Tag: hortaliças

  • Qual a diferença entre salsinha e coentro?

    Qual a diferença entre salsinha e coentro?

    A semelhança entre a salsinha e o coentro faz com que muitas pessoas confundam os temperos ao escolhê-los nas prateleiras de supermercados e feiras. Afinal, quem nunca ficou em dúvida? Pensando nisso, reunimos dicas para que você consiga diferenciá-los e utilizá-los da melhor forma na culinária brasileira.

    Além de apresentarem caules longos e finos e folhas pequenas e verdes, ambas as ervas pertencem à mesma família botânica, a apiaceae, que inclui também a cenoura, o aipo, o anis, a erva-doce e o cominho. No entanto, as semelhanças terminam por aí. Cada uma possui características próprias e marcantes que conquistam e, ao mesmo tempo, dividem opiniões.

    Características do coentro e da salsinha

    coentro
    coentro

    O coentro, originário da região do Mediterrâneo e utilizado medicinalmente desde o Egito Antigo, apresenta folhas arredondadas com pequenas serrilhas nas pontas e um tom de verde vibrante. Com frequência, sua raiz acompanha o caule na comercialização. O grande diferencial do coentro está no seu aroma intenso, descrito como forte, picante e cítrico, o que faz com que seja amado por alguns e evitado por outros.

    Já a salsinha, com origem na Europa Meridional, possui folhas mais escuras, alongadas e triangulares. Diferentemente do coentro, é vendida com o caule cortado e sem raízes. Seu aroma é considerado mais suave, fresco e delicado, tornando-a uma opção mais versátil para diversas preparações.

    Onde incluir coentro e salsinha?

    Silvana Graudenz Müller, professora do curso de Cozinha Brasileira no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), explica que o uso desses temperos varia conforme a cultura regional e a influência dos imigrantes. Segundo a especialista, enquanto o coentro, trazido pelos portugueses, é amplamente utilizado no Norte e Nordeste, a salsinha, introduzida pelos italianos, predomina no Sul e Sudeste.

    “São Paulo, por exemplo, recebe muitos nordestinos e nortistas, que utilizam o coentro, mas a salsinha ainda é o tempero predominante na região”, destaca Silvana.

    Apesar de não haver regras rígidas para o uso de cada erva, algumas combinações são mais comuns:

    • Coentro: tradicionalmente utilizado em pratos com peixes, frutos-do-mar e saladas, devido ao frescor das folhas.
    • Salsinha: amplamente usada em caldos, sopas, carnes e aves, além de ser uma opção para substituir o coentro em algumas receitas.

    “Ela combina muito bem com aves e carnes, mas também pode ser utilizada em saladas e frutos-do-mar, onde muitos preferem o coentro. A salsinha tem um sabor mais delicado e não tão marcante quanto o coentro”, finaliza a professora do IFSC.

    Propriedades medicinais

    No livro “Plantas Aromáticas e Condimentares: Uso Aplicado na Horticultura”, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) destaca as propriedades medicinais dessas ervas.

    • Coentro: suas folhas são utilizadas com outras ervas laxativas para auxiliar no alívio de dores abdominais.
    • Salsinha: consumida in natura ou desidratada, ajuda no controle da pressão arterial devido às suas propriedades diuréticas.

    Agora que você já conhece as diferenças entre salsinha e coentro, fica mais fácil escolher a melhor opção para suas receitas e aproveitar os benefícios que essas ervas oferecem!

  • Cartilha da Embrapa orienta sobre cultivo sustentável de hortaliças

    Cartilha da Embrapa orienta sobre cultivo sustentável de hortaliças

    A Embrapa Amazônia Oriental lançou a cartilha Hortas – Recomendações para o Plantio de Hortaliças no Estado do Pará, um guia prático e gratuito voltado ao produtor rural e aos interessados em iniciar o cultivo de hortas. Com 55 páginas repletas de gráficos, tabelas e ilustrações, a publicação apresenta técnicas sustentáveis de cultivo, como a escolha de material vegetal de qualidade, manejo ecológico do solo e irrigação, e priorização de áreas apropriadas para plantio.

    As autoras, as engenheiras-agrônomas Mazillene Borges de Souza e Vitória Cunha Martins, destacam que o cultivo de hortaliças, essencial para a dieta humana, é especialmente relevante para a agricultura familiar, responsável por quase 100% da produção no Brasil. Dados apresentados na cartilha apontam que as hortaliças, como tomate, cebola e alface, movimentam bilhões de reais ao ano, representando mais de 50% da produção nacional.

