Tag: horário de verão

  • Economia com horário de verão pode alcançar R$ 400 milhões em cinco meses

    Economia com horário de verão pode alcançar R$ 400 milhões em cinco meses

    A implementação do horário de verão pode levar a uma diminuição de até 2,9% na demanda máxima de energia elétrica, resultando em uma economia estimada em cerca de R$ 400 milhões para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) entre outubro e fevereiro. Essa previsão foi divulgada em uma nota técnica pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

    O estudo indica que a mudança no horário brasileiro durante o verão poderá proporcionar uma “redução nos custos de combustível de termelétricas, com uma economia de R$ 356 milhões no cenário hidrológico mais desfavorável e R$ 244 milhões no melhor cenário”, conforme detalha o documento.

    “Em relação à contratação de reserva de capacidade, com base nos resultados do Leilão de Reserva de Capacidade de 2021, a economia anual em pagamento de receitas fixas para os empreendimentos vencedores do leilão foi de aproximadamente R$ 1,8 bilhão”, acrescenta.

    Horário de pico

    Além disso, essa mudança favorecerá uma maior eficiência do SIN no atendimento aos períodos de maior consumo, especialmente entre 18h e 20h. “É nesse intervalo que o sistema enfrenta desafios devido à redução da geração solar centralizada e da micro e mini geração distribuída, além do aumento na demanda por energia”, esclarece a nota técnica, que observa que o impacto positivo é mais acentuado nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, além do SIN.

    “A estratégia tem se mostrado eficaz para mitigar o crescimento da carga entre 18h e 19h, momentos críticos para o sistema. Contudo, após as 20h, a demanda volta a aumentar, prolongando o processo de ajuste”, complementa.

    O ONS ressalta que, ao analisar o efeito do horário de verão no consumo de energia, observou-se que em alguns períodos do dia, a prática não é eficaz na redução da carga média diária. No entanto, identificou-se “reduções significativas em dias úteis, sábados e domingos, sob várias condições de temperatura” durante os momentos de pico de demanda noturna.

  • Horário de verão tem apoio de 54,9% da população, diz estudo

    Horário de verão tem apoio de 54,9% da população, diz estudo

    Levantamento feito pelo portal Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que o horário de verão é bem-visto pela maioria das pessoas. De acordo com a pesquisa, feita com três mil pessoas, 54,9% dos entrevistados são favoráveis à mudança nos relógios ainda este ano.

    Deste total, 41,8% dizem ser totalmente favoráveis ao retorno do horário de verão, e 13,1% se revelam parcialmente favoráveis. Ainda segundo o estudo, 25,8% se mostraram totalmente contrários à implementação; 17% veem com indiferença a mudança; e 2,2% são parcialmente contrários.

    Os maiores índices de apoio foram observados nas regiões onde o horário era adotado: Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Sudeste, 56,1% são a favor da mudança, sendo 43,1% favoráveis e 13% parcialmente favoráveis.

    No Sul, 60,6% são favoráveis, 52,3% totalmente favoráveis e 8,3% parcialmente favoráveis; e, no Centro-Oeste, 40,9% aprovariam a mudança – com 29,1% se dizendo totalmente favoráveis e 11,8% parcialmente a favor. Nas três regiões somadas, 55,74% são favoráveis ao adiantamento dos relógios em uma hora.

    Para 43,6% dos entrevistados, a mudança no horário ajuda a economizar energia elétrica e outros recursos. Para 39,9%, a medida não traz economia e 16,4% disseram que não sabem ou não têm certeza.

    Por regiões

    Segundo a pesquisa da Abrasel, a Região Sul é a que apresenta maior parcela da população (47,7%) que acredita que o adiantamento do relógio resulta em economia de recursos. Para 51,8%, a mudança do horário é benéfica para o comércio e serviços, como lojas, bares e restaurantes. Já 32,7% dizem não ver vantagem; e 15,5% afirmam não ter opinião formada.

    A pesquisa revela, ainda, que, para 41,7%, a cidade onde moram fica mais atrativa para o turismo quando o horário de verão está vigorando. “Apenas 9,4% disseram que fica [a cidade] menos atrativa, enquanto 43,6% não sentem diferença”, diz o levantamento.

    O estudo mostra também que as pessoas se sentem mais seguras durante os períodos em que o horário de verão é adotado, em especial com relação ao horário de saída para o trabalho. Segundo a pesquisa, 35,2% se sentem mais seguros com a mudança, enquanto 19,5% se dizem menos seguros. Para 41,9% a mudança não traz influência.

