Tag: IBGE

  • Inflação medida pelo INPC fecha fevereiro em 1,48%

    Inflação medida pelo INPC fecha fevereiro em 1,48%

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), inflação que costuma reajustar anualmente salários, fechou fevereiro em 1,48%. Assim como a inflação oficial do país, apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a conta de luz foi a vilã do mês.

    O resultado do INPC de fevereiro é o maior desde março de 2022 (1,71%). Em relação aos meses de fevereiro, é o mais alto desde 2003 (1,46%). Em 12 meses, o INPC soma 4,87%.

    Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A alta de fevereiro é explicada em grande parte pelo Bônus Itaipu, que concedeu desconto na conta de luz dos brasileiros em janeiro. No primeiro mês do ano, o índice apresentou variação nula (0%).

    Com o fim do desconto, o que já era previsto, a conta de energia elétrica subiu 16,96%, fazendo o grupo habitação – do qual faz parte a energia elétrica – subir 4,79%, impactando o INPC em 0,79 ponto percentual (p.p.).

    Em fevereiro, os produtos alimentícios subiram 0,75%, desaceleração em relação a janeiro (0,99%).

    Variações e impactos dos grupos de produtos e serviços:

    • Habitação: 4,79% (0,79 p.p.)
    • Transportes: 1,11% (0,22 p.p.)
    • Alimentação e bebidas: 0,75% (0,19 p.p.)
    • Educação: 4,45% (0,19 p.p.)
    • Saúde e cuidados pessoais: 0,54% (0,06 p.p.)
    • Artigos de residência: 0,44% (0,02 p.p.)
    • Comunicação: 0,17% (0,01 p.p.)
    • Despesas pessoais: 0,09% (0,01 p.p.)
    • Vestuário: -0,07% (-0,01 p.p.)

    Reajuste de salários

    O INPC impacta diretamente na vida de muitos brasileiros pois o acumulado móvel de 12 meses costuma ser utilizado para cálculo do reajuste de salários de diversas categorias ao longo do ano.

    O salário mínimo, por exemplo, leva o dado de novembro no seu cálculo. O seguro-desemprego, o benefício e o teto do INSS são reajustados com base no resultado de dezembro.

    INPC x IPCA

    A principal diferença para o IPCA é que o INPC apura o custo de vida de famílias com renda de até cinco salários mínimos. Já o IPCA, é o consumo de famílias com renda até 40 salários mínimos. Atualmente o mínimo é de R$ 1.518.

    O IBGE confere pesos diferentes aos grupos de preços pesquisados. No INPC, por exemplo, os alimentos representam 25% do índice, mais que no IPCA (21,86%), pois as famílias de menor renda gastam proporcionalmente mais com comida. Na ótica inversa, o preço de passagem de avião pesa menos no INPC do que no IPCA.

    “A apuração do INPC tem por objetivo a correção do poder de compra dos salários, através da mensuração das variações de preços da cesta de consumo da população assalariada com mais baixo rendimento”, diz o IBGE.

    Abrangência

    A coleta de preços é feita nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

  • Fiesp projeta crescimento de 1,3% da produção industrial em 2025

    Fiesp projeta crescimento de 1,3% da produção industrial em 2025

    A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou, nesta terça-feira (11), sua pesquisa de atividade industrial e expectativa para 2025, feita com base em dados do Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE). A Fiesp espera crescimento no patamar de 1,3% da produção industrial para este ano, ao passo que o apurado em janeiro indicou um início de produção estável, com crescimento em 18 dos 25 ramos pesquisados.

    Segundo a Fiesp, o resultado de janeiro é de estabilidade após três meses consecutivos de queda (com correção sazonal), tendo influência positiva nos ramos de máquinas e equipamentos (+6,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (+3,0%), além de borracha e material plástico (+3,7%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (+9,3%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+4,8%). Dos 25 segmentos analisados em janeiro, 13 estavam acelerando, 11 neutros e 1 desacelerando.

