Tag: hipertensão

  • Ameluv realiza ação para conscientizar sobre a hipertensão em Lucas do Rio Verde

    Ameluv realiza ação para conscientizar sobre a hipertensão em Lucas do Rio Verde

    A manhã deste sábado (26) foi de conscientização e cuidados com a saúde em Lucas do Rio Verde. Em alusão ao Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, a Associação Médica de Lucas do Rio Verde (Ameluv) realizou uma ação especial no pátio do Supermercado Pasqualotto, no bairro Alvorada, com aferição gratuita da pressão arterial e orientações médicas à população.

    Cinco profissionais da saúde — as médicas Fernanda Correia, presidente da Ameluv, Ângela Sutter, nefrologista, Silvia Prestes, clínica geral, Larissa Orth, cardiologista, e Laura Dassoler, psiquiatra — participaram da atividade que atendeu um total de 116 pessoas. Durante a triagem, foi possível identificar muitos casos de pressão arterial elevada, o que reforça a importância de iniciativas como esta.

    Segundo a presidente da associação, a recepção da comunidade surpreendeu positivamente. “Foi uma campanha organizada em pouco tempo, e nos surpreendemos com o interesse. Assim que começamos a montar o espaço, o pessoal já vinha nos procurar para aferir a pressão”, relatou Fernanda Correia. Para ela, a ação foi fundamental para identificar casos que poderiam passar despercebidos na correria do dia a dia.

    Fernanda destacou que muitos dos atendidos apresentaram níveis elevados de pressão arterial, alguns chegando a 15 por 9 ou 16 por 11, valores que acendem um alerta para o risco de complicações cardiovasculares. “Felizmente, não tivemos nenhum caso de crise hipertensiva grave, mas estávamos preparados para encaminhar os casos mais graves ao PAM ou ao hospital, se fosse necessário”, explicou.

    Durante a ação, além da aferição, foram passadas orientações para prevenção e controle da hipertensão, como evitar o tabagismo, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, adotar alimentação saudável, e praticar atividades físicas regularmente. “Quem tem histórico familiar deve redobrar a atenção. E mesmo quem não apresenta sintomas deve aferir a pressão regularmente, pois a hipertensão é silenciosa”, reforçou a médica.

    Fernanda também ressaltou a influência de fatores como o clima na pressão arterial, recomendando que a aferição seja feita em condições adequadas para obter resultados mais confiáveis, como após alguns minutos de descanso.

    A ação da Ameluv contou com o apoio do Supermercado Pasqualotto, que cedeu o espaço, e da Libbs Farmacêutica, que colaborou com o fornecimento de lanches para os participantes. A associação já planeja novas ações voltadas à saúde da população, incluindo eventos de conscientização sobre o diabetes e outras doenças crônicas.

    “A campanha foi um sucesso e mostrou a força do trabalho conjunto em prol da saúde pública. Agradecemos a todos que participaram e apoiaram essa iniciativa”, finalizou Fernanda Correia.

  • Campanha orienta população sobre os cuidados com a hipertensão em Lucas do Rio Verde

    Campanha orienta população sobre os cuidados com a hipertensão em Lucas do Rio Verde

    Em alusão ao Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado em 26 de abril, a AMELUV (Associação Médica de Lucas do Rio Verde) realiza uma ação especial de saúde voltada à população. O evento acontecerá no sábado (26), das 8h às 11h, no pátio do Supermercado Pasqualotto, bairro Alvorada, com atividades gratuitas de aferição de pressão arterial e orientações com profissionais da saúde.

    A iniciativa busca alertar sobre os riscos da hipertensão, condição silenciosa que atinge milhões de brasileiros e pode causar complicações graves, como infarto e AVC. Durante a manhã, profissionais capacitados estarão disponíveis para conversar com a comunidade, esclarecer dúvidas e oferecer informações sobre hábitos de vida saudáveis e prevenção da pressão alta.

    A AMELUV reforça a importância de ações como esta para incentivar o cuidado com a saúde cardiovascular e o diagnóstico precoce da hipertensão, que muitas vezes passa despercebida por não apresentar sintomas claros.

    A atividade é aberta ao público e não é necessário agendamento para participar.

