Tag: hipertensão

  • Hipertensão arterial afeta 1 em cada 4 brasileiros

    Hipertensão arterial afeta 1 em cada 4 brasileiros

    Ao aferir a pressão arterial, o esperado é que o resultado seja em torno de 120 por 80 mmHg. Quando o número registrado é igual ou maior do que 140 por 90 mmHg, a hipertensão é diagnosticada. De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 38 milhões de brasileiros sofrem com essa doença. O grande perigo é que, em 99,9% dos casos, ela não apresenta sintomas.

     

    “Chamamos a doença de ‘inimigo silencioso’ porque ela provoca danos no organismo sem dar sinais. São cerca de 300 mil mortes registradas por ano no Brasil devido às doenças no coração e cérebro, segundo o Ministério da Saúde. Por conta desses quadros, podemos certificar que 80% dos óbitos por acidente vascular cerebral (AVC-derrame cerebral) e 60% dos infartos agudos do miocárdio foram causados pela pressão arterial elevada”, revela o Dr. Celso Amodeo, cardiologista do sono e especialista em hipertensão arterial do Hcor.

     

    Por ter múltiplas causas, entre elas fatores genéticos e ambientais, o médico alerta que não é fácil determinar o que leva à chamada “pressão alta”. No entanto, é preciso ter em mente que há diversas maneiras de preveni-la. “Começando pelos bons hábitos, como manter uma alimentação saudável, com pouco sal, praticar exercícios físicos, não fumar e não ingerir bebida alcoólica. O que poucas pessoas sabem é que a qualidade do sono pode influenciar a pressão arterial. A apneia obstrutiva do sono, por exemplo, impacta no controle da pressão arterial. Além disso, o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não hormonais, pílula anticoncepcional e os sprays nasais com vasoconstritores também podem levar ao desenvolvimento da hipertensão”, explica o Dr Celso Amodeo.
    Para o diagnóstico, é importante observar a pressão arterial ao longo de 24 horas. “Isso porque temos casos de hipertensão noturna, durante o sono, que também trazem um risco cardiovascular aumentado aos pacientes, mesmo quando a pressão arterial de vigília está dentro dos valores aceitáveis. Devido às diversas causas da pressão alta, a conduta é baseada em múltiplos medicamentos que agem em diferentes sistemas do organismo”, esclarece o Dr. Amodeo.

    Aprenda a aferir a pressão

    Seja em casa, no consultório do médico ou na farmácia, fazer a medição com certa regularidade pode salvar a vida. Existem dois tipos de aparelhos para aferir a pressão arterial: os aneroides que empregam o método auscultatório e necessitam de estetoscópio; e os aparelhos digitais que empregam um método chamado oscilometrico.

    Independentemente do modelo escolhido, são indicados alguns cuidados:

    • Não tomar medicamentos antes

    • Não estar com bexiga cheia

    Não ter praticado exercícios físicos há pelo menos 60 minutos

    • Descansar 5 minutos antes de iniciar

    • Estar sentado e não cruzar as pernas

    • Não falar durante a medição

    • Utilizar sempre o braço esquerdo

    • Não tomar café ou álcool 30 minutos antes

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  • 4 bebidas que causam pressão alta

    4 bebidas que causam pressão alta

    As doenças arteriais são extremamente delicadas e ao mesmo tempo silenciosas. Uma delas é a pressão alta, que danifica as artérias sem você perceber até desencadear problemas graves como um AVC.

    Pressão arterial ou hipertensão. É uma condição causada pela força exercida pelo sangue contra as paredes das artérias. A pressão normal em adultos deve estar entre 120/80 mmg. A hipertensão é considerada quando atinge 130/80 mmg.

    Alguns alimentos e também bebidas causam alterações significativas no funcionamento normal da pressão arterial.

