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  • IBGE: IPCA tem deflação de 0,68% em julho, menor taxa desde 1980

    IBGE: IPCA tem deflação de 0,68% em julho, menor taxa desde 1980

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de julho com deflação de 0,68%, a menor taxa desde o início da série histórica, em 1980. No acumulado do ano, a inflação oficial está em 4,77% e em 12 meses ficou em 10,07%. Em junho, a inflação subiu 0,67%. Os dados foram divulgados hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    De acordo com o gerente da Pesquisa, Pedro Kislanov, o índice foi pressionado pela queda no preço dos combustíveis, além da tarifa de energia elétrica. A gasolina caiu 15,48%, o etanol teve redução de 11,38% e o gás veicular ficou 5,67% mais barato.

    “A Petrobras, no dia 20 de julho, anunciou uma redução de 20 centavos no preço médio do combustível vendido para as distribuidoras. Além disso, tivemos também a Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, que reduziu o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações”, ressaltou Kislanov.

    Ele explicou que a redução nos combustíveis resultou em queda de 4,51% no grupo de transportes e teve reflexo também na habitação, que caiu 1,05% com a redução de 5,78% na conta da energia elétrica. Foram os dois únicos grupos com variação negativa no mês.

    Além da redução da alíquota de ICMS sobre os serviços de energia elétrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou as Revisões Tarifárias Extraordinárias de dez distribuidoras, reduzindo as tarifas a partir de 13 de julho.

  • IBGE: Processo seletivo complementar para recenseador em Lucas do Rio Verde termina hoje

    IBGE: Processo seletivo complementar para recenseador em Lucas do Rio Verde termina hoje

    Termina hoje (03) o prazo para inscrição no processo seletivo complementar para recenseador do IBGE para atuar em Lucas do Rio Verde. A inscrição é gratuita e pode ser feita no Posto de Coleta, que funciona na Casa de Pedra, Parque dos Buritis, centro da cidade. O acesso pode ser feito pela Rua Santa Fé.

    Segundo Pedro Spoladore, coordenador de área do Censo do IBGE, o processo é simples. “Basta comparecer ao Posto de Coleta, preencher o formulário de inscrição. A seleção vai ser bem rápida, a pessoa vai receber um treinamento de três dias e meio e pode trabalhar conosco. Estamos com 20 vagas em aberto, pois não conseguiremos concluir o censo em 31 de outubro com apenas 18 recenseadores”, pontuou.

    O interessado deve ter mais de 18 anos e ter concluído o ensino médio.

    O processo seletivo inicial previa o preenchimento de 55 vagas de recenseadores para atuar em Lucas do Rio Verde. Porém, apenas 18 estão atuando após o treinamento. O número é insuficiente. Caso não haja interessados, profissionais de outras cidades poderão ser deslocados para fazer as pesquisas no município. “A gente prefere trabalhar com pessoas que conhecem o município e podem fazer um trabalho de melhor qualidade”.

  • Censo Demográfico 2022 começa a ser realizado em Lucas do Rio Verde

    Censo Demográfico 2022 começa a ser realizado em Lucas do Rio Verde

    Começou nesta segunda-feira (01) a realização do Censo 2022 do IBGE em Lucas do Rio Verde. Até 31 de outubro os agentes vão percorrer todos os bairros do município para levantar informações atualizadas sobre os moradores locais.

    Serão aplicados dois questionários, um deles, mais extenso, de forma aleatória. O outro, mais básico, traz perguntas como a identificação do domicílio, informações sobre moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação, rendimento do responsável pelo domicílio, mortalidade.

    O coordenador de área do IBGE na região de Lucas do Rio Verde, Pedro Spoladore, informou que os recenseadores estão devidamente identificados com coletes, bonés e crachás. O impresso traz consigo um QR Code que, ao ser escaneado, direciona para a página do IBGE que detalha informações a respeito do agente censitário.

    “E com o dispositivo móvel de coleta (DMC), um computador de mão, ele vai de casa em casa, coletando os dados das famílias, e respondendo basicamente três perguntas: quem somos, como somos e como vivemos. O censo vai revelar, pois vivemos um ‘apagão estatístico’ de 12 anos, o último censo foi em 2010”, observou.

