Tag: Hanseníase

  • Mato Grosso na liderança nacional de casos de hanseníase dispara alerta e mobiliza ações

    Mato Grosso na liderança nacional de casos de hanseníase dispara alerta e mobiliza ações

    Durante a instalação da Frente Parlamentar para Atenção à Hanseníase em Mato Grosso, o vice-presidente do Tribunal de Contas do estado (TCE-MT), conselheiro Guilherme Antonio Maluf, enfatizou a necessidade de fortalecer políticas públicas e estratégias de diagnóstico precoce para combater a doença.

    A frente parlamentar, coordenada pelo deputado estadual Dr. João, dará seguimento às discussões iniciadas no seminário “Mato Grosso Livre de Hanseníase”, promovido em 2024 pela Comissão de Saúde do TCE-MT, presidida por Maluf.

    O conselheiro Maluf ofereceu o suporte técnico do TCE-MT aos municípios com dificuldades no combate à hanseníase, mencionando a Nota Recomendatória 09/2024 com orientações sobre o controle da doença. O deputado Dr. João ressaltou o caráter permanente e integrador da frente parlamentar, que envolverá universidades e a Secretaria de Saúde, com o objetivo de acelerar a identificação de casos e reduzir a taxa de infecção.

    Dados apresentados indicam que Mato Grosso atualmente lidera o ranking nacional em número de casos de hanseníase registrados, sublinhando a urgência de ações conjuntas entre os Poderes. A reunião também abordou possíveis parcerias para pesquisas e estratégias regionais, previsão de recursos da Assembleia Legislativa, relatos de falta de medicamentos em alguns municípios e a necessidade de capacitação de profissionais de saúde.

  • Lucas do Rio Verde é destaque em websérie sobre os cuidados com a hanseníase

    Lucas do Rio Verde é destaque em websérie sobre os cuidados com a hanseníase

    O município de Lucas do Rio Verde foi destaque no segundo episódio da websérie “O Cuidado em Hanseníase”, apresentado nesta quarta-feira (16). A iniciativa é da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso e Sociedade Brasileira de Hanseníase.

    A série é transmitida ao vivo por meio do Canal da Escola de Saúde Pública de Mato Grosso, no YouTube. A proposta é promover a educação permanente dos profissionais de saúde.

    Segundo a secretária de Saúde de Lucas do Rio Verde, Fernanda Heldt Ventura, a série é a oportunidade de debater o assunto, compartilhar os resultados dos trabalhos e aprender com as vivências dos outros municípios.

    Ao longo de 2025, serão realizados seis episódios, o primeiro foi apresentado em janeiro. A websérie conta com a participação de especialistas, representantes de entidades, poder público e movimentos sociais.

    “A gente faz parte de um grupo de especialistas, a gente troca experiências, temos acesso aos médicos que são referência no Brasil, que também são referência no mundo. Estamos próximos ao que há de melhor em conhecimento”.

    A médica ressaltou a importância da criação do Curso de Especialização em Hansenologia, parceria entre a Escola de Saúde Pública de Mato Grosso e a Sociedade Brasileira de Hanseníase, na luta contra a doença.

    Fernanda Heldt Ventura, que já era especialista em Medicina de Família e Comunidade, fez parte da primeira turma em 2022. De acordo com ela, o conhecimento adquirido no curso, possibilitou formar novos profissionais da rede municipal de saúde.

    “A gente conseguiu elaborar uma maneira de formar, de passar o conhecimento aos demais profissionais, que faz toda diferença no diagnóstico, acompanhamento e tratamento do paciente”.

    Ainda dentro dos projetos liderados pela secretária, está a criação do Ambulatório Municipal de Hanseníase, que funcionará no Serviço de Atendimento Especializado (SAE). O espaço será referência para os casos com maior complexidade.

    “A hanseníase é uma doença que não pode ser negligenciada. Em Lucas, a gente vem trabalhando de forma séria e vamos avançar muito mais. Tenho certeza, de que vamos chegar ao controle dessa doença”, finalizou a secretária.

  • IA criada por brasileiros avalia risco de agravamento da hanseníase

    IA criada por brasileiros avalia risco de agravamento da hanseníase

    Pesquisadores brasileiros da Escola de Medicina e Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) desenvolveram um sistema de inteligência artificial (IA) que calcula os riscos da hanseníase evoluir para quadros com complicações graves, que podem deixar sequelas permanentes. Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a doença afeta o sistema nervoso e a pele e tem cura, mas é crônica, infecciosa e contagiosa.

