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  • Justiça promove campanha de prevenção da gravidez na adolescência para reduzir casos em Rondonópolis

    Justiça promove campanha de prevenção da gravidez na adolescência para reduzir casos em Rondonópolis

    No ano de 2024, a cada 100 nascimentos em Rondonópolis, oito foram gestados por mães adolescentes, com idades entre 10 e 19 anos. Somente na escola estadual Edith Pereira Barbosa, quatro jovens tornaram-se mães antes da idade adulta. A unidade de ensino, localizada na região periférica do município, concentrou 2,5% do total de adolescentes grávidas do período (166 gestações). Para mudar este cenário, o Poder Judiciário de Mato Grosso escolheu a escola para o encerramento do ciclo de palestras da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, no dia 17 de fevereiro.

    A edição deste ano foi ampliada e segue até o dia 28 de fevereiro, com distribuição de panfletos informativos e orientações em sala de aula, em todas as 29 escolas estaduais. Nos locais, as ações são realizadas com o apoio das equipes psicossociais, que divulgam e compartilham as orientações em sala de aula.

    Dados da Secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis mostram que, dos 2.107 nascimentos registrados no ano passado, 166 foram gestados por adolescentes. A maioria dos casos foi registrada em bairros periféricos, com maior incidência no Bairro Pedra 90, com nove gestações.

    A campanha de “Prevenção da gestação na adolescência” integra o projeto “Justiça, Escola e Família Dialogando”, da Vara da Infância e Juventude da Comarca. O tema do mês atende ao artigo 8º-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que instituiu a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência.

    Idealizadora da ação, a juíza Maria das Graças Gomes da Costa ressalta que a informação é a melhor ferramenta para a redução dos casos de gravidez entre jovens na cidade.

    “Em Rondonópolis, estendemos a campanha para todo o mês de fevereiro. Este será um período de conscientização para os jovens poderem falar sobre o assunto e buscarem informações porque o que mais nos prejudica na prevenção é a falta de informação”, enfatiza a magistrada.

    Além dos alunos, a campanha também inclui professores e pais de alunos para desmistificar o tema dentro e fora da sala de aula.

    Os resultados dos encontros serão aferidos em um segundo momento da campanha, conforme explica a juíza. “Então, a gente vem para lançar esse assunto e pedir para os professores tratarem em sala de aula. No segundo momento, retornaremos e faremos grupos separados (meninas e meninos), para que eles se sintam confortáveis e tranquilos para se manifestarem de maneira transparente, sem o peso do julgamento do outro”.

    Riscos de gestação na adolescência

    A gravidez na adolescência traz riscos à vida e à saúde da mãe e também do bebê. Na escola Edith Pereira Barbosa, informações sobre os impactos e as consequências foram repassadas pela assistente social da rede de Saúde da Família da Atenção Primária à Saúde do Município, Edna de Oliveira.

    Aproximadamente 120 alunos da unidade aprenderam que a gestação precoce aumenta o risco de mortalidade materna, aborto espontâneo, depressão pós-parto, problemas no desenvolvimento do feto, eclâmpsia, além de contrair Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

    Além dos problemas físicos e de saúde, a gravidez na adolescência ocasiona evasão escolar. “Elas saem da escola porque estão grávidas e não voltam para estudar porque são mães, precisam trabalhar e cuidar da criança. Por isso, é muito importante darmos o máximo de atenção ao tema para aumentar o cuidado com as adolescentes do sexo feminino. Falar para os do sexo masculino que eles precisam se atentar para a idade dessa jovem, que sexo com meninas com menos de 14 anos é crime, é estupro de vulnerável. Que não pagar pensão dá cadeia”, alerta a magistrada.

    Prevenção

    Consciente dos riscos e consequências de uma gravidez na adolescente, a aluna da escola Edith Pereira Barbosa, Isabela da Silva, de 14 anos, falou que o evento irá ajudar muitas meninas que ainda não receberam orientações sobre o assunto.

    “Esse é um aprendizado que a gente, meninos e meninas, precisa ter para nos proteger, caso aconteça. Precisamos ter o preservativo porque nunca sabemos quando vai acontecer”, alertou a jovem.

    A estudante conta que as primeiras orientações sobre o assunto foram repassadas pelos pais, quando teve a primeira menstruação. O conhecimento sobre as consequências também veio da observação de experiências vividas por uma amiga.

