Tag: greve

  • Motoristas de aplicativos, como Uber e 99, fazem greve em todo o país

    Motoristas de aplicativos, como Uber e 99, fazem greve em todo o país

    Motoristas de aplicativos como Uber e 99 entraram em greve em todo o Brasil nesta segunda-feira (15). A categoria reivindica melhores condições de trabalho e repasses mais altos nas tarifas das corridas.

    A paralisação, estimada para durar 24 horas, é de iniciativa da Federação dos Motoristas Por Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp). As entidades calculam que 70% dos profissionais da categoria em todo o país devem aderir à greve.

    O presidente da Amasp, Eduardo Lima de Souza, disse que a paralisação é porque o motorista de aplicativo está recebendo o mesmo desde 2016. “Até hoje, o motorista mantém o valor das corridas ganhando a mesma coisa. O setor automobilístico aumentou suas peças, o valor do veículo, o petróleo teve aumentos consecutivos, e as empresas não acompanharam esse aumento”, explicou.

    Outra reivindicação da categoria é com relação ao sistema de cobrança. “De 2019 para cá as empresas mudaram o sistema de cobrança. Antes, você saía da sua casa para ir para o seu trabalho, por exemplo, você sabia que esse valor informado seria o mesmo que você pagaria. Atualmente não é isso mais, e com isso a taxa cobrada dos motoristas também está sofrendo essa variação. As empresas reajustaram os valores das tarifas para os passageiros, mas não repassaram para os motoristas, fazendo com que o valor de uma corrida chegue até 60% de desconto de taxa. Com isso, os motoristas estão trabalhando longas horas, chegando no final do dia com o lucro muito baixo, fazendo com que ele tenha que trabalhar todos os dias”, lamentou.

    Em nota, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) disse que “respeita o direito de manifestação e informa que as empresas associadas mantêm abertos seus canais de comunicação com os motoristas parceiros, reafirmando a disposição para o diálogo contínuo, de forma a aprimorar a experiência de todos nas plataformas”.

    A plataforma 99 informou, por meio de nota, que tem conversado com os motoristas do aplicativo e que tem programas de apoio à categoria. “Ouvindo e conversando com cerca de 2 mil motoristas todos os meses, a 99 adotou soluções permanentes para incrementar os ganhos no app: foi a primeira plataforma a oferecer a taxa garantida, que assegura aos condutores a taxa máxima semanal de até 19,99%”.

    O aplicativo ainda informou que foi pioneiro em iniciativas com o Adicional Variável de Combustível, um auxílio no ganho que aumenta sempre que o combustível sobe. “Além disso, lançou outros programas como: kit gás; consórcios com taxas mais baixas para a compra de veículo; vantagens no aluguel de carros; o 99Loc, que amplia o acesso à locação de veículos e o DriverLAB, um centro de inovação criado pela 99 para fortalecer o cuidado com o motorista e a redução de seus custos operacionais.”

    A reportagem entrou em contato com a Uber e aguarda a resposta da plataforma.

    Edição: Fernando Fraga

  • Professores da rede pública do RJ anunciam greve

    Professores da rede pública do RJ anunciam greve

    Os professores e funcionários da área administrativa da rede estadual de ensino do Rio decidiram, em assembleia realizada hoje à tarde (11), entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima quarta-feira, (17). A categoria aprovou, também, a realização de assembleia na quinta-feira, (18), às 14h, no Largo do Machado, zona sul do Rio. Em seguida, será feita uma passeata rumo ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual.

    Mais de mil profissionais de educação compareceram à assembleia. A categoria reivindica do governador Cláudio Castro a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e o piso dos funcionários administrativos, tendo como referência o salário-mínimo nacional.

    Em reunião com a secretária estadual de Educação, Roberta Pontes, e representantes da Casa Civil, nessa quinta-feira (10), o governo apresentou ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) seu projeto de incorporar o piso nacional do magistério. No entanto, o projeto do governo não incorpora o piso a todas as carreiras. O governo, segundo o Sepe, quer apenas reajustar os salários que estão abaixo do piso. Com isso, quem ganha acima do piso não receberá nenhum reajuste – segundo a Secretaria estadual de Educação (Seeduc), apenas 33% dos aposentados e 42% da ativa receberiam o reajuste.

