Tag: IA

  • Presidente da Nintendo prefere criatividade real ao invés de IA no desenvolvimento de games

    Presidente da Nintendo prefere criatividade real ao invés de IA no desenvolvimento de games

    Em contraste com a crescente adoção de inteligência artificial (IA) generativa na indústria de games, a Nintendo se posiciona contra essa tecnologia para o desenvolvimento de seus futuros jogos. O presidente da empresa, Shuntaro Furakawa, enfatizou a importância da criatividade humana e da propriedade intelectual como pilares para a criação de experiências de jogo únicas e valiosas.

    “Embora a IA generativa possa oferecer recursos criativos, reconhecemos também as preocupações com direitos de propriedade intelectual”, declarou Furakawa. “Nossa empresa possui décadas de expertise na criação de jogos excepcionais para nossos consumidores. Acreditamos na flexibilidade para responder às inovações tecnológicas, mas nosso foco principal é continuar entregando valor único que não pode ser replicado apenas por tecnologia.”

    A Nintendo tem o pé no chão, pelo menos por enquanto

    Presidente da Nintendo prefere criatividade real ao invés de IA no desenvolvimento de games
    Créditos: TechRadar

    A decisão da Nintendo contrasta com a postura de outras grandes empresas do ramo, como a Electronic Arts (EA), que projeta um impacto positivo da IA generativa em mais da metade de seus processos de desenvolvimento. A Ubisoft, por sua vez, investe em projetos como o Neo NPC, fruto de uma parceria com a Nvidia e a Inworld AI.

    Apesar de se opor à IA generativa em seus jogos, a Nintendo mantém uma reputação positiva entre seus fãs e defensores dos trabalhadores da indústria. A empresa se diferencia de outras grandes publishers, como a Microsoft, por sua abordagem mais humana e sustentável, priorizando o bem-estar de seus funcionários e a qualidade artística de seus produtos.

    Em um cenário onde a indústria de games tende a priorizar lucros e metas de curto prazo, a decisão da Nintendo demonstra um compromisso com valores como a criatividade genuína, a propriedade intelectual e o respeito aos profissionais da área. Essa postura serve como um lembrete da importância do elemento humano na criação de jogos memoráveis e aversos à padronização.

  • Microsoft Surface Pro 11: Uma análise aprofundada com foco em inteligência artificial

    Microsoft Surface Pro 11: Uma análise aprofundada com foco em inteligência artificial

    A Microsoft apresentou recentemente sua nova linha de PCs Windows, incluindo o Surface Pro 11, um tablet conversível que se destaca por sua eficiência energética e recursos aprimorados de inteligência artificial (IA). Equipado com chips Qualcomm Snapdragon de última geração, o Surface Pro promete oferecer desempenho superior, bateria de longa duração e experiências inovadoras de IA.

    Desempenho e eficiência

    Microsoft Surface Pro 11: Uma análise aprofundada com foco em inteligência artificial

    O Surface Pro funciona com o chip Snapdragon X Elite da Qualcomm, que oferece um equilíbrio entre potência e consumo de energia. O dispositivo navega na web com fluidez, executa programas de produtividade sem problemas e roda alguns jogos leves. A tela OLED de 120Hz garante imagens vibrantes e nítidas, enquanto a touchscreen responde com precisão ao toque.

    A bateria do Surface Pro dura mais de 8 horas em uso normal, um grande diferencial em comparação com laptops tradicionais com processadores Intel. Além disso, o dispositivo permite fácil troca e upgrade do armazenamento SSD, proporcionando flexibilidade e personalização.

    Recursos de inteligência artificial

    Microsoft Surface Pro: Uma análise aprofundada com foco em inteligência artificial

    A Microsoft integra diversos recursos de IA no Windows 11, aproveitando o NPU (unidade de processamento neural) do Snapdragon X Elite. Um destaque é o recurso “Eye Contact” nas chamadas de vídeo, que ajusta automaticamente o ângulo da sua visão para parecer que você está sempre olhando diretamente para a câmera.

    Outro recurso interessante é o “Cocreator” no Paint, que utiliza a IA para gerar imagens a partir de suas descrições escritas ou desenhos na tela. A funcionalidade ainda está em desenvolvimento, mas oferece uma experiência divertida e criativa.

