Tag: IA

  • Meta planeja usar dados de usuários para treinar IA, mas enfrenta questionamentos

    Meta planeja usar dados de usuários para treinar IA, mas enfrenta questionamentos

    A Meta, dona do Facebook e Instagram, planeja utilizar publicações dos usuários para treinar seus modelos de inteligência artificial (IA). A iniciativa, porém, enfrenta entraves legais na Europa, onde a companhia precisa lidar com regras mais rígidas de proteção de dados.

    Inicialmente programado para começar hoje, o treinamento da IA foi adiado após a Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (DPC) intervir com 11 ações judiciais. Stefano Fratta, diretor global de engajamento de políticas de privacidade da Meta, classificou a decisão como “desapontadora”.

    A empresa argumenta que sua abordagem é transparente e oferece mais controle aos usuários do que a adotada por concorrentes como Google e OpenAI, que já treinam seus modelos com dados europeus. No entanto, o grupo de direitos digitais Noyb contesta essa afirmação, alegando que a Meta “ignora o direito fundamental à proteção de dados e privacidade dos usuários europeus”.

    Para usuários da União Europeia e do Reino Unido, amparados por leis de proteção de dados mais rígidas, haverá a possibilidade de se oporem ao uso de seus dados. A Meta notificará os usuários novamente antes de implementar as mudanças e disponibilizará um formulário para registro de objeção. O aceite do pedido, no entanto, não é garantido.

    Já para usuários fora desses países, não há opção de opt-out. O adiamento também afetou o lançamento do Meta AI na Europa. “Sem incluir informações locais, só poderíamos oferecer às pessoas [na Europa] uma experiência de segunda categoria”, explicou Fratta. “Isso significa que não podemos lançar o Meta AI na Europa no momento”.

    A Meta afirma que continuará trabalhando com a DPC para que os usuários europeus tenham acesso ao mesmo nível de inovação em IA que o resto do mundo.

    A iniciativa, que já enfrenta entraves legais na Europa, também levanta questionamentos no Brasil, onde a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) entrou em vigor em 2020.

    Pontos a serem ponderados no Brasil:

    Meta planeja usar dados de usuários para treinar IA, mas enfrenta questionamentos

    1. Adequação à LGPD:

    • A LGPD garante aos brasileiros o direito à transparência sobre como seus dados são coletados e utilizados. A Meta precisará detalhar claramente como as publicações dos usuários serão utilizadas para treinar a IA, demonstrando que a iniciativa está em conformidade com os princípios da LGPD, como a finalidade específica, adequação e necessidade, além da segurança e não discriminação.
    • A empresa também deve obter o consentimento livre e expresso dos usuários antes de utilizar seus dados para treinar a IA. Esse consentimento deve ser claro, específico e informado, permitindo que os usuários compreendam as implicações do compartilhamento de seus dados.

    2. Impacto na privacidade dos usuários:

    • A utilização de dados pessoais para treinar a IA levanta preocupações sobre a privacidade dos usuários. É importante que a Meta implemente medidas robustas para proteger os dados dos usuários, como a anonimização e a pseudonimização, e que limite a coleta e o uso de dados ao mínimo necessário para o treinamento da IA.
    • A empresa também deve ser transparente sobre os algoritmos utilizados para treinar a IA e como eles podem afetar os resultados. É fundamental que esses algoritmos sejam justos, imparciais e não discriminatórios, evitando vieses que possam prejudicar determinados grupos de usuários.

    3. Participação da sociedade civil:

    • É fundamental que a sociedade civil brasileira esteja envolvida na discussão sobre o uso de dados de usuários para treinar a IA. A Meta deve realizar consultas públicas e debates com especialistas e representantes da sociedade para garantir que suas práticas estejam alinhadas com os valores e expectativas da população brasileira.
    • O Congresso Nacional e outras entidades relevantes também devem debater a questão e propor medidas para garantir a proteção dos dados dos usuários e a promoção da inovação responsável em IA.

    4. Oportunidades para o Brasil:

    • O Brasil tem um grande potencial para se tornar um polo de desenvolvimento de IA. A Meta, com sua expertise em dados e tecnologia, pode contribuir para o desenvolvimento da IA no país, desde que suas práticas estejam em conformidade com a LGPD e com os princípios éticos da IA.
    • A empresa pode colaborar com universidades, centros de pesquisa e empresas brasileiras para desenvolver soluções inovadoras em IA que atendam às necessidades do país.