    “Minha mãe sempre conversou comigo. Inclusive, meu pai e minha tia sempre me falaram dessas coisas. Também tenho uma amiga que tem um neném de um ano. Ela engravidou com 13 anos e agora está casada com um cara de 18 anos. Depois disso, a gente meio que se afastou um pouco, e ela parou de estudar para cuidar da criança”, contou.

    Para a diretora da escola, Simone Fernandes de Marques, a tarefa de ampliar o nível de consciência entre os alunos ganha reforço do Poder Judiciário de Mato Grosso.

    “Trabalhar a prevenção da gestação na adolescência é trabalhar a melhoria na qualidade da educação do país. Os índices de evasão escolar são preocupantes e combater a gravidez na adolescência é um dos caminhos para reduzir esses números. É muito importante quando o Poder Judiciário vem até a escola trabalhar essa pauta e ampliar a compreensão de que a educação é a base de uma sociedade. Então, nós trabalhamos na base e evitamos problemas no futuro, que seriam levados para o próprio Judiciário. A presença da juíza aqui é um fator positivo, porque ela, como autoridade, tem a escuta dos alunos, o mesmo acontece com os pais e professores”, avalia a educadora.

    As palestras sobre “Prevenção da gestação na adolescência” foram realizadas em sete unidades escolares, com a participação de mais de 2.130 alunos da rede municipal. No total, a iniciativa deve alcançar 15 mil estudantes por meio de palestras e distribuição de materiais informativos.

    Projeto Justiça, Escola e Família Dialogando

    Ao longo de 2025, o ‘Projeto Justiça, Escola e Família Dialogando’ realizará campanhas temáticas como prevenção ao bullying e cyberbullying, maus-tratos, abuso infantil, trabalho infantil, violência obstétrica e demais assuntos voltados à proteção da infância e juventude.

  • Entenda pré-eclâmpsia e síndrome de Hellp, que afetaram cantora Lexa

    Entenda pré-eclâmpsia e síndrome de Hellp, que afetaram cantora Lexa

    A cantora Lexa anunciou nesta segunda-feira (10), nas redes sociais, a morte da filha recém-nascida, Sofia, que ocorreu três dias depois do parto. A artista relatou que teve pré-eclâmpsia com síndrome de Hellp, o que ocasionou o parto prematuro da bebê.

    A reportagem da Agência Brasil conversou com a médica ginecologista e obstetra Joeline Cerqueira, com área de atuação em Reprodução Humana, para explicar melhor o significado desses termos.

    A pré-eclâmpsia é uma doença obstétrica que geralmente acontece depois da 20ª semana de gravidez e provoca a hipertensão arterial da gestante.

    “A placenta é o órgão que vai nutrir o feto. Quando ela está se implantando no útero, os vasos do útero se abrem e aumenta a corrente de sangue que vai nutrir adequadamente o feto. E o que ocorre na placenta da mulher com pré-eclâmpsia? Esses vasos não conseguem mudar a conformação deles para se tornarem mais flexíveis e elásticos. E o sangue não flui adequadamente para a placenta e para o feto”, explica Joeline Cerqueira.

    A sobrecarga da circulação provoca a hipertensão arterial, igual ou acima de 140/90 mmHg (14 por 9), e há perda de proteína na urina, a proteinúria. A pré-eclâmpsia precisa ser tratada para não colocar a vida da mãe e do feto em risco. Entre os agravamentos possíveis estão a eclâmpsia e a síndrome de Hellp.

    A eclâmpsia é marcada pela ocorrência de convulsões generalizadas ou coma em gestantes. A síndrome Hellp é outro tipo de complicação que provoca hemólise (fragmentação das células vermelhas do sangue na circulação), níveis elevados de enzimas hepáticas e diminuição do número de plaquetas. Essa combinação mostra que alguns órgãos podem estar entrando em falência, como os rins e o fígado.

    Apesar de não ser comum, também existe a pré-eclâmpsia ou eclâmpsia pós-parto, que ocorre na fase do puerpério em até 72 horas depois do parto. A complicação é responsável pela hipertensão arterial e crises convulsivas nesse período.