    “O produtor que tem uma horta pode obter várias safras por ano, dependendo da espécie que cultiva”, ressalta Mazillene, destacando a importância econômica e social dessa prática.

    Compromisso com a sustentabilidade e a Agenda 2030

    A publicação se alinha ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 2 da ONU, que busca erradicar a fome, alcançar segurança alimentar e promover a agricultura sustentável. Para Walkymário de Paulo Lemos, chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, a cartilha reforça o compromisso da instituição com a Agenda 2030 e a disseminação de práticas sustentáveis.

    O lançamento ocorre em um contexto de preparação para a COP 30, que será sediada em Belém em novembro de 2025, reforçando a relevância do estado do Pará no cenário global de discussões climáticas e sustentabilidade.

    Técnicas práticas e acessíveis para diferentes perfis de produtores

    Com linguagem simples e objetiva, o material é dividido em tópicos que abrangem desde a escolha do local de plantio e preparo do terreno até o manejo ecológico do solo e controle fitossanitário. Além disso, aborda diferenças entre hortas familiares e comerciais, trazendo informações sobre ferramentas, tratos culturais e até mesmo técnicas de compostagem caseira e produção de adubo orgânico.

    Segundo Vitória Martins, um dos pontos centrais da cartilha é a orientação sobre o controle de pragas e doenças, que é fundamental para a qualidade das hortaliças. “Por serem vendidas em grande parte in natura, é importante garantir padrões de qualidade que vão além da aparência, como a ausência de resíduos de agrotóxicos ou de organismos indesejáveis”, explica.

    Benefícios para o produtor e para a comunidade

    A cartilha ressalta que o cultivo de hortaliças é uma atividade acessível e altamente produtiva, proporcionando retorno financeiro rápido e variadas possibilidades de comercialização, seja in natura, processada ou em forma de temperos. A prática não apenas garante alimentos frescos e nutritivos, mas também gera empregos e complementa a renda familiar.

    Com recomendações específicas para o estado do Pará, a publicação da Embrapa Amazônia Oriental oferece um valioso instrumento para o desenvolvimento sustentável da agricultura local, reforçando seu papel na promoção da segurança alimentar e no fortalecimento da economia rural.

    A cartilha está disponível gratuitamente no site da Embrapa Amazônia Oriental.

  • Como plantar alface em casa

    Como plantar alface em casa

    Essa é uma hortaliça que gosta de bastante água. Por isso, mantenha o solo sempre úmido, mas não encharcado. A frequência da rega deve ser baseada na drenagem do solo. Assim que você notar que o mesmo está seco, é hora de regar a muda.

    A alface americana é uma das hortaliças mais populares do mundo, apreciada por suas folhas crocantes, sabor suave e versatilidade na culinária. Cultivá-la em casa é uma tarefa acessível, mesmo para quem não tem muita experiência em jardinagem. Confira aqui, como plantar alface americana:

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    Karla Neto

    Preparando o solo e escolhendo o local ideal para sua alface americana

    A alface americana se desenvolve melhor em solos ricos em matéria orgânica, bem drenados e com pH entre 6,0 e 7,0. Para garantir um ambiente ideal, confira do solo antes do plantio e faça as correções necessárias, como adicionar calcário para aumentar o pH ou adubo orgânico para enriquecer o solo.

    O local também é importante: o plantio deve receber no mínimo 6 horas de luz solar direta por dia. Evite áreas sombreadas ou com ventos fortes. Se o clima da sua região for muito quente, o cultivo sob rede de proteção pode ser necessário para proteger as plantas do sol excessivo.

    Além disso, prepare o canteiro com antecedência, revolvendo o solo e incorporando adubo orgânico. Faça sementeira em local protegido ou utilize mudas já crescidas. Mantenha o solo úmido, mas não encharcado, durante todo o ciclo de cultivo. Afaste as mudas entre 20 e 30 cm para garantir espaço para o desenvolvimento das folhas. Plantio das sementes ou mudas

    A alface americana pode ser plantada diretamente no solo ou através de mudas

    Cada método possui suas vantagens e desvantagens, e a escolha ideal dependerá de suas preferências e experiência em jardinagem.

    Se optar pelo plantio direto no solo Vantagens: É um método mais econômico, pois não há necessidade de comprar mudas. Permite um espaçamento mais personalizado entre as plantas.

    Desvantagens: Requer cuidados mais minuciosos com a germinação e o controle de ervas daninhas. O tempo até a colheita pode ser um pouco maior do que no caso do uso de mudas.