    Pontos a considerar

    Microsoft Surface Pro: Uma análise aprofundada com foco em inteligência artificial
    Créditos: ARM

    Embora o Surface Pro apresente recursos de IA promissores, alguns pontos importantes precisam ser considerados antes da compra:

    • Disponibilidade de recursos: O principal recurso de IA anunciado pela Microsoft, o “Recall”, que permite pesquisar o histórico do PC, ainda não está disponível. Além disso, alguns aplicativos populares, como Google Drive e ExpressVPN, ainda não funcionam nativamente em PCs com arquitetura Arm.
    • Limitações do copilot: O Copilot, assistente de voz da Microsoft, teve suas funções de controle do PC reduzidas no Surface Pro. Agora, ele se assemelha a um chatbot na web, com menos autonomia para realizar tarefas no sistema.
    • Compatibilidade de aplicativos: Apesar das melhorias na compatibilidade de software com Windows em Arm, ainda é importante verificar se os aplicativos que você utiliza regularmente possuem versões compatíveis com a arquitetura Arm.

    Considerações finais

    O Surface Pro da 11ª geração representa um upgrade significativo em relação aos modelos anteriores, oferecendo desempenho eficiente, bateria de longa duração e recursos aprimorados de IA. No entanto, é crucial ter em mente que alguns dos principais recursos de IA ainda estão em desenvolvimento e que a compatibilidade de aplicativos com a arquitetura Arm nem sempre é perfeita.

    Recomendações:

    • Para usuários que priorizam desempenho e bateria: O Surface Pro é uma ótima escolha, oferecendo uma experiência fluida e eficiente em tarefas diárias e produtividade.
    • Para usuários que dependem de aplicativos específicos: É essencial verificar a compatibilidade dos aplicativos utilizados com a arquitetura Arm antes da compra.
    • Para entusiastas de IA: O Surface Pro oferece recursos promissores de IA, mas vale ressaltar que alguns dos principais recursos ainda estão em desenvolvimento.

    Se você busca um tablet conversível com bom desempenho, bateria duradoura e recursos inovadores de IA em potencial, o Surface Pro é uma opção interessante. No entanto, é fundamental avaliar cuidadosamente suas necessidades de software e compatibilidade antes de tomar a decisão final.

  • Tencent e Baidu: Empresas chinesas dominam patentes em inteligência artificial generativa

    Tencent e Baidu: Empresas chinesas dominam patentes em inteligência artificial generativa

    Em um cenário global marcado por avanços tecnológicos acelerados, a inteligência artificial generativa (IA generativa) se destaca como uma das áreas mais promissoras e competitivas. Nesse campo, a China assume a liderança, detendo mais de 38.000 patentes registradas entre 2014 e 2023, de acordo com um recente relatório da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).

    Esse número representa seis vezes mais patentes do que as registradas por inventores americanos, evidenciando a ambição chinesa de se tornar líder nesse setor estratégico. A IA generativa tem o potencial de revolucionar diversos setores, desde a criação de conteúdo até o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores.

    Empresas chinesas como Tencent e Baidu estão na vanguarda dessa corrida tecnológica, investindo pesadamente em pesquisa e desenvolvimento para aprimorar suas capacidades em IA generativa. O objetivo é alcançar e superar gigantes americanos como OpenAI, Microsoft, Google e Amazon, que também investem maciçamente nessa área.

    Um dos principais desafios para a China é superar a barreira da aplicação prática. Apesar da liderança em patentes, a implementação real de tecnologias de IA generativa em cenários do mundo real ainda é um obstáculo a ser superado.

    Para alcançar esse objetivo, o governo chinês lançou um plano de ação de três anos com foco no fortalecimento de padrões em chips de IA, na construção de poder de computação nacional e na promoção da inovação em IA generativa.

    O sucesso da China nessa iniciativa dependerá da capacidade de transformar o conhecimento técnico em aplicações tangíveis que beneficiem a sociedade e impulsionem o desenvolvimento econômico. A disputa global pela liderança em IA generativa está apenas começando, e a China está determinada a se manter na vanguarda dessa corrida tecnológica.