    De acordo com o diretor do Sepe, Demerval Marins, o que o governo apresentou, na verdade, foi um reajuste sob a forma de abono. “O correto é o piso ser implementado a partir do vencimento inicial da carreira e ser adequado proporcionalmente aos demais níveis, cumprindo o que manda o atual Plano de Carreira da categoria, exatamente o que o governo anunciou que não vai fazer”, criticou.

    Magistério

    O Sepe denunciou que, atualmente, o Rio de Janeiro paga o pior salário do Brasil para os educadores da rede estadual. Enquanto o piso nacional é de R$ 4.420,55, o professor de uma escola estadual tem um piso de R$ 1.588 como vencimento base (18 horas semanais). Os funcionários administrativos (serventes, merendeiras, porteiros, inspetores de alunos etc), em sua maioria, recebem um piso menor do que o salário-mínimo, no valor de R$ 802. O estado do Rio tem 1.230 escolas estaduais, com 23 mil turmas e mais de 678 mil alunos nos 92 municípios fluminenses.

    Além das reivindicações econômicas, a categoria também defende a revogação do Novo Ensino Médio (NEM) e a convocação de concursados para o magistério dos concursos de 2013 e 2014 e de inspetores de alunos do concurso de 2013, além da abertura de novos concursos para suprir a carência de profissionais nas escolas e para as funções de assistente social e psicólogos, como resposta ao aumento da violência no interior do espaço escolar.

    Resposta

    Em nota, a Secretaria de Educação informou que o governo respeita a decisão de greve dos profissionais da Educação. “A Secretaria de Estado de Educação enfatiza que o aumento concedido pelo governo é o pagamento do piso nacional no vencimento base para todos os cargos e níveis do magistério que não recebem o valor correspondente ao piso nacional de R$ 4.420,55 para professores de 40h. Essa era uma reivindicação antiga da categoria, já que o piso nacional não era pago desde 2015”.

    A secretaria informou ainda que “a medida terá um impacto significativo para quase metade do funcionalismo. O Professor Docente II, por exemplo, que cumpre 22h semanais terá reajuste de 116%, passando de R$ 1.125,55 para R$2.431,30 e no caso de professor Doc II, 40h, que hoje recebe R$2.251,11 irá ganhar R$4.420,55, um acréscimo de 96% no vencimento”.

    Desta forma, o governo afirma que há garantia de que todos os professores da rede estadual de ensino ganharão o determinado no piso nacional. “Quanto ao plano de cargos e salários, não há disponibilidade orçamentária e financeira no momento para aplicação do mesmo, lembrando que o estado do Rio de Janeiro encontra-se em regime de recuperação fiscal”, acrescentou.

    Edição: Marcelo Brandão

  • Greve da aviação deixa 113 voos atrasados nos aeroportos de São Paulo 

    Greve da aviação deixa 113 voos atrasados nos aeroportos de São Paulo 

    O primeiro dia da greve dos aeronautas deixou um saldo de 113 voos atrasados e 19 cancelados nos principais aeroportos de São Paulo.  

    A categoria fez uma paralisação de duas horas no início da manhã para reivindicar melhores condições de trabalho e reajustes salariais.

    Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra o Aeroporto de Congonhas, até as 18h, foram registrados 82 atrasos e 19 cancelamentos de voos no aeroporto, que fica na região sul da capital paulista.

    A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, informou que, devido à paralisação dos aeronautas na manhã desta segunda-feira (19), 21 voos operaram com atraso e nenhum foi cancelado.

    A concessionária orienta os passageiros a procurar as companhias aéreas para saber o status dos voos. A GRU Airport informou ainda que o aeroporto está funcionando normalmente no início da noite.

  • Atendendo pedido de sindicato, Justiça do Trabalho vai realizar audiência para mediar saída para conflito

    Atendendo pedido de sindicato, Justiça do Trabalho vai realizar audiência para mediar saída para conflito

    Será realizada na próxima terça-feira (22) uma audiência na Vara de Trabalho de Lucas do Rio Verde para mediar uma saída para a greve de trabalhadores de uma indústria de alimentos do município. A paralisação iniciou há uma semana, com bloqueio de trecho da rodovia MT 449 que dá acesso à sede da indústria.