    A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos, considerando um nível de confiança de 95%.

    Governo

    Na última semana, o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou que a volta do horário brasileiro de verão é uma possibilidade real para melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial e a consequente redução de consumo de energia elétrica no país.

    “O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato porque tem implicações, não só energética, tem implicações econômicas. É importante para diminuir o despacho de térmicas nos horários de ponta, mas é uma das medidas, porque ela impacta muito a vida das pessoas”, reconheceu o ministro.

    Edição: Kleber Sampaio

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  • Governo avalia retorno do Horário de Verão para combater aumento no preço da energia

    Governo avalia retorno do Horário de Verão para combater aumento no preço da energia

    Diante da grave seca que atinge diversas regiões do Brasil, o governo federal está estudando a possibilidade de retomar o horário de verão como uma medida para conter o aumento no preço da energia elétrica. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a volta da mudança no horário está sendo analisada como uma forma de auxiliar na manutenção da confiabilidade do sistema elétrico, afetado pela falta de chuvas e pelo consequente aumento no uso de usinas termoelétricas, que encarecem o custo da energia.

    A seca prolongada, somada à elevação das temperaturas, tem levado o setor elétrico a depender mais das termoelétricas, o que impacta diretamente o valor da conta de luz. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, destacou que a reintrodução do horário de verão pode ser uma “boa alternativa” para reduzir o consumo energético nos horários de pico, colaborando para evitar a sobrecarga do sistema elétrico.

    Medida para Economia de Energia

    Horário de Verão-
    Horário de Verão

    Durante uma coletiva de imprensa realizada em 11 de setembro, Alckmin reforçou que, apesar da seca, o governo está empenhado em garantir que não falte energia no país. “O horário de verão pode ser uma boa alternativa para economizar energia e evitar o desperdício”, afirmou o vice-presidente. Ele ainda destacou que o governo planeja campanhas de conscientização para incentivar a população a utilizar energia de forma mais eficiente.

    Avaliação pelo Governo

    Pela manhã, o ministro Alexandre Silveira já havia afirmado que o retorno do horário de verão estava sendo discutido internamente. Segundo o ministro, embora ainda não haja uma decisão final, a principal justificativa para essa medida é o aumento da confiabilidade do sistema elétrico, que enfrenta desafios devido à escassez de chuvas.

    Horário de Verão Extinto em 2019

    O horário de verão foi extinto no Brasil em abril de 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida, que adiantava os relógios em uma hora nos meses mais quentes do ano, tinha como objetivo reduzir o consumo de energia elétrica nos horários de pico, aliviando a pressão sobre o sistema e diminuindo o uso de fontes de energia mais caras.

    Com a atual crise hídrica, o retorno dessa política está sendo visto como uma forma de mitigar os efeitos do aumento da demanda energética, trazendo possíveis benefícios econômicos e operacionais para o sistema elétrico nacional.

    O retorno do horário de verão é uma alternativa que o governo estuda com cuidado, dada a situação crítica enfrentada pelo setor energético devido à seca. A medida, caso seja adotada, poderá ajudar a evitar um maior aumento nas contas de luz e garantir a sustentabilidade do fornecimento de energia em todo o país.

  • Entenda por que o governo não pretende adotar o horário de verão

    Entenda por que o governo não pretende adotar o horário de verão

    Amado por muitos, odiado por outros tantos, o horário de verão foi por muito tempo motivo de discussões e polêmicas entre os brasileiros. Muita gente gostava de aproveitar o período mais quente do ano e curtir o fim de tarde mais longo para praticar esportes ou em um happy hour com amigos. Mas quem acorda cedo para trabalhar reclamava das manhãs mais escuras, com o adiantamento do relógio em 1 hora.

    Preferências à parte, havia razões técnicas para que o governo determinasse a adoção da medida, que vigorou no país todos os anos de 1985 até 2018. Em 2019, a medida foi extinta pelo então presidente Jair Bolsonaro e, neste ano, apesar da troca de governo, não há sinais de que o horário de verão possa ser adotado novamente.

    Tanto a área técnica do Ministério de Minas e Energia quanto o próprio ministro da pasta já falaram que, por enquanto, não há necessidade de adiantar os relógios neste ano, principalmente por causa das boas condições atuais de suprimento energético do país. A pasta diz que o planejamento seguro implantado desde os primeiros meses do governo garante essa condição.