    Para elaborar o Sistema Especialista para Previsão de Risco de Ocorrência de Estados Reacionais em Hanseníase (Separeh), foram utilizadas técnicas de mineração de dados e inteligência artificial, em que algoritmos avaliam um grande conjunto de informações disponíveis em um banco de dados.

    Foi mobilizado para o projeto um conjunto de informações clínicas, sociodemográficas, genéticas, laboratoriais e de histórico familiar de quatro amostras populacionais brasileiras, de todas as regiões do país, totalizando 1,4 mil pacientes.

    Segundo o professor da Escola de Medicina e Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Marcelo Távora Mira, o usuário não precisa inserir todas as informações listadas no Separeh, já que há dados que não existem nos centros de atendimento primário à saúde, como os dados genético-moleculares.

    “O cálculo de risco será realizado de qualquer forma; a diferença é que, quanto mais informações são fornecidas, maior é a sensibilidade e a especificidade do sistema, que podem atingir, respectivamente, 85,7% e 89,4%”, disse Mira.

    O Separeh é uma plataforma online que pode ser acessada gratuitamente por qualquer pessoa. Desde sua implantação, o site já recebeu cerca de 6,5 mil acessos, de mais de 45 países.

    Complicações da hanseníase

    Existem dois tipos de quadros graves, chamados de estados reacionais. Um deles é a Reação Tipo 1 (RT1) ou Reação Reversa (RR), que tem como principal característica o aparecimento súbito de lesões cutâneas inflamatórias novas ou piora de lesões preexistentes.

    O segundo tipo é a Reação Tipo 2 (RT2) ou Eritema Nodoso Hansênico (ENH), que desencadeia uma reação imunológica após um grande número de bacilos da hanseníase morrer e se decompor gradualmente.

    “Os estados reacionais da hanseníase são graves e imprevisíveis, podendo acontecer mesmo depois da conclusão do tratamento pelo paciente. Se essas complicações não forem diagnosticadas e tratadas imediatamente, podem levar a danos neurais permanentes”, explicou o professor da PUC-PR

    Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, em 2022, foram registrados 174 mil casos de hanseníase no mundo. O Brasil estava em segundo lugar no ranking global em número de novas ocorrências, atrás apenas da Índia.

    Participaram do projeto professores e estudantes do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da PUCPR, com colaboração interna do Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGIa) e do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia em Saúde (PPGTS) e externa de pesquisadores de instituições como Universidade de Brasília (UnB), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Lauro de Souza Lima e Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), entre outras.

  • SES dá início a curso de especialização em hanseníase para médicos de Mato Grosso

    SES dá início a curso de especialização em hanseníase para médicos de Mato Grosso

    A Escola de Saúde Pública de Mato Grosso (ESP-MT), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), realizou na manhã desta segunda-feira (10.3), no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM), a aula inaugural da terceira turma do Curso de Especialização em Hansenologia.

    Com o objetivo de qualificar os profissionais da saúde para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com hanseníase, o curso terá carga horária de 440 horas, distribuídas entre aulas presenciais, workshops, estudos de caso e visitas às unidades de saúde. A hanseníase é uma doença crônica e transmissível, mas que tem cura e pode ser tratada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

    Segundo a superintendente da Escola de Saúde Pública, Silvia Tomaz, a aula inaugural da terceira turma foi diferente de todas as outras, pois os alunos já foram colocados em ação no Centro de Referência de Média e Alta Complexidade (Cermac), para observar e acompanhar uma ação educativa e um trabalho clínico, diagnóstico e tratamento, com a supervisão dos professores. “Nós vamos atender 120 pacientes, entre segunda e terça-feira, com os alunos dessa terceira turma, acompanhados pelos especialistas da primeira e segunda turma”, explicou.

    Com a terceira turma, a ESP e a SBH (Sociedade Brasileira de Hansenologia) amplia o ciclo de formação de hansenólogos para as 16 Regiões de Saúde de Mato Grosso, que incluiu qualificação não só para médicos, mas de toda a equipe que atende às pessoas acometidas com hanseníase no estado, trabalho considerado por Silvia como fundamental para que a SES possa ter efetividade no cuidado desses pacientes.