    Causas e fatores de risco

    A obstetra explica que até hoje a pré-eclâmpsia não tem uma causa específica identificada. Existem teorias, dentre as quais ela destaca a má implantação da placenta no processo da gestação.

    Mas já se conhecem os principais fatores de risco: primeira gestação da mulher; gravidez antes dos 18 e depois dos 40 anos; pressão alta crônica; diabetes; lúpus; obesidade; pessoas da família com essas doenças; gestação de gêmeos.

    Prevenção e redução de riscos

    A realização do pré-natal, com acompanhamento médico da gravidez e da pressão arterial, é a melhor forma de prevenir a pré-eclâmpsia e demais complicações.

    “Existem medicações já testadas que diminuem consideravelmente as probabilidades de pré-eclâmpsia para as pacientes de risco. Uma delas é o cálcio. Outra é o AAS infantil. Elas usam essa aspirina em dose baixa de 100 mg a partir de 12 até 16 semanas de gestação”, diz Joeline Cerqueira. “É imprescindível o médico começar nesse período. Porque como é uma doença que se instala pela placenta, depois de 16 semanas a placenta já está toda formada. Então, não adianta começar uma profilaxia muito tarde”.

    Sintomas

    A pré-eclâmpsia pode ser assintomática. Mas há sinais comuns, como: dor de cabeça forte que não passa com remédios; inchaço no rosto e nas mãos; ganho de peso em uma semana; dificuldade para respirar; náusea ou vômito após os primeiros três meses de gestação; perda ou alterações da visão; e dor no abdômen do lado direito.

    Os sintomas da eclâmpsia podem ser dores de cabeça, de estômago e perturbações visuais antes da convulsão; sangramento vaginal; e coma.

    Tratamento

    O principal objetivo do tratamento para quem desenvolve o quadro de pré-eclâmpsia é o controle da pressão arterial. Podem ser usados hipotensores, medicações orais e injetáveis, para conseguir manter a pressão arterial abaixo de 14 por 9.

    Também podem ser indicados: alimentação com baixo consumo de sal e de açúcar; repouso; aumento da ingestão de água; fazer acompanhamento pré-natal mais rigoroso.

  • HU oferece serviços de prevenção à gravidez na adolescência

    HU oferece serviços de prevenção à gravidez na adolescência

    ASemana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência foi instituída pela Lei n.º 13.798/2019 e é realizada anualmente de 1º a 8 de fevereiro. Em 2025, o tema é “Prevenção da gravidez na adolescência, promovendo a saúde e garantindo direitos”. A iniciativa busca conscientizar jovens e suas famílias sobre os impactos da gravidez precoce e promover reflexões sobre escolhas e responsabilidades. Nesse contexto, o Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), oferece, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS),  atendimento especializado para adolescentes, promovendo cuidado integral e ações de educação em saúde.

    A adolescência, fase de transição da infância para a vida adulta, é um período de descobertas e transformações, repleto de emoções, relacionamentos e o despertar da sexualidade, mas também exige atenção. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gravidez na adolescência, especialmente entre meninas de 10 a 15 anos, representa um desafio de saúde pública, com riscos físicos e emocionais.  Dados preliminares do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) indicam que, em 2024, foram registrados 172.857 nascimentos de filhos de meninas entre 8 e 19 anos no Brasil, evidenciando a urgência de ações efetivas para enfrentar essa questão.

    O HUJM-UFMT tem o Ambulatório de Ginecologia Geral, que faz assistência médica ginecológica, consultas, prevenção e tratamento clínico para acolhimento de adolescentes. “Temos também Ambulatório de Anticoncepção, com o objetivo de esclarecer os métodos contraceptivos, prevenção, rotina para iniciar contracepção e informar sobre os dispositivos intrauterinos. Assim, conseguimos fazer a prevenção da gravidez nessa faixa etária”, explica a ginecologista e obstetra do HUJM Giovana Fortunato. Para ser atendida no HUJM, a paciente precisa ir primeiramente até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Posto de Saúde, onde seu cadastro será incluído no sistema de regulação e ela será encaminhado pela Secretaria Municipal de Saúde.