  • Beneficiários do Bolsa Família terão acesso a medicamentos gratuitos

    Beneficiários do Bolsa Família terão acesso a medicamentos gratuitos

    Beneficiários do Bolsa Família poderão retirar os 40 medicamentos disponíveis no Programa Farmácia Popular gratuitamente. A iniciativa amplia o acesso à assistência farmacêutica a 55 milhões de brasileiros. O programa foi relançado nesta quarta-feira (7), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Recife.

    Segundo o presidente, a proposta do governo é, cada vez mais, inserir novos medicamentos na cartela de insumos fornecidos pelo programa, oferecendo “oportunidade de as pessoas viverem mais, de as pessoas poderem curar as suas doenças. Até porque hoje cuidar de doenças é muito caro. Qualquer remédio é muito caro”.

    A partir de agora, o programa também incluirá a população indígena. Inicialmente, será realizado um projeto-piloto no Território Yanomami. O objetivo do governo é ampliar e facilitar o acesso, de forma complementar, à assistência farmacêutica básica da população atendida nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

    Com a ação, o Farmácia Popular passa a oferecer todos os medicamentos do rol do programa de forma gratuita para essa população. Com novos medicamentos gratuitos, houve o credenciamento de novas unidades em municípios de maior vulnerabilidade.

    Doenças

    O programa oferece medicamentos gratuitos para o tratamento de diabetes, asma e hipertensão e, a partir de agora, também para osteoporose e anticoncepcionais. Também estão incluídos medicamentos e produtos com descontos de até 90% para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, glaucoma, além de fraldas geriátricas. Ao todo, o Farmácia Popular contempla o tratamento para 11 doenças.

    A saúde da mulher terá prioridade. Essa população terá acesso gratuito aos medicamentos indicados para o tratamento de osteoporose e contraceptivos. São produtos que eram oferecidos pelo programa anterior com preços mais baixos (50% de desconto) e que agora passam a ser oferecidos gratuitamente junto com tratamentos para hipertensão, diabetes e asma. Mais de 5 milhões de mulheres devem ser beneficiadas.

    Segundo a ministra da Saúde, Nízia Trindade, a próxima etapa do programa incluirá a saúde masculina, com medicamentos para tratamento de doenças na próstata.

    Atendimento

    Após oito anos sem novas farmácias credenciadas, o Ministério da Saúde retoma as novas habilitações priorizando os municípios de maior vulnerabilidade que aderiram ao Mais Médicos. Ao todo, 811 cidades poderão solicitar credenciamento de unidades em todas as regiões do país, sendo 94,4% delas no Norte e Nordeste. Dessa forma, o acesso à saúde passa a ser completo para essa população – do atendimento médico ao tratamento.

    “É um programa que pensa as diferenças regionais, os vazios assistenciais no Brasil. Sabemos do potencial da Farmácia Popular na melhoria da saúde da população e quero destacar que uma pesquisa feita pela Universidade Federal da Bahia mostrou que o programa contribuiu para redução de 13% nas internações por diabetes e 23% nos casos de hospitalização por hipertensão. Essa queda foi cinco vezes maior nos estados da Região Nordeste”, afirmou a ministra.

    Segundo Ministério da Saúde, a expectativa é de que, até o fim deste ano, o Farmácia Popular tenha unidades em 5.207 municípios brasileiros, equivalente a 93% do território nacional.

    Como retirar

    Para retirar o medicamento, basta que o beneficiário vá até a farmácia credenciada e apresente a receita médica, documento de identidade e CPF. O reconhecimento do vínculo do beneficiário com o Bolsa Família ocorrerá automaticamente pelo sistema, não é necessário cadastro prévio.

    Edição: Denise Griesinger

  • Maioria das mortes por tumores no Brasil atinge pessoas de baixa renda

    Maioria das mortes por tumores no Brasil atinge pessoas de baixa renda

    Mais da metade das mortes por tumores no Brasil (55%) ocorre entre pessoas com baixa escolaridade e baixa renda, revela estudo do Observatório de Atenção Primária da Umane, com base no último levantamento do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde de 2020. A Umane é uma associação civil independente, sem fins lucrativos, voltada para a articulação e fomento de iniciativas de apoio ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

    Segundo os dados do SIM, das 229.300 pessoas que morreram por neoplasias (malignas ou benignas) no Brasil em 2020, 126.555 (55%) tinham até 7 anos de estudo; 20% tinham entre 8 e 11 anos de escolaridade e 9,2% tinham entre 12 anos ou mais de estudo. Os dados mostram que a mortalidade é maior entre os que têm menos escolaridade e renda.