    “Nós estamos fazendo o papel da Escola do SUS, além de formar médicos, nós também estamos formando a equipe interprofissional. Estamos na conclusão também da primeira turma de hansenólogos, da equipe interprofissional, ou seja, enfermeiros, médicos, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, e outros profissionais”, acrescentou.

    De acordo com o presidente da SBH, Marco Andrey Cipriani Frade, professor que ministrou a aula inaugural, essa especialização tem uma importância ímpar pelo tamanho do estado e porque vai ao encontro do que a SBH preconiza.

    “O Estado de Mato Grosso está na vanguarda porque realmente é um estado que está fazendo algo com bastante propriedade para a hanseníase, em buscar o controle desta doença. Tanto é que isso está refletindo nos números de casos, que aumentaram significativamente no estado, e que já eram grandes”, afirmou.

    Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), foram registrados 4.359 casos de hanseníase em Mato Grosso no ano de 2024.  Para Frade, no entanto, Mato Grosso registrou muitos casos de hanseníase justamente porque estão ensinando os profissionais a ter um novo olhar para diagnosticar esses casos.

    “Estamos concluindo a terceira turma de especializandos. Nós já temos um número de especialistas de fato em hansenologia, com uma visão mais moderna, uma visão mais ampliada, no sentido de novas técnicas para se buscar o diagnóstico e até mesmo na condução dos casos em todas as regiões de saúde do estado, coisa que não havia há quatro ou cinco anos”, afirmou.

    A médica de família Débora Faleiro Martins, que atende na Rede Municipal de Saúde de Cuiabá, espera melhorar a parte de diagnóstico da doença com essa capacitação. “É um diagnóstico muito difícil de ser realizado. Nem sempre a hanseníase se manifesta da forma mais esperada da doença, que é aquela manifestação de manchas no corpo. Às vezes ela tem uma forma que é só neurológica, que torna o diagnóstico mais difícil”, afirma.
    As aulas serão ministradas por profissionais especialistas na área da hanseníase.

  • SES promove websérie para combater estigma e reforçar prevenção sobre a hanseníase

    SES promove websérie para combater estigma e reforçar prevenção sobre a hanseníase

    A Escola de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso (ESP-MT), administrada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), realiza a websérie “Diálogos sobre a hanseníase: desmistificando a doença e o cuidado”, um ciclo de seis episódios que têm o objetivo de construir pontes para o cuidado, enfrentar estigmas e promover a inclusão. As inscrições são gratuitas.

    O primeiro episódio será transmitido nesta quinta-feira (30.1), por meio da plataforma online Google Meet, com transmissão simultânea pelo canal da ESP no YouTube. Cada episódio terá duração de três horas. Os participantes terão direito à certificação pelo Sistema de Gestão Acadêmico (SGA).

    De acordo com a superintendente da ESP e coordenadora do projeto, Silvia Tomaz, o propósito é fomentar reflexões sobre a hanseníase e contribuir para eliminar o estigma e a discriminação que ainda persistem sobre a doença, que tem tratamento e cura.

    A série também pretende facilitar o acolhimento das pessoas afetadas, fortalecendo o acompanhamento, assim como a prevenção de novos casos, a promoção da saúde em família e na comunidade.

    “A hanseníase, apesar de ser uma doença curável, ainda representa um importante problema de saúde pública. É uma doença transmissível, muitas vezes de detecção tardia, situação que pode acarretar sequelas e complicações. A falta de conhecimento sobre a doença, além da dificuldade no acesso ao diagnóstico e no início do tratamento, contribuem enormemente para a persistência de casos e sua prevalência no Brasil, sendo Mato Grosso um estado hiperendêmico”, disse a superintendente.

    Serão seis episódios com temas pertinentes à temática da hanseníase e todos serão disponibilizados no canal da ESP no YouTube, para livre acesso aos trabalhadores de saúde e pessoas diagnosticadas.

    Fazem parte do projeto as áreas técnicas da SES, o Centro de Referência em Média e Alta Complexidade de Mato Grosso (Cermac), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), o Escritório Regional de Saúde de Juara, a Escola Municipal de Saúde de Lucas do Rio Verde e outras instituições.

