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  • Justiça proíbe greve dos médicos na capital paulista

    Justiça proíbe greve dos médicos na capital paulista

    A Justiça de São Paulo determinou que a integralidade dos médicos, servidores públicos municipais da capital paulista, permaneça em atividade nesta quarta-feira (19), data em que os profissionais entrariam em greve na cidade. O vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Guilherme Gonçalves Strenger, determinou pena de multa diária de R$ 600 mil em caso de descumprimento da decisão.

    Os médicos decidiram, em assembleia realizada no último dia 13, iniciar a paralisação para pressionar a prefeitura a solucionar o desfalque das equipes de saúde no município, com contratação de profissionais para as unidades básicas de saúde, e garantir infraestrutura e abastecimento de insumos e medicamentos.

    “Não obstante a greve seja um direito social que encontra guarida constitucional, o cenário atualmente vivenciado é de extrema excepcionalidade, em que hospitais e leitos se encontram sobrecarregados, com altas taxas de ocupação e enormes filas de pacientes à espera de atendimento, em razão do recrudescimento da pandemia de covid-19 e do surto de síndromes gripais decorrentes do vírus da influenza”, diz o desembargador em decisão liminar da ação movida pela prefeitura.

    Segundo o Sindicato dos Médicos de São Paulo, até o último dia 6, 1.585 profissionais da saúde estavam afastados por covid-19 ou síndrome gripal. Uma semana depois, no dia 13, o número subiu mais de 100%, totalizando 3.193 trabalhadores afastados.

    O sindicato foi procurado para se manifestar sobre a decisão judicial, mas ainda não se pronunciou.

  • Em conversa com empresários, ministro Tarcísio diz não acreditar que caminhoneiros farão greve

    Em conversa com empresários, ministro Tarcísio diz não acreditar que caminhoneiros farão greve

    O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse não acreditar que a anunciada greve dos caminhoneiros consiga mobilizar o segmento. Freitas falou a um grupo de empresários sobre o tema. O vídeo com declarações do ministro foi divulgado nesta terça-feira (26) pelo jornal Correio Braziliense.

    Lideranças anunciaram a greve a partir do próximo dia 1º de novembro.

    As declarações do ministro ocorreram durante sua participação no Paving Hybrid, no dia 22 deste mês. Tarcísio disse aos empresários que “a greve não vai acontecer”. Ao falar sobre o valor do frete, o ministro declarou que a intenção dele nunca foi baixar o valor do frete, mas sim “baixar o custo Brasil”.

    Durante sua fala, Freitas admite que “alguém precisa sair do mercado. Funciona desse jeito. A realidade é essa. Duro. Mas é assim que eu falo para os líderes (dos caminhoneiros)”, reforça.

    “Qual a possibilidade de greve hoje? Zero”, disse o ministro em outro trecho do vídeo. Ele disse ainda que sempre questiona a eficácia desse tipo de mobilização. “Vocês vão ganhar o quê? Acha que o preço do diesel vai baixar? Se entrar em greve, não tem o que pedir”.

    Tarcísio Freitas lembra ainda que a greve de 2018, quando houve grande mobilização, continua impulsionando “meia dúzia de líderes chamam greve”. Segundo o ministro, essa união está longe da realidade. Ele declarou que no passado a paralisação foi financiada por empresas de transportes, com o apoio do agronegócio, “que fizeram lockout e estão pagando caro até hoje”. “Qual a possibilidade de greve hoje? Zero. Se meia dúzia parar, qual o efeito?”, ironizou.

    Reação

    As declarações causaram indignação e revolta entre lideranças dos caminhoneiros. Um dos líderes, Aldacir Cadore, criticou a intenção do ministro. Ele disse que tinha esperança nos projetos do governo, mas que o ministro tem discurso dúbio e que dá com uma mão e tira com a outra. Cadore lembrou ainda que vários projetos foram costurados, mas não saíram se quer do papel.

    Outra liderança tem declarado que a greve dos caminhoneiros vai acontecer conforme planejado. Walace Landim, o Chorão, acredita que a paralisação poderá contar com apoio de outras categorias que sofrem com a alta constante da inflação, dos preços da gasolina e do diesel. Ele cita os motoristas de aplicativos e até de transportes escolares.

    Chorão, que responde pela Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), lembra que a categoria aguarda uma resposta do governo. Ele acredita que as declarações de Freitas devem deixar o movimento ainda mais forte.