Tag: HUMANIZAÇÃO

  • Lei autoriza crianças e adolescentes a visitar pais internados

    Lei autoriza crianças e adolescentes a visitar pais internados

    Lei que dispõe sobre o direito da criança e do adolescente de visitação à mãe ou ao pai internados em instituições de saúde foi sancionada esta semana. A norma entra em vigor 180 dias após a publicação na última segunda-feira (5).

    A visitação é uma das ações propostas pela Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS). Em nota, o Ministério da Saúde informou que a proposta é ampliar visitas às unidades de internação no intuito de garantir ao paciente “pleno acesso ao seu ciclo social e a serviços de saúde”.

    “O direito de receber pessoas conhecidas e familiares, bem como de ter um acompanhante, concretiza o conceito da clínica ampliada e torna as visitações parte do tratamento”, destacou o ministério.

    Acolhimento

    Para liberar a entrada de menores nas instituições de saúde será necessário que as equipes multiprofissionais façam o acolhimento de acordo com cada caso, além de seguir protocolos clínicos para evitar infecções hospitalares.

    Outro fator que deverá ser revisto, segundo o ministério, é a percepção de que o ambiente hospitalar é “impróprio, frio e hostil”. A presença de visitas e acompanhantes estimula a produção hormonal no paciente e diminui seu estado de alerta e ansiedade, segundo a pasta.

    Humanização

    A Política Nacional de Humanização existe desde 2003 sob a proposta de efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários.

    “Promover a comunicação entre estes três grupos pode provocar uma série de debates em direção a mudanças que proporcionem melhor forma de cuidar e novas formas de organizar o trabalho”, avalia o Ministério da Saúde.

    “A humanização é a valorização dos usuários, trabalhadores e gestores no processo de produção de saúde. Valorizar os sujeitos é oportunizar uma maior autonomia, a ampliação da sua capacidade de transformar a realidade em que vivem, através da responsabilidade compartilhada, da criação de vínculos solidários e da participação coletiva nos processos de gestão e de produção de saúde,” finaliza o ministério.

    Edição: Kleber Sampaio

    — news —

  • Hospital São Lucas abre espaço para paciente celebrar com família 50 anos de casamento

    Hospital São Lucas abre espaço para paciente celebrar com família 50 anos de casamento

    Uma enfermidade atrapalhou, mas não impediu a família Dalberto de comemorar os 50 anos de casamento de Domingos e Lorena. A celebração de bodas de ouro já estava sendo programada há cerca de um ano e teve de ser refeita em razão de uma enfermidade. Seo Domingos adoeceu e precisou ser internado e não havia previsão de alta antes deste domingo (20), data escolhida para a festa.

    Segundo Denise Dalberto, filha do casal, a família já tinha preparado um local para a festa, contratado buffet, mas como o pai foi internado no domingo (13) a saída foi buscar alternativas. Como familiares vieram de outros Estados e da Itália para Lucas do Rio Verde, era necessário adaptar a programação, para que eles tivessem a oportunidade de estar com o patriarca, mesmo que fosse no hospital. “A princípio, bateu o desespero e agora? Quando a gente soube que ele não teria alta, nós ficamos meio que sem saber o que fazer”, disse, citando que o médico Nelson Junior e a assistente social Neusa Silva ajudaram numa solução. “Minha preocupação era que o meu pai não pudesse ver os irmãos e sobrinhos que vieram de fora, e aí ele me disse que ele conseguiria um espaço para que o pai pudesse receber essas visitas”.

    Em princípio a ideia era usar a capela do Hospital São Lucas para esse encontro. Depois, a assistente social sugeriu que um padre participasse, abençoando o casal e familiares. Mas, no final, acabou se tornando a celebração de uma missa e do lado externo do hospital. “Eu quero imensamente agradecer ao padre Belmiro por ter aceito essa celebração. A ideia de fazer a celebração aqui fora para acolher todos os familiares”, disse a assistente social, acrescentando que o padre deu a ideia fazer a cerimonia religiosa com espaço maior para acolher os visitantes.

    Atendimento humanizado

    A medida adotada pelo Hospital São Lucas busca tornar humanizado o atendimento aos pacientes. A assistente social Neusa Silva observa que iniciativas como a deste domingo até ajudam o paciente em sua recuperação. “Foi um momento incrível. Como você está vendo a Felicidade? Eu já nem sei se ele vai voltar para o leito. Nós temos o lema que o paciente aqui não é um paciente, ele é o amor de alguém, ele é o pai de alguém, o avô de alguém, o irmão de alguém e o melhor, tudo de alguém. É por isso que aqui está toda a família, netos, filhos, noras, genros”, ressalta.

    O médico Nelson Junior acompanhou a cerimônia e disse que é necessário celebrar todos os momentos. “A vida nossa é muito curta, então a gente precisa aproveitar ou precisa comemorar todos os momentos importantes da nossa vida”, comentou. Ele disse que momentos de alegria e de carinho ajudam pacientes a melhorarem a condição de saúde. “A isso nós chamamos de humanização. É importante para a recuperação do paciente estar perto da família”.

    “Eu gostaria muito de agradecer o Hospital São Lucas, que desde o momento da internação, da recepção, todos os setores, desde a limpeza, a pessoa que entra para entregar a comida já entra com um sorriso brincando, a equipe de enfermagem, técnico, fisioterapeuta, assistente social que sem comentários, a Neusa é fantásticos médicos. O hospital são Lucas faz realmente um atendimento humanizado”, elogiou.

    Emocionados

    Durante a cerimônia, o casal acompanhou atentamente a celebração da missa e a participação dos convidados. Domingos e Lorena renovaram a aliança com a oração e benção do padre Belmiro.

    O casal posou para fotos com os familiares, especialmente os que vieram de fora para comemorar a data.

    E houve tempo para, como toda família de origem italiana, para uma dança.

    Domingos Dalberto disse que ficou emocionado com a comemoração. “O coração tá meio acelerado, meio emocionado, mas aguentei tranquilo”, disse. “Eu acho que tem que dar graças a Deus que chegamos até aqui”.

    Dona Lorena disse também ter ficado emocionada em ver a família e convidados reunidos para celebração das bodas de 50 anos. “É a mesma emoção de 50 anos atrás, só que agora com os filhos, netos, com uma parte dos irmãos, uma irmã e mais o irmão dele, sobrinhos. A gente só tem a agradecer e agradecer a Deus”.

    Sobre a cerimônia, ela não esperava que fosse da forma como ocorreu. “A equipe que organizou, a gente só tem a agradecer aos médicos todo mundo só agradecer.  O interessante é que até músicas, trouxeram uma gaita que serviu até para animar a missa. E deu tudo certo”, celebrou.