    A maioria (52%) das mortes por neoplasias (malignas ou benignas) são de homens e 48%, de mulheres, e 59,2% das vítimas têm mais de 65 anos de idade.

    A melhoria global da qualidade de vida poderia evitar parte desses casos, afirma a diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Rafaela Alves Pacheco, que é médica sanitarista e professora da Universidade Federal de Pernambuco.

    “Os cânceres são múltiplos, mas têm uma relação muito próxima com a qualidade de vida, a organização das cidades, a preservação dos biomas, a alimentação, as condições emocionais, de trabalho e de acesso aos direitos humanos, assim como com a educação, o transporte, a qualidade de vida e os acessos à saúde. Todas essas perspectivas vão nos aproximar ou distanciar de um cuidado efetivo em relação aos cânceres de um modo geral”, diz Rafaela.

    Para a especialista, a atenção primária à saúde, a medicina de família e comunidade podem melhorar esse quadro. “É preciso garantir o cuidado integral em saúde, a prevenção, a promoção e o acesso [a tratamentos] em qualquer situação do câncer. Então, é garantir o fortalecimento dos sistemas de saúde”, recomenda.

    Segundo a médica, o câncer não escolhe classe social, mas as populações pobres sofrem mais. “Em relação ao câncer, todas as classes sociais são atingidas, mas existem os rincões de pobreza e miséria. Então, é bastante diferente para quem é mais pobre e não tem acesso e, por conseguinte, acabam tendo maior incidência de cânceres, de um modo geral.”

    De acordo com a especialista, a solução são ações de equidade em saúde. “Precisa dar mais para quem precisa mais. Se temos populações que são mais vulneráveis aos cânceres, estas precisarão ter aporte de recursos e de providências sanitárias e sociais diferenciados. Nesse sentido, fortalecer o sistema universal de saúde é fortalecer a atenção primária, com as equipes de estratégia de saúde da família que estão mais próximas de onde as pessoas moram e trabalham.”

    Promoção à saúde

    Na visão da sanitarista, é preciso garantir que esse público tenha aporte maior de promoção à saúde, bem como fácil acesso aos serviços de atenção primária em saúde. “Na perspectiva da prevenção de saúde, precisamos ter protocolos estruturados, linhas de cuidado que farão a detecção precoce, o rastreamento baseado em evidências e protocolos clínicos, quando realmente são necessários e podem diminuir tanto a morbidade quanto a mortalidade, inclusive garantindo cuidados paliativos, garantindo que o paciente consiga ter uma sobrevida e uma qualidade de vida diante do que é possível.”

    Rafaela destaca que nem todas essas dimensões são da área de trabalho da atenção primária à saúde. “Estão em outros níveis de atenção, mas podem e devem estar de forma conectada com a atenção primária à saúde, com o melhor para cada uma dessas situações.”

    A médica ressalta que existem políticas públicas que visam aumentar o acesso da população de baixa escolaridade às informações, mas que a complexidade dos problemas necessita de ações intersetoriais. “O problema é sanitário, mas também é ambiental e social. Então nós vamos precisar de muitas mãos, e de muitos setores da sociedade civil organizada e das políticas públicas que estejam atuando conjuntamente”.

    A médica aponta uma série de fatores que devem ocorrer junto com os cuidados em educação e saúde. “O próprio sistema educacional brasileiro pode e deve ajudar, sobretudo com as crianças, adolescentes e adultos jovens, garantindo esse conhecimento, esse automonitoramento, a melhora da própria escolaridade, o que vai fazer também com que o acesso à própria educação e à saúde aconteça de forma mais partilhada e impactante. A garantia da alimentação saudável, de atividade físicas, do combate ao tabagismo, da melhora dos índices ponderais, na perspectiva da obesidade”, exemplifica Rafaela.

    Para ela, o controle e a melhora alimentar também dizem respeito ao combate ao uso de agrotóxicos e aditivos químicos e ao controle da poluição do ar, das águas e das florestas.  “Com o respeito aos nossos biomas, a garantia de políticas públicas indutoras de acesso à alimentação saudável, à comida de verdade, que não seja repleta de ultraprocessados, para que haja melhora metabólica e de bem-estar. Precisamos diminuir o sal na alimentação, de um modo geral. Não é só o saleiro da pessoa, precisa ter um regramento que garanta que as opções disponíveis sejam de fato compatíveis com a saúde de boa parte da população.”