    Acompanhe alguns exemplos abaixo:

    • Alcoólicas- A ingestão de bebidas alcoólicas elevam a pressão arterial, devido à quantidade de açúcar e calorias que ela possui. Esse tipo de substância aumenta o peso das pessoas e, portanto, o funcionamento do organismo.
    • Café em excesso- Uma xícara de café pela manhã pode ser a coisa necessária para injetar a pilha pela manhã, mas ao mesmo tempo pode ser prejudicial quando feito em excesso. De acordo com o Instituto Médico da Clínica Mayo, beber mais de quatro xícaras por dia pode aumentar a pressão arterial.
    • Bebidas energéticas- Esses tipos de bebidas têm substâncias que aceleram o coração, de modo que podem criar alguns problemas cardíacos. Contendo cafeína e taurina, eles aumentam a frequência cardíaca e, portanto, a pressão arterial.
    • Bebidas açucaradas- De acordo com o American Journal of Cardiology, explica que bebidas com muita glicose, como refrigerantes, sucos, chás ou água com sabor, podem aumentar a pressão arterial por conterem sacarose.

    Fatores de risco

    •  Fumo;
    • consumo de bebidas alcoólicas;
    • obesidade;
    • estresse;
    • grande consumo de sal;
    • níveis altos de colesterol;
    • falta de atividade física;
    • Além desses fatores de risco, sabe-se que sua incidência é maior na raça negra, aumenta com a idade, é maior entre homens com até 50 anos, entre mulheres acima de 50 anos, em diabéticos.

    Bebidas que aumentam a pressão

    A pressão arterial é uma medida da força que o sangue exerce nas paredes das artérias. Ela é medida em duas unidades: sistólica (o número mais alto, que mede a pressão quando o coração está bombeando sangue) e diastólica (o número mais baixo, que mede a pressão quando o coração está relaxado).

    A pressão arterial alta, também conhecida como hipertensão, é um fator de risco importante para doenças cardíacas, derrames, insuficiência renal e outras doenças graves.

    Algumas bebidas podem aumentar a pressão arterial, especialmente se consumidas em excesso. Essas bebidas incluem:

    • Bebidas alcoólicas: O álcool pode aumentar a pressão arterial, especialmente em pessoas que já têm hipertensão.
    • Bebidas cafeinadas: A cafeína pode aumentar a pressão arterial temporariamente, mas não parece ter um efeito a longo prazo.
    • Bebidas açucaradas: As bebidas açucaradas podem aumentar o risco de hipertensão, especialmente em crianças e adolescentes.
    • Bebidas com cafeína e açúcar: Bebidas como refrigerantes, energéticos e sucos de frutas industrializados podem ter um efeito especialmente negativo na pressão arterial.

    É importante limitar o consumo de bebidas que aumentam a pressão arterial, especialmente se você tiver hipertensão ou outros fatores de risco para doenças cardíacas.

    Aqui estão algumas dicas para reduzir o consumo de bebidas que aumentam a pressão arterial:

    • Beba água com frequência. A água é a melhor bebida para a saúde geral, incluindo a pressão arterial.
    • Escolha bebidas sem cafeína ou açúcar. Existem muitas opções de bebidas sem cafeína e açúcar disponíveis, como água, leite desnatado, chá e sucos de frutas naturais.
    • Limite o consumo de bebidas alcoólicas. As mulheres devem limitar o consumo de álcool a uma bebida por dia e os homens a duas bebidas por dia.

    Se você tiver hipertensão, é importante conversar com seu médico sobre suas opções de dieta e estilo de vida.

    Energético sobe a pressão arterial?

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    Foto Canva

    A resposta curta é sim, energético pode subir a pressão arterial.

    As bebidas energéticas são bebidas que contêm cafeína, taurina e outros ingredientes que podem aumentar a pressão arterial. A cafeína é um estimulante que pode causar aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. A taurina é um aminoácido que também pode aumentar a pressão arterial.

