em Mato Grosso é um desafio que exige a união de esforços de diversos atores, como o governo, a iniciativa privada e a sociedade civil. É fundamental que sejam adotadas medidas eficazes para superar os desafios e impulsionar o crescimento econômico do estado.

  • Mato Grosso lidera crescimento econômico no Centro-Oeste, com alta de 10,4% no PIB em 2022

    Mato Grosso lidera crescimento econômico no Centro-Oeste, com alta de 10,4% no PIB em 2022

    O Mato Grosso se destacou como um dos motores da economia brasileira em 2022. Segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado registrou um crescimento de 10,4% no Produto Interno Bruto (PIB), ficando atrás apenas de Roraima (11,3%) no ranking nacional.

    O desempenho expressivo do Mato Grosso se deve, em grande parte, à força do agronegócio, que, apesar de apresentar uma leve queda em volume (1,1%), continua sendo um dos principais pilares da economia estadual.

    Além do agronegócio, as indústrias de transformação, outros serviços e o comércio também contribuíram significativamente para o crescimento do PIB mato-grossense.

    Setores que mais cresceram em Mato Grosso

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    Foto: Christiano Antonucci/ Secom-MT

    No Brasil, os serviços foram o setor que mais cresceu em 2022, com alta de 4,3%. A indústria também apresentou crescimento, de 1,5%, enquanto a agropecuária registrou queda de 1,1%.

    O forte desempenho do Mato Grosso em 2022 demonstra a resiliência da economia estadual e sua capacidade de superar desafios.

    O crescimento do PIB é resultado de um conjunto de fatores, como a valorização das commodities, a expansão da produção agrícola e a diversificação da economia.

    Recuperação da economia brasileira

    A alta do PIB em Mato Grosso reflete a recuperação da economia brasileira como um todo.

    De acordo com a gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça, o crescimento do PIB pelo segundo ano consecutivo indica que o país está se recuperando dos efeitos da pandemia da Covid-19.

    Desempenho dos demais estados

    Entre os 27 estados brasileiros, 24 registraram crescimento do PIB em 2022. Além de Mato Grosso e Roraima, o Piauí (6,2%) e Tocantins (6%) também se destacaram com altas significativas. Por outro lado, Rio Grande do Sul (-2,6%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-0,7%) foram os únicos estados que registraram queda no PIB no período.