    Segundo Spoladore, os recenseadores foram treinados para dar celeridade às pesquisas. A expectativa é que os questionários simples sejam aplicados em no máximo 15 minutos, conforme a quantidade de pessoas que residem no imóvel. Já os questionários de amostra, que serão aplicados em 10% dos entrevistados, devem levar de 25 a 30 minutos para ser concluído.

    Censo 2022

    A idosa Joana Alves da Silva, 102 anos, foi uma das recenseadas nesta terça-feira (02). Ela mora com o neto, Alexandre da Silva, no bairro Rio Verde. A aplicação do questionário foi rápida. Alexandre considera fundamental o levantamento de informações que podem ajudar o município.

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    Foto: CenárioMT

    “Acho importante apurar o número de habitantes. Muita gente pensa que Lucas do Rio Verde tem 70 mil moradores, mas a cidade cresceu demais e cada vez aumenta a população”, descreveu.

    O prefeito Miguel Vaz acompanhou o início dos trabalhos dos agentes e ressaltou a necessidade de a população receber bem os agentes. Além disso, a realização do Censo Demográfico influenciará no desenvolvimento de políticas públicas.

    “O município recebe recursos do Governo Federal com base no número de habitantes. Hoje, por exemplo, Lucas do Rio Verde recebe essas receitas com base em 69 mil habitantes, que é a estimativa do IBGE. E nós temos certeza que temos muito mais habitantes em Lucas do Rio Verde”, pontua Vaz.

    Alguns dados administrados diariamente pelo poder público dão base a esse posicionamento. O número de atendimentos em PSF’s, por exemplo, é um deles. Outro é relacionado à ligação de domicílios ao sistema de água e esgoto. Ambos apontam para uma população superior à estimativa do IBGE.

  • Concursos: IBGE abre 398 vagas para agente censitário temporário

    Concursos: IBGE abre 398 vagas para agente censitário temporário

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou hoje (25) o edital para preencher vagas adicionais de agentes censitários temporários que atuarão no Censo 2022.

    A previsão do certame é que os agentes cumpram as demandas pelo período de 5 meses, que poderão ser prorrogados de acordo com as atividades e com os recursos disponíveis pelo IBGE.

    As inscrições para a seleção são gratuitas e podem ser efetuadas pelo site do instituto. Para agente censitário municipal, 119 vagas serão preenchidas. Para supervisor, 279 funcionários serão contratados. O IBGE exige, entre outras documentações, comprovante de conclusão do ensino médio e habilidades com planilhas digitais. Os salários vão de R$ 1,7 mil a R$ 2,1 mil, com auxílio transporte e auxílio alimentação. A Carga horária é de 8 horas diárias.

  • Indústrias empregavam 7,7 milhões de pessoas em 2020, aponta IBGE

    Indústrias empregavam 7,7 milhões de pessoas em 2020, aponta IBGE

    Em 2020, a indústria brasileira compreendia 303,6 mil empresas com uma ou mais pessoas ocupadas. Essas empresas geraram R$ 4 trilhões de receitas líquidas de vendas e pagaram um total de R$ 308,4 bilhões em salários e outras remunerações. Esse resultado envolveu 7,7 milhões de pessoas empregadas no setor industrial.

    Os dados constam da Pesquisa Industrial Anual Empresa 2020 (PIA Empresa), divulgada hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Segundo o levantamento, as indústrias de transformação concentraram 92,9% do faturamento das empresas industriais em 2020. O segmento de fabricação de produtos alimentícios ocupou a primeira posição no ranking de receita líquida de vendas, com 24,1% do faturamento da indústria brasileira. De 2011 a 2020, esse setor foi o que mais ganhou participação de mercado, com incremento de 5,9 pontos percentuais, dos quais 3,6 pontos percentuais foram relativos especificamente ao período 2019-2020.

    Outro destaque foi o setor de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que, em 2011, ocupava a segunda posição no ranking de receita líquida de vendas na indústria e caiu para quarta posição em 2020, perdendo 4,9 pontos percentuais de participação em 10 anos.

    “Esse movimento ocorreu em contrapartida ao avanço do segmento de fabricação de produtos químicos, que passou da quarta para a segunda posição em 10 anos, alcançando 10,5% do faturamento da indústria. As terceira e quinta colocações, mantidas inalteradas entre 2011 e 2020, foram ocupadas respectivamente pelas atividades de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (8,6%) e de metalurgia (6,4%)”, diz o IBGE.