  • ANPD mostra quem manda e proíbe Meta de usar dados de Brasileiros para treinar IA

    ANPD mostra quem manda e proíbe Meta de usar dados de Brasileiros para treinar IA

    Em uma vitória para a privacidade dos brasileiros, a Meta, dona do Facebook e Instagram, foi proibida de usar dados pessoais do país para treinar sua inteligência artificial (IA). A decisão histórica da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) protege os usuários contra “riscos graves e de difícil reparação”, como deepfakes e outras explorações.

    Essa conquista vem após a Meta atualizar sua política de privacidade em maio, concedendo a si mesma permissão para usar dados públicos do Facebook, Messenger e Instagram do Brasil para fins de treinamento de IA. No entanto, a ANPD rapidamente identificou os perigos dessa prática e barrou a empresa.

    A decisão é especialmente importante devido a um relatório da Human Rights Watch que revelou a presença de fotos pessoais e identificáveis de crianças brasileiras no LAION-5B, um dos maiores conjuntos de dados de imagens e legendas usado para treinar modelos de IA. Essa descoberta expôs o risco de crianças serem vítimas de deepfakes e outras formas de abuso online.

    O Brasil, um dos maiores mercados da Meta com mais de 102 milhões de usuários no Facebook, não se intimidou com o poder da empresa. A ANPD impôs um prazo de cinco dias úteis para que a Meta se adeque à nova regra, sob pena de multa diária de R$ 50.000.

    Embora a Meta alegue que sua política atualizada está em conformidade com as leis brasileiras e que a decisão representa um retrocesso para a inovação, a ANPD reconhece “obstáculos excessivos e injustificáveis” que dificultam a opção dos usuários por não ter seus dados utilizados.

    Veja também: Funcionários de gigantes da IA alertam sobre perigos da tecnologia em carta aberta

    A gigante das redes sociais já havia enfrentado resistência similar na Europa, onde teve que pausar seus planos de treinar modelos de IA em publicações do Facebook e Instagram. No entanto, nos Estados Unidos, onde as proteções à privacidade do usuário são menos rígidas, as políticas atualizadas de coleta de dados da Meta já estão em vigor.

    A decisão da ANPD é um passo crucial para proteger a privacidade dos brasileiros e garantir que seus dados sejam utilizados de forma ética e responsável. É um lembrete importante de que as empresas de tecnologia não estão acima da lei e que os cidadãos têm o direito de controlar suas informações pessoais.

    Essa vitória é nossa! Ação firme da ANPD demonstra que o Brasil não abre mão da proteção de seus cidadãos, mesmo diante de gigantes da tecnologia. Continuemos vigilantes e defendamos nossos dados pessoais!

  • Figma pausa temporariamente recurso de design com IA após suspeita de plágio

    Figma pausa temporariamente recurso de design com IA após suspeita de plágio

    A Figma anunciou a desativação temporária do recurso de design com IA “Make Design”, acusado de copiar o design do aplicativo Clima da Apple. O problema foi identificado por Andy Allen, fundador da NotBoring Software, desenvolvedora de um popular aplicativo de clima personalizável. Ao testar a ferramenta da Figma, Allen percebeu que o “Make Design” repetidamente reproduzia o layout do aplicativo Clima da Apple.

    Disponível dentro do software Figma, o “Make Design” gera layouts e componentes de interface (UI) a partir de descrições textuais. “Basta descrever o que você precisa, e o recurso fornecerá um rascunho inicial”, explicou a empresa no lançamento da funcionalidade.

    O objetivo, segundo a Figma, era permitir que designers esbocem ideias rapidamente para explorar diferentes direções e chegar a soluções mais ágeis. A empresa ainda esclareceu durante a conferência Config que o “Make Design” não foi treinado em conteúdo da Figma, arquivos da comunidade ou designs de aplicativos.

    “Em outras palavras, as acusações sobre treinamento de dados nesse tweet são falsas”, afirmou o CEO Dylan Field em sua resposta.

    No entanto, na pressa de lançar novos recursos de IA para se manter competitiva, a Figma parece ter negligenciado um processo de controle de qualidade adequado. Assim como em outras indústrias, o lançamento gerou discussões na comunidade de design. Alguns profissionais temem que ferramentas como o “Make Design” tornem o design digital acessível ao público em geral, eliminando postos de trabalho.

    Outros argumentam que a IA simplesmente ajudará a eliminar tarefas repetitivas, permitindo que ideias mais interessantes floresçam.