  • Mato Grosso intensifica ações contra hanseníase e celebra avanços no Dia Mundial de Combate à Doença

    Mato Grosso intensifica ações contra hanseníase e celebra avanços no Dia Mundial de Combate à Doença

    A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Mato Grosso reforça os esforços para combater a hanseníase, uma doença que ainda coloca o estado em posição de hiperendemia.

    Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), em 2024 foram registrados 4.359 casos da doença no estado, e atualmente 5.336 pessoas seguem em tratamento.

    Neste Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado neste domingo (26), o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, destacou as estratégias implementadas para reduzir a incidência e melhorar o tratamento.

    A SES, por meio da Escola de Saúde Pública, já formou 33 médicos hansenólogos, especializados no diagnóstico e no tratamento da hanseníase. Além disso, o Estado está em processo de atualização do Plano Estratégico para o Enfrentamento da Hanseníase e redesenho da linha de cuidado, para aprimorar o atendimento na rede de saúde pública.

    “Essas ações demonstram o nosso compromisso em combater essa doença e garantir que os pacientes tenham acesso a diagnósticos rápidos e tratamentos eficazes”, afirmou o secretário.

    Incentivos e suporte aos municípios de Mato Grosso

    Para incentivar os municípios, a SES utiliza índices de cura da hanseníase e tuberculose como critérios para repasses financeiros, via Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Além disso, os Ambulatórios Especializados, localizados em seis municípios do estado, recebem R$ 10 mil mensais para manutenção e suporte aos pacientes.

    Atenção aos sintomas e diagnóstico precoce

    A superintendente de Vigilância em Saúde, Alessandra Moraes, alertou sobre os sintomas da hanseníase e a importância de buscar atendimento imediato ao notá-los.

    “Os principais sintomas incluem manchas na pele com alteração ou perda de sensibilidade, áreas com diminuição de pelos e suor, formigamento, caroços no corpo e inchaço nas extremidades. O tratamento precoce impede a transmissão e previne danos permanentes nos nervos”, explicou.

    Acesso ao tratamento

    O diagnóstico inicial é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas casos mais graves ou de resistência medicamentosa são encaminhados ao Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidades de Mato Grosso (Cermac), onde os pacientes são acompanhados por dermatologistas.

    Compromisso com a cura

    Com um índice de cura atual de 68%, a SES planeja intensificar campanhas de conscientização e melhorar a estrutura de atendimento, buscando reduzir ainda mais a incidência da doença em Mato Grosso.

    A hanseníase é uma doença curável, e o diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações. Caso apresente sintomas, procure a unidade de saúde mais próxima.

  • Sorriso: Janeiro é marcado pelos cuidados com a saúde mental e pelo combate à hanseníase

    Sorriso: Janeiro é marcado pelos cuidados com a saúde mental e pelo combate à hanseníase

    A paleta da saúde no mês de janeiro em Sorriso é marcada pelas cores branco e roxo. E para garantir que o cuidado com a saúde preventiva faça parte de todos os dias do ano, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde e Saneamento (Semsas), já prepara ações para mobilizar a comunidade acerca dos cuidados com a saúde mental, bandeira do Janeiro Branco; e da prevenção e combate à Hanseníase, pautas do Janeiro Roxo.

    Janeiro Branco

    Servidores da área administrativo e auxiliares de saúde bucal passarão por uma formação promovida pelo Departamento de Educação em Saúde, em torno da temática da saúde mental do trabalhador. As atividades serão realizadas na próxima terça-feira (21 de janeiro) e na quarta-feira da semana seguinte (29 de janeiro).

    Vale lembrar que Sorriso conta com dois Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) para atender todas as pessoas que precisam de um olhar especial para a saúde mental. Uma delas, CAPS Infantil o Integrar, é voltada para o atendimento de crianças e adolescentes.  A unidade funciona na Avenida Brasil, n.º 1775, e conta com uma equipe multidisciplinar para dar atendimento integral aos pacientes.

    Já o CAPS Nova Vida de Sorriso, localizado na Rua Adolino Bedin, n.º 1030, Jardim América, é uma unidade especializada para o acolhimento de adultos que sofrem com transtornos graves, severos e persistentes inclusive àqueles causados pelo uso abusivo de álcool ou outras drogas.

    Na consulta de rotina na Unidade Básica de Saúde (UBS), a saúde emocional também deve fazer parte do bate-papo com o médico, visto que o Ambulatório Multiprofissional de Especialidades (AME) conta com profissionais que podem dar sequência a este tratamento.