    Se a escolha for o plantio com mudas Vantagens: Oferece um crescimento mais rápido e uniforme das plantas. Reduz o tempo até a colheita. Facilita o controle de ervas daninhas.

    Desvantagens: Tem um custo inicial maior, devido à compra das mudas. Requer um pouco mais de experiência no manejo das mudas.

    No caso de plantio direto: Prepare o solo com antecedência, incorporando matéria orgânica e ajustando o pH se necessário. Faça sulcos rasos no solo com espaçamento de 20 a 30 cm entre eles. Semeie as sementes uniformemente nos sulcos e cubra-as com uma fina camada de terra. Mantenha o solo úmido até a germinação. Após a germinação, afine as mudas, deixando as mais fortes com um espaçamento adequado entre elas.

    Já no caso do plantio com mudas: Adquira brotos de boa qualidade em viveiros confiáveis. Prepare o solo com antecedência, incorporando matéria orgânica e ajustando o pH se necessário. Faça as covas no solo com espaçamento de 20 a 30 cm entre elas.

    Retire as mudas de seus recipientes com cuidado, para não danificar as raízes. Coloque cada muda em uma cova e preencha com terra, pressionando levemente ao redor do caule. Regue abundantemente para firmar as mudas no solo. Independentemente do método escolhido, siga os cuidados básicos de cultivo, como irrigação regular, controle de ervas daninhas e adubação, para garantir uma colheita farta e saborosa de alface americana!

    Cuidados coma alface americana

    Após o plantio, a alface americana exige alguns cuidados básicos para se desenvolver de forma saudável e proporcionar uma colheita farta e saborosa. O primeiro deles é a rega, que deve ser frequente, mas sem encharcar o solo. O ideal é regar no início da manhã ou no final da tarde, evitando o calor do sol.

    Vale também utilizar um regador com jato fino para direcionar a água para a base das plantas, evitando molhar as folhas. O segundo cuidado é com as ervas daninhas, remova-as regularmente para evitar que compitam com as plantas por nutrientes e água.

    Mantenha o solo solto ao redor das mudas, utilizando uma ferramenta manual para capinar. Em terceiro, utilize um fertilizante orgânico rico em nitrogênio e potássio a cada 15 dias para fornecer os nutrientes necessários para o crescimento das plantas e siga as instruções do fabricante para a dosagem e aplicação correta.

    Por último, mas não menos importante, monitore as plantas regularmente para identificar pragas e doenças. Se necessário, utilize métodos naturais de controle, como insetos benéficos ou soluções caseiras à base de alho ou pimenta.

  • Setor de hortaliças se reúne para debater desafios e aprimoramentos da cadeia de valor

    Setor de hortaliças se reúne para debater desafios e aprimoramentos da cadeia de valor

    A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças do Ministério da Agricultura reuniu, na sexta (6), produtores, pesquisadores, indústria e governo para debater sobre desafios vivenciados ao longo da cadeia de valor.

    A assessora da Comissão Nacional de Hortaliças e Flores da CNA, Letícia Barony, acompanhou a discussão e informou que um dos assuntos tratados foi o Sistema de Logística Reversa de Embalagens, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente.

    Segundo Letícia, foram apresentados dados sobre o recolhimento de embalagens, como as de defensivos agrícolas, por meio do Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias ou com sobras pós-consumo de defensivos.

    Conforme dados divulgados, 93% das embalagens plásticas primárias são destinadas ao Instituto Nacional e Processamento de Embalagens Vazias (InPEV), o que destaca a efetividade do programa.

    Durante a reunião, também foi debatido o uso de embalagens para comercialização de frutas e hortaliças à granel. Letícia Barony comentou sobre a importância de mecanismos que sejam viáveis à adoção na cadeia produtiva e que possibilitem a redução na geração de resíduos sólidos, bem como de perdas de alimentos ao longo da cadeia de distribuição.

    Em relação ao uso de caixas plásticas retornáveis, a assessora técnica ressaltou que estas apenas solucionarão os gargalos se houver um sistema de logística reversa e de higienização eficiente.

    Outra temática de destaque foi a ampliação e a necessidade de regulação da produção, comercialização e uso de bioinsumos. Os representantes da Câmara abordaram o uso de insumos biológicos como estratégia de ampliação na produção, de forma sustentável.

    Em paralelo, foi salientada a importância da construção de instrumentos que tragam segurança jurídica ao produtor, para a produção de bioinsumos para uso próprio.