    A descoberta de Allen sobre a aparente cópia de outros aplicativos pela Figma aumentou a preocupação entre designers. “Alerta aos designers que estão usando o novo recurso ‘Make Design’: verifiquem cuidadosamente aplicativos existentes ou modifiquem bastante os resultados para não incorrerem em problemas legais sem saber”, advertiu Allen.

    Field esclareceu que o “Make Design” utiliza modelos de linguagem grandes prontos para uso, combinados com “sistemas que encomendamos para serem usados por esses modelos”. O CEO reconheceu que o problema está na baixa variabilidade dessa abordagem.

    “Identificamos a questão, relacionada aos sistemas de design subjacentes, poucas horas após ver o tweet [de Allen]”, escreveu Field. “No fim das contas, a culpa é minha por não ter insistido em um melhor processo de controle de qualidade para este trabalho e por pressionar a equipe para cumprir um prazo para a Config.”

    A Apple não se pronunciou até o momento. A Figma direcionou o pedido de esclarecimentos aos tweets de Field.

    O CEO da Figma afirmou que o “Make Design” será desabilitado temporariamente até que a equipe tenha certeza de poder “garantir a qualidade de sua saída”. A desativação acontece a partir de terça-feira e a ferramenta só será reabilitada após a Figma concluir uma revisão completa de qualidade do sistema de design subjacente.

  • Gigantes da tecnologia usam “contratação reversa” para dominar a IA

    Gigantes da tecnologia usam “contratação reversa” para dominar a IA

    Um padrão está emergindo no cenário da IA: a “contratação reversa”. Há alguns meses, em uma conferência de tecnologia em San Francisco, Emily Chang da Bloomberg entrevistou Reid Hoffman. Ela questionou sobre a contratação pela Microsoft da equipe por trás da Inflection, uma potencial rival da OpenAI cofundada por Hoffman.

    Na prática, foi uma aquisição disfarçada, evitando o escrutínio de reguladores antitruste. A Microsoft (onde Hoffman é membro do conselho) não apenas contratou a maioria dos funcionários da Inflection, mas também licenciou sua tecnologia, aparentemente para compensar seus investidores.

    Hoffman previu que o que aconteceu com a Inflection se tornaria um “padrão” para futuros acordos de IA. E de fato, estamos vendo esse padrão se repetir.

    A estratégia dos gigantes

    Gigantes da tecnologia usam "contratação reversa" para dominar a IA
    Dall-E 3

    Recentemente, a Amazon anunciou a contratação da maior parte da equipe por trás da Adept, outra candidata a rival da OpenAI, que captou cerca de US$ 400 milhões para construir “um novo tipo de modelo gigante que transforma linguagem natural em ações na sua máquina”, segundo o CEO David Luan.

    A Amazon informou que está contratando 80% dos funcionários da Adept, incluindo Luan e seus cofundadores. Em um memorando interno, o vice-presidente sênior Rohit Prasad disse que, assim como a Microsoft com a Inflection, a Amazon também licenciará a tecnologia da Adept para “acelerar nosso roteiro de construção de agentes digitais que podem automatizar fluxos de trabalho de software”.

    O blog corporativo da Adept sugere que a empresa estava ficando sem dinheiro: “Continuar com o plano inicial da Adept de construir tanto inteligência geral útil quanto um produto de agente corporativo exigiria dedicar muita atenção à captação de recursos para nossos modelos de base, em vez de dar vida à nossa visão de agente”. Relatórios recentes indicam que a empresa estava procurando ser vendida.

    Leia também: Funcionários de gigantes da IA alertam sobre perigos da tecnologia em carta aberta

    A competitividade no ramo de IA

    Gigantes da tecnologia usam "contratação reversa" para dominar a IA

    Desenvolver modelos de IA líderes é extremamente caro, e arrecadar US$ 400 milhões não é suficiente para competir atualmente. Enquanto isso, as gigantes da tecnologia estão cheias de dinheiro e buscam entrar no que todos percebem como a próxima grande novidade.

    É natural que mais startups de IA sigam o caminho da Inflection e da Adept à medida que o setor se consolida. O problema para as Big Tech é que elas não podem mais comprar empresas como antes. O regime atual de fiscalização antitruste certamente tentaria bloquear uma aquisição da Adept pela Amazon, mesmo que não houvesse um forte argumento legal para isso.