    A audiência em caráter de urgência atende pedido do sindicato que atende a categoria, o Sintralve. “O que se faz necessário para que todas as situações que estão sendo expostas  por um pequeno grupo de pessoas”, diz comunicado emitido pela diretoria do sindicato. Segundo o documento, informações que são, inclusive, veiculadas em veículos de comunicação e redes sociais podem induzir pessoas a erro. “Por promoverem desinfomação de forma irresponsável, e assim até mesmo causar prejuízos a trabalhadores e outros setores da nossa sociedade”.

    Conforme o sindicato, mesmo os trabalhadores não sindicalizados são assistidos pela entidade durante a negociação de acordos coletivos, independente de empresas envolvidas.

    O comunicado critica ainda o uso de áudio do presidente do sindicato que vem sendo divulgado na internet. Conforme o Sintralve, o áudio é apresentado em partes e está fora de contexto. Além disso, é posterior a assinatura do acordo coletivo junto a empresa, que foi celebrado em 11/11/2022. “Não somente pelo presidente da entidade, mas pela diretoria do sindicato e por membros da comissão formada por trabalhadores da fabrica, tudo feito conforme se exige a lei vigente, o que já está oportunamente disponibilizado para as autoridades competentes”.

    Por fim, o sindicato recomenda que todos os trabalhadores retornem as suas atividades de  trabalho normalmente, tendo em vista que todo o acordo será discutido na via judicial. Desta forma, é possível evitar prejuízo e eventuais riscos. “Pois, podem ser erroneamente confundidos com as atuais manifestações políticas nacionais que vem acontecendo em todo o país. Ainda, tal recomendação pode ser revista em momento oportuno se necessário for, mas após os esclarecimentos na Justiça do Trabalho e o julgamento pela autoridade competente, e seguindo  todos os meios legais para qualquer movimento de paralisação”, conclui.

  • Trabalhadores em greve buscam, na Câmara, apoio para por fim a impasse

    Trabalhadores em greve buscam, na Câmara, apoio para por fim a impasse

    Um grupo de trabalhadores de uma indústria de alimentos em greve participou da sessão da Câmara de Lucas do Rio Verde nesta quarta-feira (16). O objetivo foi buscar apoio dos vereadores para buscar uma solução para o impasse que entrou para o terceiro dia.

    A greve foi anunciada no domingo (13) à noite. Os trabalhadores bloquearam trecho da MT 449, na conhecida rotatória da galinha, próximo ao quartel do Corpo de Bombeiros. O objetivo foi impedir que ônibus com trabalhadores ou caminhões com cargas vivas destinadas à indústria de alimentos não chegassem ao destino. Na segunda-feira o trecho foi desobstruído e os trabalhadores acamparam na rua que dá acesso a empresa.

    Os trabalhadores ouviram os pronunciamentos dos vereadores e reagiam com aplausos aos apoios obtidos na Tribuna. No final da sessão, puderam argumentar com membros do Legislativo Luverdense acerca dos motivos da paralisação.

    Um dos trabalhadores, em conversa com a imprensa, explicou que as negociações coletivas feitas pelo sindicato da categoria não contemplaram o desejo da classe. João Dimas citou que o reajuste de 7,19%, que passa a vigorar a partir de dezembro próximo, não é retroativo à data-base. Outro item reclamado é relacionado a mudanças no tíquete-alimentação, que passa a ser denominado bônus-presença. O problema é que trabalhadores que tiverem faltas durante o mês trabalhado perdem direito ao beneficio integral. “Sendo que o nosso salário é baixo, tirando o vale alimentação vai sobrar o quê pra gente viver?”, reclama.

    Apoio

    Último a utilizar a tribuna, o presidente da Câmara Municipal, Daltro Figur, falou em uma ação conjunta com a prefeitura. O objetivo será tentar buscar junto a direção da empresa uma solução para o impasse. “Fomos eleitos pra buscar soluções e eles estão buscando uma solução que precisam. Vejo uma falta de empenho do sindicato deles, que deixou eles meio abandonados e cabe a nós, dentro da legalidade, ver aquilo que a gente pode sanar”, pontuou.