    O ministro Alexandre Silveira também diz que não há sinais de que será necessário adotar o horário de verão este ano, porque os reservatórios das usinas hidrelétricas estão nas melhores condições de armazenamento de água dos últimos anos. “O horário de verão só acontecerá se houver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto, não há sinal nenhum nesse sentido. Estamos com os reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos”.

    Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios devem se manter acima de 70% em setembro na maioria das regiões, o que representa estabilidade no sistema. Para se ter uma ideia, em setembro de 2018, por exemplo, no último ano de implementação do horário de verão, a EAR dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, um dos mais importantes do país, estava em 24,5%. Este ano, esse percentual está em 73,1%.

    Outro fator que serve como argumento para não retomar o horário de verão no Brasil é o aumento da oferta de energia elétrica nos últimos anos, com maior uso de usinas eólicas e solares. “O setor de energia que era quem dava a ordem, não está vendo a necessidade de dar essa ordem, não está vendo grandes ganhos com a medida”, diz o professor de Planejamento Energético Marcos Freitas, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

    Mudança de hábito

    Quando foi criado, em 1931, o adiantamento do relógio em 1 hora entre os meses de outubro e fevereiro tinha o objetivo de aproveitar melhor a luz natural e reduzir a concentração do consumo no horário de pico, que era no horário entre 18h e 20h. No entanto, nos últimos anos, houve mudanças no padrão de consumo de energia dos brasileiros e no horário de pico, com maior uso da eletricidade no período da tarde, principalmente por causa da intensificação do uso de aparelhos de ar-condicionado.

    Além disso, a iluminação, que antes representava uma parte significativa do consumo, especialmente no horário de pico, hoje não é mais tão importante do ponto de vista elétrico. Até o início da década de 2000, era comum o uso de lâmpadas incandescentes nas residências, empresas e na iluminação pública. Após a crise energética de 2001, foram adotadas políticas de eficiência energética, com o aumento do uso de lâmpadas mais econômicas, como as fluorescentes, e eletrodomésticos mais eficientes.

    “Hoje o fator iluminação já não é mais um fator importante para o setor elétrico, como era no passado, quando cerca de um terço do consumo de energia de uma casa vinha da iluminação. Hoje, o grande vilão nas residências se chama climatização”, destaca o professor Freitas.

    Para ele, a adoção do Horário de Verão este ano seria mais por uma questão de hábito da população do que pela necessidade do setor elétrico. “Eu, particularmente, gosto muito do Horário de Verão, gosto de chegar em casa com a luz do dia, acho simpática a ideia. Mas sei que tem limitações, os trabalhadores que acordam muito cedo sofrem muito com esse horário”.

    Edição: Fernando Fraga
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  • Bares e restaurantes pedem retomada do horário de verão

    Bares e restaurantes pedem retomada do horário de verão

    A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) enviou carta ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pedindo a volta do horário de verão no Brasil. Segundo a entidade, a medida gera impacto direto no faturamento dos bares e restaurantes, com crescimento entre 10% e 15%.

    “No momento em que o setor ainda se recupera dos prejuízos causados pela pandemia, a implementação da medida beneficiaria um setor que gera renda direta para mais de 7 milhões de brasileiros e tem cerca de 1,5 milhão de empreendimentos no país”, diz a Abrasel na carta enviada na terça-feira (26) ao ministro.

    A Abrasel destaca que a medida movimenta a economia, principalmente no comércio e no turismo, uma vez que os turistas tendem a aproveitar melhor os destinos, estendendo suas atividades até mais tarde. A entidade também enviou um ofício sobre o mesmo assunto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do Turismo, Celso Sabino.

    Procurado pela Agência Brasil, o Ministério de Minas e Energia (MME) não se manifestou nesta terça-feira (26). Na semana passada, a pasta informou que os dados não indicam necessidade de implantação do horário de verão em 2023, em virtude do planejamento seguro implantado pelo ministério desde os primeiros meses do governo.

    Criado em 1931, o horário de verão foi extinto pelo governo federal em 2019, com base em estudos que apontaram a pouca efetividade na economia energética. O governo da época também se baseou em estudos da área da saúde sobre os impactos da mudança no relógio biológico das pessoas.

    Edição: Nádia Franco
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