    Rafaela lembra que o Brasil tem grande número de hipertensos e diabéticos e que estes são fatores para o surgimento de cânceres e outros adoecimentos. “A alimentação melhorando, torna-se menos inflamatória e menos cancerígena”, destaca.

    Papel dos agentes

    O médico Gilberto Amorim, da Oncologia D’Or do Rio de Janeiro, ressalta que muitos dos fatores de risco para diferentes tipos de câncer podem ser de alguma maneira modificados ou reduzidos e que, para isso, o agente de saúde tem papel fundamental.

    “A população com baixa escolaridade precisa conhecer mais esses fatores de risco e, aí, o alcance dos agentes de saúde é maior do que de qualquer outro profissional da área. Por exemplo, a obesidade é um fator de risco para vários tipos de doença. Por isso, é fundamental que o agente de saúde alerte aquela pessoa sobre os riscos para o diabetes e doenças vasculares e também para vários cânceres”, diz o oncologista.

    De acordo com o oncologista, o agente básico de saúde alcança essa população mais desfavorecida porque tem uma linguagem que é fácil de ser entendida, menos rebuscada do que a dos médicos, e conseguem ter uma capilaridade incrível no Brasil inteiro. “Eles podem falar de muitas coisas e contribuir para reduzir o risco de determinados tipos de câncer.”

    As medidas de prevenção para os tipos de câncer mais prevalentes em adultos são, de modo geral, relacionadas ao controle dos principais fatores de risco, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, alimentação inadequada e obesidade.

    Edição: Nádia Franco

  • Cinco novos remédios são incorporados à Farmácia Popular

    Cinco novos remédios são incorporados à Farmácia Popular

    Cinco novos medicamentos para tratamento de doenças cardiovasculares e diabetes serão incorporados ao programa Farmácia Popular do Brasil. O anúncio foi feito hoje (29) pelo Ministério da Saúde, que informou que essa é a primeira incorporação de novos remédios desde 2011.

    A medida deve ser publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (30). A previsão é que os remédios estejam disponíveis para a população em até 30 dias.

    Quatro medicamentos, usados no controle da hipertensão arterial, serão oferecidos gratuitamente: Besilato de Anlodipino 5 mg, Succinato de Metoprolol 25 mg, Espironolactona 25 mg e Furosemida 40 mg. Já o Dapagliflozina 10 mg é usado para o controle da diabetes mellitus tipo 2 associada a doença cardiovascular e será oferecido em modalidade copagamento. Estima-se que 2,7 milhões de pessoas sejam beneficiadas pela medida, anunciada no Dia Mundial do Coração.

    “O Brasil tem uma das políticas públicas mais amplas em relação às doenças cardiovasculares, que começa na atenção básica, nas 48 mil unidades básicas de saúde. Nós temos um programa de assistência farmacêutica, que foi ampliado hoje, com mais medicamentos disponibilizados na Farmácia Popular do Brasil. E, de outro lado, nós temos uma rede de atenção especializada bem ampla, que é onde cuidamos dos casos mais graves”, explicou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista ao programa A Voz do Brasil.

    Segundo o ministro, a hipertensão arterial, para cujo tratamento são voltados quatro dos cinco novos remédios da Farmácia Popular, é a doença do sistema cardiovascular mais prevalente. “Temos que mudar o hábito de vida das pessoas, como reduzir o sal da comida, estimular a perda de peso, não fumar. Esses fatores de risco são comuns a quase todas as doenças cardiovasculares”, disse.

    Queiroga explicou que metade dos hipertensos não sabem que sofrem da doença. “E os que sabem não se tratam de maneira adequada. Somente uma pequena parcela faz o tratamento corretamente”, explicou.

  • Projeto em 19 maternidades do SUS reduz mortalidade materna em 37%

    Projeto em 19 maternidades do SUS reduz mortalidade materna em 37%

    Projeto desenvolvido em 19 hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) reduziu a Mortalidade Materna em mais de 30%. Foram desenvolvidas ações de melhoria nos procedimentos médicos com foco nos três principais motivos para a morte de gestantes, que são: hipertensão, hemorragia e infecção. O projeto é coordenado pelo Hospital Albert Einstein em parceria com o Institute for Healthcare Improvement (IHI) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna é celebrado neste sábado (28).

