Tag: Hospital Universitário Júlio Müller

  • Nova espécie de fungo descoberta em Mato Grosso ameaça trabalhadores rurais

    Nova espécie de fungo descoberta em Mato Grosso ameaça trabalhadores rurais

    Uma descoberta recente no Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT), em Cuiabá, Mato Grosso, revelou uma nova espécie de fungo, o Paracoccidioides lutzii, que causa a Paracoccidioidomicose (PCM). A PCM é uma micose sistêmica que afeta principalmente trabalhadores rurais e outras pessoas em contato direto com o solo.

    O fungo se aloja no solo, e ao remexer a terra, a pessoa inala, indo parar nos pulmões. A paracoccidioidomicose (PCM) pode causar sequelas pulmonares crônicas, como fibrose pulmonar e alterações enfisematosas, e uma série de manifestações clínicas típicas, como úlceras na mucosa oral, nasal, gânglios cervicais, lesões em pele, em ossos, e mais raramente, em mucosa ocular e outros sítios anatômicos.

    A descoberta foi uma colaboração entre pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat). A nova espécie foi nomeada em homenagem ao Dr. Adolfo Lutz, que descreveu o primeiro caso da doença há 117 anos.

    A identificação da nova espécie e a obrigatoriedade de notificação da doença em Mato Grosso reforçam a necessidade de monitoramento epidemiológico e melhoria das estratégias de diagnóstico e controle da PCM no Brasil. A PCM não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento adequado. Em Mato Grosso, os casos são acompanhados pelo Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM).

    Pesquisas em andamento, como a parceria com a Secretaria de Estado Agricultura Familiar/MT (SEAF), estão coletando amostras de sangue de agricultores familiares para identificar fatores epidemiológicos em nove municípios da Baixada Cuiabana. O Ministério da Saúde também está financiando um projeto para desenvolver um antígeno que possa ser usado em laboratórios de todo o Brasil.

    Atualmente, apenas o laboratório de sorologia para PCM no laboratório de Micologia/Investigação da Faculdade de Medicina/UFMT realiza essa sorologia manualmente.

  • MPF investiga Impactos das greves no atendimento do hospital universitário em Mato Grosso

    MPF investiga Impactos das greves no atendimento do hospital universitário em Mato Grosso

    Nesta segunda-feira (10), a procuradora da República, Denise Nunes Rocha Müller Slhessarenko, instaurou um procedimento administrativo para investigar os impactos das greves no atendimento do Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá. A medida foi publicada no Diário do Ministério Público Federal (MPF).

    O Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), está sendo afetado por dois movimentos grevistas distintos. Um deles envolve os servidores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que estão em greve desde março. A outra greve, dos trabalhadores da EBSERH, teve duração de três dias.

    O HUJM conta com servidores públicos efetivos vinculados à UFMT e empregados públicos vinculados diretamente à EBSERH. A administração dos dois grupos de servidores é responsabilidade da EBSERH, o que complica a situação administrativa durante os períodos de greve.

    A greve na UFMT também causou preocupações no âmbito acadêmico, especialmente para os alunos que estão prestes a se formar. Inicialmente, o comando de greve anunciou que não haveria colação de grau, exceto em casos específicos. No entanto, a cerimônia de colação foi mantida após uma decisão da administração superior da UFMT, apesar da greve dos docentes e dos técnico-administrativos em educação (TAEs) das universidades e institutos federais.

    Reconhecendo a essencialidade dos serviços de saúde prestados pelo HUJM, a procuradora Denise Slhessarenko decidiu acompanhar de perto os efeitos das greves. O objetivo do procedimento administrativo é assegurar que a qualidade e a continuidade do atendimento de saúde não sejam comprometidas pela paralisação dos servidores.

    Com este acompanhamento, o MPF visa mitigar os impactos negativos das greves e garantir que os serviços essenciais de saúde continuem sendo prestados à população de forma adequada.

  • Governo de MT dá ordem de serviço e retoma obra parada desde 2013

    Governo de MT dá ordem de serviço e retoma obra parada desde 2013

    O governador Mauro Mendes assina nesta terça-feira (01.12), às 8h30, o contrato junto ao Consórcio Jota Ele–MBM e a respectiva ordem de início de serviço para a retomada das obras do novo Hospital Universitário Júlio Müller, que estavam paralisadas desde 2013.

    A assinatura será realizada no local onde será edificado o hospital, no KM 16 da MT-040, entre Cuiabá e Santo Antônio de Leverger.

    Também participam do evento os representantes do Consórcio Jota Ele–MBM, o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Evandro Soares, entre outras autoridades.

    Serão investidos R$ 207,485 milhões na retomada e conclusão do hospital, que era mais uma obra prevista para ser entregue na Copa do Mundo de 2014 e que está sendo retomada pela atual gestão do Governo de Mato Grosso, sendo considerada uma das principais ações do programa Mais MT, no eixo da Saúde.O prazo previsto para a construção do hospital é de 24 meses.

    O investimento a ser realizado é R$ 8,788 milhões menor em relação ao que estava estimado, no valor de R$ 216,273 milhões, no início da licitação feita pela Sinfra. A economia se dá em razão do instrumento de “orçamento sigiloso” aplicado no processo licitatório, no qual o valor de referência à retomada da obra, atribuído pelo Governo do Estado, somente foi revelado ao final do certame.

    Com a assinatura do contrato e a emissão de ordem de serviço, o Consórcio Jota Ele–MBM será o responsável pela elaboração do projeto executivo e também pela execução da obra, que teve início em 2012 e até o presente momento tem apenas 9% de seu andamento concluído. Para a retomada da obra, R$ 96 milhões de recursos federais, por meio do Ministério da Educação (MEC), já estão assegurados.

    O hospital terá 58,5 mil metros quadrados somente de área construída e está localizado em um terreno de 147 hectares. O anteprojeto, que foi elaborado pela UFMT, mantém a concepção de hospital-escola e prevê a construção de oito blocos para atender as áreas assistenciais, de internação, nutrição, administrativa, entre outras.

    Ao todo o hospital contará com 228 leitos de internação, 68 leitos de repouso e 63 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), sendo 25 para adultos, 18 voltados a atender crianças (pediátrico) e 20 para recém-nascidos (neonatal).  Além disso, a unidade de saúde contará ainda com 12 centros cirúrgicos, 85 consultórios, 45 salas de exame, 21 salas para banco de sangue e triagem e outras 53 salas administrativas.

    Histórico

    As obras do novo Hospital Universitário Júlio Müller começaram após o Governo do Estado firmar convênio com a UFMT e eram executadas pelo consórcio Normandia – Phoenix- Edeme, formado pelas empresas Normandia Engenharia Ltda., Construtora e Incorporadora Phoenix Ltda. e Edeme Construções Civis e Planejamento Ltda.

    Em 2013, os serviços foram paralisados e, posteriormente, o contrato foi rescindido pelo não cumprimento do cronograma. A conclusão da obra estava prevista para 2014. Ao todo, o investimento previsto era de R$ 116,5 milhões, sendo que metade dos recursos eram estaduais e metade federais.