    Mão de obra

    Em 2020, a indústria brasileira empregou 7,7 milhões de pessoas, das quais 97,4% estavam alocadas nas indústrias de transformação. Juntos, os cinco setores que mais empregaram, em 2020, concentraram 46,5% da mão de obra na indústria: fabricação de produtos alimentícios (23%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (6,7%), fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (5,8%), fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (5,7%) e fabricação de produtos de minerais não metálicos (5,3%).

    Segundo o IBGE, a indústria reduziu a mão de obra ocupada em cerca de 1 milhão de pessoas entre 2011 e 2020, com ênfase em setores que provavelmente enfrentam de forma mais intensa mudanças estruturais relacionadas, por exemplo, à evolução da tecnologia, à forte concorrência com o setor externo e à dependência do consumo interno.

    “Entre 2011 e 2020, mais da metade da perda esteve concentrada nos setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios (258,4 mil), de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (138,1 mil) e de fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (134,2 mil)”, diz a pesquisa.

    Na comparação de 2020 com 2019, observou-se aumento de 35.241 pessoas ocupadas (equivalente a um incremento de 0,5%), sendo 80% desses referentes às indústrias de transformação. Em especial, o setor de fabricação de produtos alimentícios aumentou a mão de obra ocupada em 7,4% no período, o equivalente a um acréscimo de 121,5 mil pessoas ocupadas.

    Pandemia

    “Vale destacar que em 2020, no início da emergência sanitária em decorrência da pandemia do novo coronavírus, decretos federais, estaduais e municipais estabeleceram que o setor industrial entraria no rol de atividades essenciais. Todavia, o grau de resiliência entre os segmentos industriais depende fundamentalmente da demanda pelos bens e serviços industriais produzidos, da necessidade de matérias-primas importadas e até mesmo da capacidade instalada que possibilite adaptar as linhas de produção frente a movimentos não antecipados de demanda. Assim, algumas atividades podem ter enfrentado maior dificuldade de escoamento de mercadorias, enquanto outras precisaram estabelecer turnos extras de trabalho para fazer frente às encomendas e cumprir contratos”, analisa o IBGE.

    Remuneração

    A remuneração média na indústria foi de 3 salários mínimos mensais. De forma geral, as indústrias extrativas (4,6 salários mínimos) pagaram um salário médio mais alto do que as indústrias de transformação (2,9 salários mínimos). Segundo a pesquisa, esse resultado foi influenciado sobretudo pela remuneração elevada no setor de extração de petróleo e gás natural, cujo salário mensal, em média, alcançou 22,7 salários mínimos em 2020.

    De 2019 a 2020, houve redução de 0,2 salários mínimos na indústria. Todas as atividades mantiveram o patamar ou tiveram redução salarial nesse período, com exceção de atividades de apoio à extração de minerais (que apresentou aumento de 0,6 salários mínimos) e de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (incremento de 1 salário mínimo).

    “A redução/manutenção das remunerações pode ter sido suavizada pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, criado pela Medida Provisória n. 936, de 01.04.2020 e convertida em Lei n. 14.020, de 06.07.2020, com o objetivo de mitigar os efeitos econômicos da pandemia de covid-19 sobre empresas e trabalhadores. Dessa forma, mesmo nas atividades que tiveram redução salarial, a renda do trabalhador pode ter sido complementada com os recursos do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda – BEm, conforme previsto no programa”, informou o IBGE.

    PIA Produto

    O IBGE também divulgou a Pesquisa Industrial Anual Produto 2020 (PIA Produto) que analisou, em 2020, cerca de 3,4 mil produtos e serviços industriais nas 31,7 mil empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas e suas 38,1 mil unidades locais industriais.

    No ranking dos dez principais produtos industriais, minério de ferro, com receita de R$ 145,7 bilhões e participação de 4,8% no total, influenciado pelo aumento de mais de 70% no preço da tonelada do minério em 2020, sustentado pela demanda chinesa, ultrapassou óleos brutos de petróleo, o segundo no ranking, com receita líquida de R$ 95,5 bilhões e participação de 3,1% no total, cuja cotação do barril de petróleo recuou em 2020.