    Seis das atividades pesquisadas tiveram recuo na produção: indústria extrativa (-2,4%), que interrompeu dois meses consecutivos de crescimento, além de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,1%), celulose, papel e produtos de papel (-3,2%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%), com maior destaque.

    A análise considera ainda a divisão por grandes categorias econômicas. Na comparação com dezembro de 2024 e sem influências sazonais, o segmento de bens de capital teve alta expressiva (+4,5%), assim como o de bens de consumo duráveis (+4,4%) e, em menor medida, o de bens de consumo semi e não duráveis (+3,1%).

    A categoria de bens intermediários, que recuou 1,4%, foi a única com variação negativa no mês, e é a que engloba produtos destinados a outras indústrias, como aço, plástico e borracha. Sua desaceleração pode antecipar queda na produção de outros setores, pois está relacionada à previsão de produção das demais áreas.

    A Fiesp estima, porém, que, em 2025, ainda haverá crescimento, porém menos intenso do que o registrado em 2024, quando o setor teve expansão do Produto Interno Bruto (PIB) na casa de 3,8% e apresentou crescimento de produção de 3,1%.

    Para este ano, a estimativa é de crescimento de 1,3%. Em nota técnica, a Fiesp considera que o ano também deverá ser marcado por menor impulso fiscal e pelo ambiente externo mais desafiador, sobretudo em função das incertezas econômicas em torno da economia dos Estados Unidos e dos potenciais impactos macroeconômicos da condução da política comercial americana. “Portanto, esse cenário externo mais adverso corresponde a um desafio adicional para a atividade da indústria”, diz o texto.

  • Economia brasileira cresce 3,4% em 2024, maior alta desde 2021

    Economia brasileira cresce 3,4% em 2024, maior alta desde 2021

    A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, a maior expansão desde 2021. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) foi divulgado na manhã desta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento. De acordo com o IBGE, o PIB brasileiro chega a R$ 11,7 trilhões.

    Os setores de serviços e indústria empurraram o PIB para cima, com altas de 3,7% e 3,3%, respectivamente, na comparação com 2023. Por outro lado, a agropecuária apresentou recuo de 3,2%.

    Crescimento do nos últimos anos:

    2020 (início da pandemia): -3,3%
    2021: 4,8%
    2022: 3%
    2023: 3,2%
    2024: 3,4%

    O PIB pode ser calculado pela ótica da produção (análise do desempenho das atividades econômicas) ou do consumo (gastos e investimentos).

    Pelo lado da produção, o IBGE destaca que três segmentos foram responsáveis por cerca da metade do crescimento do PIB em 2024:

    – Outras atividades de serviços (5,3%)
    – Indústria de transformação (3,8%)
    – Comércio (3,8%)

    Especificamente dentro da indústria, o destaque foi a construção, com alta de 4,3%.

    A agropecuária apresentou queda depois de ter crescido 16,3% em 2023. Entre os motivos para o recuo estão efeitos climáticos diversos, que impactaram várias culturas importantes da lavoura, tendo como destaque a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).

    Consumo

    Pelo lado do consumo, o destaque foi o consumo das famílias, que se expandiu 4,8%. De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a explicação está ligada à disponibilidade de renda para a população.

    “Para o consumo das famílias tivemos uma conjunção positiva, como os programas de transferência de renda do governo, a continuação da melhoria do mercado de trabalho e os juros que foram, em média, mais baixos que em 2023”, analisa.

    O Brasil terminou 2024 com taxa de desemprego de 6,6%, a menor já registrada.

    A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa os investimentos, também foram destaque, com alta de 7,3%. Apesar de ser uma alta superior ao consumo das famílias, tem peso menor no cálculo do PIB. O consumo do governo cresceu 1,9%

    As importações apresentaram alta de 14,7% em 2024; e as exportações, 2,9%.