    Um estudo publicado no Journal of Hypertension mostrou que o consumo de uma única lata de bebida energética aumentou a pressão arterial em adultos saudáveis. O estudo mostrou que a pressão arterial sistólica aumentou em média 8 mmHg e a pressão arterial diastólica aumentou em média 5 mmHg.

    Outro estudo, publicado no British Journal of Clinical Pharmacology, mostrou que o consumo de bebidas energéticas pode aumentar o risco de hipertensão em pessoas com predisposição para a doença. O estudo mostrou que as pessoas que consumiam bebidas energéticas com frequência tinham mais chances de desenvolver hipertensão do que as pessoas que não consumiam bebidas energéticas.

    É importante notar que o efeito da bebida energética na pressão arterial pode variar de pessoa para pessoa. Algumas pessoas podem ser mais sensíveis aos efeitos da cafeína e da taurina do que outras.

    Se você tem hipertensão ou outros problemas cardíacos, é melhor evitar o consumo de bebidas energéticas.

    Aqui estão algumas dicas para reduzir o risco de aumento da pressão arterial devido ao consumo de bebidas energéticas:

    • Limite o consumo de bebidas energéticas a uma lata por dia ou menos.
    • Escolha bebidas energéticas com baixo teor de cafeína.
    • Não misture bebidas energéticas com álcool.

    Se você notar que sua pressão arterial aumenta após o consumo de bebidas energéticas, é importante parar de consumir essas bebidas e conversar com seu médico.

    Bebidas para pressão alta

    A pressão arterial alta, também conhecida como hipertensão, é uma condição na qual a pressão do sangue contra as paredes das artérias é alta. Isso pode causar danos às artérias e aumentar o risco de doenças cardíacas, derrames e outros problemas de saúde.

    Existem várias coisas que você pode fazer para controlar a pressão arterial alta, incluindo mudanças na dieta, exercícios e medicamentos. Beber bebidas saudáveis também é importante.

    Aqui estão algumas bebidas que podem ajudar a controlar a pressão arterial alta:

    • Água: A água é a melhor bebida para a saúde geral, incluindo a pressão arterial. Ela ajuda a manter o corpo hidratado e pode ajudar a baixar a pressão arterial.
    • Sucos de frutas naturais: Os sucos de frutas naturais são uma boa fonte de vitaminas, minerais e antioxidantes, que podem ajudar a proteger o coração e os vasos sanguíneos. No entanto, é importante escolher sucos que não tenham açúcar adicionado.
    • Chá verde: O chá verde é uma boa fonte de antioxidantes e polifenóis, que podem ajudar a baixar a pressão arterial.
    • Leite desnatado: O leite desnatado é uma boa fonte de cálcio, que pode ajudar a baixar a pressão arterial.

    Aqui estão algumas bebidas que você deve evitar se tiver pressão alta:

    • Bebidas alcoólicas: O álcool pode aumentar a pressão arterial.
    • Bebidas cafeinadas: A cafeína pode aumentar a pressão arterial temporariamente, mas não parece ter um efeito a longo prazo.
    • Bebidas açucaradas: As bebidas açucaradas podem aumentar o risco de hipertensão, especialmente em crianças e adolescentes.

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  • Anvisa emite comunicado sobre impurezas em remédios para hipertensão

    Anvisa emite comunicado sobre impurezas em remédios para hipertensão

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu alertas internacionais relacionados à presença de impurezas conhecidas como “azido” no insumo farmacêutico ativo (IFA) losartana potássica e em outros fármacos pertencentes à classe das sartanas, utilizados na fabricação de medicamentos para o tratamento de hipertensão arterial (pressão alta).

    A Anvisa vem adotando uma série de medidas após a detecção dessas impurezas, mas alerta aos consumidores brasileiros para não interromperem seus tratamentos. “Apesar das novas informações sobre a presença dessa impureza nessa classe de medicamentos, a Anvisa reitera que os medicamentos contendo ‘sartanas’ são seguros e eficazes no controle do tratamento de hipertensão e insuficiência cardíaca, reduzindo significativamente o risco de derrame e infarto”, diz comunicado do órgão.