    Em seguida, vêm carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 73,6 bilhões e 2,4% de participação), óleo diesel (R$ 70,5 bilhões e 2,3%) e álcool etílico (etanol) não desnaturado para fins carburantes (R$ 49,4 bilhões e 1,6%). Os dez maiores produtos, em conjunto, concentraram 20,9% do valor das vendas em 2020.

    Segundo o IBGE, entre os 100 principais produtos, os dez que mais perderam posições no ranking em relação a 2019 foram alguns que sofreram fortes impactos com medidas para combater a disseminação da covid-19, como o isolamento social e paralisações das fábricas.

    As duas maiores quedas no ranking estão associadas ao setor de aviação: querosene de aviação, que recuou 58 posições, ao passar da 28ª para a 86ª posição, e serviço de manutenção e reparação de aeronaves, turbinas e motores de aviação, que passou da 67ª para a 90ª posição, perdendo 23 posições.

  • IBGE inicia treinamento presencial para Censo 2022

    IBGE inicia treinamento presencial para Censo 2022

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou hoje (18) a fase presencial do curso de capacitação dos mais de 180 mil classificados para trabalhar no Censo 2022. Esse treinamento é a parte final do processo seletivo simplificado dos recenseadores e ocorrerá em milhares de locais espalhados por quase todos os municípios do país, ao longo desta semana. A próxima etapa será o início das visitas domiciliares em 1º de agosto.

    A coordenadora estadual de treinamento do IBGE no Rio de Janeiro, Maria Bernadete de Almeida Sanches, explicou que os recenseadores estão recebendo treinamento sobre as perguntas dos questionários do censo, sobre a abordagem aos moradores, percurso de trabalho e como atingir todo o seu setor censitário.

    “O recenseador está sendo treinado em como fazer a abordagem ao morador, como vai se apresentar ao morador, explicando o que é o censo e o IBGE”, disse a coordenadora. “Os recenseadores vão chegar uniformizados, de colete e boné, com crachá com telefone do IBGE. Se a pessoa não se sentir segura com a abordagem, pode fazer contato pelo telefone 0800 e certificar que é mesmo recenseador do IBGE”.

    Pelo atendimento telefônico gratuito do IBGE 0800 721 8181 pode-se confirmar a identidade do entrevistador.

    Centro de treinamento

    Em um dos centros de treinamentos na capital fluminense, uma das turmas reúne o recenseador mais idoso da cidade do Rio e a recenseadora mais nova. O analista de sistemas aposentado Paulo Sergio de Souza do Nascimento, de 70 anos, está emocionado de voltar aos estudos e ao trabalho na rua. Aposentado há 20 anos, teve o incentivo dos filhos para estudar para o concurso.

    “Eu fiquei emocionado de ter sido aprovado na prova depois de 40 anos fora da sala de aula. Tive o cuidado de escolher a área onde conheço melhor, onde tenho mais liberdade, que é a região portuária do Rio. Eu acho que ainda sou útil, apesar da minha idade”, disse Nascimento.

    Recém-formada no ensino médio, Mariana Yang Marques Farias, de 18 anos, destaca a importância da realização da pesquisa demográfica para a formulação das políticas públicas. Ela vai atuar nos bairros da Glória, Lapa e Catete. “Cada recenseador tem um setor censitário e a gente é responsável por fechar esse setor para não ter lacunas de informação do IBGE”.

    Caio Vinicius Araújo de Oliveira Salviano, de 18 anos, é o agente censitário supervisor mais novo da cidade do Rio. Ele vai fazer a supervisão do trabalho de 11 recenseadores na área da Gamboa, na região central da capital fluminense. Salviano foi um dos supervisores censitários que começou a receber treinamento em junho. “É importante ter as informações, saber em que pé está o Brasil. É uma honra estar aqui”, disse.

    Edição: Lílian Beraldo

  • Previsão do Ipea é de estabilidade para setor agropecuário em 2022

    Previsão do Ipea é de estabilidade para setor agropecuário em 2022

    O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou hoje (21) a revisão da projeção do valor adicionado (VA) do setor agropecuário de 2022, que passou de crescimento de 1% em março para estabilidade, ou seja, crescimento nulo no ano.

    Segundo o Ipea, a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do setor foi motivada pela piora na projeção da colheita de soja feita pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de queda de 12,1%, ante recuo de 8,8% anteriormente divulgado.