    Figur ainda elogiou a forma como os trabalhadores estão conduzindo o manifesto, pois concordaram em liberar o acesso da MT 449 cerca de 14 horas depois do bloqueio. “Pacificamente, sem bebedeira, sem nada. Parabéns a eles. Tem todo o apoio da Câmara de Vereadores”.

    O presidente reforçou que, enquanto vereadores, a ideia é buscar solução. Figur sugeriu a elaboração de um documento que deverá ser encaminhado para a diretoria da empresa. “Pois vivemos numa região em que o custo de vida é muito elevado. Talvez não é do conhecimento deles”, adiantou.

    “A gente está buscando fazer tudo dentro da lei, tudo o que é correto, certo, mas mesmo assim não estamos sendo ouvidos. Hoje estamos sendo ouvido”, explicou João Dimas, reforçando o pedido para que empresa, sindicato e trabalhadores sentem para entrar em acordo. “Eles tiraram alguns direitos que as pessoas não estão aceitando”, reclamou, dizendo que os trabalhadores não estão realizando motim, como chegou a ser citado.

  • Manifesto de trabalhadores prossegue e sindicato tenta reunião nesta terça-feira (15)

    Manifesto de trabalhadores prossegue e sindicato tenta reunião nesta terça-feira (15)

    Permanece sem solução o impasse envolvendo trabalhadores e uma indústria de alimentos em Lucas do Rio Verde. Os trabalhadores cruzaram os braços no domingo à noite reivindicando reajuste salarial e melhoria no tíquete alimentação.

    Para forçar a empresa a abrir negociação, os trabalhadores fecharam trecho da MT 449, que dá acesso à indústria. Com isso, nem ônibus com trabalhadores e caminhões com cargas vivas, passaram pelo local. O manifesto, contudo, obrigou muitas pessoas que moram nas imediações a procurarem caminhos alternativos para retornarem às suas propriedades.

    O bloqueio do trecho na altura da rotatória da MT 449 e Avenida da Fé, próximo ao quartel do Corpo de Bombeiros, prosseguiu durante a segunda-feira pela manhã. Por volta de 10 horas desobstruíram a via e seguiram para o acesso à empresa. Outros três pontos de acesso também foram bloqueados.

    Segundo informações, a empresa conseguiu liminar na Justiça, determinando a desobstrução dos acessos, o que ocorreu no período da tarde. Entretanto, os trabalhadores se mantiveram próximo a um dos acessos. Um grupo teria passado a noite no local, mesmo com a chuva que caiu no final da tarde.

    Ainda ontem havia a expectativa de realização de uma reunião de membros de uma comissão de trabalhadores e dirigentes da empresa. Contudo, ela não foi realizada. É possível que esse encontro aconteça ainda nesta terça-feira (15).

    Os itens da pauta de reivindicações reclamada pelos trabalhadores, contudo, foram objeto de negociação junto à empresa. Segundo representantes do sindicato que representa a categoria, o acordo coletivo foi discutido em assembleia. Uma comissão de trabalhadores foi montada. Esta comissão foi responsável por negociar a pauta junto à empresa. Esses procedimentos seguiram os ritos estabelecidos por lei.

  • Bancários de Mato Grosso aprovam proposta. Não haverá greve

    Bancários de Mato Grosso aprovam proposta. Não haverá greve

    Após intensa Campanha Nacional, bancários e bancárias de Mato Grosso aprovaram a proposta apresentada pelos bancos em assembleia virtual, nesta quinta-feira (01). A deliberação foi pela aprovação da proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, bem como sobre as propostas dos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) específicos do Banco da Amazônia (Basa), Banco do Brasil (BB), Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e da Caixa Econômica Federal. O percentual de voto a favor foi de 60,74%.

    A votação ocorreu pela plataforma eletrônica de votação e começou no dia 31 de agosto e finalizou no dia 1º de setembro. O presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), Clodoaldo Barbosa, destaca que todas as propostas resultaram de duras negociações com os bancos e a união da categoria foi um dos fatores decisivos para a manutenção de direitos. “Partimos do princípio que não abriríamos mão dos direitos conquistados e lutaríamos pela ampliação. Estamos em um momento decisivo no país e os bancários mostraram que a luta pelos direitos trabalhistas tem força e devem continuar”.