    Além das estatísticas

    A prevenção da gravidez na adolescência é um tema que exige a colaboração de diversos setores da sociedade, incluindo famílias, escolas, profissionais de saúde e o poder público. “A gravidez na adolescência é um grave problema de saúde pública, que traz uma série de impactos físicos, psicológicos e sociais para a vida de meninas e bebês. Para as gestantes, esses impactos vão desde o desenvolvimento de problemas de saúde física e mental até a dificuldade de retomar os estudos e conseguir ingressar no mercado de trabalho. Além disso, a responsabilidade de criar a criança na maioria das vezes fica apenas com a menina e sua família, já que o abandono paterno é frequente nessa situação. É preciso lidar ainda com a questão da autoimagem, porque o corpo muda muito rápido na gestação. Se ela demorou meses ou anos para que o corpo se desenvolvesse, para ter o crescimento das mamas, por exemplo, na gestação essas mudanças acontecem rapidamente. E isso também pode ter um impacto na autoestima, na maneira como a própria menina se enxerga. Trata-se de uma situação que envolve familiares, escola e convívio social”, salienta a especialista.

    Os principais fatores que contribuem para o aumento da gravidez na adolescência estão relacionados a questões sociais e culturais. Muitas vezes, observa-se que mães adolescentes acabam criando futuras mães adolescentes, refletindo a perpetuação de uma cultura e a falta de educação sexual adequada.

    Além disso, complicações de saúde também afetam as adolescentes durante a gestação, como hipertensão arterial crônica, diabetes mellitus gestacional, baixo peso e sífilis. Essas condições podem agravar os desafios enfrentados pelas jovens mães.

    A educação sexual, tanto nas escolas quanto em casa, é uma ferramenta essencial para conscientizar os adolescentes sobre os riscos e responsabilidades relacionados à maternidade precoce. A prevenção deve ser encarada como um esforço coletivo que envolve diálogo aberto, acesso à informação e suporte adequado para jovens e suas famílias.

    Cuidar hoje para transformar o amanhã

    Nesse período, é importante que os adolescentes recebam orientações claras e acolhedoras sobre a importância de prevenir a gravidez precoce, que pode trazer impactos significativos, como interferências nos estudos, dificuldades para alcançar objetivos pessoais e desafios no convívio social. Para isso, o uso de métodos seguros de contracepção é fundamental. “É importante lembrar que a melhor forma de prevenir a gravidez indesejada é a dupla proteção: uso de um método contraceptivo e camisinha. Além disso, o preservativo protege contra infecções sexualmente transmissíveis (IST), que também dispõe da prevenção combinada, um método amplo que inclui abordagens específicas”, afirma a Dra Giovana Fortunato.

    Também é recomendado buscar o acompanhamento de um ginecologista antes de iniciar a vida sexual. Esse profissional pode oferecer orientações personalizadas e tirar todas as dúvidas, ajudando a tomar decisões conscientes e informadas.

    Os adolescentes precisam ter acesso a informações completas e detalhadas sobre os diferentes métodos anticoncepcionais disponíveis. Entre eles, destacam-se as opções reversíveis de longa duração, como o implante subcutâneo de etonogestrel e o DIU hormonal, que são eficazes e discretos. Cabe salientar que estes métodos são eficazes e modernos para o planejamento reprodutivo. O implante libera progesterona por até três anos, sendo seguro e sem riscos de trombose ou ganho de peso, podendo ser utilizado por jovens antes da primeira relação sexual. Já o DIU hormonal, inserido no útero, dura cinco anos, além de prevenir a gravidez, e pode reduzir ou até interromper o fluxo menstrual, mas só pode ser usado por mulheres que já tiveram atividade sexual. Ambos não apresentam risco de trombose.

    “Garantir o acesso à contracepção é vital para a realização dos direitos sexuais e reprodutivos, promovendo a autonomia e a liberdade sem qualquer forma de ameaça ou discriminação. As políticas públicas visam garantir à população a autonomia sobre o exercício da sua sexualidade e de seus processos reprodutivos, decidindo livremente se querem ou não ter filhos, como e quando tê-los. É importante que as equipes de saúde garantam um ambiente de respeito e com informações acessíveis à diversidade de pessoas e grupos sociais”, finaliza a ginecologista e obstetra do HUJM Giovana Fortunato.