    5. Ações dos usuários:

    • Os usuários brasileiros devem se informar sobre como seus dados estão sendo utilizados pelas plataformas online e tomar medidas para proteger sua privacidade.
    • É importante ler atentamente os termos de uso e políticas de privacidade das plataformas e utilizar as ferramentas disponíveis para controlar o compartilhamento de dados.
    • Os usuários também podem optar por não compartilhar publicações que considerem sensíveis ou privadas.

    A utilização de dados de usuários para treinar a IA é um tema complexo que levanta questões importantes sobre privacidade, ética e inovação. No Brasil, a LGPD oferece um marco legal para garantir a proteção dos dados dos usuários, mas é fundamental que a sociedade civil, o governo e as empresas trabalhem em conjunto para garantir que a IA seja desenvolvida e utilizada de forma responsável e ética.

  • ChatGPT analisa PDFs gratuitamente: Veja como utilizar

    ChatGPT analisa PDFs gratuitamente: Veja como utilizar

    Apesar da chegada dos chatbots do Google e da Microsoft, o ChatGPT continua sendo um dos melhores e mais utilizados modelos de linguagem generativa baseados em IA. Recentemente, a OpenAI atualizou o ChatGPT com a versão GPT-4o, disponibilizando recursos como navegação, visão computacional, análise de dados e upload de arquivos para usuários gratuitos. Isso significa que agora você pode enviar PDFs e pedir ao ChatGPT para resumir, reformular ou realizar outras ações. Veja como fazer isso em menos de um minuto:

    1. Acesse o ChatGPT pelo navegador ou dispositivo móvel e efetue login em sua conta.
    2. Inicie um novo chat ou abra um existente e clique no ícone de “clipe de papel”.
    3. Selecione a opção desejada para conectar o ChatGPT ao Google Drive, Microsoft OneDrive ou fazer upload do arquivo diretamente do seu computador.
    4. Escolha o PDF que deseja analisar e envie-o para o ChatGPT.
    5. Digite na caixa de texto o que você quer fazer com o arquivo. Por exemplo, peça para “resumir o documento” ou “mostrar os pontos principais em tópicos”.

    ChatGPT analisa PDFs gratuitamente: Veja como utilizar

    O ChatGPT pode ser muito útil para lidar com PDFs extensos e complexos. Assim como ele, o Microsoft Copilot e o Google Gemini também permitem anexar arquivos e fazer perguntas gratuitamente. Nas últimas semanas, a OpenAI vem adicionando recursos como a capacidade de conversar com o ChatGPT enquanto utiliza outros aplicativos e a edição e análise de imagens com o DALL-E 3.

  • Meta marca conteúdo com rótulo enganoso “Feito com IA” acidentalmente

    Meta marca conteúdo com rótulo enganoso “Feito com IA” acidentalmente

    No início de fevereiro, a Meta anunciou que começaria a rotular fotos criadas com ferramentas de IA em suas redes sociais. No entanto, desde maio, usuários e fotógrafos criticaram a abordagem da empresa depois que fotos sem envolvimento de IA receberam o rótulo “Feito com IA”.

    Vários fotógrafos relataram que suas imagens foram marcadas incorretamente. Por exemplo, o ex-fotógrafo da Casa Branca, Pete Souza, observou que uma de suas fotos recebeu o rótulo após usar a ferramenta de corte da Adobe. Souza acredita que uma mudança na forma como a ferramenta salva imagens acionou o algoritmo da Meta.

    A Meta não comentou oficialmente a experiência de Souza ou reclamações semelhantes. No entanto, após a publicação da história, a empresa reconheceu que está reavaliando sua abordagem de rotulagem para refletir o grau de IA usado em uma imagem.

    Em fevereiro, a Meta explicou que utiliza metadados de imagem para detectar o uso de IA. A empresa visa identificar marcadores que indicam conteúdo “gerado por IA” criado por várias ferramentas de IA.

    Relatos sugerem que a Meta pode estar aplicando o rótulo quando os fotógrafos usam ferramentas como o preenchimento de IA generativo da Adobe. Embora a Meta não tenha esclarecido os gatilhos exatos para o rótulo, alguns fotógrafos apoiam a divulgação de qualquer uso de ferramenta de IA.