    Desde 2018, a Anvisa e outras agências reguladoras em todo o mundo ficaram cientes da presença de nitrosaminas acima dos níveis permitidos em medicamentos da classe das sartanas, e adotaram medidas para o controle sanitário desse tipo de impureza.

    No Brasil, as ações de controle promovidas pela Anvisa foram iniciadas com inspeções em 30 empresas fabricantes de medicamentos, nas quais foram inspecionados 111 produtos. Como resultado, 31 ações sanitárias foram efetuadas, incluindo interdições, suspensões e recolhimento de medicamentos.

    As nitrosaminas são compostos comumente encontrados na água, em alimentos defumados e grelhados, laticínios e vegetais. Sabe-se que a exposição a esses compostos dentro de limites seguros representa baixo risco de agravos à saúde. No entanto, acima de níveis aceitáveis e por longo período, a exposição às nitrosaminas pode aumentar o risco da ocorrência de câncer.

    A Anvisa notificou os demais detentores de registro desse medicamento para avaliarem a potencial existência dessa impureza em seus produtos e aguarda o envio da documentação complementar.

    Até o momento, os recolhimentos publicados são uma medida de precaução, iniciada pelas próprias empresas, pois não existem dados para sugerir que o produto causou uma mudança na frequência ou natureza dos eventos adversos relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de fertilidade. Assim, segundo a Anvisa, não há risco imediato em relação ao uso dessa medicação.

    Ainda de acordo com a Anvisa, os pacientes não devem interromper o tratamento, a menos que tenham sido aconselhados pelo seu médico e somente devem trocar de medicamento quando já tiverem o novo em mãos, pois a interrupção do tratamento da hipertensão pode produzir malefícios instantâneos, inclusive risco de morte por derrame, ataques cardíacos e insuficiência renal.

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  • A infusão que pode prolongar a vida: reduz o colesterol e a hipertensão

    A infusão que pode prolongar a vida: reduz o colesterol e a hipertensão

    A hipertensão é um dos problemas de saúde mais comuns no planeta, também é frequentemente detectada quando as condições colocam em risco a vida das pessoas. Algo semelhante acontece com altos níveis de colesterol no corpo. Um estudo científico mostrou que esses problemas podem ser combatidos com a infusão de uma erva conhecida.

    Leia mais:

    A pressão alta pode ser precursora de infartos do miocárdio e derrames, então os médicos recomendam monitorar de perto os níveis de pressão arterial, embora o corpo também possa ser ajudado com uma dieta rica em alimentos que reduzem significativamente a hipertensão, como o tomilho.

    De acordo com um estudo publicado na Plant Foods for Human Nutrition, as propriedades antioxidantes do tomilho podem ajudar a reduzir a pressão arterial. Isso foi demonstrado em um experimento com roedores, que apresentou uma diminuição na pressão arterial sistólica e diastólica após o consumo de extrato de tomilho. A pressão arterial sistólica indica a pressão que o sangue exerce nas paredes das artérias a cada batimento cardíaco. É a pressão sistólica que é considerada mais importante porque dá uma indicação clara do risco de ataque cardíaco. Enquanto a pressão diastólica é a pressão arterial na artéria quando o coração relaxa entre batimentos.

    Dados de outro estudo científico confirmaram as propriedades anti-hipertensivas do tomilho e também observaram seus efeitos na redução dos níveis de colesterol no sangue. Os resultados concluíram que o tomilho ajuda a aumentar significativamente o colesterol lipoproteico de alta densidade, conhecido como colesterol ‘bom’, que se caracteriza por ajudar a eliminar moléculas de colesterol lipoproteico de baixa densidade do corpo, conhecidas como colesterol ‘ruim’.

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    Os cientistas assumem que o tomilho contém algumas das substâncias ativas que explicam o efeito anti-hipertensivo.

    Veja também – Consequências da pressão alta no corpo

    Outra pesquisa científica publicada na Medicina Oxidativa e Longevidade Celular aponta que alimentos ricos em polifenóis podem ter um efeito terapêutico em condições como hipertensão. De acordo com os cientistas, as espécies ativas de oxigênio desempenham um papel importante no desenvolvimento da hipertensão. Depois de realizar um experimento, eles concluíram que o tomilho pode ser um complemento útil em programas de tratamento de doenças cardiovasculares.

    O tomilho tem uma alta concentração de vitaminas A, C, E e K, bem como cálcio, magnésio, ferro e fósforo. De acordo com cientistas, a alta concentração de vitamina C no tomilho ajuda a fortalecer o sistema imunológico. No entanto, ainda não há muitos dados sobre os efeitos adversos que esta erva pode produzir nas pessoas, portanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar suas propriedades.

  • Alterações no corpo mostram necessidade de mais cuidado com a saúde

    Alterações no corpo mostram necessidade de mais cuidado com a saúde

    No Dia Mundial da Saúde, comemorado nesta quarta-feira (7), a Fundação do Câncer orienta as pessoas a ficarem atentas para alterações que surjam no corpo, porque isso pode significar que é preciso tomar maiores cuidados.

    Em campanha digital lançada hoje, a fundação lembra que, apesar de a pandemia de covid-19 ter se tornado um dos principais temas na área da saúde, as pessoas não podem negligenciar sinais diferentes que apareçam de repente em seus corpos.

    Na pele, por exemplo, o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, diz que, se aparecer uma mancha de contornos irregulares, ou manchas escuras que crescem rapidamente, ou que ulceram ou sangram com facilidade, principalmente nas partes expostas ao sol, a pessoa deve procurar sem demora um dermatologista, para ver o que está acontecendo. O oncologista lembra que um dos cânceres mais frequentes é o de pele.

    Outros sintomas que acendem o alerta são a perda de peso sem explicação e as mudanças no hábito intestinal, com mais prisão de ventre ou episódios de diarreias constantes, principalmente em adultos acima de 50 anos ou 55 anos de idade. “Vale a pena pensar em investigação, para ver se não tem nenhum problema no cólon.”

    Sinais de alerta

    Para as mulheres, o oncologista lembra que é preciso investigar alterações na mama, como, por exemplo, retração do mamilo, alguma secreção, irregularidade na pele do seio ou a percepção do aparecimento de algum nódulo. “Isso indica a necessidade de investigação diagnóstica”, afirma Maltoni.

    O médico precisa ser procurado ainda nos casos de tosse persistente, que não melhora e não passa, de dores ósseas profundas eventuais em crianças, bem como caroços nos membros, ínguas e de presença de gânglios que não regridem.

    “São questões que parecem simples no dia a dia nosso, mas uma vez que se notem alterações, não devemos deixar para lá, mas procurar saber o que está acontecendo”, acrescenta Maltoni, ressaltando que, na maioria das vezes, são casos de fácil resolução, que não são tão graves.

    Visita ao clínico

    Apesar da pandemia, Maltoni adverte que, em termos de saúde, nem tudo pode ser deixado para depois. É importante visitar periodicamente o médico da família, o clínico, para se manter saudável. “É importante ter alguém que acompanhe nossas condições de saúde.”

    Maltoni reforça que, para se manter saudável, a pessoa deve fazer atividade física rotineiramente, alimentar-se de modo saudável, sem excessos de carne vermelha, comer muita fruta, verduras e legumes, não fumar e evitar o sobrepeso. “Tudo isso protege de doenças graves, entre elas e, em especial, o câncer.”

    A realização de exames médicos regulares é importante, principalmente para quem tem mais de 50 anos de idade. Para as mulheres, Maltoni recomenda os exames preventivos. “É fundamental que as mulheres procurem o ginecologista para fazer exames de maneira rotineira e que os homens também o façam, em especial o exame urológico, clínico e da próstata.”