    Rede Ebserh

    O HUJM-UFMT faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde novembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

  • Zika: sequestro de gene após infecção causa microcefalia, diz estudo

    Zika: sequestro de gene após infecção causa microcefalia, diz estudo

    Estudo conduzido pela Universidade da Califórnia e publicado no periódico mBio indica que o vírus Zika sequestra uma proteína humana chamada ANKLE2, de suma importância para o desenvolvimento cerebral, para seu próprio benefício. Por esse motivo, em casos de infecção em gestantes, como o Zika é capaz de atravessar a placenta, ele acaba por provocar casos de microcefalia, condição em que o cérebro do bebê se forma de um tamanho menor que o esperado.

    “É uma situação em que o Zika está no lugar errado no momento errado”, destacou a professora do Departamento de Microbiologia, Genética Molecular e Engenharia Química da universidade e principal autora do estudo, Priya Shah. O trabalho demonstra que vírus próximos ao Zika, como o da dengue e o da febre amarela, também sequestram a proteína ANKLE2 para o mesmo propósito. Para os pesquisadores, a descoberta pode abrir caminho para o desenvolvimento de vacinas e outros tipos de tratamento contra os chamados arbovírus.

    Síndrome

    De acordo com o Ministério da Saúde, a síndrome congênita do zika compreende um conjunto de anomalias congênitas que podem incluir alterações visuais, auditivas e neuropsicomotoras que ocorrem em embriões ou fetos expostos à infecção durante a gestação. Tais alterações podem variar quanto à severidade, sendo que, quanto mais cedo a infecção ocorre na gestação, mais graves tendem a ser esses sinais e sintomas.

    A principal forma de transmissão da infecção em mulheres grávidas é pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, mas a transmissão também pode ocorrer por meio de relação sexual com indivíduos infectados ou de transfusão sanguínea, sendo que a última, segundo a pasta, apresenta baixo risco devido à triagem de doadores e testes hematológicos.

    A síndrome foi descoberta em 2015, devido à alteração do padrão de ocorrência de microcefalia em nascidos vivos no Brasil. À época, o evento foi considerado uma emergência em saúde pública de importância nacional e, posteriormente, internacional. Algum tempo depois, constatou-se que os casos de microcefalia, que também cursavam com outras anomalias cerebrais e alterações neurológicas, estavam associados à infecção pelo vírus Zika no período gestacional.

  • Mortalidade materna em Mato Grosso continua elevada, superando a média nacional

    Mortalidade materna em Mato Grosso continua elevada, superando a média nacional

    A mortalidade materna segue como um grande desafio em Mato Grosso, onde os índices permanecem acima da média nacional. Segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), a razão de mortalidade materna (RMM) no estado, em 2023, atingiu 64,9 mortes por 100 mil nascidos vivos, enquanto a média nacional foi de 50,6 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. Mato Grosso ocupa o oitavo lugar no ranking nacional de mortalidade materna.

    Entre 2000 e 2023, foram registrados 888 óbitos de mulheres entre 10 e 49 anos em decorrência de complicações relacionadas à gravidez ou parto. Esses números, publicados em boletim epidemiológico, são baseados em dados do sistema Tabnet/Datasus, do Ministério da Saúde.

    Pela definição da CID-10, a morte materna ocorre durante a gestação ou até 42 dias após o término da gravidez. Em nível nacional, Roraima apresentou a maior taxa de mortalidade materna em 2023, com 122,3 mortes por 100 mil nascidos vivos, enquanto Santa Catarina teve a menor, com 30 mortes por 100 mil nascidos vivos.

    Na região Centro-Oeste, Mato Grosso teve o índice mais elevado, superando os de Mato Grosso do Sul (54,7), Goiás (50,1) e Distrito Federal (36,6).

    Entre 2019 e 2023, Mato Grosso contabilizou 238 mortes maternas. Entre as principais causas diretas estavam complicações como hipertensão (18 mortes), hemorragia pós-parto (17), eclâmpsia (16) e descolamento prematuro de placenta (9). Já as causas indiretas, relacionadas a doenças pré-existentes ou adquiridas durante a gestação, incluem doenças infecciosas e parasitárias, responsáveis por 75 mortes, além de outras enfermidades que levaram a 43 óbitos.