    Janeiro Roxo

    A bandeira do Janeiro Roxo envolve os cuidados para identificar e tratar uma doença milenar: a hanseníase. Atualmente, 148 pessoas estão em tratamento no Município, lembrando que todo o processo, desde a identificação e confirmação dos sintomas, bem como todo o tratamento, que é longo, é feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O Município também conta com profissional especializada no tratamento da doença, uma dermatologista hansenóloga, que atende no AME.

    De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas mais comuns da enfermidade são manchas na pele, resultando em lesões e perda de sensibilidade na área afetada. Em alguns casos também são relatadas fraqueza muscular e sensação de formigamento nas mãos e nos pés. Quando os casos não são tratados no início dos sinais, a doença pode causar sequelas progressivas e permanentes, incluindo deformidades e mutilações, redução da mobilidade dos membros e até cegueira.

    A hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, também conhecida como bacilo de Hansen (em homenagem à Gerhard Hansen, o médico e bacteriologista norueguês descobridor da doença, em 1873). O bacilo se reproduz lentamente e o período médio de incubação e aparecimento dos sinais da doença é de aproximadamente cinco anos, segundo informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

    O Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase é celebrado sempre no último domingo do mês de janeiro, o que faz com o mês também carregue o nome de “Janeiro Roxo” especificamente neste ano, a data cai no dia 26.

    Para sensibilizar a comunidade sobre a importância dos cuidados para identificar as doenças nos primeiros sintomas, será realizada uma mobilização no Paço Municipal, às 7h30 do dia 31 de janeiro, a última sexta-feira do mês. A dermatologista Juliana Alves dos Reis, especialista no tratamento da hanseníase, também participará da ação.

  • Janeiro Roxo reforça a importância do diagnóstico precoce da hanseníase

    Janeiro Roxo reforça a importância do diagnóstico precoce da hanseníase

    A Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde realiza durante o mês de janeiro várias ações, que visam orientar a população sobre o diagnóstico, sintomas, transmissão e tratamento da hanseníase.

    A iniciativa faz parte da campanha nacional “Janeiro Roxo”, mês de conscientização e prevenção à doença, que neste ano, tem como tema “Hanseníase: conhecer e cuidar, de janeiro a janeiro”. O projeto foi oficializado em 2016, pelo Ministério da Saúde.

    A supervisora da Atenção Primária à Saúde, enfermeira Gabrielle Vidal, explica que as ações serão realizadas pelas unidades básicas de saúde, com foco no diagnóstico precoce e na busca ativa dos contatos de casos ativos, ainda não avaliados, e dos faltosos ou em abandono de tratamento.

    Na programação, orientação e diagnóstico precoce, visitas domiciliares pelos Agentes Comunitários de Saúde com aplicação do Questionário de Suspeição de Hanseníase para os casos suspeitos, acompanhamento dos contatos dos casos ativos, avaliação de incapacidade física e neurológica dos pacientes em tratamento de hanseníase e a importância de concluir o tratamento.

    “É por meio do trabalho das equipes de saúde, que conseguimos prevenir, diagnosticar e acompanhar o tratamento dos pacientes, que é oferecido gratuitamente na rede pública de saúde”, ressalta a supervisora.

    Em 2024, segundo o Painel da Hanseníase no Brasil, do Ministério da Saúde, o número de novos casos aumentou, significativamente, em relação a 2023, saltando de 60 para 122.

    De acordo com a secretária municipal de Saúde, Keli Paludo Fernandes, o aumento já era esperado, tendo em vista os investimentos do município, na capacitação dos profissionais da Atenção Primária.

    No ano passado, as equipes participaram de uma importante capacitação, liderada pelas médicas especialistas em hanseníase, Dra. Fernanda Heldt Ventura, Dra. Aleksaint Hasegawa e Dra. Maria Fernanda.

    “Lucas do Rio Verde é um município com fluxo migratório muito intenso, principalmente em relação as regiões Norte e Nordeste do País, onde a taxa de incidência da doença é alta, por isso, a importância da capacitação e do trabalho das equipes de saúde, no diagnóstico e tratamento da doença”, ressalta a secretária.

    Hanseníase

    Também conhecida como lepra ou mal de Lázaro, a hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae.