    Atualmente, a Meta não oferece distinção entre o uso de IA para criação de fotos ou edição básica. Essa falta de clareza torna difícil para os usuários entenderem a extensão do envolvimento da IA em uma foto. Além disso, algumas fotos demonstravelmente geradas por IA permanecem sem rótulo nas plataformas da Meta.

    Com as eleições dos EUA se aproximando, as empresas de mídia social enfrentam crescente pressão para lidar com o conteúdo gerado por IA de forma responsável.

  • Alexa por assinatura? Amazon pode cobrar até R$ 50 mensais por assistente com inteligência artificial avançada

    Alexa por assinatura? Amazon pode cobrar até R$ 50 mensais por assistente com inteligência artificial avançada

    A Amazon, concorrente da Apple, está trabalhando em uma reformulação completa de sua assistente virtual Alexa, e a nova versão pode custar até R$ 50 por mês, de acordo com reportagem da Reuters. A próxima geração da Alexa contará com inteligência artificial generativa capaz de manter conversas fluidas, e a Amazon planeja oferecer o serviço em duas modalidades.

    Haverá uma opção gratuita e uma premium, com preço inicial de R$ 25, podendo chegar a R$ 50 (preço baseado no valor do dólar atual). A assinatura anual do Amazon Prime (R$ 149) não incluirá a Alexa premium.

    Há quase uma década a Alexa não recebe atualizações significativas, ficando para trás de outros produtos de IA que utilizam modelos de linguagem avançados. Atualmente, a Alexa é gratuita e vem integrada aos dispositivos da Amazon, não gerando lucro direto para a empresa. Alguns funcionários que conversaram com a Reuters classificaram a reformulação como uma “tentativa desesperada” de revitalizar a assistente, e executivos da Amazon destacaram a importância de a Alexa demonstrar capacidade de gerar “vendas significativas”.

    Embora a Alexa seja um dos nomes mais reconhecidos no mundo da inteligência artificial e esteja presente em milhões de lares, a assistente virtual da Amazon ainda não gera lucro direto para a empresa.

    Por quê?

    • Modelo de negócio atual: A Alexa é gratuita e vem integrada a diversos dispositivos da Amazon, como Echo, Fire TV e smartphones. Isso significa que a Amazon não cobra diretamente pelo uso da assistente.
    • Foco na coleta de dados: O principal objetivo da Alexa, no momento, é coletar dados sobre os hábitos e preferências dos usuários. Esses dados são valiosíssimos para a Amazon, pois permitem direcionar anúncios personalizados e aprimorar seus produtos e serviços.
    • Potencial para monetização futura: Apesar de não gerar lucro direto no momento, a Alexa tem um grande potencial para ser monetizada no futuro. A Amazon pode, por exemplo, cobrar por serviços premium, como acesso a recursos exclusivos da assistente ou integração com serviços de terceiros.

    A reformulação da Alexa:

    Alexa por assinatura? Amazon pode cobrar até R$ 50 mensais por assistente com inteligência artificial avançada
    Créditos: Echo Pop / Amazon

    Em um esforço para tornar a Alexa mais lucrativa, a Amazon está trabalhando em uma reformulação completa da assistente. A nova versão, chamada internamente de “Remarkable Alexa” (Alexa Extraordinária), contará com inteligência artificial generativa capaz de manter conversas fluidas e realizar tarefas mais complexas, como:

    • Criar e-mails
    • Fornecer recomendações de compra
    • Pedir delivery
    • Controlar dispositivos inteligentes residenciais de forma mais intuitiva e automatizada

    Possíveis modelos de assinatura:

    A Amazon ainda não definiu como irá monetizar a nova versão da Alexa, mas algumas possibilidades incluem:

    • Assinatura mensal: A opção mais simples seria cobrar um valor fixo por mês para acessar a versão premium da Alexa.
    • Microtransações: A Amazon poderia cobrar por serviços específicos dentro da Alexa, como acesso a recursos exclusivos ou integração com serviços de terceiros.
    • Modelo freemium: A versão básica da Alexa poderia continuar gratuita, mas a versão premium ofereceria recursos adicionais mediante assinatura.