    Isso também é relevante: Mato Grosso registra aumento significativo na mortalidade infantil nos últimos cinco anos

    O boletim também revela que 67,2% das mulheres que morreram eram negras ou pardas, e 47,1% não estavam em união conjugal. Além disso, 21,6% das vítimas tinham baixa escolaridade, com menos de oito anos de estudo.

    A pandemia de Covid-19 trouxe um impacto significativo ao cenário, aumentando o número de mortes maternas, especialmente por causas indiretas. Apesar de uma leve melhora, os números de Mato Grosso ainda estão distantes da meta estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que é de 30 mortes por 100 mil nascidos vivos.

    A SES-MT destaca a necessidade de ações voltadas à investigação e prevenção dos óbitos maternos para melhorar o acesso aos cuidados e reduzir esses índices, uma vez que o compromisso firmado pelo Brasil, através dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, é de reduzir a taxa de mortalidade materna para 30 por 100 mil nascidos vivos.

    Dicas para ter uma gravidez saudável

    Entre 2019 e 2023, Mato Grosso contabilizou 238 mortes maternas.
    Entre 2019 e 2023, Mato Grosso contabilizou 238 mortes maternas. FOTO:PIXABAY

    Ter uma gravidez saudável é fundamental para o bem-estar da mãe e do bebê. Aqui estão algumas dicas importantes:

    1. Inicie o pré-natal cedo

    • Agende consultas com o obstetra logo que descobrir a gravidez. O acompanhamento médico regular ajuda a monitorar o desenvolvimento do bebê e a saúde da mãe.

    2. Mantenha uma alimentação equilibrada

    • Inclua alimentos ricos em nutrientes, como frutas, verduras, legumes, proteínas magras e grãos integrais. Evite alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar ou gorduras trans.
    • Consuma alimentos ricos em ácido fólico, como espinafre, brócolis e lentilhas, para ajudar no desenvolvimento saudável do bebê.

    3. Tome suplementos de vitaminas

    • O médico pode recomendar suplementos de ácido fólico, ferro, cálcio e vitaminas para suprir as necessidades nutricionais da gravidez.

    4. Hidrate-se

    • Beba bastante água ao longo do dia para ajudar na circulação sanguínea e no funcionamento adequado do organismo.

    5. Pratique atividades físicas leves

    • Caminhadas, yoga para gestantes e alongamentos são ótimos para manter o corpo ativo. Converse com o médico antes de iniciar qualquer exercício.

    6. Descanse bastante

    • O descanso adequado é essencial. Tente dormir pelo menos 7 a 9 horas por noite e faça pausas durante o dia, se necessário.

    7. Evite substâncias nocivas

    • Evite fumar, consumir álcool e drogas. Também limite o consumo de cafeína e evite o uso de medicamentos sem orientação médica.

    8. Controle o estresse

    • Técnicas de relaxamento, como meditação, respiração profunda e atividades prazerosas, ajudam a manter o estresse sob controle.

    9. Monitore o ganho de peso

    • Siga as orientações do médico quanto ao ganho de peso saudável para evitar complicações como diabetes gestacional e hipertensão.

    10. Esteja atenta aos sinais de alerta

    • Informe imediatamente o médico se sentir dores fortes, sangramentos, inchaços anormais, febre ou qualquer desconforto fora do comum.

    Seguir essas orientações ajuda a promover uma gravidez tranquila, garantindo o bem-estar da mãe e o desenvolvimento saudável do bebê.

  • Agosto Dourado destaca padrão ouro de qualidade do aleitamento materno

    Agosto Dourado destaca padrão ouro de qualidade do aleitamento materno

    Instituído no Brasil pela Lei 13.435/2017, agosto é o Mês do Aleitamento Materno, quando são intensificadas ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância da amamentação. O mês é conhecido como Agosto Dourado, já que esta cor destaca o padrão ouro de qualidade do leite materno.

    Em entrevista à Agência Brasil, a pediatra Eucilene Kassya Barros, professora do Instituto de Educação Médica (Idomed), disse que são inúmeros os benefícios da amamentação para mães e bebês. O leite que a mãe produz é o alimento que tem todos os nutrientes específicos para cada necessidade do filho, ao mesmo tempo que estimula o desenvolvimento do sistema imunológico dos pequenos.