    No caso do valor adicionado da produção vegetal, um dos componentes do setor, a revisão foi de alta de 0,3% para redução de 0,9%; e na produção animal, a estimativa era de crescimento de 2,9%, ante previsão de alta anterior de 3%.

    Soja

    A redução da produção de soja é parcialmente contrabalançada pelo bom desempenho esperado para outras culturas como milho e café. O milho deve apresentar crescimento de 27,6% em sua produção. A segunda safra de milho, que começa a ser colhida neste trimestre, tem previsão de crescimento de 38,9%. Caso mantenha o desempenho, o grão deve ser o principal responsável por compensar a queda no valor adicionado da soja.

    Bovinos

    Na produção animal, apesar da melhora na projeção para o setor de bovinos, o resultado foi motivado por uma estimativa menor para a produção de leite, o segmento com a maior contribuição negativa do componente, cuja revisão foi de alta de 0,2% para queda de 3,8%, devido ao desempenho negativo no primeiro trimestre (queda de 10,3% na aquisição de leite no primeiro trimestre em relação a igual período do ano anterior), de acordo com dados do IBGE.

    Ovos

    A produção de ovos também teve resultado negativo no primeiro trimestre. “Para os demais segmentos, o primeiro trimestre foi positivo, com destaque para a produção de bovinos, cuja estimativa de crescimento foi revista de 3,8% para 4,6%. No caso dos suínos, a previsão é de crescimento de 4,5% para alta de 4,7%. Para a produção de aves, o resultado do primeiro trimestre veio abaixo do que esperavam e, por isso a previsão para o ano foi revista de crescimento de 3% para alta de 1,9%”, diz o Ipea.

    https://www.cenariomt.com.br/agro/safra-de-graos-2021-22-deve-alcancar-recorde-de-271-milhoes-de-toneladas/

  • Custo da construção civil sobe 2,17% em maio, diz IBGE

    Custo da construção civil sobe 2,17% em maio, diz IBGE

    O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de preços de 2,17% em maio deste ano. A taxa ficou acima do 1,21% de abril, segundo dados divulgados hoje (9).

    Segundo o IBGE, essa é a maior taxa desde julho de 2021. Com o resultado, o Sinapi acumula, em 12 meses, alta de custo de 15,44% em maio, acima dos 15% registrados em abril. O custo nacional da construção passou a ser de R$ 1.601,76 por metro quadrado.

    A mão de obra subiu 2,49% em maio e passou a ter o custo de R$ 638,78 por metro quadrado. Já os materiais ficaram 1,96% mais caros no mês e passaram a custar R$ 962,98.

    Edição: Valéria Aguiar

  • IBGE: produção industrial sobe 0,1% de março para abril

    IBGE: produção industrial sobe 0,1% de março para abril

    A produção da indústria no país variou 0,1% de março para abril deste ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a terceira avanço consecutiva do indicador, que acumula alta de 1,4% no período de três meses.

    “A produção industrial, ao assinalar variação positiva de 0,1% em abril de 2022, marcou o terceiro mês seguido de expansão, mas eliminou o recuo de 1,9% registrado em janeiro último. O setor industrial ainda se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia, ou seja, de fevereiro de 2020, e 18% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011”, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo.

    Na média móvel trimestral, a indústria também cresceu (0,5%). Nos demais tipos de comparação, no entanto, a produção teve quedas: em relação a abril de 2021 (-0,5%), no acumulado do ano (-3,4%) e no acumulado de 12 meses (-0,3%).

    Na passagem de março para abril, 16 das 26 atividades pesquisadas tiveram alta na produção, com destaques para coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,6%), bebidas (5,2%) e outros produtos químicos (2,8%).

    Por outro lado, dez atividades tiveram queda, entre elas produtos alimentícios (-4,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,2%).

    Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, tiveram alta apenas os bens de consumo semi e não duráveis (2,3%) e os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (0,8%). Os bens de capital – máquinas e equipamentos – caíram 9,2%, enquanto os bens de consumo duráveis recuaram 5,5%.