    A transmissão ocorre por meio de gotículas de saliva ou secreções nasais de uma pessoa não tratada, ou seja, a pessoa em tratamento ou que já teve alta, não transmite mais, assim como também não é realizado a transmissão através de objetos compartilhados. A transmissão geralmente requer contato prolongado e frequente com uma pessoa infectada.

    Entre os principais sintomas estão, o aparecimento de manchas na pele (manchas claras ou avermelhadas), com a perda da sensibilidade em relação ao calor, frio, dor e tato, redução dos pelos e suor e comprometimento dos nervos periféricos.

    O diagnóstico é realizado por meio do exame físico geral dermatológico e neurológico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos.

    A hanseníase tem tratamento disponível gratuitamente na rede pública de saúde.

  • Inscrições abertas para especialização em hanseníase para médicos em Mato Grosso

    Inscrições abertas para especialização em hanseníase para médicos em Mato Grosso

    A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Escola de Saúde Pública de Mato Grosso (ESP-MT), está com inscrições abertas para a terceira turma do curso de especialização em hansenologia, direcionado a médicos que atuam no estado.

    O curso oferecerá 20 vagas e terá carga horária de 440 horas, incluindo aulas presenciais, workshops, estudos de caso e visitas a unidades de saúde. As inscrições, que podem ser feitas exclusivamente de forma virtual até 20 de janeiro, visam qualificar profissionais para diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com hanseníase.

    Qualificação para combater a hanseníase em Mato Grosso

    Segundo o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, a capacitação é essencial para um manejo adequado da doença. A superintendente da ESP-MT, Silvia Tomaz, destacou a relevância da formação para reduzir taxas de incidência e sequelas.

    O processo seletivo inclui análise de currículos e carta de intenção. Para participar, os candidatos devem ser médicos registrados no CRM. As aulas começam em março e serão ministradas por especialistas em hanseníase.

    Inscrições e informações sobre o curso

    Os interessados devem acessar o site da Escola de Saúde Pública de Mato Grosso para mais detalhes sobre o edital e os requisitos.

    Fonte: SES-MT

  • Saúde de Lucas do Rio Verde participa de evento do TCE sobre hanseníase

    Saúde de Lucas do Rio Verde participa de evento do TCE sobre hanseníase

    A Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde esteve representada no seminário “Construindo Ações para Mato Grosso Livre de Hanseníase”, do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso. O evento foi realizado nos dias 4 e 5 de novembro no auditório da Escola Superior de Contas, em Cuiabá.

    Participaram do evento a secretária de Saúde, dra. Fernanda Heldt Ventura e a fisioterapeuta, Ana Enzeweiller.

    Dra. Fernanda, que também é especialista na área de hanseníase, participou como palestrante no painel 6, com o tema Condução da Política de Ensino, Pesquisa e Educação Permanente sobre Hanseníase e Boas Práticas. No painel, foi apresentado o Protocolo Municipal para Diagnóstico e Manejo Clínico da Hanseníase abordagem multidisciplinar, de Lucas do Rio Verde.

    “Esse é um evento de muita importância para o enfrentamento da hanseníase em nosso estado. Ele também nos mostra que temos um longo caminho pela frente para avançar no diagnóstico precoce e no combate ao preconceito que ainda existe em relação a essa doença”, comenta a secretária.

    Com Mato Grosso liderando as taxas de detecção de hanseníase no Brasil e registrando quase 4 mil novos casos em 2024, o seminário teve como objetivo central buscar alternativas e estratégias para combater a doença e diminuir esses números alarmantes.

    O seminário contou com uma programação diversificada, incluindo painéis sobre os aspectos gerais da endemia de hanseníase em Mato Grosso, novas tecnologias e técnicas de diagnóstico, além de atualizações sobre formas de tratamento. Também foram apresentadas propostas e ações para controlar a doença no estado, com a participação de profissionais e autoridades da saúde.

    Além de tratar das questões técnicas relacionadas ao controle da doença, o evento também ressaltou a importância de vencer o estigma que ainda envolve a hanseníase, buscando sensibilizar a população e os profissionais de saúde para o diagnóstico precoce e a humanização no atendimento aos pacientes.

    O seminário Construindo Ações para Mato Grosso Livre de Hanseníase foi uma importante oportunidade para reunir especialistas, gestores e profissionais da saúde em torno de uma causa urgente, fortalecendo as redes de cuidado e promovendo um enfrentamento mais eficaz da hanseníase no estado.