    A proposta da Fenaban, para a renovação da CCT válida para toda a categoria em todo o país, prevê a manutenção de direitos, aumento real nos vales alimentação (VA) e refeição (VR) e no teto da parcela adicional da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), além de inclusão de novas cláusulas sobre teletrabalho e combate ao assédio sexual e moral.

    A proposta da Caixa para a renovação do ACT dos empregados também prevê a manutenção de todos os direitos e traz avanços importantes, como o acordo de teletrabalho e a criação do Grupo de Trabalho de condições de trabalho.

    A proposta do Banco do Brasil para a renovação do ACT dos funcionários demorou mais tempo para ser finalizada. A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e a direção da empresa somente chegaram a um entendimento depois que, em solidariedade aos funcionários do BB, o Comando Nacional paralisou as negociações com a Fenaban até que o BB desistisse de tentar retirar direitos dos funcionários. Após a pressão exercida pelo Comando e pelos funcionários, o banco recuou e a proposta foi encaminhada às assembleias com recomendação de aprovação.
    PLR – Pelo texto da CCT, os bancos têm até o dia 30 de setembro para fazer a antecipação da PLR. Mas, durante as negociações, a Fenaban disse que, se as propostas forem aprovadas pelas assembleias e assinadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), sindicatos e pela Fenaban até o dia 2 de setembro, muitos bancos já efetuam o pagamento até o dia 9 de setembro.

  • SP: cobradores e motoristas encerram greve de ônibus

    SP: cobradores e motoristas encerram greve de ônibus

    Os ônibus voltaram a circular na capital paulista no final da tarde, após greve realizada por motoristas e cobradores desde a 0h desta quarta-feira (29), em cumprimento à decisão do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região de retorno imediato dos trabalhadores ao serviço logo após o julgamento de dissídio realizado na tarde de hoje.

    O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) informou que avalia o movimento grevista como positivo, já que garantiu avanços históricos nas reivindicações da categoria como o pagamento de 100% das horas extras, por exemplo.

    Para o sindicato, o entendimento da corte foi um “xeque-mate nos patrões”, ao entender que as horas extras e feriados devem ser pagos com 100% acima do valor da hora normal, conforme a lei 13.103, de 2015. A Justiça definiu ainda reajuste salarial de 12,47%, que já havia sido acordado entre os trabalhadores e as empresas.

    “Com a decisão da justiça, os trabalhadores têm o direito de pausa a cada 4 horas trabalhadas. As empresas deverão acatar a decisão e se adequarem a essa realidade, não podendo descontar nas horas extras dos trabalhadores”, observou o presidente em exercício, Valmir Santana da Paz, o Sorriso.

    A entidade avaliou ainda que a greve foi inevitável. “O descaso do SPUrbannuss levou os trabalhadores a fazerem uso da greve, que é a nossa ferramenta de luta. Não tínhamos outro caminho diante de tanto impasse e intransigência”, disse Sorriso.

    Além do retorno imediato dos trabalhadores, o tribunal considerou a greve de cobradores e motoristas de ônibus abusiva, autorizou o desconto de um dia referente a paralisação desta quarta e aplicou multa de R$ 100 mil ao sindicato dos trabalhadores pelo descumprimento de liminar da Justiça nas paralisações do último dia 14 e desta quarta-feira (29). O julgamento foi conduzido pelo desembargador Davi Furtado Meirelles, relator do caso e presidente da Seção de

    Dissídios coletivos

    A motivação da greve, de acordo com o Sindmotoristas, foi que, embora tenha sido garantido o reajuste sobre os salários e vale-refeição, o setor patronal ignorou os outros itens da pauta de reivindicações da categoria, como a hora de almoço remunerada, participação nos lucros e resultados, adequação de nomenclaturas e plano de carreiras do setor de manutenção.

    Durante o julgamento desta quarta, foi aplicada ainda a validade de um ano para as cláusulas sociais e econômicas do acordo coletivo. Segundo o TRT-2, foram indeferidas quaisquer reivindicações que dependiam de negociação prévia, e também não foi concedida estabilidade no emprego aos trabalhadores “em razão da abusividade do movimento”.