    A ação resultou na queda de 37% na taxa de mortalidade materna geral. Quando observados apenas os três fatores que causam mais mortes, o índice é ainda maior: 58%. Nos casos de sepse, que é a infecção generalizada, foi registrada queda de 73%. Considerando apenas os casos de hemorragia, houve redução de 86%.

    A iniciativa utiliza uma metodologia chamada ciência da melhoria.

    “A gente faz uma análise de como funciona hoje o atendimento de uma gestante que está sob um risco, com base nesta análise de fluxo, a gente consegue atuar sobre os pontos em que há um risco maior. Testamos as mudanças junto com eles [a equipe]”, explica Romulo Negrini, coordenador médico da obstetrícia do Einstein. São feitos, então, testes em pequenas escalas e, a partir da análise dos resultados, são estabelecidos novos processos.

    Dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde, mostram que a cada 100 mil nascimentos registrados, 107 mulheres morrem por causas relacionadas à gestação e ao parto. “Hoje, a gente chama esse projeto de ‘Todas as mães importam’, porque nós não queremos perder nenhuma mãe. A gente reconhece que 92% das mortes maternas são evitáveis”, aponta Negrini.

    A fase piloto do Projeto de Redução de Mortalidade Materna foi feita no Hospital Agamenon Magalhães, em Recife. Depois, a iniciativa foi ampliada para 19 hospitais públicos, distribuídos em sete estados: além de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pará e Rondônia. Da fase atual, iniciada em agosto de 2021 na Bahia, participam cinco maternidades de Salvador, uma de Feira de Santana e nove unidades de atenção primária também em Salvador.

    Pontos de atenção

    Negrini destaca que o projeto na Bahia abrange não apenas hospitais, mas toda a rede de saúde. “Hospital, unidade básica, onde é feito o atendimento pré-natal e o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], que é aquele sistema de atendimento móvel que faz o transporte das pacientes de uma unidade de baixo risco para uma unidade de risco maior”, enumera. Ele aponta o pré-natal como uma etapa fundamental para a identificação de cuidados necessários.

    O médico acrescenta que os primeiros passos incluem saber se a paciente está sob risco. “Trabalhamos com eles [equipes] quais os critérios para o reconhecimento desse risco e aí a atuação em cima desse reconhecimento”, aponta. Um segundo entrave para um atendimento adequado envolve dificuldades de transporte da paciente. “Estou numa unidade que eu tenho poucos recursos e eu preciso transferir para a unidade de mais recursos, mas existem coisas que eu posso fazer antes. Não preciso necessariamente esperar a transferência”, exemplifica.

    Outro aspecto que o coordenador chama atenção é o recorte de raça para as mortes maternas. “Independentemente da classe social, se a gente considerar pessoas da mesma classe social, as mulheres pretas e pardas morrem mais do que as mulheres brancas. A gente trabalha muito nesse quesito para que isso seja considerado um fator de atenção para que a gente possa dar equidade no atendimento. É um dos quesitos importantes do nosso projeto”, explicou.

    Desafios

    A covid-19 representou um complicador a mais em um cenário já preocupante de mortalidade materna. “Pensando no Brasil, a gente vem em uma descendente, mas uma descendente muito lenta. Existe um pacto, da saúde do milênio, para que a gente chegue a 30 mortes para cada 100 mil nascidos em 2030. Entretanto, na era covid, pensando no Brasil como um todo, a gente chegou a mais de 100 mortes para cada 100 mil nascidos vivos”, lamentou o médico. Ele lembra que antes a taxa era de 70 mortes para cada 100 mil nascidos. “Se a gente considerar países europeus, eles têm menos de 10. A gente tem muito o que caminhar”, comparou.

    Ele lembra, como outro aspecto que pode ter favorecido as mortes de gestantes na pandemia, a menor frequência na busca por serviços de saúde. “Aquelas mulheres que tinham medo de sair de casa, medo de ir ao hospital, então uma hipertensa, que poderia ter um controle, passa a se descontrolar, porque não teve o acompanhamento pré-natal adequado; uma diabética não teve o acompanhamento adequado. Isso tudo acaba contribuindo”, acrescentou.

    Edição: Claudia Felczak

  • Sedentarismo e má alimentação contribuem para avanço da hipertensão

    Sedentarismo e má alimentação contribuem para avanço da hipertensão

    Cardiologista Juliana Tranjan explica que aumentou o tempo de lazer em frente à TV e estimativas mostram que mortes por doenças cardiovasculares já beiram 150 mil só em 2022. Para nutricionista Tatiana Pontes, alimentação também tem papel fundamental na prevenção.