    No encontro foram compartilhadas, ainda, informações sobre o Plano Safra 2024/2025 e apontados os desafios do setor ao acessar crédito, dentre eles, a limitação definida por CPF. Atualizações sobre a legislação do autocontrole e dos padrões de qualidade e identidade do alho-semente também foram tema da pauta.

  • Clima reduz produtividade de hortaliças, mas eleva preço e garante boa rentabilidade

    Clima reduz produtividade de hortaliças, mas eleva preço e garante boa rentabilidade

    A produtividade média das roças de tomate e de cebola caiu na safra 2023/24, conforme aponta levantamento da Equipe Hortifrúti do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Esse cenário, no entanto, acabou garantindo preços elevados de negociação dessas hortaliças, à medida que reduziu o volume ofertado no mercado. O menor rendimento deve persistir neste início de safra de inverno de 2024 e pode seguir permitindo resultados acima dos custos de produção. A menor produtividade na safra 2023/24, por sua vez, está ligada principalmente às adversidades climáticas observadas desde meados do segundo semestre de 2023.

    Esses resultados estão apresentados na edição Especial Hortaliças 2024 de junho da revista Hortifruti Brasil, publicação do Cepea, que analisa a rentabilidade das culturas de tomate e cebola. É importante ressaltar que o retrato de rentabilidade positiva não é verificado para todos os agricultores, visto que as propriedades que cultivam hortaliças que registraram produtividade abaixo da média podem ter as margens limitadas ou negativas.

    Quanto ao cenário climático, no Sul, fortes chuvas em setembro de 2023 comprometeram a safra de hortaliças que ainda estava na fase inicial de plantio e desenvolvimento. O cenário foi mais grave no Rio Grande do Sul, sobretudo com as chuvas volumosas entre o encerramento de abril e início de maio de 2024, que causaram enchentes em muitos municípios e geraram perdas sem precedentes. As regiões do Sul analisadas pela Equipe de Hortifrúti do Cepea para este presente estudo não enfrentaram enchentes, mas registraram queda de produtividade. Dada a representatividade da região Sul na safra de verão de hortaliças, muitas praças tiveram quebra de produção e a oferta acabou se reduzindo. Com isso, houve uma resposta positiva dos preços, sobretudo para cebola, tendo em vista que o Sul é responsável por quase toda a produção nacional no primeiro semestre do ano.

    Já no Sudeste, o início da safra de verão 2023/24 de tomate foi até promissor quanto à produtividade, já que, normalmente, é o excesso de chuva que prejudica a produção. Como a cultura é irrigada e o volume de chuva foi menor, os rendimentos no campo no começo do ano foram melhores. No entanto, com a baixa umidade, sobretudo do meio para o final da temporada, a produção começou a ser afetada pela maior incidência de pragas e pelas temperaturas muito elevadas. Esse cenário prejudicou o final da safra de verão e o início dos plantios de inverno no Sudeste.

  • Conab registra queda de preços da alface em dezembro

    Conab registra queda de preços da alface em dezembro

    Uma das hortaliças mais presentes nas saladas dos brasileiros, a alface teve queda no preço médio de 18,01% em dezembro de 2023, após a alta no mês anterior. O dado consta no 1º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) de 2024, divulgado nesta segunda-feira (22), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. O estudo, publicado mensalmente, analisa os preços de frutas e hortaliças comercializados em dez centrais de Abastecimento (Ceasas) pelo país.

    De acordo com o levantamento, as maiores quedas de preços ocorreram na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), de 29,69%, e na Ceasa/RJ, 11,21%. A diminuição na cotação no mercado atacadista de São Paulo pode ser justificada pelo aumento no volume comercializado da folhosa, em relação a novembro, de 10%. A Ceagesp tem o maior peso na média de preços entre as centrais de venda por atacado pesquisadas.

    Encarecimento

    A feira ficou mais cara, em dezembro passado, para o atacadista que comprou batata comum (inglesa). O tubérculo apresentou subida no preço de 20,37%, pelo terceiro mês consecutivo. As maiores altas foram confirmadas na Ceasa de Vitória, 28,19%; na Ceasa Minas, em Belo Horizonte (26,10%); na Ceasa/RJ (25,02%) e na Ceagesp (23,68%).

    O Boletim Hortigranjeiro Janeiro/2024 aponta como um dos fatores responsáveis pela carestia a maior procura pelo produto, tradicionalmente consumido em pratos de festas de fim de ano.