    Conclusão

    Mesmo assim, o capitalismo se adapta. O que a Microsoft fez com a Inflection e o que a Amazon acabou de fazer com a Adept é o novo manual das Big Tech para dominar a indústria de IA e sair impunes. O Vale do Silício tem uma longa história de “contratações predatórias”, onde uma startup é esvaziada de seus talentos e deixada para trás. A Microsoft e a Amazon fizeram o que são essencialmente “contratações reversas”, onde a contratação de pessoas e um correspondente acordo de licenciamento são projetados para disfarçar o que é na verdade uma aquisição.

    Enquanto isso, Reid Hoffman provavelmente deveria ser parabenizado por mais do que apenas uma previsão precisa sobre o futuro desses negócios – um dos primeiros investidores da Adept era nada menos que sua firma de capital de risco, Greylock.

  • Mineração de criptomoedas já era? Sua força agora abastece a inteligência artificial!

    Mineração de criptomoedas já era? Sua força agora abastece a inteligência artificial!

    A CoreWeave, uma empresa de hiperescalonamento de Inteligência Artificial (IA) parceira da gigante de GPUs Nvidia, expandiu seu contrato existente para alugar capacidade de computação de alto desempenho da Core Scientific. A Core Scientific é uma das maiores proprietárias e operadoras de serviços de mineração de criptomoedas da América do Norte.

    Curiosamente, a CoreWeave já atuou no ramo de mineração de criptomoedas. No entanto, há alguns anos, a empresa mudou de foco para renderização de efeitos visuais, serviços de inferência e streaming de pixels. Quando o lançamento do ChatGPT da OpenAI abriu as comportas da demanda por computação para IA, a CoreWeave viu uma oportunidade.

    A companhia agora oferece, entre outros serviços, treinamento baseado em nuvem, ajuste fino e operação de diferentes modelos de IA. Por exemplo, trabalhou com a Bit192 para trazer o GPT-NeoX-20B para o Japão.

    Para lidar com as necessidades computacionais intensivas de diversos cenários, a CoreWeave utiliza infraestruturas nativas do Kubernetes com mais de 45.000 GPUs Nvidia de ponta. Devido ao rápido crescimento da demanda por tais recursos computacionais, muitos mineradores de criptomoedas, como a Core Scientific, estão redirecionando seus data centers para atender a essa nova necessidade.

    O contrato original previa que a Core Scientific fornecesse 200 MW de hospedagem de computação de alto desempenho (HPC) para a CoreWeave por 12 anos. Esse contrato incluía opções para expandir a infraestrutura, o que a CoreWeave recentemente exerceu, conforme anunciado pela Core Scientific.

    Os termos do novo acordo preveem a modificação de um total de 100 MW da infraestrutura própria da Core Scientific. Isso adicionará aproximadamente 70 MW a mais de capacidade para a CoreWeave usar para suas GPUs Nvidia em operações de HPC. De acordo com o CEO da Core Scientific, Adam Sullivan, “muitos data centers construídos nos últimos 20 anos não são adequados para suportar os futuros requisitos de computação”.

    Por meio de seus data centers específicos para aplicativos (ASDCs), a Core Scientific pode suportar as densidades de energia de rack mais altas necessárias para operações de HPC, como as empregadas pela CoreWeave. O data center da Core Scientific em Austin, Texas, possui um total de 1,2 GW de energia contratada disponível para suas operações.

    Até o segundo semestre de 2025, a CoreWeave provavelmente estará alugando cerca de 270 MW dessa capacidade. A empresa também mantém a opção de expandir mais 230 MW de infraestrutura de hospedagem de HPC em outros sites da Core Scientific.

    No entanto, a CoreWeave não está operando apenas nos EUA. A empresa também está se expandindo na Europa, com planos para data centers na Noruega, Espanha e Suécia até o final de 2025. A CoreWeave já possui dois data centers no Reino Unido, além de uma sede europeia.

  • Mudança Silenciosa: Gigantes da tecnologia alteram políticas de privacidade para treinar IAs

    Mudança Silenciosa: Gigantes da tecnologia alteram políticas de privacidade para treinar IAs

    Dados de usuários se tornam moeda valiosa para treinar modelos de IA, e empresas recorrem a práticas questionáveis.