    Desafios e oportunidades:

    A reformulação da Alexa é um projeto ambicioso que pode trazer grandes benefícios para a Amazon, mas também apresenta alguns desafios:

    • Competição: A Alexa enfrenta forte concorrência de outras assistentes virtuais, como Siri e Google Assistant.
    • Custos de desenvolvimento: O desenvolvimento da nova versão da Alexa exigirá um investimento significativo em pesquisa e desenvolvimento.
    • Aceitação do público: A Amazon precisa convencer os usuários de que a nova versão da Alexa vale a pena pagar.

    A previsão é que a versão renovada da Alexa esteja pronta em agosto, chegando ao mercado ainda este ano. A Apple também trabalha em uma atualização similar para a Siri, integrando modelos de linguagem avançados, mas muitas das novas funções da ‌Siri‌ só serão lançadas em 2025.

  • Automação em ritmo acelerado pode transformar o mercado de trabalho

    Automação em ritmo acelerado pode transformar o mercado de trabalho

    Tarefas antes realizadas por humanos estão sendo rapidamente automatizadas pela inteligência artificial (IA) em empresas de todo o mundo. Uma pesquisa recente revela que mais da metade das grandes empresas globais planejam usar IA no próximo ano para automatizar atividades que antes eram executadas por funcionários.

    Isso inclui desde tarefas rotineiras como pagamento de fornecedores e emissão de notas fiscais até atividades mais complexas como elaboração de relatórios financeiros e criação de campanhas de marketing. A IA já está sendo utilizada para auxiliar em tarefas criativas, como a redação de textos e o desenvolvimento de ideias.

    A adoção da IA pelas empresas é impulsionada por diversos fatores, incluindo a busca por redução de custos, aumento da produtividade e aprimoramento da qualidade do trabalho. Os especialistas preveem que a IA terá um impacto significativo no mercado de trabalho, transformando funções e exigindo novas habilidades dos trabalhadores.

    Embora alguns temam que a IA cause perda em massa de empregos, outros acreditam que ela trará novas oportunidades e permitirá que os humanos se concentrem em atividades mais estratégicas e criativas. É importante que os trabalhadores se adaptem à nova realidade e busquem desenvolver as habilidades necessárias para trabalhar em conjunto com a IA.

    Automação em ritmo acelerado pode transformar o mercado de trabalho
    Dall-E 3

    Governos e empresas precisam investir em educação e treinamento para preparar os trabalhadores para o futuro do trabalho. A criação de políticas públicas que garantam a inclusão digital e a proteção dos direitos dos trabalhadores também é fundamental.

    A IA é uma ferramenta poderosa que pode trazer muitos benefícios para a sociedade, mas é importante usá-la de forma responsável e ética. É essencial que haja um debate público sobre o impacto da IA no mercado de trabalho e no futuro da humanidade.

    Alguns pontos importantes a serem considerados:

    • A IA está transformando o mercado de trabalho em todo o mundo, não apenas na américa do norte.
    • A automação afeta diversos setores e áreas de trabalho, não apenas as tarefas repetitivas.
    • É importante que os trabalhadores se adaptem à nova realidade e busquem desenvolver novas habilidades.
    • Governos e empresas precisam investir em educação e treinamento para preparar os trabalhadores para o futuro do trabalho.
    • A criação de políticas públicas que garantam a inclusão digital e a proteção dos direitos dos trabalhadores é fundamental.
    • O uso da IA deve ser feito de forma responsável e ética, com foco no bem-estar da sociedade.

    A IA é uma realidade que já está impactando o nosso mundo. É importante que estejamos preparados para lidar com as mudanças que ela trará e que aproveitemos as oportunidades que ela oferece.

  • YouTube testa IA para busca de músicas: “Ask for Music” em desenvolvimento

    YouTube testa IA para busca de músicas: “Ask for Music” em desenvolvimento

    O YouTube Music pode estar ganhando um novo recurso com inteligência artificial (IA) para buscar músicas por voz. De acordo com rumores recentes, o serviço de streaming de música do Google estaria preparando a função “Pergunte pela Música”.

    Lembra daquela função “Cantarolar para buscar” que usa IA para identificar músicas? O “Pergunte pela Música” seria a próxima inovação e, pelo que parece, utilizaria um chatbot com IA para permitir que você peça músicas de forma natural, como se estivesse conversando com alguém.