    Quarto trimestre

    No quarto trimestre, especificamente, a economia se expandiu 0,2%, o que é considerável estabilidade. Para Palis, um dos motivos de o país não ter crescido mais nos três meses do ano foi a inflação e o aumento dos juros – medida do Banco Central para combater o aumento de preços, porém com efeito de freio na atividade econômica.

    “No quarto trimestre de 2024 o que chama atenção é que o PIB ficou praticamente estável, com crescimento nos investimentos, mas com queda no consumo das famílias. Isso porque no quarto trimestre tivemos um pouco de aceleração da inflação, principalmente a de alimentos”, diz Palis”.

    “Continuamos tendo melhoria no mercado de trabalho, mas com uma taxa já não tão alta. E os juros começaram a subir em setembro do ano passado, o que já impactou no quarto trimestre”, explica Rebeca.

    O PIB per capita – que representa o PIB dividido pelo número de habitantes – alcançou R$ 55.247,45, um avanço de 3% ante 2023, já descontada a inflação.

    Matéria ampliada às 9h43

  • Resultados finais do CNPU são homologados

    Resultados finais do CNPU são homologados

    O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos homologou nesta sexta-feira (7), em Brasília, os resultados finais de cargos que não possuem curso de formação do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU).

    A pasta também convocou candidatos chamados para cursos de formação e publicou editais com pessoas habilitadas para a terceira etapa dos blocos com cargos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que exigem prova didática.

    “O perfil dos aprovados – pessoas que residem em todos os estados do Brasil, oriundas de 908 cidades e com um terço de pessoas pretas e pardas, com deficiência e indígenas – confirma que foi alcançado o objetivo de democratizar o acesso ao serviço público”, avaliou o ministério, em nota.

    “Confirmando a importância de distribuir as provas em 228 cidades, 36,5% dos classificados (chamados para vagas imediatas e chamados para os cursos de formação) são de cidades do interior do país, fora das capitais”, completou o ministério.

    Entenda

    Com a divulgação dos editais de homologação e dos editais de habilitação para provas didáticas dos cargos de pesquisadores do IBGE, além da convocação final para cursos de formação, o CPNU entra em sua última etapa.

    De acordo com o ministério, no caso de candidatos convocados para curso de formação, a matrícula é obrigatória. Para candidatos habilitados para provas didáticas do IBGE, a pasta publicou um edital específico sobre a etapa.

    No caso de aprovados em cargos sem curso de formação, após a homologação, a convocação será feita pelo respectivo órgão ou entidade.

    “As vagas são imediatas, mas é preciso esperar a aprovação e, depois, a sanção da Lei Orçamentária Anual (LOA), o que deve ocorrer em março, segundo calendário informado pelo Congresso Nacional”, destacou o ministério.

    “Após a sanção, cada órgão pedirá o provimento dos cargos e o ministério fará a aprovação desse pedido, autorizando a convocação. A expectativa é que essas convocações comecem a ser feitas entre o final de abril e o início de maio”, concluiu o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

    Cursos de formação

    A participação no curso de formação é obrigatória, eliminatória e classificatória. A aprovação do candidato nessa etapa é essencial para garantir a nomeação. O primeiro passo é realizar a matrícula na instituição organizadora, dentro do prazo estipulado, que inicia a partir da próxima semana.

    Para cursos organizados pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), a matrícula deve ser feita online pelo site da escola entre os dias 10 e 18 de março.

    No caso de cursos organizados pelo Cebraspe, as datas de matrícula são distintas e é preciso ficar de olho no site.

    “Quem não realizar a matrícula dentro do prazo será automaticamente eliminado daquele cargo”, alertou o ministério.

    Cadastro reserva

    Segundo o ministério, o cadastro de reserva ou banco de candidatos em lista de espera do CNPU é composto pelo dobro do número de vagas imediatas disponíveis em cada bloco, conforme previsto no edital.