  • IBGE: preços da indústria sobem 1,94% em abril

    IBGE: preços da indústria sobem 1,94% em abril

    Os preços no setor industrial em abril deste ano subiram 1,94% na comparação com o mês anterior. O percentual representa recuo frente à passagem de fevereiro para março, quando houve alta de 3,12%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa ficou em 18%. No acumulado do ano, o indicador atingiu 6,94%. Os dados estão incluídos no Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Conforme o indicador, as quatro maiores variações foram observadas nas indústrias extrativa (-11,54%); refino de petróleo e biocombustíveis (6,57%); farmacêutica (6,51%); e metalurgia (6%). As maiores influências foram no refino de petróleo e biocombustíveis (0,80 ponto percentual); indústrias extrativas (-0,70 ponto percentual), outros produtos químicos (0,45 ponto percentual) e alimentos (0,44 ponto percentual).

    O gerente de Análise e Metodologia do IBGE, Alexandre Brandão, informou que o resultado de março havia sido alto, quando ficou em 3,12%, o maior desde o mesmo período de 2021. Naquela época, foi registrado 4,63%. O índice de abril é mais baixo, apesar de ser o segundo maior do ano e, desconsiderando o resultado do mês anterior, só é menor que o de outubro de 2021, que registrou 2,26%.

    “A queda dos preços das indústrias extrativas foi fundamental para a desaceleração ocorrida em abril em comparação a março. Tanto o óleo bruto de petróleo, quanto o minério de ferro, os dois produtos de maior peso no setor, tiveram variação negativa, atribuída às oscilações dos preços internacionais e à apreciação do real. A indústria de transformação, por sua vez, teve aumento de preços: em março – havia sido 2,66% e em abril, 2,81%”, completou.

    O IPP mede a variação dos preços de produtos na chamada porta da fábrica, o que significa que não inclui impostos e nem frete. Ao todo são pesquisadas 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação. Entre elas, 18 apresentaram alta em abril.

    O gerente destacou que se observada a variação dos preços pela perspectiva das grandes categorias econômicas, os valores de bens intermediários, que representam a maior parte da indústria brasileira, cresceram menos em abril (1,81%) do que em março (3,70%). “Nesse caso, também influenciado pela queda dos preços do óleo bruto de petróleo e do minério de ferro, além do resíduo de extração de soja, o único produto destacado em alimentos com variação negativa, devido ao final da safra e à apreciação do câmbio”.

    No entanto, houve aceleração na variação dos preços de bens de consumo, que passou de 2,88% em março para 3,37% em abril. De acordo com Brandão, os bens de consumo duráveis foram influenciados pela variação positiva dos automóveis, que têm peso grande no segmento. No caso dos bens de consumo não duráveis, a influência foi a variação dos preços da gasolina e dos alimentos, especialmente leite e derivados, por causa do aumento de custos e problemas na captação nas bacias leiteiras, além do açúcar e da carne.

    “No caso desses últimos produtos, apesar da apreciação do câmbio estar pressionando os preços das commodities para baixo, os valores internacionais subiram. Ainda na área de bens de consumo não duráveis, os produtos farmacêuticos, que têm preços controlados, tiveram reajuste de preços em abril”, acrescentou.

    O indicador mostrou ainda que a elevação dos preços tem acompanhado o mercado internacional. O percentual de 6,57% representa a quarta variação positiva consecutiva no setor. O acumulado no ano alcançou 22,8% e o acumulado em 12 meses, 52,14%. O setor foi o que apresentou a segunda maior variação no indicador mensal, a primeira no acumulado no ano e no acumulado em 12 meses, por ser a maior influência nos três indicadores.

    Os outros produtos químicos tiveram impacto pela oscilação internacional nos preços do adubo, produto de maior influência no setor. “Os outros dois produtos também são utilizados na agricultura e, devido à turbulência internacional, os produtores têm antecipado as compras para formar estoques e se precaver de problema maior para a próxima safra”, disse Brandão.

    Pesquisa

    Segundo o IBGE, o IPP acompanha a mudança média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, e sua evolução ao longo do tempo, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no país. “Trata-se de indicador essencial para o acompanhamento macroeconômico e valioso instrumento analítico para tomadores de decisão, públicos ou privados”, informou.

    A pesquisa é realizada em pouco mais de 2,1 mil empresas para apurar os preços recebidos pelo produtor, isentos de impostos, tarifas e fretes e definidos segundo as práticas comerciais mais usuais. No total, coleta mensalmente cerca de 6 mil preços.