    “Os bebês que mamam costumam passar menos tempo no hospital quando adoecem. São bebês que têm menos resfriados no primeiro ano de vida, menos quadros diarreicos nos primeiros dois anos de vida, menos risco de obesidade e de diabetes médias”. Para as mães, os benefícios da amamentação vão da redução de peso mais rápida no pós-parto á diminuição dos riscos de diabetes tipo 2 e  de câncer de mama e de ovário. “Temos aí benefícios para ambas as partes”, afirmou Eucilene.

    O leite materno evita doenças, porque contém imunoglobulina A, proteína que age na proteção das mucosas do sistema respiratório do bebê, evitando a progressão de infecções, além de reduzir a exposição e a absorção intestinal de alergênicos responsáveis pelas doenças respiratórias. Segundo a pediatra, a amamentação prolongada acima de seis meses, pode trazer ainda mais benefícios.

    Internações

    De acordo com dados do Ministério da Saúde, a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida reduz em até 63% as internações hospitalares por doenças respiratórias, como pneumonia, bronquiolite e gripes. “Nos primeiros dias do pós-parto, a mãe produz o leite in natura, que nós chamamos colostro, que é rico em imunoglobulina e protege o bebê contra inúmeras doenças, ao longo de toda a vida. Nos quadros respiratórios, isso tem papel fundamental”, acrescentou Eucilene.

    O aleitamento materno protege do risco de morte principalmente nos primeiros 5 anos de vida, período em que o risco costuma ser maior, independentemente de a criança ter comorbidades, ou não. “O leite materno reduz esse risco, exatamente por ser um alimento padrão ouro.”

    A pediatra advertiu que, nos primeiros dias, a mãe pode ficar com o mamilo um pouco mais sensível, em função da mudança hormonal que a mulher passa. Por isso, é importante uma orientação adequada para se avalie a “pega” do bebê, se ele não tem um frênulo curto na língua que precise ser abordado para que não machuque nem faça fissura na auréola e a mãe consiga amamentar sem dor nos primeiros dias.

    Uso de silicone

    A pediatra afirmou que, não há impedimentos para a amamentação em uma mulher que tem prótese de silicone ou que precisou fazer uma cirurgia de redução mamária. “Ela pode amamentar. Hoje em dia, as cirurgias são feitas já pensando nisso, são minimamente invasivas. No caso do silicone, não tem maiores problemas. No caso da redução de mama, os médicos se preocupam em proteger a maior parte do tecido mamário para, realmente, fazer com que isso não prejudique a amamentação de forma alguma”.

    Eucilene ressaltou, no entanto, que essa mulher precisará ser acompanhada porque não é tão raro, nos dois casos, ter que complementar a alimentação da criança, por conta de alguma dificuldade na produção de leite. “Pode haver essa necessidade.”

    O cirurgião plástico Fernando Amato, especialista em reconstrução mamária e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), também não vê problema para a mulher com silicone amamentar. “Normalmente não interfere”, disse Amato, explicando que o implante fica abaixo da glândula ou até embaixo da musculatura peitoral e, durante a colocação, quase não ocorre trauma na glândula mamária.

    Aleitamento prolongado

    Eucilene Barros defendeu a importância do aleitamento materno prolongado, mesmo após a introdução de outros alimentos na dieta da criança. Segundo a pediatra, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera ideal um período de dois anos, ou mais, de amamentação. “Esta é a recomendação para todas as mães.”

    Conhecer os benefícios do aleitamento materno para as mães e as crianças é importante para a mãe e a criança. Este ano, o tema da campanha da Semana Mundial do Aleitamento Materno, que vai de 1º a 7 de agosto, é “Possibilitando a amamentação: fazendo a diferença para mães e pais que trabalham”.

    Os primeiros meses de vida são muito importantes, mas a médica e professora do Idomed destacou que é preciso apoiar as mulheres que trabalham fora para que consigam persistir no aleitamento nos dois primeiros anos, como recomenda a OMS. É importante que a mulher que amamenta, tanto nesse começo quanto depois dos 6 meses, tenha uma rede de apoio que possa, de fato, garantir que mantenha o propósito de continuar amamentando, acrescentou.

    Saúde óssea

    O médico reumatologista Felipe Grizzo, membro da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso), destacou que, apesar de a amamentação exclusiva causar uma perda óssea temporária na mulher, estudos sinalizam que ocorre uma recuperação completa após o desmame. Pesquisas não encontraram também aumento no risco de osteoporose pós-menopausa relacionado à gestação ou lactação.