    Outro destaque na escalada de preços de dezembro foi a cenoura, que apresentou aumento em todas as Ceasa analisadas, disse a Conab. O crescimento médio foi de 18,78%, em relação à média de novembro. O maior incremento ocorreu na Ceasa/GO, em Goiânia, de 30,75%.

    Os preços do tomate voltaram a subir no último mês de 2023, alta de 10,33% em relação à média de novembro, depois de seguidos meses em queda. As maiores remarcações de preços ocorreram na Ceasa/RJ (29,24%), Ceasa/AC (27,77%), CeasaMinas (21,24%) e com a Ceagesp (17,75%).

    Para a cebola, a elevação de preço foi menor do que em novembro. Das dez Ceasa analisadas, em quatro houve diminuição de preço, mas em cinco os preços subiram mais.

    Frutas

    As mercadorias que também encareceram os carrinhos de cargas dos atacadistas foram as frutas, de modo geral. O boletim da Conab aponta que a banana fechou o ano de 2023 com elevação das cotações e queda da comercialização, em um período de entressafra nas regiões produtoras da fruta.

    A caixa de laranja também teve aumento no valor comercializado. As explicações são a diminuição da oferta, devido às ondas de calor no centro-sul do país, associadas à forte demanda no varejo, vinda, sobretudo, da indústria produtora de suco. Assim, os preços no mercado internacional e pagos aos produtores continuaram elevados.

    E os preços praticados no mercado atacadista de maçãs, melancias e de variedades do mamão foram impactados pela escassez de oferta. Também foi verificada a menor qualidade do mamão vendido, que também justificou a alta, informou a Conab.

    Prohort

    Os dados estatísticos do Boletim Prohort da Conab são levantados mensalmente nas centrais de Abastecimento em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, São José (SC), Goiânia, Recife, Fortaleza, Rio Branco e Brasília.

  • Conab: preço das hortaliças cai nos principais mercados atacadistas

    Conab: preço das hortaliças cai nos principais mercados atacadistas

    Hortaliças como alface, batata, cenoura e cebola estão custando mais barato nas Centrais de Abastecimentos (Ceasas). É o que indica o 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (19) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    De acordo com a estatal, a cebola foi o produto que registrou a maior queda na média ponderada registrada em setembro, comparado a agosto, mesmo com a menor quantidade disponível nos mercados.

    “A produção pulverizada pelo país ajuda a explicar os preços mais baixos, condição que permite inferir que a oferta se encontra mais próxima aos centros consumidores, com menores custos de logística, posicionando os preços em patamares mais baixos”, justificou a Conab, em nota.

    Já a queda “contínua e unânime” das cotações observadas para a batata é explicada pela intensificação da safra de inverno em todo o país, com o total comercializado nas 11 centrais de abastecimento foi superior a 100 mil toneladas.

    “No caso da alface, continua a tendência declinante dos preços de forma menos intensa do que em meses anteriores. Porém, este movimento de queda não foi unânime. O clima influenciou tanto na oferta quanto na demanda da folhosa. O calor encurtou o ciclo da alface, o que obriga o produtor a colocar seu produto no mercado, ao mesmo tempo que a alta de temperatura aumenta a demanda do produto”, detalhou a estatal.

    A cenoura também apresentou queda na média ponderada, mas não em todos mercados pesquisados. Em setembro, a oferta deste produto foi menor no atacado, na comparação com o observado em agosto. A Conab explica que esse resultado foi registrado mesmo em meio às chuvas e às temperaturas altas registradas no último mês em áreas produtoras localizadas em todo país – o que, segundo a companhia, provoca perda de qualidade do produto e consequente desvalorização e queda de demanda.

    “Deve-se destacar que as precipitações em setembro no Rio Grande do Sul praticamente interromperam a colheita, gerando queda de cerca de 65% dos envios deste estado à Ceasa”, acrescentou a Conab.

    Segundo a Conab, apenas o tomate não apresentou uma tendência de comportamento uniforme de preços no atacado, variando de acordo com as maiores ou menores entradas do fruto durante o mês. “As variações de temperatura, atrasando ou acelerando a maturação e, consequentemente, proporcionando diminuição e aumento de oferta explica os preços oscilantes”, justificou a companhia.

    Frutas

    No caso das frutas, o boletim informa que banana e mamão mantiveram a tendência de queda nos preços, a exemplo da maioria das hortaliças. O mercado atacadista de banana registrou queda das cotações em setembro, em meio à boa oferta de banana-prata produzida no o sul e no norte mineiro, onde a fruta amadureceu aceleradamente por causa da elevação das temperaturas.