    À medida que a Inteligência Artificial (IA) se desenvolve, o fornecimento de dados para treinar novos modelos se tornou um recurso disputado. Com fontes públicas se esgotando rapidamente, empresas estão mirando datasets privados protegidos por leis de privacidade. Para contornar essas restrições, algumas companhias estão realizando modificações discretas em suas políticas de privacidade, a fim de permitir o uso desses dados para fins de IA.

    No início do ano, a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) alertou para a tentação que as empresas teriam de alterar os termos de uso e políticas de privacidade para utilizar dados de usuários no treinamento de modelos de IA. A FTC enfatizou que tais ações seriam ilegais e que qualquer companhia que renegasse seus compromissos de privacidade estaria sujeita a processos judiciais.

    “Seria injusto e enganoso por parte de uma empresa adotar práticas de dados mais permissivas, como compartilhar informações de consumidores com terceiros ou usá-las para treinar IA, e informar os usuários apenas por meio de uma alteração sorrateira e retroativa em seus termos de serviço ou política de privacidade”, declarou a comissão.

    Entretanto, uma análise realizada pelo The New York Times indica que essa prática justamente está ocorrendo.

    Empresas estão revisitando dados protegidos por leis de privacidade para treinar seus modelos de IA. Para se resguardar legalmente, elas estão cuidadosamente reformulando seus termos e condições, incluindo termos como “inteligência artificial”, “aprendizado de máquina” e “IA generativa”.

    O Google é um exemplo. Em julho passado, a empresa realizou ajustes em sua política de privacidade, declarando agora que utiliza informações publicamente disponíveis para treinar modelos de IA de linguagem e desenvolver produtos como o Google Translate, o Bard (atualmente Gemini) e recursos de Cloud AI.

    O Google justificou a mudança ao Times, afirmando que “simplesmente esclareceu que novos serviços como o Bard (agora Gemini) também estão incluídos. Não iniciamos o treinamento de modelos em tipos adicionais de dados com base nessa alteração de linguagem.”

    No mês passado, a Adobe enfrentou reação negativa dos consumidores por uma ação similar. Um pop-up notificou os usuários sobre a atualização, sugerindo que a empresa poderia acessar e reivindicar a propriedade de conteúdo criado com o Creative Suite para treinar modelos de IA, entre outros propósitos. Muitos usuários ficaram indignados, especialmente ao perceber que não poderiam acessar seus projetos sem concordar imediatamente com os novos termos confusos. Isso resultou em um cancelamento em massa de assinaturas e forçou a Adobe a esclarecer as atualizações em sua política.

    Em maio, o Meta (dona do Facebook e Instagram) informou seus usuários na Europa que utilizaria publicações disponíveis publicamente para treinar sua IA. No entanto, após reclamações do Centro Europeu pelos Direitos Digitais em 11 países europeus, o Meta pausou esses planos.

    É mais fácil para o Meta coletar dados de usuários dos Estados Unidos devido à proteção ao consumidor mais fraca e ao sistema fragmentado de agências de supervisão estaduais e federais, incluindo a FTC.

    Resta saber quais ações a Comissão tomará à medida que mais políticas de privacidade forem alteradas para incorporar o treinamento de dados com IA.

  • Vids: Google apresenta ferramenta de criação de vídeos com inteligência artificial

    Vids: Google apresenta ferramenta de criação de vídeos com inteligência artificial

    O Google está testando uma nova ferramenta de criação de vídeos baseada em inteligência artificial, chamada Google Vids, no Workspace Labs. A novidade se integra com o pacote familiar de aplicativos do Google Workspace, como Docs, Sheets e Slides, oferecendo recursos de colaboração para a criação de vídeos.

    Acesse o Google Vids, identificado pelo ícone roxo de um documento com um botão de play. A ferramenta tem como objetivo facilitar a criação de vídeos corporativos, como resumos de equipe, vídeos de anúncio e materiais de treinamento. Haverá também uma versão para o setor educacional, sem recursos de inteligência artificial para geração de conteúdo.

    Como o Vids funciona?