    “Se, nas vagas imediatas, cada participante só aparece uma vez (de acordo com a ordem de preferência estabelecida por ela no momento da inscrição), uma mesma pessoa pode estar presente em diferentes listas de espera. É como se essa pessoa tivesse feito diferentes concursos ao mesmo tempo.  Ela terá notas e posições diferentes para cada cargo ranqueado dentro do bloco temático escolhido na inscrição, de acordo com o peso que cada eixo temático tem para os respectivos cargos.”

    Quem tomar posse em um cargo que seja sua terceira preferência, por exemplo, de acordo com o ministério, pode se manter no banco de candidatos para a sua primeira e segunda opções no momento da inscrição, tendo chance de ser convocado para ocupar posições melhores que surjam futuramente – se atingir os pré-requisitos.

  • Brasil é o sétimo em ranking de crescimento econômico com 40 países

    Brasil é o sétimo em ranking de crescimento econômico com 40 países

    O Brasil ocupa a sétima posição no ranking de 40 países que apresentaram dados de crescimento econômico referente a 2024. A listagem é elaborada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conhecida como clube dos países ricos, por reunir nações com as economias mais avançadas do mundo.

    Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, conforme divulgou nesta sexta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Países

    A OCDE tem 38 países, e o Brasil não está entre os membros efetivos, mas iniciou processo de adesão.

    A organização lista informações sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB – conjunto de bens e serviços produzidos no país) de 39 países, entre eles os não membros Brasil, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita e África do Sul. A Agência Brasil acrescentou o dado da Rússia, que cresceu 4,1% em 2024.

    Chile, Grécia, Luxemburgo e Nova Zelândia fazem parte da OCDE, mas não foram listados pois ainda não terem divulgado dados relativos a 2024.

    Comparação

    País mais populoso do mundo, com mais de 1,4 bilhão de habitantes, a Índia lidera o ranking de crescimento, com taxa anual de 6,7%. Em seguida aparecem China e Indonésia, ambos com expansão de 5%.

    O primeiro país das Américas a figurar no ranking é a Costa Rica, que cresceu 4,3% em 2024. Os Estados Unidos, maior economia do mundo, têm a 11ª maior alta (2,8%).

    O salto do PIB do Brasil foi superior à média dos países da OCDE, da União Europeia e do Grupo dos 7 (G7, países mais industrializados do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido).

    Já entre os primeiros países a formarem o Brics (grupo de nações emergentes: Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), o Brasil fica na frente apenas da África do Sul.

    Cinco países apresentam queda no PIB, incluindo a Alemanha (-0,2%), maior economia da Europa.

    Confira o ranking:

    1) Índia: 6,7%

    2) Indonésia: 5%

    3) China: 5%

    4) Costa Rica: 4,3%

    5) Rússia: 4,1%

    6) Dinamarca: 3,6%

    7) Brasil: 3,4%

    8) Espanha: 3,2%

    9) Turquia: 3,2%

    10) Polônia: 2,9%

    11) Estados Unidos: 2,8%

    12) Lituânia: 2,7%

    13) Noruega: 2,1%

    14) Eslováquia: 2%

    15) Coreia: 2%

    16) Portugal: 1,9%

    17) Colômbia: 1,7%

    18) Eslovênia: 1,6%

    19) Canadá: 1,5%

    20) México: 1,5%

    21) Suíça: 1,3%

    22) Arábia Saudita: 1,3%

    23) França: 1,2%

    24) República Tcheca: 1,1%

    25) Austrália: 1,1%

    26) Bélgica: 1%

    27) Suécia: 1%

    28) Países Baixos: 0,9%

    29) Reino Unido: 0,9%

    30) Itália: 0,7%

    31) África do Sul: 0,6%

    32) Hungria: 0,5%

    33) Islândia: 0,5%

    34) Israel: 0,1%

    35) Japão: 0,1%

    36) Finlândia: -0,2%

    37) Alemanha: -0,2%

    38) Estônia: -0,3%

    39) Letônia: -0,4%

    40) Áustria: -1,2%

    Comparação com grupo de países:

    Brasil: 3,4%

    G7: 1,7%

    OCDE: 1,7%

    União Europeia (27 países): 1%

    Zona do Euro (20 países): 0,9%

  • Mato Grosso celebra a 7ª maior média salarial do Brasil

    Mato Grosso celebra a 7ª maior média salarial do Brasil

    O cenário econômico de Mato Grosso apresenta um panorama otimista para seus trabalhadores, com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelando que o estado ostenta a 7ª maior média salarial do país em 2024. Este feito notável posiciona Mato Grosso como um polo de prosperidade no cenário nacional, com uma média salarial de R$ 3.510,00, superando a média nacional de R$ 3.225,00.

    Na vasta região Centro-Oeste, Mato Grosso se destaca, ficando atrás apenas do Distrito Federal, que lidera o ranking nacional com uma média salarial de R$ 5.043,00. O estado demonstra sua força econômica ao superar seus vizinhos, Mato Grosso do Sul e Goiás, consolidando-se como um dos principais motores da economia regional.

    A trajetória salarial dos trabalhadores mato-grossenses é marcada por um crescimento constante nos últimos quatro anos. Mesmo durante o período desafiador da pandemia de Covid-19 em 2021, o estado demonstrou resiliência, com uma média salarial de R$ 2.960,00, que evoluiu significativamente nos anos subsequentes.

    Em um olhar para o cenário nacional, o Distrito Federal se mantém no topo do ranking, seguido por São Paulo e Paraná. No entanto, Mato Grosso se destaca como um dos estados com maior potencial de crescimento, impulsionado por setores como o agronegócio e o setor de serviços.

    Os dados do IBGE refletem o dinamismo da economia mato-grossense e a valorização da mão de obra local. O estado se consolida como um ambiente promissor para profissionais de diversas áreas, impulsionando o desenvolvimento regional e contribuindo para o crescimento do país.

  • Nove estados e o DF têm renda por pessoa acima da média nacional

    Nove estados e o DF têm renda por pessoa acima da média nacional

    O Distrito Federal (DF) e nove estados apresentaram em 2024 rendimento médio domiciliar por pessoa acima da média do Brasil, que ficou em R$ 2.069. O DF lidera o ranking, com R$ 3.444, 66% acima do rendimento médio nacional.

    Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado com menor rendimento domiciliar por pessoa é o Maranhão (R$ 1.077). A diferença entre o Distrito Federal e o Maranhão supera três vezes (3,19).

    A liderança do DF é explicada pelo grande contingente de funcionários públicos na capital federal. Eles conseguem uma remuneração acima da média da iniciativa privada.

    O estado mais populoso do Brasil, São Paulo, figura na segunda posição, com rendimento domiciliar por pessoa de R$ 2.662.

    Renda x moradores

    O rendimento domiciliar per capita (por cabeça) é a relação entre o total dos rendimentos domiciliares e o total dos moradores. Nesse cálculo são considerados os rendimentos de trabalho e de outras fontes, como aposentadorias e benefícios do governo. Todos os moradores são considerados no cálculo.

    As dez unidades da federação (UF) que ficaram acima da média em 2024 são localizadas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na comparação com 2023, Minas Gerais deixou de ficar acima da média.

    A divulgação do rendimento per capita atende à Lei Complementar 143/2013, que estabelece os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE). Os dados são repassados ao Tribunal de Contas da União (TCU).