    Foi registrada maior oferta do mamão papaia de diversas regiões produtoras, mas com volume maior no sul da Bahia, o que possibilitou queda na média ponderada dos preços, mesmo com o crescimento de demanda observado a partir da segunda quinzena do último mês.

    As temperaturas mais altas fizeram com que o consumo de laranja e de melancia aumentassem, intensificando a procura pelas frutas em setembro. No caso da maçã, houve elevação para as cotações e queda para a comercialização da fruta na maior parte das Ceasas, mas esse comportamento é tradicional nesse período do ano, segundo a Conab, uma vez que os estoques das companhias classificadoras vão diminuindo.

    Exportações

    Entre janeiro e setembro, o volume total de frutas exportado ficou em 694 mil toneladas, o que resultou em um total de US$ 794,8 milhões comercializados. O valor corresponde a um aumento de 5,14% e 19,04%, respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano passado.

    “Os embarques de frutas como bananas (-26,7%) e mamões (-10,1%) foram menores, enquanto foram ampliadas as vendas ao mercado externo de mangas (14,3%), limões e limas (5,3%), melancias (11,3%) e abacates (142%)”, detalha a companhia.

    O Boletim Prohort tem por base levantamentos feitos nas Ceasas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, São José (SC), Goiânia, Recife, Fortaleza, Rio Branco e Brasília.

    Edição: Maria Claudia
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  • Cebola e tomate ficam mais baratos nas centrais de abastecimento

    Cebola e tomate ficam mais baratos nas centrais de abastecimento

    Um dos ingredientes mais importantes na culinária, a cebola ficou mais barata nas centrais de abastecimento (Ceasas) do país, no último mês. O preço em janeiro apresentou nova queda, de 35,13% em relação a dezembro de 2022. Os dados são do 2º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado hoje (16) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    De acordo com o estudo, o preço da cebola teve uma diminuição de pelo menos 20% em todas as Ceasas analisadas. O motivo da baixa nas cotações foi o aumento da oferta do produto no mercado do Sul do país, especialmente de Santa Catarina. Em janeiro, os envios às Ceasas a partir desse estado aumentaram cerca de 25%.

    Segundo a Conab, o tomate também seguiu a tendência de queda em janeiro. Após um período de alta, o preço voltou a cair, em média, 6,26% em relação a dezembro de 2022.

    Porém, diferente da cebola, o movimento não foi unânime, sendo mais significativo no mercado atacadista da Ceagesp, em São Paulo. O aumento da oferta de tomate no estado em quase 40% explica a queda acentuada do preço, tanto no mercado da capital como em Campinas. “A safra de verão intensificou-se com a perspectiva de manter seus volumes nos mercados em fevereiro”, projeta a Conab.

    Já as outras hortaliças, como batata e a cenoura, apresentaram alta nas cotações. No caso da batata, essa tendência vem ocorrendo desde setembro de 2022 e, em janeiro deste ano, o preço chegou a aumentar 2,29% na média ponderada, comparado ao mês anterior. O excesso de chuvas em janeiro atrapalhou a colheita nos estados produtores, levando a redução na oferta e pressionando o preço. No entanto, o movimento não foi uniforme entre os mercados atacadistas.

    Já a cenoura, que passou por um período de alta de preço, seguido por uma queda abrupta e depois pela estabilidade em baixos níveis no decorrer de 2022, voltou a ter aumento no preço em janeiro. A média ponderada do mês aumentou 41,52% em relação à média de dezembro. Em todas as Ceasas analisadas pela Conab, a movimentação total de cenoura caiu quase 10%, com a diminuição dos envios a partir de Minas Gerais e São Paulo, principais estados produtores.

    Frutas

    Entre as frutas analisadas pela Conab em janeiro, a banana foi a que teve movimento de queda mais acentuado. A redução foi maior na Ceasa de Curitiba e Rio Branco, com baixas de 20,19% e 14,52% e preços de R$ 2,40 e R$ 1,99 no quilo, respectivamente. Segundo o boletim, a diminuição ocorreu graças à banana nanica, com boa oferta e produtos de qualidade, uma vez que a banana prata teve oscilações nos preços e na quantidade ofertada.