    Dia Mundial da Hipertensão Arterial, lembrado em 17 de maio, tem mais motivos para existir em 2022. Isso porque o lazer sedentário ganhou ainda mais espaço durante a pandemia do novo coronavírus e, com isso, o risco de doenças cardiovasculares como a hipertensão arterial também cresceu. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), essas doenças representam a principal causa de mortes no País atualmente, com o “cardiômetro” estimando quase 150 mil mortes até aqui.

    Ao mesmo tempo, a médica cardiologista Juliana Coragem, membro da Singulari Medical Team, ressalta que os casos de hipertensão vêm aumentando ano após ano. Já a nutricionista Tatiana Pontes reforça a importância da alimentação nesse quadro.

    Lazer sedentário e pandemia

    De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, os óbitos motivados por hipertensão arterial saltaram de 47.288 em 2015 para 53.022 em 2019. Além disso, no último levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40,3% da população com mais de 18 anos de idade foi classificada como “insuficientemente ativos”. Isso significa que toda essa parcela de brasileiros não pratica nenhuma atividade física ou fica abaixo de 2h30 semanais, incluindo lazer, trabalho e deslocamento.

    Segundo a cardiologista, esse quadro se agravou ainda mais ao longo da pandemia. “As pessoas, com medo de se contaminarem com o novo coronavírus, deixaram de fazer atividades físicas e passaram mais horas em casa. Com isso, as horas de lazer sedentário aumentaram”, pontua a especialista.

    Como explica a médica, estudos apontam que, no Brasil, o tempo na frente da TV aumentou de duas horas e 12 minutos para três horas e 15 minutos entre pessoas com idade 50 e 59 anos, por exemplo. “Quanto maior o tempo de lazer sedentário, seja em frente à TV ou de qualquer outro tipo, maior também o risco para doenças cardiovasculares”, ressalta.

    Com base na avaliação de registro da saúde e estilo de vida no Canadá, os pesquisadores da Universidade de Calgary descobriram que adultos com menos de 60 anos que gastam oito ou mais horas do dia em lazer sedentário têm sete vezes mais chance de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo. Por aqui, ainda de acordo com os números da SBC, estima-se que mais de 11 mil dos óbitos goianos em 2020 tenham sido motivados por doenças cardiovasculares.

    Inimigo oculto

    Além da falta de exercícios, a nutricionista Tatiana Pontes explica que a presença excessiva de sódio em uma série de alimentos também é um dificultador. “Existem muitos alimentos que têm o sódio ‘escondido’ em sua composição. São principalmente alimentos industrializados como molhos prontos, queijos amarelos, embutidos são produtos que têm muito sal em sua composição e devem ser evitados”, recomenda.

    Para a cardiologista Juliana Tranjan, quando combinado à falta de sintomas comum à hipertensão pode ter resultados mais graves. Diante disso, ela reforça a importância da adoção de hábitos saudáveis. “A pessoa que é sedentária deve iniciar uma atividade física de forma rotineira e regrada, pessoas obesas ou com sobrepeso devem perder peso, pois isso ajuda muito no controle da hipertensão”, aconselha.

    Já Tatiana Pontes reforça a necessidade de controlar a ingestão de sódio. “É fundamental evitar alimentos processados e reduzir a ingesta de sal. A ingestão recomendada é de 2 gramas ao dia, o que é equivalente a uma colher de chá aproximadamente”, completa.

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  • 8 mitos e verdades sobre alimentação e a hipertensão arterial

    8 mitos e verdades sobre alimentação e a hipertensão arterial

    Um em cada quatro brasileiros são diagnosticados com hipertensão arterial, conforme informações do Ministério da Saúde. Para enfatizar a importância da prevenção e divulgar os riscos relacionados à doença foi criado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado em 26 de abril. Conhecida popularmente como pressão alta, a hipertensão é uma doença desencadeada por vários fatores, incluindo a obesidade, idade avançada, diabetes, entre outras causas.

    A Coordenadora do setor de Nutrição da Fundação Pró-Rim, Dra. Jyana Gomes Morais Campos esclarece algumas questões referentes à alimentação e a hipertensão arterial. Afinal, uma dieta saudável pode prevenir doenças, incluindo a pressão alta. Confira alguns dos mitos e verdades que envolvem esse tema:

     

    1 – O sal é o maior vilão para a pressão arterial. Basta retirá-lo da preparação de alimentos para evitar a doença.