    Esse recurso foi encontrado durante uma análise detalhada do aplicativo YouTube Music para Android, na versão 7.06.53. O código do aplicativo indica o desenvolvimento dessa nova ferramenta baseada em IA. Vários trechos do código sugerem que o recurso ainda está em fase de testes.

    Shazam + IA no Youtube?

    YouTube testa IA para busca de músicas: "Ask for Music" em desenvolvimento

    O próprio nome da função e um aviso inicial na tela revelam sua natureza. O aviso diz: “As respostas geradas por IA são experimentais. A qualidade e precisão podem variar. Não insira informações confidenciais ou pessoais sobre você ou outras pessoas.” Além disso, há menção a um botão de envio, sugerindo interação do usuário.

    Embora a funcionalidade exata ainda não esteja clara, a presença de respostas geradas por IA e um aviso inicial indicam que o recurso poderia funcionar como um chatbot. Você poderá fazer perguntas sobre músicas, artistas e álbuns de maneira natural, e a IA fornecerá informações e possivelmente links para músicas e álbuns relevantes.

    O YouTube Music já possui alguns recursos baseados em IA, como a busca por áudio (pelo ícone de onda no canto superior direito) e a capa de playlist gerada por IA que cria imagens para as playlists personalizadas. Se o “Pergunte pela Música” for implementado, representaria o primeiro recurso de IA abrangente da plataforma.

    Vale ressaltar que essas análises de aplicativos costumam revelar recursos que podem estar longe de serem lançados ou nunca serem disponibilizados. Às vezes, os desenvolvedores deixam códigos de recursos não lançados ou abandonados dentro do aplicativo, tornando prematuro confirmar se o “Pergunte pela Música” estará disponível para os usuários.

  • Embracer Group aposta em IA após demitir mais de mil funcionários

    Embracer Group aposta em IA após demitir mais de mil funcionários

    Após um ano marcado por demissões e cancelamentos de projetos, a Embracer Group, empresa controladora de estúdios renomados como THQ Nordic, Gearbox Entertainment e Crystal Dynamics – Eidos Montreal, anunciou em seu relatório anual a implementação de uma política de inteligência artificial (IA) em seus processos de produção de jogos. A decisão, tomada em meio a debates acalorados sobre o uso da IA na indústria de games e em outros setores, visa impulsionar a competitividade da empresa e oferecer experiências de jogo mais imersivas e personalizadas aos jogadores.

    Em seu relatório, a Embracer argumenta que a adoção da IA é crucial para se manter à frente da concorrência, citando gigantes do setor como EA, Sony, Square Enix e Ubisoft como exemplos. A empresa acredita que a IA pode otimizar significativamente o desenvolvimento de jogos, reduzindo custos e tempo de produção, além de possibilitar a criação de comportamentos mais inteligentes e personalização da experiência do jogador.

    “A IA tem o potencial de revolucionar o desenvolvimento de jogos, aumentando a eficiência dos recursos, adicionando comportamentos inteligentes, personalização e otimização à experiência do jogador”, afirma a Embracer no relatório. “Ao alavancar a IA, criamos experiências mais envolventes e imersivas que proporcionam a cada jogador uma experiência única, dinâmica e personalizada.”

    Embracer Group aposta em IA após demitir mais de mil funcionários
    Créditos: Embracer Group

    Embora reconheça os benefícios da IA, a Embracer também pondera os riscos associados à sua implementação, como a possibilidade de resultados antiéticos, tendenciosos, discriminatórios ou incorretos, caso a tecnologia não seja utilizada de forma adequada e responsável.

    A decisão da Embracer de adotar a IA ocorre em um momento delicado para a empresa, que recentemente enfrentou críticas por demitir 1.500 funcionários e cancelar 80 projetos em desenvolvimento. Apesar das preocupações com a substituição de mão de obra humana, a empresa garante que a IA não tem esse objetivo. Na verdade, a Embracer acredita que a IA pode abrir portas para novos talentos na indústria de games, inclusive para pessoas com deficiências que enfrentam dificuldades em utilizar equipamentos tradicionais de desenvolvimento.

    Somente o tempo dirá se a estratégia da Embracer Group dará frutos. A empresa está apostando alto na IA para transformar o futuro do desenvolvimento de jogos, mas o sucesso dessa iniciativa dependerá da capacidade da empresa em mitigar os riscos e explorar todo o potencial dessa tecnologia de forma ética e responsável.