    Outras frutas como laranja, maçã, mamão e melancia apresentaram tendência de alta no preço em quase todas as Ceasas do país. A elevação foi mais expressiva para a melancia, com alta nas cotações e diminuição da oferta. O Rio Grande do Sul foi o principal estado produtor dessa cultura no período considerado, mesmo com a estiagem que comprometeu parte da produção. Na Bahia, a segunda parte da safra atrasou devido às chuvas e o plantio da safrinha em São Paulo ainda não começou, o que contribuiu para as elevações de preço no último mês.

    A laranja teve variações pequenas e moderadas das cotações, oferta controlada devido à procura industrial, além da demanda no varejo em alta e oferta em queda na segunda quinzena do mês. A maçã continua com preço elevado e a comercialização diminuiu em razão da finalização dos estoques das variedades gala e fuji. Para o mamão, a média ponderada subiu 9,64% pois, embora a oferta da variedade formosa tenha aumentado, a colheita do papaya foi menor devido às chuvas.

    Opções mais baratas

    Para quem procura alternativas mais baratas, o Boletim Prohort indica alguns produtos que tiveram queda no preço em janeiro. Entre as hortaliças comercializadas na Ceagesp, por exemplo, os destaques na redução da média de preço são o pimentão (35%), a vagem (24%), o gengibre (15%) e a abóbora moranga (12%). Já em relação às frutas comercializadas no local, tiveram redução nas cotações a lichia (51%), o abacate (46%), o caqui (41%), a jabuticaba (1%), o limão (38%) e o mangostim (34%).

    O levantamento dos dados de janeiro foi realizado em 12 centrais de abastecimento: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Campinas (SP), Curitiba, São José (SC), Goiânia, Brasília, Recife, Fortaleza e Rio Branco (AC).

    Além do boletim mensal, a Conab possibilita, no site do Prohort, o acompanhamento de preços, análises de mercado, consulta de séries históricas e identificação das regiões produtoras, entre outros estudos técnicos. A base de dados contempla informações de 117 frutas e 123 hortaliças, somando mais de mil produtos, quando são consideradas suas variedades.

    Edição: Fernando Fraga

  • Conab: menor oferta eleva preços de hortaliças e frutas em setembro

    Conab: menor oferta eleva preços de hortaliças e frutas em setembro

    A menor oferta de hortifrutis nos principais mercados atacadistas no país influenciou a alta de preços de importantes produtos em setembro. Entre as hortaliças, o destaque é para a batata, que teve aumento de 18,49% em setembro, comparado com agosto. No caso das frutas, a banana teve alta de 15,08% entre agosto e setembro deste ano.

    Outros aumentos foram observados na cenoura, cebola, laranja, maçã e mamão, comercializados em 13 centrais de abastecimento (Ceasas) do país. As informações são do 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado hoje (18), em Brasília, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Segundo o órgão, os preços da batata vinham em queda desde maio deste ano, pois os mercados estavam abastecidos com a safra de inverno. A nova alta é atribuída a uma menor oferta em Minas Gerais e em São Paulo. “Os envios por parte de São Paulo diminuíram 8% e de Minas quase 30%. Em termos nacionais, a movimentação nas Ceasas, em setembro, caiu quase 10%, com a desaceleração da safra de inverno”, explicou o boletim.

    Outro fator para a menor oferta da batata, sentida mais significativamente na metade de setembro, foi o mau tempo (chuvas mais intensas) nos estados produtores, o que atrapalhou a colheita. O maior aumento de preços foi registrado na Ceasa de Brasília  (71,54%). Houve altas também nas Ceasas que abastecem Vitória (ES) (32,96%) e Rio de Janeiro (31,98%).

    Já o aumento de preços da banana (principalmente da nanica) veio junto à diminuição da produção em várias microrregiões como nanica e prata em Registro (SP), prata, no norte de Minas Gerais, e nanica no norte de Santa Catarina. Nos preços, o destaque ficou por conta das altas na Ceasa, de Goiás (23,84%), Ceasa, do Paráná, (29,77%) e Ceasa, do Espírito Santo (24,5%).

    Banana

    Ponto fora da curva foi a banana prata advinda do polo de Petrolina/Juazeiro [Vale do São Francisco], com boa produção, boa qualidade por não ter sofrido com o frio e com boa demanda das Ceasas do Nordeste.