    A Fundação do Câncer chama ainda a atenção para desmaios constantes, tonturas e dores de cabeça em adultos, que podem ser sinais de câncer ou de doenças como hipertensão. Por outro lado, os cuidados com a covid-19 não podem ser negligenciados. “Precisamos manter a higiene das mãos, usar máscara e manter o afastamento social.”

    Adiamento

    A campanha da Fundação do Câncer aborda outro problema, que são os exames e cirurgias que deveriam ter sido feitos entre 2019 e 2020 e foram adiados por causa da pandemia do novo coronavírus.

    Levantamento feito pela instituição mostra que as cirurgias oncológicas caíram 56,5% nos meses de abril e maio de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior, o que demonstra de forma clara que o medo da covid-19 afastou pacientes de seus tratamentos, o que pode acarretar agravamento da doença.

    Quanto à quimioterapia e radioterapia, houve de 4,8% e 12%, respectivamente, em todo o país.

    Edição: Nádia Franco

  • Estudo da Unicamp sugere que covid-19 pode infectar células adiposas

    Estudo da Unicamp sugere que covid-19 pode infectar células adiposas

     

    A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizou experimentos que confirmam que o novo coronavírus (Sars-CoV-2) pode ser capaz de infectar células adiposas humanas e de se manter em seu interior. O experimento pode ajudar a entender por que indivíduos obesos correm mais risco de desenvolver a forma grave da covid-19.ebc

    Segundo a hipótese investigada na Unicamp, os obesos teriam um maior reservatório para o vírus em seu organismo. Os obesos também são mais acometidos por doenças crônicas, como diabetes, dislipidemia e hipertensão, que também são fatores de risco para serem infectados pelo novo coronavírus.

    Segundo o professor do Instituto de Biologia (IB) e coordenador da investigação, Marcelo Mori, as células adiposas (que acumulam gordura) têm capacidade relativamente grande de ser infectadas, se comparadas a outras células que são alvo primários do novo coronavírus.

    “Como é o caso das células do epitélio do pulmão ou do intestino. No entanto, ainda não se sabe exatamente o porquê dessa carga viral das células adiposas serem maiores nessas células do que nas outras que foram  usadas para comparação. Isso pode se dar pelo volume dos adipócitos ser bem maior que as outras células, ou pode ser porque, de alguma maneira, as células adiposas conseguem internalizar melhor o vírus. Essas são hipóteses que a gente vem testando. Outra possibilidade é que exista um mecanismo que favoreça essa internalização do vírus, que também é algo possível e vem sendo estudado”, disse o professor.

    Os seres humanos têm células adiposas em todo o corpo, e os obesos as têm em quantidade e tamanho ainda maiores.

    Os experimentos com adipócitos humanos estão sendo conduzidos in vitro, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), no Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes (Leve). A unidade tem nível três de biossegurança, um dos mais altos, e é administrada pelo professor José Luiz Proença Módena, também do IB, e coordenador, junto de Mori, da força-tarefa criada pela Unicamp para enfrentar a pandemia. Os resultados ainda são preliminares e não foram publicados.

    A entrada do vírus na célula de gordura torna-se ainda mais favorecida quando o processo de envelhecimento celular é acelerado com uso de radiação ultravioleta. Ao medir a carga viral 24 horas após esse procedimento, os pesquisadores observaram que as células adiposas envelhecidas apresentavam carga viral três vezes maior do que as células “jovens”.

    “Quando se induz um processo de envelhecimento precoce chamado de senescência nessas células, elas triplicam a capacidade de manter o vírus, de ser infectadas. As células senescentes se acumulam em indivíduos idosos e em obesos. Uma coisa interessante, que foi demostrada anteriormente por outros grupos, é que a eliminação das células senescentes pode, em modelos animais, promover uma longevidade e proteger contra doenças que geralmente estão associadas ao envelhecimento, como é o caso do diabetes, e algumas outras disfunções metabólicas”, explicou o professor.