    As informações são coletadas ao longo do ano pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

    Ranking

    Veja o ranking de rendimento domiciliar mensal per capita:

    1) Distrito Federal: R$ 3.444

    2) São Paulo: R$ 2.662

    3) Rio Grande do Sul: R$ 2.608

    4) Santa Catarina: R$ 2.601

    5) Rio de Janeiro: R$ 2.490

    6) Paraná: R$ 2.482

    7) Mato Grosso: R$ 2.276

    8) Mato Grosso do Sul: R$ 2.169

    9) Espírito Santo: R$ 2.111

    10) Goiás: R$ 2.098

    Média Brasil: R$ 2.069

    11) Minas Gerais: R$ 2.001

    12) Tocantins: R$ 1.737

    13) Rondônia: R$ 1.717

    14) Rio Grande do Norte: R$ 1.616

    15) Roraima: R$ 1.538

    16) Amapá: R$ 1.514

    17) Sergipe: R$ 1.473

    18) Pernambuco: R$ 1.453

    19) Paraíba: R$ 1.401

    20) Bahia: R$ 1.366

    21) Piauí: R$ 1.350

    22) Pará: R$ 1.344

    23) Alagoas: R$ 1.331

    24) Acre: R$ 1.271

    25) Amazonas: R$ 1.238

    26) Ceará: R$ 1.225

    27) Maranhão: R$ 1.077

  • Informalidade recua no mercado de trabalho em janeiro, diz IBGE

    Informalidade recua no mercado de trabalho em janeiro, diz IBGE

    O percentual de pessoas trabalhando na informalidade no país caiu para 38,3% no trimestre encerrado em janeiro deste ano. Isto significa que 39,5 milhões do total de 103 milhões de trabalhadores no país trabalhavam sem carteira assinada ou sem CNPJ, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A taxa de informalidade recuou nas comparações com o trimestre anterior, encerrado em outubro de 2024 (38,9% ou 40,3 milhões), e com o trimestre encerrado em janeiro de 2024 (39%, ou 39,2 milhões).

    De acordo com o IBGE, o número de empregados sem carteira no setor privado (13,9 milhões) caiu na comparação trimestral (menos 553 mil pessoas) e cresceu 3,2% na comparação anual (mais 436 mil pessoas).

    Ao mesmo tempo, o número de empregados com carteira assinada no setor privado, sem contar os trabalhadores domésticos (39,3 milhões), ficou estável na comparação com o trimestre anterior e cresceu 3,6% (mais 1,4 milhão de pessoas) na comparação anual.

    A população ocupada (103 milhões) ficou 0,6% abaixo da observada no trimestre anterior (menos 641 mil pessoas) e 2,4% acima do resultado apurado em janeiro de 2024 (mais 2,4 milhões de pessoas). O nível de ocupação ficou em 58,2%, abaixo do trimestre anterior (58,7%) mas acima do trimestre encerrado em janeiro de 2024 (57,3%).

    “A queda dos trabalhadores informais [-2%] foi maior do que a queda da população ocupada [-0,6%]”, afirmou o pesquisador do IBGE William Kratochwill. “A desocupação aumentou basicamente nos empregos sem carteira”.

    Desemprego

    A taxa de desemprego ficou em 6,5% no trimestre, acima dos 6,2% do trimestre anterior, mas abaixo da observada no trimestre encerrado em janeiro de 2024 (7,4%). A população desocupada (7,2 milhões) cresceu 5,3% em relação ao trimestre anterior mas caiu 13,1% na comparação anual

    Kratochwill diz que um dos motivos para a alta da taxa, na comparação trimestral, foi a troca de governos municipais, que gerou perda de postos de trabalho na área de administração pública. Isso porque a troca dos gestores envolve, geralmente, demissões de trabalhadores de gestões anteriores.

    “Nesse último ano, tivemos as eleições municipais, então há uma nova administração pública e esse movimento [de aumento da taxa de desemprego] se repete a cada ciclo de quatro anos”, explicou.

    Segundo o IBGE, a alta trimestral na taxa de desemprego, de 0,3 ponto percentual (de 6,2% para 6,5%) é a maior para um trimestre encerrado em janeiro desde 2017 (0,7 ponto percentual).

    Apesar disso, a taxa de desemprego de 6,5% é a menor para um trimestre encerrado em janeiro desde o início da série histórica, em 2012, igualando-se à taxa de janeiro de 2014.