    Você descreve sua ideia por meio de um prompt informando o objetivo, público-alvo e duração do vídeo. É possível adicionar documentos armazenados no Google Drive para enriquecer o conteúdo. O Google Vids então gera um storyboard editável, permitindo reorganizar e excluir cenas, adicionar pontos personalizados e selecionar um estilo visual. A ferramenta utiliza vídeos, imagens e músicas de banco de dados licenciados para compor o material.

    Na etapa seguinte, você acessa uma linha do tempo e editor de vídeo, podendo gravar sua própria narração ou optar por uma voz gerada pela IA. Vale ressaltar a curiosidade visual: enquanto a tela inicial mantém o layout Material Theme, o editor já utiliza o visual Material 3, a nova linguagem de design do Google.

    Quem pode usar?

    Vids: Google apresenta ferramenta de criação de vídeos com inteligência artificial

    O Google Vids está disponível para testes no Workspace Labs para usuários com contas pessoais do Google. Futuramente, a ferramenta será integrada ao plano Gemini para Workspace, oferecendo recursos avançados de inteligência artificial.

    A chegada do Google Vids demonstra a aposta do Google em soluções de inteligência artificial acessíveis para o ambiente corporativo, facilitando a criação de conteúdo de vídeo de forma ágil e colaborativa.

  • Google amplia o poder do modelo de linguagem Gemini 1.5 Pro para desenvolvedores

    Google amplia o poder do modelo de linguagem Gemini 1.5 Pro para desenvolvedores

    O Google anunciou recentemente uma série de novidades para sua plataforma de inteligência artificial, o Gemini, voltadas principalmente para desenvolvedores. Entre os destaques está a atualização do modelo Gemini 1.5 Pro, que agora conta com uma janela de contexto impressionante de 2 milhões de tokens.

    Para entender o que isso significa, é preciso explicar o que é uma janela de contexto. Simplificando, é a quantidade de informação que o modelo consegue levar em consideração para processar uma determinada entrada. Com 2 milhões de tokens, o Gemini 1.5 Pro é capaz de analisar textos extensos, como bibliotecas de pesquisa, milhares de linhas de código ou até mesmo horas de áudio e vídeo.

    Imagine, por exemplo, a necessidade de encontrar um bug em um código complexo com milhões de linhas. O Gemini 1.5 Pro consegue analisar todo o contexto do código para identificar o erro com maior precisão. O mesmo vale para pesquisar informações específicas em vastas quantidades de documentos ou analisar o movimento de um atleta em horas de gravação.

    Outros upgrades no Gemini

    Google amplia o poder do modelo de linguagem Gemini 1.5 Pro para desenvolvedores

    Além da janela de contexto ampliada, o Gemini 1.5 Pro também apresenta outros benefícios. Empresas de diversos setores, como fast food, finanças, seguros e até mesmo esportes, já estão utilizando o modelo para diferentes tarefas.

    Para desenvolvedores que buscam uma solução mais acessível, o Google também anunciou a disponibilidade geral do Gemini 1.5 Flash. Com uma janela de contexto de 1 milhão de tokens, latência baixa e preço competitivo, ele é ideal para chatbots de varejo, processamento de documentos e síntese de grandes repositórios de pesquisa.

    A atualização do Gemini representa um salto significativo em relação ao seu concorrente, o GPT-3.5 Turbo. O modelo do Google oferece uma janela de contexto 60 vezes maior, é 40% mais rápido para processar entradas de 10.000 caracteres e possui um custo até quatro vezes menor (quando o cache de contexto é ativado para entradas maiores que 32.000 caracteres).

    Gemma 2

    Google amplia o poder do modelo de linguagem Gemini 1.5 Pro para desenvolvedores
    Créditos: Google

    Além do Gemini, o Google também anunciou a disponibilidade global do Gemma 2, seu modelo de código aberto, em versões com 9 bilhões e 27 bilhões de parâmetros. E para quem trabalha com geração de imagens, a empresa apresentou o Imagen 3 em fase de preview, oferecendo maior velocidade, melhor compreensão de instruções, geração de imagens fotorealísticas com grupos de pessoas e mais controle sobre a renderização de texto dentro das imagens.

    Essas atualizações reforçam o compromisso do Google em oferecer ferramentas de inteligência artificial cada vez mais poderosas e acessíveis para desenvolvedores, possibilitando a criação de soluções inovadoras em diversos setores.