    Diante dessa observação, foram testados fármacos. “Testamos se fármacos que atuam eliminando essas células poderiam diminuir a carga viral nas células. Os medicamentos que eliminam células senescentes têm capacidade bastante significativa de reduzir a carga viral nas células.”

    Segundo o professor, isso abre uma possibilidade de utilização desses medicamentos para eliminação dessas células senescentes para tentar tratar o SARS-CoV-2. “Nesse sentido,  como a gente sabe que idosos e obesos tem o acúmulo dessas células senescentes e eles estão dentro do grupo de risco para a doença, pode ser que esse seja o elo entre o maior risco nessa população e o fato desses indivíduos terem uma maior severidade da doença. Tudo isso são hipóteses ainda, feito em experimentos in vitro, ou seja, em cultura de células, precisa ser testado em modelos animais e eventualmente ser testado em seres humanos”.

    Para o pesquisador, de concreto para o tratamento da doença hoje, continua sendo o investimento na qualidade de vida. “A gente só pode tirar uma lição, se a gente pensar nos grupos de risco, o que a gente tem que fazer é continuar colocando no nosso estilo de vida práticas para promover a saúde, principalmente a saúde metabólica para viver melhor: com uma nutrição adequada, exercícios regulares, mesmo que isolamento fazer atividade física dentro de casa”, aconselha.

    Etapas seguintes

    As etapas seguintes da pesquisa incluem a análise de adipócitos obtidos diretamente de pacientes com diagnóstico confirmado de covid-19, obtidos por meio de biópsia.

    Também serão conduzidas análises de proteômica (análise global e em larga escala dos proteomas, que são o conjunto de proteínas e suas isoformas expressas em uma amostra biológica, ou seja, em um organismo, tecido, biofluido ou célula) para descobrir se a infecção pelo Sars-CoV-2 afeta o funcionamento do adipócito e se deixa alguma sequela de longo prazo na célula.

    Essa etapa da pesquisa será feita em colaboração com o professor do IB-Unicamp Daniel Martins de Souza.

  • Dia da Pizza: nutricionista destaca opções saudáveis e menos calóricas

    Dia da Pizza: nutricionista destaca opções saudáveis e menos calóricas

     

    Nesta quarentena, muitas pessoas passaram a testar, diariamente, novas receitas na cozinha, principalmente as chamadas comfort foods, entre elas a da famosa pizza, que tem até um dia para ser comemorada: hoje (10) é o Dia da Pizza. A frequência no consumo desse tipo de comida, que desperta a sensação de bem-estar, no entanto, precisa ser equilibrada, para não prejudicar o sistema imunológico e aumentar os níveis de diabetes, colesterol e hipertensão, além do peso.ebc

    Para comemorar o Dia da Pizza em casa, a gerente de Nutrição do Hospital do Coração de São Paulo (HCor), Rosana Perim, ressalta que a receita pode combinar ingredientes mais saudáveis, deixando a refeição mais leve e nutritiva. “Com escolhas corretas e sem excessos, dá para evitar a alta ingestão de gorduras saturadas e sódio, tornando a preparação mais balanceada”,afirma a nutricionista.

    Rosana recomenda pôr a mão na massa, e evitar as versões congeladas e os rodízios de pizza, em que pode-se comer à vontade a preço fixo e, consequentemente, acabar consumindo mais calorias. “Ao trazer para si a responsabilidade de preparar a pizza em casa, consegue-se ter controle da seleção de ingredientes e da quantidade de recheio”, explica a nutricionista.

    Ela destaca que a massa não é a vilã, como muitos pensam, pois é preparada com farinha, água, fermento e sal. Ao optar pela farinha integral, o preparo fica ainda mais saudável. No entanto, no caso de manter o uso da farinha branca, é fundamental investir em massas mais finas. “Outra dica é resistir à tentação da borda recheada, pois pode aumentar em média 200 calorias por fatia.”