    Atividades

    Na comparação trimestral, nenhum grupamento de atividade teve crescimento na população ocupada, mas houve quedas em agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,1%, ou menos 170 mil pessoas) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%, ou menos 469 mil pessoas).

    Já na comparação anual, houve crescimento em cinco áreas: indústria geral (2,7%, ou mais 355 mil pessoas), construção (3,3%, ou mais 246 mil pessoas), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,4%, ou mais 654 mil pessoas), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (2,9%, ou mais 373 mil pessoas) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,9%, ou mais 523 mil pessoas). Nenhum grupamento teve perda significativa de postos de trabalho.

    Subutilização

    A população subutilizada, ou seja, a parcela dos desempregados e daqueles que poderiam trabalhar mais do que trabalham atualmente, ficou em 18,1 milhões, mantendo estabilidade na comparação trimestral e recuando 11% na comparação anual.

    Já a população desalentada, que inclui aqueles que gostariam de trabalhar e estavam disponíveis, mas que não buscaram trabalho por vários motivos ficou em 3,2 milhões, um crescimento de 4,8% no trimestre (mais 147 mil pessoas) e uma redução de 10,9% (menos 389 mil pessoas) no ano.

    Rendimento

    O rendimento médio real habitualmente recebido pelo trabalhador atingiu R$ 3.343, ficando acima do trimestre anterior (1,4%) e do ano anterior (3,7%). “Esse é o maior valor da série”, afirmou Kratochwill. O recorde anterior era de julho de 2020 (R$ 3.335).

    A massa de rendimento real habitual (R$ 339,5 bilhões) ficou estável no trimestre e aumentou 6,2% (mais R$ 19,9 bilhões) no ano.

  • Taxa de desemprego sobe para 6,5% no trimestre encerrado em janeiro

    Taxa de desemprego sobe para 6,5% no trimestre encerrado em janeiro

    A taxa de desocupação ficou em 6,5% no trimestre encerrado em janeiro deste ano, portanto acima dos 6,2% apurados no trimestre anterior (encerrado em outubro de 2024). Os dados são da Pesquisa Nacional pro Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Esta é a segunda alta consecutiva do indicador, depois de registrar o menor patamar da série histórica (iniciada em 2012), no trimestre encerrado novembro do ano passado (6,1%).

    Mesmo com a alta na comparação trimestral, a taxa de desemprego está abaixo da observada no trimestre encerrado em janeiro de 2024 (7,4%), de acordo com o IBGE.

    A população desocupada ficou em 7,2 milhões no trimestre encerrado em janeiro deste ano, ou seja, uma alta de 5,3% (mais 400 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, ou seja, na comparação com o trimestre encerrado em janeiro do ano passado, houve uma queda de 13,1% (menos 1,1 milhão de pessoas).

    A população ocupada (103 milhões) ficou 0,6% abaixo da observada no trimestre anterior (menos 641 mil pessoas) e 2,4% acima da apurada em janeiro de 2024 (mais 2,4 milhões de pessoas).

    O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.343) cresceu 1,4% no trimestre e 3,7% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 339,5 bilhões) ficou estável no trimestre e aumentou 6,2% (mais R$ 19,9 bilhões) no ano.

    *Matéria corrigida às 12h30 para informar que o menor patamar da taxa de desemprego na série histórica foi de 6,1%.

  • Mato Grosso apresenta alta evasão escolar entre adolescentes, aponta IBGE

    Mato Grosso apresenta alta evasão escolar entre adolescentes, aponta IBGE

    De acordo com o Censo 2022 de Educação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (26), Mato Grosso registrou 32.357 adolescentes de 15 a 17 anos fora das salas de aula, posicionando-se como o segundo estado com o maior índice de evasão escolar nessa faixa etária no Brasil, com uma taxa de frequência de 80,14%.

    O estado fica atrás apenas de Roraima, que apresentou uma taxa de 78,78%. Comparado ao Censo anterior, realizado em 2010, houve uma redução de 1,4% na frequência escolar dessa faixa etária em Mato Grosso.