  • Freelancers digitais: Adaptação é a chave na era da IA

    Freelancers digitais: Adaptação é a chave na era da IA

    O surgimento de ferramentas como o ChatGPT pode parecer uma ameaça para freelancers digitais, especialmente aqueles que atuam em áreas criativas. Mas será que a IA está aqui para roubar seu emprego ou ser uma aliada?

    Uma pesquisa recente, conduzida pela Imperial College Business School, Harvard Business School e o Instituto Alemão de Pesquisa Econômica, traz dados preocupantes: a demanda por freelancers em escrita e programação caiu 21% desde o lançamento do ChatGPT em novembro de 2022.

    Setores suscetíveis à automação, como desenvolvimento de software, aplicativos e redação, sofreram a maior queda. Mas a IA também impactou áreas como design gráfico e modelagem 3D, com uma redução de 17% nas ofertas de trabalho. A pesquisa analisou quase dois milhões de vagas em 61 países, evidenciando um declínio significativo em setores que conhecem e utilizam a inteligência artificial generativa.

    Mercado de trabalho incerto? Nem tudo está perdido.

    O estudo, intitulado “Quem a IA está substituindo? O impacto da IA Generativa em Plataformas de Freelancing Online” (“Who is AI Replacing? The Impact of Generative AI on Online Freelancing Platforms”), traz uma luz no fim do túnel. A Dra. Xinrong Zhu, coautora e professora assistente de marketing na Imperial College Business School, afirma: “Embora o ChatGPT esteja disponível no mercado há pouco mais de um ano, seu impacto no ambiente de trabalho já é significativo. É importante observar se as empresas ficarão satisfeitas com a qualidade do trabalho entregue pela IA em comparação aos freelancers, e se essa tendência se sustentará.”

    A Dra. Zhu conclui: “Apesar dos resultados indicarem um mercado de trabalho incerto, sempre que a tecnologia redefine profissões, novas oportunidades surgem. Para freelancers, isso significa que aqueles que adaptarem suas habilidades à nova realidade continuarão a encontrar trabalho.”

    Como se proteger?

    Freelancers digitais: Adaptação é a chave na era da IA
    Imagem: Reprodução / Upwork

    A ameaça à carreira dos freelancers digitais é real e tende a aumentar com o aprimoramento do ChatGPT e outras ferramentas de IA. O futuro pode parecer nebuloso, mas, como diz a Dra. Zhu, há esperança.

    Para se proteger dos desafios da IA, invista na diversificação de habilidades e especialize-se em áreas que requerem a criatividade e inteligência emocional humana, como pensamento estratégico, resolução de problemas complexos e criação de conteúdo com nuances. Além disso, adotar ferramentas de IA para aumentar a produtividade e a qualidade do seu trabalho pode transformar ameaças em vantagens. A IA veio para ficar, e precisamos aprender a conviver e trabalhar com ela.

    Fortalecer sua marca pessoal e ampliar sua rede de contatos também é crucial, pois podem gerar oportunidades que serviços puramente baseados em IA não conseguem. É importante lembrar que o ChatGPT raramente produzirá exatamente o que uma empresa busca. As imagens criadas podem conter falhas, e um artigo poderá incluir informações incorretas. O código escrito por IA pode apresentar erros de lógica e sintaxe, problemas de eficiência e até vulnerabilidades de segurança, o que pode ser custoso para as empresas no futuro.

    Freelancers digitais, o futuro é da adaptação. Ao abraçar a mudança, diversificar suas habilidades e usar a IA como aliada, você continuará a prosperar nessa nova era tecnológica.

  • Inteligência artificial: Chips de luz podem auxiliar no consumo de energia da IA

    Inteligência artificial: Chips de luz podem auxiliar no consumo de energia da IA

    Em um mundo cada vez mais dominado pela inteligência artificial (IA), a busca por soluções computacionais mais eficientes e sustentáveis se torna cada vez mais urgente. Os sistemas tradicionais de IA, baseados em chips eletrônicos, estão atingindo seus limites em termos de consumo de energia e capacidade de processamento. É nesse cenário que a computação óptica surge como uma promessa radiante, com o potencial de revolucionar o campo da IA.