    Jyana: Verdade, o sal é um vilão da alimentação, sim! Mas, ele não pode ser responsabilizado isoladamente pelo aumento da pressão arterial. Já existe comprovação científica que o elevado consumo de sal pode aumentar a mortalidade mesmo de pessoas sadias Porém uma alimentação saudável, visando prevenção e combate às doenças crônicas como a hipertensão, deve conter diversos cuidados como: consumo adequado de sal, de frutas e vegetais, de gorduras, etc. Além da prática de exercícios e evitar o tabagismo e alcoolismo.

     

    2 – Alimentação saudável pode combater a hipertensão.

    Jyana: Verdade, pode ajudar e muito na prevenção e no controle. Nesse caso a alimentação saudável deve contar com o consumo adequado de frutas, vegetais e grãos, limitar o consumo de sódio (sal), evitar processados/industrializados e o tabaco.

     

    3 – O uso de chás pode controlar a pressão alta.

    Jyana: Mito. O uso de chás é liberado, mas ele sozinho não consegue controlar a pressão.

     

    4 – A substituição do sal normal pelo sal light é uma das sugestões dos profissionais de saúde para quem sofre de hipertensão.

    Jyana: Mito. O sal normal é cloreto de sódio e o sal light é cloreto de potássio, então é contra indicado para renal crônico. O sal light pode ser recomendado para pessoas que não tem problemas renais, porém sempre na quantidade certa, não adianta trocar o tipo de sal e usar muito porque vai fazer mau igual. O recomendando é o sal normal, o simples, mas em pouca quantidade.

     

    5 – O consumo de bebidas a base de café ou alcoólicas podem influenciar nos níveis da pressão em pessoas com predisposição à hipertensão.

    Jyana: Depende. O consumo de café, não (não se recomenda em grandes quantidades). Já a ingestão de álcool, sim.

     

    6 – Se você quer prevenir a pressão alta, tire o saleiro da mesa!

    Jyana: Perfeito! Troque o saleiro por limão e azeite de oliva.

    7 – Uma alimentação com altas quantidades de comidas ultraprocessadas, como nuggets, macarrão instantâneo, bolachas, podem desencadear a hipertensão e também problemas cardíacos.

    Jyana: Verdade. O consumo desses alimentos em excesso e com muita frequência pode sim corroborar na hipertensão e doenças cardiovasculares.

     

    8 – Pacientes com hipertensão arterial devem evitar o consumo de carne suína, pois apresenta muita gordura.

    Jyana: Mito. O consumo de carne suína pode ser recomendado igualmente como as outras carnes, dando preferência às partes com menos gordura e usando pouco sal como tempero.

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  • Óbitos por hipertensão e outras doenças seguem crescendo com sedentarismo

    Óbitos por hipertensão e outras doenças seguem crescendo com sedentarismo

    O Dia Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Hipertensão Arterial, celebrado em 26 de abril, tem um cenário ainda mais dramático em 2022. Enquanto o lazer sedentário ganhou ainda mais espaço durante a pandemia do novo coronavírus, o risco de doenças cardiovasculares como a hipertensão arterial também cresceu. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares representam a principal causa de mortes no País atualmente, com o “cardiômetro” estimando mais de 121 mil mortes só nos quatro primeiros meses de 2022. Ao mesmo tempo, a médica cardiologista Juliana Coragem, membro da Singulari Medical Team, ressalta que os casos de hipertensão vêm aumentando ano após ano.

    Lazer sedentário e pandemia

    De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, os óbitos motivados por hipertensão arterial saltaram de 47.288 em 2015 para 53.022 em 2019. Além disso, no último levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40,3% da população com mais de 18 anos de idade foi classificada como “insuficientemente ativos”. Isso significa que toda essa parcela de brasileiros não pratica nenhuma atividade física ou fica abaixo de 2h30 semanais, incluindo lazer, trabalho e deslocamento.

    Segundo a cardiologista, esse quadro se agravou ainda mais ao longo da pandemia. “As pessoas, com medo de se contaminarem com o novo coronavírus, deixaram de fazer atividades físicas e passaram mais horas em casa. Com isso, as horas de lazer sedentário aumentaram”, pontua a especialista.

