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  • Julho Amarelo alerta para o perigo das hepatites virais

    Julho Amarelo alerta para o perigo das hepatites virais

    Neste mês de julho, a iluminação de prédios públicos com luzes de cor amarela, palestras, atividades educativas, eventos e campanhas passam a ser dedicadas à conscientização e prevenção das hepatites virais.

    A lei que altera norma de 2019 e estabelece novo calendário de atividades para celebrar o Julho Amarelo foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e está publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (4).

    Por serem doenças silenciosas, que atingem o fígado em um processo infeccioso, as hepatites virais muitas vezes evoluem para doenças mais graves, como câncer hepático ou cirrose, sem que o paciente tenha um diagnóstico. No Brasil, as hepatites mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda os vírus D e E, menos frequentes.

    Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas Américas cerca de 5,4 milhões de pessoas vivem com infecções por hepatite B, enquanto 4,8 milhões estão infectadas com hepatite C. Apenas 18% dos que vivem com hepatite B sabem que estão infectados e apenas 3% recebem tratamento.

    O objetivo da nova lei é envolver a administração pública, instituições da sociedade civil e organismos internacionais, presentes no Brasil, em atividades que tenham foco na conscientização, prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos. A lei determina ainda que essas atividades devem ser desenvolvidas de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

    Com a entrada em vigor da nova lei, as ações serão anuais, com o objetivo de aumentar o número de pessoas diagnosticadas, além de tratadas e curadas, já que a hepatite tipo C tem cura.

    Ainda neste 28 de julho, o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais lembra que a meta da OMS é a eliminação das infecções virais por hepatite B e C, até 2030.

    Edição: Fernando Fraga

  • Especialista do MT Saúde alerta sobre as complicações e formas de prevenção contra hepatites virais

    Especialista do MT Saúde alerta sobre as complicações e formas de prevenção contra hepatites virais

    As hepatites virais são infecções causadas por vírus que agridem o fígado podendo levar a complicações como cirrose, câncer (hepatocarcinoma) e à morte. O gastroenterologista e endoscopista Dr. Roberto Barreto, credenciado ao Mato Grosso Saúde pela Clínica Vida, fala sobre os tipos de vírus, sintomas, diagnóstico e tratamento por ocasião do Dia Mundial Contra as Hepatites Virais, celebrado em 28 de agosto.

    De acordo com o especialista, são conhecidos 5 vírus: A, B, C, D e E, sendo que os vírus A B e C são os mais frequentes no Brasil.

    “As hepatites virais são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras”, explicou.

    Dr. Roberto Barreto aproveita a data para alertar sobre a importância do diagnóstico das hepatites B e C para instituir o tratamento que é realizado por meio do teste rápido, disponível nos serviços de saúde.

    Em relação à hepatite A, o médico destaca que a principal via de contágio é a fecal-oral por meio de água e alimentos contaminados. Também tem sido identificado o contágio relacionado às práticas sexuais. Sua ocorrência está relacionada ao saneamento básico inadequado e condições precárias de higiene.

    “A hepatite A pode ser evitada por meio da vacinação. A vacina está disponível para as crianças a partir de 15 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias e, para grupos especiais”.

    Já a hepatite B tem como principal via de transmissão a relação sexual desprotegida, mas pode ocorrer também via parental, a exemplo da transfusão sanguínea, compartilhamento de agulhas e seringas, material de manicure, piercings, tatuagem, escova de dente, lâminas de barbear e demais instrumentos que cortam ou furam. Ainda pode ser transmitida de mãe para filho na gestação e parto.

    Em relação à hepatite C, a principal via de transmissão é a parenteral. “São consideradas populações de maior risco para a infecção para a hepatite C as pessoas que fizeram uso de transfusão de sangue e hemoderivados antes de 1993, usuários de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas, pessoas com tatuagens e piercings e que compartilham instrumentos de uso pessoal”.

     

    Tratamento

    Existe cura para a maior parte das hepatites virais. O problema é que muitas vezes a doença não é diagnosticada. Segundo o Dr. Roberto Barreto, as hepatites virais não tratadas podem evoluir para cirrose, câncer e até levar à morte.