    De acordo com o Sindmotoristas, a participação nos lucros e resultados e a adequação de nomenclaturas e plano de carreiras do setor de manutenção deve ser objeto de negociação entre as partes, com prazo de 60 dias para definição, estabelecido pelo tribunal.

    SPUrbanuss

    O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) disse, em nota, que as empresas operadoras estão mobilizadas para retomar a operação dos ônibus, assim que os motoristas e cobradores retornem ao trabalho.

    A entidade patronal destacou como principais pontos decididos no julgamento a abusividade da greve; multa ao Sindmotoristas pelas paralisações em junho; retorno imediato ao trabalho, sob pena de multa diária dobrada; autorização do desconto das horas paradas do dia de hoje; reajuste de 12,47% nos salários e vale-refeição; renovação das cláusulas pré-existentes; e pagamento do adicional de 100% das horas extras, para além das primeiras duas horas.

  • Servidores do Banco Central anunciam greve a partir de 1º de abril

    Servidores do Banco Central anunciam greve a partir de 1º de abril

    A partir de 1º de abril, os servidores do Banco Central (BC) entram em greve por tempo indeterminado. O movimento foi aprovado hoje (28) em assembleia pela categoria, que pede a extensão, para os funcionários do órgão, dos aumentos aprovados para os policiais federais no Orçamento de 2022.

    Desde o último dia 17, a categoria vinha fazendo paralisações diárias das 14h às 18h. Desde o início do ano, os servidores do órgão vinham trabalhando em esquema de operação-padrão, com as equipes trabalhando mais lentamente, e atrasando a divulgação de indicadores.

    Nas últimas semanas, diversas publicações do BC, como o boletim Focus (pesquisa com instituições financeiras) e as respostas do questionário que antecedem as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), saíram com atraso. Hoje pela manhã, foi divulgado que o órgão não divulgará diversas estatísticas mensais previstas para esta semana, como os relatórios de contas externas, do mercado de crédito e sobre as contas públicas.

    A divulgação de eventos e de informes para a imprensa também tem atrasado. A mudança de calendário dos saques dos valores a receber só foi informada durante o fim de semana.

    Segundo entidades que representam os trabalhadores do Banco Central, o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, reuniu-se no último sábado (26) com servidores para discutir reajustes salariais e reestruturação de carreira. As conversas, no entanto, não avançaram. Sem propostas oficiais, os funcionários aprovaram a greve por tempo indeterminado.

     

  • Sindicato dos policiais penais busca apoio para retomar negociações com o governo de MT

    Sindicato dos policiais penais busca apoio para retomar negociações com o governo de MT

    Em greve desde meados de dezembro último, os policiais penais de Mato Grosso querem retomar as negociações com o Governo do Estado. Neste sentido, o sindicato que representa a categoria busca apoio de instituições em Mato Grosso. Esta semana, o presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso (Sindspen-MT), Amaury Neves, se reuniu com a diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT).

    A OAB-MT vem intermediando a negociação entre as partes, desde que a greve dos Policiais Penais foi deflagrada em 16 de dezembro do ano passado. Isso por considerar a paralisação prejudicial à Advocacia e também à sociedade, já que instaura clima de insegurança no sistema prisional.

    Há poucos dias, o sindicato anunciou a suspensão da greve com o compromisso de voltar à mesa de negociações.

    A categoria reivindica uma proposta linear de equiparação salarial com as outras polícias, mas, em greve, o governador Mauro Mendes se negava a negociar.

    Dia 27 de dezembro, a OAB-MT defendeu junto aos representantes do Sindispen a volta ao trabalho, para que avançassem as negociações e a Advocacia pudesse retomar o atendimento aos reeducandos.  Sendo assim, a classe decidiu, em assembleia geral, acolher a sugestão da OAB-MT.

    Agora, a próxima audiência entre Governo e os Policiais Penais está prevista para 3 de fevereiro.

    Na reunião com a OAB, o presidente do Sindspen alegou que são 2,8 mil Policias Penais aguardando o desfecho desta situação.

    A presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, voltou a defender o diálogo, como melhor saída para o conflito, e colocou a OAB à disposição, na busca por uma solução eficaz.