    As exportações de banana diminuíram e foram direcionadas, na sua maior parte, para o Mercosul, com mais de 86% da produção para a Argentina e Uruguai e uma pequena quantidade enviada para o Reino Unido e a Alemanha. Segundo a Conab, as vendas externas, até setembro de 2022, tiveram um volume de 69,95 mil toneladas, número inferior 13,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

    A comercialização total, em quantidade, considerando todos os produtos que compõem o grupo hortaliças nas Ceasas analisadas, teve queda de 7,8% em setembro, em relação a agosto, e aumento de 3,1% em relação a setembro de 2021. Entre as frutas, no mês passado, houve queda de 4,3% na comercialização em relação a agosto e redução de 6,1% na comparação com setembro do ano passado.

    Hortaliças

    Cinco hortaliças foram analisadas no boletim da Conab: alface, batata, cebola, cenoura e tomate.

    Assim como para a batata, o clima também trouxe impacto para a oferta de cenoura no atacado. “As chuvas frequentes dificultam a colheita, além de, muitas vezes, comprometer a qualidade da raiz”, informou a Conab. Destaque para Minas Gerais, mais precisamente no município de São Gotardo, região que abastece vários estados no país.

    Apesar da alta na maioria dos mercados, os preços da cenoura continuam em baixos patamares. Após o pico em março, os preços caíram até atingir, em agosto, o mais baixo nível do ano. O preço médio em setembro teve aumento de 5,28%, provocado pela queda na oferta: -11%, -3% e -25%, a partir de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, respectivamente.

    Para a cebola, os preços subiram mesmo com a pulverização da oferta do produto pelos estados. Esse cenário se explica pela menor produção registrada no Nordeste, mais notadamente na Bahia e Pernambuco. No acumulado do ano, o percentual de queda da oferta nordestina, em relação a 2021, chega próximo de 40%. Para a Conab, o aumento dos custos, tanto da produção como do transporte, e os preços não atrativos no ano passado refletiram em redução de área. O preço médio da cebola aumentou 7,77% no mês passado.

    Entre as hortaliças houve queda apenas nos preços da alface, de 11,26%, uma vez que o tomate não apresentou tendência uniforme nas Ceasas analisadas, e os preços tiveram variação negativa de 0,51%, na média. As maiores altas no tomate foram observadas nas Ceasas de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, enquanto as baixas em Pernambuco, Ceará e Acre.

    Frutas

    As frutas examinadas pela Conab foram banana, laranja, maçã, mamão e melancia. Apenas a melancia teve tendência de baixa nos preços, mesmo com a maior comercialização da fruta no último mês. A queda foi de 19,47%.

    “O município de Uruana, em Goiás, segue sendo a principal região fornecedora, com destaque também para a finalização da colheita tocantinense. Nesse cenário, a rentabilidade dos produtores foi bastante pressionada, inclusive com vários deles vendendo produtos abaixo do preço de custo”, disse o boletim.

    “Já alta na laranja é influenciada pela absorção da fruta pelas indústrias produtoras de suco, movimento fundamental para que a oferta se mantivesse controlada, uma vez que a demanda se mostra em ritmo mais lento”, garantiu a Conab. No mês passado, o preço médio da fruta subiu 2,7%. Segundo o órgão, a temperatura mais baixa no primeiro terço do mês passado está entre os motivos que explicam a menor procura pela fruta.

    No caso da maçã, setembro foi marcado tanto pela alta de preços (5,37%) quanto pela queda da comercialização nas Ceasas, por causa da diminuição dos estoques das câmaras frias das companhias classificadoras, em virtude da quebra de safra na atual temporada. “No entanto, o panorama não indica espaço para novas elevações, entre outros fatores pela entrada no mercado de frutas concorrentes como ameixa e pêssego”, salientou o boletim.

    Mamão

    Para o mamão, as cotações se elevaram em virtude, principalmente, da restrição da oferta da variedade formosa, uma vez que a produção de papaya registrou aumento. “Essa combinação propiciou melhor controle da comercialização e fez com que os produtores desse tipo de mamão tivessem margem para até mesmo manter o preço sem perder rentabilidade”, anunciou a Conab. O preço médio do mamão teve alta de 2,37%.

    O levantamento dos dados de setembro foi realizado em treze centrais de abastecimento: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória (ES), Campinas (SP), Curitiba, Porto Alegre, São José (SC), Goiânia, Brasília, Recife, Fortaleza e Rio Branco (AC).

    Além do boletim mensal, a Conab possibilita, no site do Prohort, o acompanhamento de preços, análises de mercado, consulta de séries históricas e identificação das regiões produtoras, entre outros estudos técnicos. A base de dados contempla informações de 117 frutas e 123 hortaliças, somando mais de mil produtos, quando são consideradas suas variedades.