    No Brasil, a hepatite viral mais comum e mais letal é a do tipo C, responsável por mais de 70% das mortes por hepatites virais.

    “O tratamento da hepatite A, que é uma doença aguda, se baseia em dieta e repouso. Geralmente melhora em algumas semanas e a pessoa adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção”, informa o especialista.

    Quanto às hepatites B e D, têm tratamento e podem ser controladas, evitando a evolução para cirrose e câncer e a hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos quando o tratamento é seguido corretamente.

    Prevenção

    Só existem vacinas contra as hepatites do tipo A e B. Porém, quem se protege contra a B, já se previne contra a D. Para os demais tipos, o importante é se prevenir das seguintes formas:

    – Vacinar-se contra hepatites A e B

     

    – Usar preservativos em todas as relações sexuais

     

    – Não compartilhar seringas, alicates, lâminas ou quaisquer instrumentos cortantes ou perfurantes

     

    – Não ingerir água não potável

     

    – Lavar alimentos antes do consumo

     

    – Lavar as mãos após ir ao banheiro

     

    “A hepatite tem cura. Existem testes rápidos e exames laboratoriais para detectar a presença dos vírus. É importante registrar que todas as hepatites virais devem ser acompanhadas pelos profissionais de saúde, pois as infecções podem se agravar”, alerta o especialista.

     

  • Julho Amarelo alerta população sobre risco das hepatites virais

    Julho Amarelo alerta população sobre risco das hepatites virais

    O Julho Amarelo é a campanha que alerta para a conscientização e prevenção às hepatites virais. Um exame simples e gratuito pode salvar vidas; o teste é rápido e é feito em unidades de saúde municipais. A testagem é importante para identificar a doença, o tipo de hepatite e definir a forma do tratamento a ser feito.

    De acordo com Regina Nascimento, técnica do Programa Estadual de Controle das Hepatites Virais da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), as hepatites virais são consideradas doenças silenciosas e que podem evoluir para o quadro crônico se não forem diagnosticadas precocemente e tratadas.

    “São classificadas como um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo e se caracterizam por meio de inflamação do fígado. As doenças podem ser causadas por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas”, esclarece.

    No Brasil, existem 638.814 casos confirmados de hepatites virais, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde. Em Mato Grosso, no ano de 2019, foram confirmados 449 novos casos de hepatite tipo B e 199 de hepatite tipo C; não houve notificação de hepatite tipo A. É importante frisar que os dados de 2019 são parciais, visto que o banco de dados só será fechado em outubro de 2020.

    Sintomas

    Os sintomas das hepatites são: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A B e C. Existem, ainda, os vírus D e E – este último mais frequente na África e na Ásia.

    Milhões de pessoas no Brasil são portadoras do vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina, que detectam a hepatite.

    Prevenção e Tratamento

    Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites, é necessário observar se já houve exposição a algumas dessas situações:

    – Contágio fecal-oral ou condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos;

    – Transmissão sanguínea por meio da prática de sexo desprotegido ou compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam;

    – Transmissão sanguínea da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação.

    A melhor forma de evitar a doença é melhorando as condições de saneamento básico e de higiene. São práticas aconselhadas:

    – Lavar as mãos após ir ao banheiro ou trocar fraldas, e antes de comer ou preparar alimentos;

    – Lavar bem, com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;

    – Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e carne de porco;

    – Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;

    – Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto;

    – Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios, para não comprometer o lençol d’água que alimenta o poço.

    Em relação à hepatite tipo B, considerada uma doença sexualmente transmissível, existe uma vacina que previne a doença. É importante tomar as três doses, entre meninas e mulheres de 10 a 49 anos.

    Para a prevenção, também é recomendável o uso de preservativos masculino e feminino, disponíveis na rede pública de saúde.

    A mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar a hepatite, a AIDS e a Sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho. Em caso positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas, inclusive sobre o tipo de parto e amamentação.

    Não existe vacina contra a hepatite C, mas evitar a doença é muito fácil, destaca Regina Nascimento: “Para prevenir, basta não compartilhar com outras pessoas nada que possa ter entrado em contato com sangue, como seringas, agulhas e objetos cortantes”.

    Para mais informação sobre as hepatites virais e sobre as formas de tratamento, ligue para o Disque Saúde (136).