    Desvendando os segredos da informação

    Inteligência artificial: Chips de luz podem auxiliar no consumo de energia da IA

    A computação óptica propõe a utilização da luz, em vez da eletricidade, para realizar cálculos. A luz possui diversas vantagens sobre a eletricidade, como maior velocidade, capacidade de transmitir mais informações e menor geração de calor. Isso significa que os computadores ópticos podem ser mais eficientes em termos de energia e operar em velocidades mais altas do que seus equivalentes eletrônicos.

    Desbravando novos horizontes

    Os pesquisadores estão explorando diversos métodos para utilizar a luz em computadores. Uma das abordagens mais promissoras envolve a multiplicação de matrizes, uma operação matemática fundamental para muitas tarefas de IA. Em 2017, um grupo de pesquisadores do MIT demonstrou um computador óptico capaz de realizar multiplicação de matrizes com grande eficiência. Essa descoberta abriu caminho para o desenvolvimento de redes neurais ópticas, que podem ser treinadas para realizar tarefas de IA complexas.

    Vantagens radiantes: Iluminando o futuro da IA

    Inteligência artificial: Chips de luz podem auxiliar no consumo de energia da IA
    Créditos: Intel

    A computação óptica oferece diversas vantagens sobre a computação eletrônica tradicional. Em termos de eficiência energética, os computadores ópticos podem consumir até 1.000 vezes menos energia do que os chips eletrônicos. Isso significa que eles podem ser usados para alimentar grandes data centers de IA sem causar impactos significativos no meio ambiente.

    Eficiência Implacável:

    • Consumo reduzido: Os computadores ópticos consomem até 1.000 vezes menos energia do que os chips eletrônicos, combatendo o problema da crescente demanda por energia dos data centers de IA.
    • Velocidade estonteante: A luz viaja muito mais rápido que os elétrons, permitindo que os computadores ópticos realizem cálculos em frações de segundo, ideal para tarefas de IA em tempo real.
    • Geração de calor minimizada: A computação óptica gera menos calor, reduzindo a necessidade de sistemas de refrigeração complexos e dispendiosos.

    Aplicações Promissoras:

    • Reconhecimento facial: A velocidade e a precisão da computação óptica a tornam ideal para o reconhecimento facial em tempo real, aprimorando a segurança e a identificação de indivíduos.
    • Veículos autônomos: A capacidade de processar grandes volumes de dados rapidamente torna a computação óptica crucial para a navegação autônoma segura e eficiente de veículos.
    • Outras áreas: A computação óptica também tem potencial para revolucionar áreas como processamento de linguagem natural, visão computacional e robótica.

    Desafios e promessas brilhantes: Superando obstáculos

    Inteligência artificial: Chips de luz podem auxiliar no consumo de energia da IA
    Dall-E 3

    Apesar do grande potencial da computação óptica, ainda existem alguns desafios que precisam ser superados antes que essa tecnologia possa ser amplamente adotada. Um dos principais desafios é a miniaturização dos componentes ópticos. Os chips eletrônicos atuais podem ser fabricados em tamanhos extremamente pequenos, o que os torna fáceis de integrar em dispositivos eletrônicos. Já os componentes ópticos são geralmente maiores e mais complexos de fabricar, o que dificulta sua integração em sistemas compactos.

    Outro desafio é a integração da computação óptica com sistemas eletrônicos existentes. A maioria dos sistemas de IA atuais utiliza chips eletrônicos para processar dados e realizar cálculos. Para que a computação óptica se torne uma realidade, será necessário encontrar maneiras de integrar essa tecnologia com os sistemas eletrônicos existentes de forma eficiente e eficaz.

    A luz mostra o caminho para um futuro sustentável

    A computação óptica é uma tecnologia emergente com o potencial de transformar o campo da IA. Ao oferecer maior eficiência energética, maior velocidade de processamento e menor geração de calor, a computação óptica pode ajudar a superar os limites dos sistemas tradicionais de IA e abrir caminho para o desenvolvimento de soluções mais sustentáveis e eficientes para os desafios computacionais do futuro.

  • ASUS: Discretamente se tornando um gigante da tecnologia empresarial

    ASUS: Discretamente se tornando um gigante da tecnologia empresarial

    A ASUS, empresa taiwanesa mais conhecida por seus laptops e dispositivos Wi-Fi, está silenciosamente construindo um império no mercado de tecnologia empresarial e nuvem. Após grandes sucessos em seu país natal, a empresa começa a apresentar seus produtos e serviços ao mundo.