    Além disso, o estado ocupa a 23ª posição nacional em frequência escolar entre jovens de 18 a 24 anos, com uma taxa de 25,66%, e a 21ª posição entre crianças de 6 a 14 anos, registrando 97,66% de frequência. Para efeito de comparação, o Distrito Federal lidera essa faixa etária com 98,96%.

    No que diz respeito à educação infantil, Mato Grosso está em 9º lugar na inclusão de crianças de 0 a 3 anos em creches ou pré-escolas, com uma taxa de 32,86%, abaixo da média nacional de 33,9%. Para crianças de 4 a 5 anos, o estado ocupa a 19ª posição, com 82,83%, também inferior à média nacional de 86,7%.

    Entre os municípios mato-grossenses, Tesouro destacou-se ao alcançar 100% de frequência escolar entre crianças de 4 a 5 anos. Por outro lado, Reserva do Cabaçal (56,2%) e Luciara (53,6%) apresentaram os melhores índices de frequência para crianças de até 3 anos.

    No que tange à população adulta, Mato Grosso está em 10º lugar no país em frequência escolar para pessoas com 25 anos ou mais, com uma taxa de 6,78%. Especificamente em Cuiabá, a capital ocupa a 9ª posição entre as capitais brasileiras com o maior número de pessoas de 25 anos ou mais com nível superior completo, atingindo 30,3%. Florianópolis (SC) e Vitória (ES) lideram esse ranking, ambas com 41,8%.

    A análise por cor ou raça revela que, em Mato Grosso, as populações de cor ou raça branca e amarela apresentaram os maiores índices de frequência escolar entre crianças e jovens de 4 a 14 anos. Curiosamente, a população de cor ou raça preta registrou a maior taxa de frequência escolar bruta entre crianças de 0 a 3 anos. Em contrapartida, os indígenas apresentaram os menores índices em três das cinco faixas etárias analisadas.

    A região Centro-Oeste, da qual Mato Grosso faz parte, registrou o segundo pior índice de frequência escolar do país em três faixas etárias. A única exceção foi entre a população de 18 a 24 anos, com uma taxa de 28,9%, ficando atrás apenas da região Sul, que registrou 29,8%. Por outro lado, os estudantes da região Norte apresentaram as piores taxas de frequência escolar do país até os 17 anos.

    Em âmbito nacional, os dados do IBGE indicam que, de 2000 a 2022, as taxas de frequência escolar avançaram em todas as regiões e em quase todos os grupos etários. No entanto, as desigualdades regionais persistem, evidenciando a necessidade de políticas públicas direcionadas para combater a evasão escolar e promover a inclusão educacional em todo o país.

    O aumento mais significativo na frequência escolar foi observado entre crianças de até 3 anos, passando de 9,4% em 2000 para 33,9% em 2022. Apesar desse avanço, o índice ainda está aquém da meta de 50% estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE). Apenas 11% dos municípios brasileiros superaram essa meta, indicando que há um longo caminho a ser percorrido para garantir acesso universal à educação desde a primeira infância.

     

    Por outro lado, a única faixa etária que apresentou redução na frequência escolar foi a de 18 a 24 anos, que diminuiu de 31,3% em 2000 para 27,7% em 2022. Essa queda pode ser atribuída ao fato de muitos jovens adultos estarem concluindo os ensinos Fundamental e Médio com atraso.

    Em relação às unidades federativas, o Amapá registrou as menores taxas de frequência escolar para as faixas de 0 a 3 anos (12%) e de 4 a 5 anos (65%). Já Roraima apresentou as menores taxas para os grupos de 6 a 14 anos (91,5%), 15 a 17 anos (78,8%) e 18 a 24 anos (24%).

    Esses dados ressaltam a importância de investimentos contínuos em educação e a implementação de políticas públicas eficazes para reduzir a evasão escolar e promover a inclusão educacional em todas as regiões do Brasil.