    Como explica a médica, estudos apontam que, no Brasil, o tempo na frente da TV aumentou de duas horas e 12 minutos para três horas e 15 minutos entre pessoas com idade 50 e 59 anos, por exemplo. “Quanto maior o tempo de lazer sedentário, seja em frente à TV ou de qualquer outro tipo, maior também o risco para doenças cardiovasculares”, ressalta.

    Com base na avaliação de registro da saúde e estilo de vida no Canadá, os pesquisadores da Universidade de Calgary descobriram que adultos com menos de 60 anos que gastam oito ou mais horas do dia em lazer sedentário têm sete vezes mais chance de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo. Por aqui, ainda de acordo com os números da SBC, estima-se que mais de 11 mil dos óbitos goianos em 2020 tenham sido motivados por doenças cardiovasculares.

    Antes de se mover

    Tudo isso mostra um quadro ainda mais negativo diante do fato de que a adoção de hábitos saudáveis, incluindo atividades físicas regulares, é um dos principais meios de manter a hipertensão sob controle. Contudo, mesmo que sair da inércia e deixar o sedentarismo para trás seja importante, antes de começar a se mover é necessário que o paciente passe por uma avaliação médica e cardiológica.

    “Às vezes, o paciente pode ter algumas comorbidades ou fatores de risco para doença cardiovascular como hipertensão e dislipidemia. Por isso, ele deve ser avaliado e fazer um tratamento adequado antes de uma rotina de exercícios regulares”, pontua Juliana.

    De fato, de acordo com dados do Ministério da Saúde sobre os grupos prioritários para receber o imunizante no início da vacinação contra a COVID-19, mais de 17 milhões de brasileiros teriam algum tipo de comorbidade. Com relação ao sedentarismo aumentado, a cardiologista explica que o indivíduo se torna mais suscetível ao aumento de peso e do colesterol.

    Em consequência, o ganho de peso pode levar à elevação da pressão arterial e à hipertensão, ao descontrole do diabetes e à dislipidemia. “Assim, a atividade física ajuda muito no controle dessas condições e é a principal indicação a pacientes com comorbidades como essas. Na verdade, os resultados de pessoas que se exercitam têm resultados melhores do que aqueles que seguem a medicação, mas permanecem sedentários. Porém, jamais devem começar sem passarem primeiro por uma avaliação cardiológica”, finaliza.

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  • Emoções e hábitos que causam pressão alta

    Emoções e hábitos que causam pressão alta

    A pressão alta é um distúrbio de saúde que aumenta as chances de doenças cardíacas e, segundo especialistas, pode ser causada por diferentes hábitos e comportamentos.

     Entre as principais causas da hipertensão, os especialistas posicionam a má alimentação, a falta de exercícios e a exposição a situações estressantes .

    Existem múltiplas causas que podem produzir uma alteração na pressão arterial, desde outras condições básicas de saúde, como doenças cardíacas, até emoções. 

    Leia também: Alerta: sinais de que você sofre com hipertensão arterial

    Especialistas em saúde investigaram como situações estressantes, por exemplo, podem causar um aumento súbito da hipertensão arterial , no momento em que a emoção é gerada, e também avaliam sua incidência a longo prazo.

    Consequentemente, quando o corpo está sob estresse , ele produz uma série de hormônios, que podem aumentar temporariamente a pressão alta

    Seguindo essa linha, é fundamental realizar atividade física para reduzir a pressão arterial elevada . Embora não tenha sido demonstrada uma ligação direta entre estresse e condições de pressão arterial, como hipertensão ou hipotensão, fica claro que tem certo grau de incidência devido aos hormônios que são produzidos nessas situações. 

    Por isso, os especialistas dizem que fazer atividades que reduzem o estresse e melhoram a saúde também pode ter impacto na pressão arterial, por isso aconselham se exercitar entre 3 e 5 vezes por semana.

    Por fim, a redução do consumo de sal, a ingestão acentuada de frutas e vegetais e a hidratação frequente serão alguns dos hábitos a serem implementados para evitar a hipertensão . Além disso, especialistas afirmaram que os cigarros, por exemplo, contêm compostos tóxicos e estimulantes que aumentam os níveis de pressão arterial. Por isso, entre seus conselhos, os especialistas sugerem reduzir o consumo de substâncias estimulantes como álcool, cigarro, tabaco, mas também cuidar da alimentação e evitar alimentos não saudáveis.

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