    Em entrevista com Jackie Hsu, vice-presidente sênior e co-chefe dos grupos de negócios de Plataforma Aberta e IoT da ASUS, durante a conferência Computex em Taiwan, o The Register teve a oportunidade de conhecer os planos ambiciosos da empresa.

    Hsu destacou o papel fundamental da empresa na construção do supercomputador Taiwania 2, uma máquina de nove petaflops que alcançou a 20ª posição na lista Top 500 de Supercomputadores em 2018. Mais recentemente, a empresa conquistou um contrato para auxiliar na construção do supercomputador Taiwania 4.

    A Asus não fica satisfeita com um truque só

    ASUS: Discretamente se tornando um gigante da tecnologia empresarial

    A ASUS não se limitou apenas à construção de supercomputadores. A empresa também construiu um data center para abrigar o Taiwania 4, alcançando um índice de eficiência de uso de energia (PUE) de 1,17 – um feito notável para qualquer instalação, especialmente em um local quente e úmido como Taiwan.

    Outro projeto inovador da empresa é o Formosa Foundation Model, um modelo de linguagem grande (LLM) com 176 bilhões de parâmetros, especialmente projetado para gerar texto com semântica do chinês tradicional. Hsu ressaltou a importância de LLMs treinados em dados de idiomas locais, considerando que a maioria dos modelos existentes é treinada em inglês americano.

    A empresa também possui uma linha de servidores, incluindo modelos básicos, nós para supercomputadores e servidores de IA, lançados recentemente na Computex. A empresa atua no mercado de servidores há anos, mas ainda não se consolidou como um player principal. No entanto, Hsu revelou que a ASUS já se envolveu com hiperescaladores que a consideraram como fornecedora para seus parques de servidores, demonstrando sua capacidade de produzir máquinas excepcionalmente eficientes em termos de energia.

    Ter apenas uma fonte de lucros é uma sentença na indústria

    ASUS: Discretamente se tornando um gigante da tecnologia empresarial

    Aproveitando seus diversos projetos e expertise, a ASUS agora oferece um pacote completo para seus clientes. Hsu mencionou ter dialogado com clientes que buscavam data centers com PUE de 1.17, característica que a ASUS domina, e também observou grande interesse no Formosa Foundation Model.

    O vice-presidente sênior salientou que a ASUS já firmou diversos contratos para projetar e construir sistemas substanciais para executar IA, oferecendo grande parte da pilha de software e hardware necessária para o trabalho.

    Hsu reconhece que o tamanho da ASUS como fabricante de servidores em comparação com seus rivais pode ser um obstáculo em termos de preço, mas acredita que os clientes valorizam a oferta completa da empresa.

    “Esta é definitivamente uma grande área de crescimento para nós”, declarou Hsu ao The Register.

    A ASUS segue em sua estratégia discreta, mas com ambições grandiosas. Com o tempo, Hsu espera que a empresa se torne um player mais significativo no mercado corporativo. A crescente demanda por computação e o interesse em IA abrem portas promissoras para o sucesso da ASUS, tanto em seu mercado doméstico quanto no cenário global.

    Pontos de destaque:

    • A ASUS está expandindo sua atuação para o mercado de tecnologia empresarial e nuvem, após grandes sucessos em Taiwan.
    • A empresa possui expertise na construção de supercomputadores, data centers e modelos de linguagem grande (LLMs).
    • Ela Oferece um pacote completo de soluções para seus clientes, incluindo hardware, software e serviços.
    • Apesar de ser um player menor no mercado de servidores, a empresa se destaca pela eficiência energética e pela oferta completa.
    • Também está otimista em relação ao seu crescimento neste mercado, aproveitando a demanda por computação e IA.

    A ASUS está se consolidando como um gigante silencioso no mundo da tecnologia empresarial. Com sua expertise em diversos campos, desde supercomputação até IA, e sua abordagem abrangente para oferecer soluções completas aos clientes, a empresa está bem posicionada para alcançar um sucesso significativo neste mercado em constante crescimento. O futuro da ASUS no cenário global da tecnologia empresarial parece promissor, e a empresa certamente continuará a surpreender com seus avanços inovadores.