    Grizzo enfatizou que o aleitamento materno não traz malefícios para a saúde óssea da mãe. Embora cada caso deva ser analisado individualmente, o reumatologista explicou que não há, em geral, contraindicações para a amamentação, por causa de problemas osteometabólicos. “Fraturas durante a amamentação são extremamente raras e geralmente estão associadas a condições de saúde pré existentes”. A recomendação é que, durante o pré-natal, as gestantes sejam avaliadas individualmente para identificação de condições de risco para fraturas durante a amamentação e implementação das medidas protetivas necessárias.

    O reumatologista lembra que durante a gestação, ocorre uma mobilização significativa de cálcio pela mulher para a formação do esqueleto do feto, o que eleva a absorção intestinal desse mineral nesse período, comparado à fase anterior à gravidez. Para prevenir a perda óssea, indicou ser essencial garantir a ingestão adequada de cálcio ou a suplementação durante o segundo e o terceiro trimestre de gestação. O especialista esclareceu ainda que durante a lactação, a absorção intestinal do cálcio da mãe retorna aos níveis pré-gestacionais.

    No caso de gravidez na adolescência, a gestação ocorre durante o período de pico de massa óssea, o que levanta questionamentos sobre o impacto tardio no esqueleto materno. Contudo, estudos realizados não demonstraram aumento da osteoporose na pós-menopausa nessas mulheres, informou o reumatologista.

    Edição: Nádia Franco

  • Quais são os sucos que grávida não pode tomar? Se informe agora

    Quais são os sucos que grávida não pode tomar? Se informe agora

    Hoje em dia, não está errado as pessoas procurarem se informar da melhor maneira possível e a mais correta também. Isso, muita das vezes, se deve ao fato que que as pessoas, de um modo geral, se preocupam com a sua saúde. De igual modo, não é diferente com as nossas grávidas. Por isso, será que existe algum tipo de suco ao qual a mulher não pode tomar quando estiver gestante? Se sim, quais são e porque não se deve tomar?

    Pensando em melhor deixar você que nos acompanha sempre, informado sobre os assuntos mais pesquisados. Hoje, 7 de setembro, iremos falar de um assunto que vem tomando os lugares de pesquisa nos meios de comunicação.

    Desta maneira, gostaríamos desde já pedir para que você, caro leitor, continuar nos acompanhando, para que, de fato, possa saber tudo a respeito deste assunto.

    Leia mais: Suco de abacaxi com hortelã serve para que? Veja em minutos e acrescente na sua rotina

    Quais são os sucos que grávida não pode tomar? Se informe agora
    Quais são os sucos que grávida não pode tomar? Se informe agora – freepik

    Existe algum tipo de restrição de suco que a grávida não pode tomar?

    Bom, a temática de hoje é um pouco complexa e tem muitas histórias por cima dela. Isso porque, não é difícil escutarmos diversas opiniões por ai sobre os mais diferentes assuntos, contendo as mais diversas soluções.

    Já no quando se trata de um assunto como esse, sobre o que uma mulher grávida pode ou não tomar, a gente se preocupou em trazer a informação mais correta sobre o assunto.

    Sendo assim, dentre tantas coisas que uma mulher gestante tem como restrições, o suco, não entra como algo restritivo na dieta das futuras mamães.

    No entanto as recomendações são de que sejam evitados sucos em conserva, contendo conservantes em sua composição. Como são o caso, por exemplo, dos sucos de caixinha, os de pacotinhos, os sucos concentrados, dentre outros tipos.

    Desta maneira, a única restrição quanto a sucos numa dieta de uma mulher grávida, se dá apenas para todo suco não natural. Ou seja, é preferível que se tome sucos preparados direto da fruta, os famosos sucos naturais. Portanto, para que se mantenha uma boa saúde tanto da mãe como da criança, é necessário seguir sempre a orientação de uma nutricionista e dos médicos especializados.

    Dito isto, esperamos que tenhamos ajudado você a se manter ainda mais informado sobre os assuntos do momento. Esperamos você na próxima matéria em nosso blog e até breve.

    Continue aqui: Suco da casca do abacaxi, quais benefícios para a saúde? