Tag: greve

  • STJ determina manutenção de 85% do efetivo de trabalho do INSS

    STJ determina manutenção de 85% do efetivo de trabalho do INSS

    A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza Moura, determinou nesta quinta-feira (24) que 85% do efetivo de trabalho seja mantido durante a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

    Pela decisão, o percentual mínimo deverá ser mantido em todas as unidades do órgão, conforme determina a legislação em casos que envolvem serviços essenciais. Em caso de descumprimento da determinação, os sindicatos da categoria deverão pagar multa diária de R$ 500 mil.

    A decisão da ministra foi motivada por uma ação protocolada pelo INSS para garantir o funcionamento mínimo durante o movimento paredista, aprovado no dia 16 pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).

    A Fenasps defende a recomposição das perdas salariais, reestruturação de carreiras, incorporação de gratificações, jornada de trabalho de 30 horas para todos e cumprimento das jornadas de trabalho previstas em lei, entre outras pautas.

    Proposta

    O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos apresentou uma proposta à categoria que prevê ganho acumulado de 24,8% entre 2023 e 2026 para os servidores ativos e inativos. De acordo com a pasta, esse ganho cobre as perdas inflacionárias do governo atual e parte das perdas de gestões anteriores.

    A atual proposta também prevê alongamento da carreira de 17 padrões para 20 padrões, manutenção da remuneração de ingresso do nível superior e nível intermediário com valorização do vencimento básico e criação de gratificação de atividade em substituição à Gratificação de Atividade Executiva (GAE).

    Edição: Fernando Fraga

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  • “Greve do Ibama causa colapso financeiro em empresas de exportação de madeira”, afirmam Fiemt e FNBF

    “Greve do Ibama causa colapso financeiro em empresas de exportação de madeira”, afirmam Fiemt e FNBF

    Em meio à crise causada pela greve dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que iniciou em 1º de julho, empresas de todo o Brasil enfrentam um colapso financeiro devido à paralisação na emissão de licenças para exportação.

    Para Frank Almeida, presidente em exercício da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e Fiemt e presidente do Fórum Nacional de Base Florestal (FNBF), a situação é muito grave e a cada dia que passa o prejuízo é maior.

    “Estamos trabalhando para tentar amenizar os efeitos da greve, que tem sua legitimidade. Mas, ao mesmo tempo, tem gerado prejuízos sem precedentes em empresas não só em Mato Grosso, mas em todo o Brasil”, afirmou Frank.

    Em Mato Grosso, mais de 2 mil m³ de madeira legal e rastreável, oriundos de manejo florestal, estão impedidas de serem exportadas pela falta de emissão da Licença, Permissão, Certificado e Outros Documentos (LPCO) pelo Ibama. Além disso, essa paralisação tem provocado acúmulo de mercadorias nos portos brasileiros.

    “Em Belém (PA), pelo menos 500 contêineres de madeira estão parados no porto. Já em Paranaguá (PR), nós temos algo próximo de 300 contêineres. Fora os contêineres de Rondônia, Acre, Amazonas. Só no estado de Mato Grosso, nós temos mais de 2 mil metros cúbicos de madeira de exportação que estão parados nas empresas sem poder ter feito seu faturamento”, ressaltou o presidente da Fiemt.

    Diante desse cenário, a Fiemt e o FNBF têm buscado diálogo com diversos órgãos do Governo Federal. “Estamos procurando a várias mãos, procuramos o Ministério do Ambiente, o Ibama, para que a possamos ter um tratamento diferenciado para isso. O governo precisa ser sensível à pauta, sentar-se com o servidor, escutar, negociar uma proposta e voltar à normalidade”, enfatizou o industrial.

    O impacto da greve transcende o setor de base florestal, afetando também armazéns e outros setores. “Não só o setor de base florestal está sendo afetado, os armazéns estão cheios, não conseguem mais receber mercadorias de diversos outros setores, e o colapso que ora está no porto vem subindo e hoje já atingiu as empresas mato-grossenses, paraenses, ou seja, toda a cadeia de exportação brasileira”, finalizou.

  • INSS orienta segurados a usarem serviços digitais durante greve

    INSS orienta segurados a usarem serviços digitais durante greve

    A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entrou nesta quinta-feira (18) no terceiro dia. Embora sustente que a paralisação dos servidores não impactou significativamente os serviços prestados à população, o órgão reforçou as orientações a quem precisar de determinados atendimentos.

    Segundo o instituto, mais de 100 serviços podem ser agendados por meio do site Meu INSS; pela plataforma de mesmo nome, que tem versão para celular (app) ou pela central de atendimento telefônico 135, que funciona de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.

    O INSS também orienta os cidadãos que necessitarem de atendimento pericial para a obtenção do auxílio-doença a utilizarem o Atesmed, serviço de avaliação remota de documentos que o instituto implantou prometendo tornar a análise mais rápida e menos burocrática, dispensando a realização de perícia presencial.

    Nos casos de perícia médica já agendada para benefício por incapacidade temporária, o segurado pode pedir conversão de agendamento de perícia para o Atestmed. “Para os demais casos, a orientação é reagendar o atendimento pelo 135 ou Meu INSS”, orienta o instituto.

    Os servidores do INSS entraram em greve na terça-feira (16), por tempo indeterminado.

    Reivindicações

    Além da recomposição de perdas salariais dos últimos anos, os servidores reivindicam a reestruturação e o reconhecimento da carreira do Seguro Social como típica de Estado; o cumprimento do acordo de greve de 2022; o nível superior para ingresso de Técnico do Seguro Social; incorporação de gratificações; jornada de trabalho de 30 horas para todos e cumprimento das jornadas de trabalho previstas em lei; revogação de normas que determinam o fim do teletrabalho e estabelecimento de programa de gestão de desempenho; condições de trabalho e direitos do trabalho para todos, independente da modalidade de trabalho; fim do assédio moral institucional; e reestruturação dos serviços previdenciários.

    Um novo balanço do impacto da paralisação será divulgado ainda nesta quinta-feira.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Servidores do INSS entram em greve por melhores salários

    Servidores do INSS entram em greve por melhores salários

    Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ligados ao Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo iniciaram nesta quarta-feira (10) uma greve a nível nacional. A paralisação ocorre por falta de acordo com o governo federal sobre reajuste salarial, e atinge tanto quem trabalha de forma presencial nas agências quanto aqueles que atuam em home office.

    A paralisação pode afetar a análise da concessão de benefícios como aposentadoria, pensões, Benefício de Prestação Continuada (BPC), atendimento presencial (exceto perícia médica e análise de recursos e revisões de pensões e aposentadorias. Apesar das inúmeras rodadas de negociação com o governo, não houve acordo quanto ao reajuste salarial da categoria.

    De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no estado de São Paulo (SINSSP) ficou aprovada a instalação do comando de greve, com a primeira reunião marcada para o dia 12, para analisar os rumos do movimento.

    O INSS tem 19 mil servidores ativos no quadro. A maioria – 15 mil – formada por técnicos – responsáveis pela maioria dos serviços da instituição, além de 4 mil analistas. Ao todo, 50% dos servidores, ainda estão no trabalho remoto, em home office.

    Medidas

    Por meio de nota, o INSS informou que vai estudar medidas de contingenciamento para que a população não seja afetada. No entanto, “balanço da paralisação iniciada nesta quarta-feira aponta que não houve impacto no sistema e no atendimento do INSS”.

    O instituto diz ainda “que mais de 100 serviços do INSS podem ser realizados pela plataforma Meu INSS, que tem versão para celular (app) e desktop. Além da Central de atendimento 135, que funciona de segunda a sábado, de 7h às 22h”. Os cidadãos e cidadãs que necessitarem de algum serviço do INSS, como requerimento, cumprir exigência, solicitar auxílio-doença, por exemplo, podem utilizar esses meios.

    O INSS avalia que não há como relacionar greve de servidores iniciada nesta quarta-feira com os efeitos da checagem de benefícios que vai começar somente em agosto próximo.

    Outra convocação

    Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social marcaram para entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira (16). Esse movimento, convocado pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), comunicou por ofício à ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, e ao presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, sobre a paralisação da categoria em todo o país.

    No documento, a entidade de classe, informa que “após análise das propostas apresentadas pelo governo, entenderam que a negociação teve poucos avanços”. O texto diz ainda que [o governo] em vez de apresentar de proposta nova que fortaleça a carreira do Seguro Social, piora com o alongamento da carreira de 17 para 20 níveis e pela criação de gratificação de atividade”. A proposta é muito aquém das perdas salariais da categoria que superam os 53% no último período. A entidade enumera também que o acordo da greve de 2022 até agora não foi cumprido pelo governo.

    A Fenasps explica que no dia 31 deste mês, encerra o prazo para o INSS se adequar a Instrução Normativa 24 (IN24), que transforma os atuais programas de Gestão, em Programas de Gestão e Desempenho, o que significa uma piora na pressão para cumprimento de metas e a possibilidade de desconto de salário no caso das metas não serem atingidas, bem como a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os servidores.

    A entidade convoca a categoria a participar das assembleias estaduais para definir os rumos do movimento.

    Edição: Maria Claudia

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  • UFMT retoma as aulas nesta segunda-feira após 41 dias de greve

    UFMT retoma as aulas nesta segunda-feira após 41 dias de greve

    Após 41 dias de paralisação, os estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) voltam às aulas nesta segunda-feira (8). A decisão pelo fim da greve foi tomada pelos professores em assembleia geral no dia 1º de junho.

    O primeiro semestre letivo, que deveria ter sido finalizado em junho, será retomado e cumprirá os 100 dias letivos previstos. O calendário acadêmico será reorganizado para recuperar as aulas perdidas durante a greve. Propostas de datas para a reposição das aulas estão sendo elaboradas em conjunto com professores, alunos e coordenadores. O novo calendário será apresentado ao Conselho Superior de Ensino (Consepe) para análise e decisão final no final de julho.

    A greve dos professores da UFMT teve início no dia 18 de maio e se juntou à paralisação dos servidores técnico-administrativos do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), que teve início no dia 8 de abril. As principais reivindicações da categoria docente incluíam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro.

    Em contrapartida, o Governo Federal apresentou uma proposta que inclui reajustes salariais, reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), piso de referência, incentivo à qualificação, plano de capacitação, racionalização de cargos e reposicionamento de aposentados.

    Ainda não há informações precisas sobre como os 41 dias de aulas perdidas serão recuperados. A expectativa é que a reposição seja feita de forma a minimizar o impacto no aprendizado dos alunos. As medidas para a reposição das aulas serão definidas em conjunto com a comunidade acadêmica e serão comunicadas em breve.

  • STJ suspende 100% da greve de servidores federais do meio ambiente

    STJ suspende 100% da greve de servidores federais do meio ambiente

    O ministro Og Fernandes, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu nesta quinta-feira (4) suspender a greve de servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

    Fernandes determinou o retorno de 100% dos servidores designados para as atividades de licenciamento ambiental, gestão das unidades de conservação, resgate e reabilitação da fauna, controle e prevenção de incêndios florestais e emergências ambientais.

    O magistrado atendeu pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e determinou ainda multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento. Fernandes tomou a decisão considerando o “caráter essencial das atividades desempenhadas”.

    A decisão abrange a carreira de Especialista em Meio Ambiente, composta pelos cargos de Gestor Ambiental, Gestor Administrativo, Analista Ambiental, Analista Administrativo, Técnico Ambiental, Técnico Administrativo e Auxiliar Administrativo.

    “Dentre as atribuições legalmente conferidas à mencionada carreira, estão contempladas atividades da mais alta relevância para a promoção das políticas públicas de proteção e defesa do meio ambiente, a exemplo da regulação, gestão e ordenamento do uso e acesso aos recursos ambientais”, escreveu o vice-presidente do STJ, que desde o dia 2 de julho é o responsável pelo plantão judicial.

    Entre atividades essenciais, ele citou ainda cargos ligados a “melhoria da qualidade ambiental e uso sustentável dos recursos naturais; a regulação, controle, fiscalização, licenciamento e auditoria ambiental; o monitoramento ambiental; o ordenamento dos recursos florestais e pesqueiros; a consideração dos ecossistemas e das espécies neles inseridas, dentre outras”.

    Em petição protocolada em 1º de junho, primeiro dia de paralisação, a AGU argumentou que a greve seria abusiva diante de proposta do governo federal que já concedeu reajuste real nos salários dos servidores. As negociações com os servidores ambientais se arrastam desde outubro de 2023.

    Outro argumento da União é o de que a gestão ambiental de unidades de conservação estaria sendo comprometida, o que não seria permitido diante do caráter essencial da proteção ao meio ambiente. A AGU apontou que a greve atingiu unidades em 25 estados e no Distrito Federal.

    A greve foi aprovada em assembleia em 24 de junho. Na ocasião, os trabalhadores estipularam a manutenção de 10% dos servidores nos serviços de licenciamento ambiental e de 100% do atendimento a emergências em unidades de conservação, bem como a continuidade integral dos trabalhos de combate ao fogo por brigadistas e supervisores contratados.

    A Agência Brasil busca posicionamento as entidades sindicais acionadas pela AGU. São elas: Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do Plano Especial de Cargos do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama (Ascema) e o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do DF (Sindsep-DF).

    Em nota conjunta datada de quarta-feira (3), anterior à decisão, os sindicatos disseram que “estão acompanhando o processo e trabalhando de forma conjunta para defender nosso movimento paredista, nossas entidades e os servidores ambientais”.

    O texto apontou o que seria “a incoerência entre o discurso e a prática deste governo, já há poucos dias o próprio presidente Lula disse “nós vamos negociar com todas as categorias. Ninguém será punido neste país por fazer uma greve. Eu nasci fazendo greve. É um direito legítimo.”

    “Portamos uma série de documentos que são capazes de comprovar que os servidores sempre estiveram, como ainda estão, dispostos a encontrar uma solução para o impasse, assim como provas que demonstram claramente que a representação do governo adotou uma postura inflexível, injustificada e até mesmo persecutória contra os servidores da área ambiental”, acrescenta a nota das entidades.

    Edição: Valéria Aguiar

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  • IFMT em Lucas do Rio Verde anuncia fim da greve e retomada de atividades dia 1º de julho

    IFMT em Lucas do Rio Verde anuncia fim da greve e retomada de atividades dia 1º de julho

    O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) – Campus Avançado Lucas do Rio Verde anunciou o fim da greve dos servidores e a retomada das aulas para a próxima segunda-feira, 1º de julho de 2024. A decisão foi tomada na data de hoje, 28 de junho de 2024, após a assinatura do acordo das pautas requisitadas junto ao governo federal, conforme comunicado pela instituição.

    Com o término da greve, as atividades de ensino, pesquisa e extensão voltarão ao normal, nos horários habituais da instituição: das 07h10 às 12h20, das 13h30 às 17h00, e das 18h30 às 22h15. O IFMT orienta os pais e estudantes dos cursos técnicos e superiores em biotecnologia a se prepararem para o retorno das aulas na próxima semana.

    Durante a primeira semana de julho, o IFMT realizará uma reunião com os pais e/ou responsáveis para fornecer informações adicionais sobre o calendário escolar e esclarecer dúvidas. A data e o horário da reunião serão divulgados em breve pela administração do campus.

    A greve dos servidores do IFMT, deflagrada em 4 de abril deste ano, causou a suspensão das atividades acadêmicas e administrativas. O período sem aulas trouxe desafios tanto para os estudantes quanto para os professores e demais funcionários. No entanto, a assinatura do acordo representa um avanço significativo nas negociações e na melhoria das condições de trabalho dos servidores.

    O IFMT – Campus Avançado Lucas do Rio Verde agradece a compreensão e paciência de todos os envolvidos durante o período de paralisação e reforça seu compromisso com a educação de qualidade. A instituição está empenhada em retomar as atividades com normalidade e em garantir um ambiente propício ao aprendizado e à pesquisa.

  • FIM DA GREVE: Trabalhadores da UFMT aceitam termo de acordo

    FIM DA GREVE: Trabalhadores da UFMT aceitam termo de acordo

    Os trabalhadores técnico-administrativos da UFMT aprovaram nesta quinta-feira (27.06) o termo de acordo proposto pelo governo e corrigido pelo Comando Nacional de Greve. No entendimento da grande maioria dos servidores, o acordo contempla avanços, pois atendeu em torno de 80% das reivindicações da categoria. A greve continua até a assinatura do acordo junto ao Governo Federal. Uma nova assembleia já está marcada para segunda-feira, dia 01 de julho, para avaliação final de greve. O retorno as atividades na UFMT deve acontecer na terça-feira (02.07), de forma unificada as outras Universidades.

    De acordo com a coordenadora administrativa do Sintuf, Marillin Castro, após 105 dias de greve e todas as dificuldades enfrentadas no diálogo com o governo, a luta resultou em conquistas. “Obtivemos a reestruturação da carreira, o reposicionamento dos aposentados, o avanço significativo no Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), hora ficta (hora noturna), manutenção das capacitações, reajuste dos benefícios, entre outras proposições. Temos ainda que avançar, mas consideramos que o movimento saiu vitorioso”.

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    O termo de acordo, identificado como Termo de Acordo Nº 11/2024, inclui diversas medidas que impactam diretamente a carreira e as condições de trabalho dos técnico-administrativos. Entre os pontos principais da proposta estão:

    Reajustes salariais: A reestruturação remuneratória dos servidores dos cargos Técnico-Administrativos em Educação ocorrerá em duas parcelas, sendo a primeira, de 9%, em janeiro de 2025 e a segunda, de 5%, em abril de 2026.

    Verticalização da estrutura remuneratória: Unificação da carreira em uma matriz única com 19 padrões.

    Diminuição do interstício: Redução do interstício necessário para a progressão por mérito profissional de 18 para 12 meses.

    Piso de referência: O Vencimento Básico de referência corresponderá ao valor do nível de classificação “E”, com as seguintes correlações:

    “A” corresponderá a 36% do piso de referência.

    “B” corresponderá a 40% do piso de referência.

    “C” corresponderá a 50% do piso de referência.

    “D” corresponderá a 61% do piso de referência.

    Elevação dos steps: Os steps serão elevados de 3,9% para 4% em janeiro de 2025 e para 4,1% em abril de 2026.

    Incentivo à Qualificação: A correlação indireta do Incentivo à Qualificação será extinta a partir de janeiro de 2025, igualando os valores ao da correlação direta.

    Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC)

    O RSC será implantado para a carreira dos Técnico-Administrativos em Educação a partir de abril de 2026. Um Grupo de Trabalho (GT) coordenado pela CNS/MEC será instituído para regulamentação, com prazo de até 180 dias a partir da assinatura do termo.

    Outras Medidas

    Plano de capacitação: Revisão do Decreto nº 9.991/19 para permitir que as IFE elaborem e executem seus planos específicos de capacitação.

    Racionalização de cargos: Promoção da racionalização de cargos vagos e a vagar.

    Reposicionamento de aposentados: Análise e levantamento de impacto para reposicionamento dos aposentados que foram enquadrados considerando o tempo de serviço público federal.

    Implantação da “hora ficta”: Aplicação da “hora ficta” para servidores dos hospitais universitários e demais servidores do RJU que trabalham em regime de plantão ou escala.

    Confira a íntegra do posicionamento do Sintuf-MT enviado para Fasubra:

    posicionamento da ufmt
    FIM DA GREVE: Trabalhadores da UFMT aceitam termo de acordo
  • Professores universitários retomam atividades após 70 dias de greve

    Professores universitários retomam atividades após 70 dias de greve

    Professores de universidades e de institutos federais de educação e governo federal começam, a partir desta quarta-feira (26), a retomar as atividades acadêmicas, encerrando cerca de 70 dias de greve. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), as atividades acadêmicas serão normalizadas até o dia 3 de julho.

    De acordo com o comando, a assinatura do acordo de fim do movimento, que estava marcada para hoje. foi adiada para amanhã (27) a pedido da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas (Fasubra). A solicitação visa dar tempo para a realização da assembleia que deverá confirmar a saída a dos técnicos administrativos da greve.

    A presidente da Associação dos docentes da Universidade de Brasília (Adunb), Eliene Novaes, informou à Agência Brasil que as aulas foram retomadas hoje com um “intenso debate sobre o calendário acadêmico”, bem como sobre o resultado do movimento que, segundo a entidade, traz ganhos para os professores e avanço na reposição salarial.

    “O governo apresentou uma proposta de reposição salarial de 9% a partir de janeiro de 2026, e de de 3,5% a partir de abril de 2026, além da reposição dos níveis da carreira. Além desses pontos, temos outros ganhos que são resultados dessa greve. São pontos que dizem respeito à reestruturação da carreira, a direito dos aposentados, a direito de progressão e promoção docente”, disse a representante dos professores da UnB.

    Cronograma

    A definição do cronograma para retorno pleno das atividades, durante a reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UnB, está prevista para quinta-feira (27) à tarde. “Vamos reestruturar toda a programação de compensação de aulas de reposição das aulas durante o período de greve. Esse calendário é fundamental para assegurarmos, a estudantes e professores, todo direito ao ensino e às ações desenvolvidas”, explicou a dirigente.

    A proposta apresentada pelo governo – acatada pelo comando nacional de greve – foi a de reajuste zero em 2024, devido às limitações orçamentárias. Para compensar, foi oferecida uma elevação do reajuste linear de 9,2% para 12,8% até 2026,, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

    A Adunb informa que a recomposição orçamentária das universidades federais é apenas uma das demandas do movimento paredista. A entidade tem criticado a defasagem nos orçamentos e a intervenção no pleno funcionamento das universidades.

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  • Greve no IFMT: Seis unidades encerram paralisação, Lucas do Rio Verde e outros nove campi permanecem parados

    Greve no IFMT: Seis unidades encerram paralisação, Lucas do Rio Verde e outros nove campi permanecem parados

    Os servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) decidiram, em assembleia realizada nesta segunda-feira (17), encerrar a greve em seis unidades do estado. No entanto, outros dez campi do instituto continuarão com as atividades paralisadas.

    As unidades que encerraram a greve têm retornos previstos em datas distintas. Confira a lista:

    Campi que encerraram a greve:

    Campus Confresa: retorno previsto para 21/04

    Campus Alta Floresta: retorno em 10/06

    Campus Avançado Sinop: encerramento em 17/06

    Campus Barra do Garças: encerramento em 19/06, retorno das aulas em 24/06

    Campus Rondonópolis: encerramento em 19/06, retorno das aulas em 24/06

    Campus Avançado Diamantino: encerramento e retorno das aulas em 20/06

    Campi que continuarão em greve:

    Campus Cuiabá Octayde Jorge da Silva

    Campus Cuiabá Bela Vista

    Campus Campo Novo do Parecis

    Campus Pontes e Lacerda

    Campus Primavera do Leste

    Campus Sorriso

    Campus Várzea Grande

    Campus Avançado Guarantã do Norte

    Campus Avançado Lucas do Rio Verde

    Campus Avançado Tangará da Serra

    Campus Juína

    Desde o início da greve, mais de 46 mil estudantes da UFMT e do IFMT foram afetados. O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFEMT) destacou que um dos principais pontos discutidos na última assembleia foi a falta de formalização de um termo de acordo pelo Governo Federal, impedindo a apresentação de uma proposta consolidada para apreciação e votação.

    O sindicato também criticou a insuficiência das propostas do governo, afirmando que estão longe de atender à defasagem apontada pelos servidores. Uma Assembleia Nacional do Sindicato está marcada para esta sexta-feira (21) e sábado (22), onde será decidido oficialmente se as propostas do governo serão aceitas ou se a greve continuará.

    Além dos Institutos Federais, os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) também estão com as atividades paralisadas desde março, intensificando o impacto da greve na educação pública no estado.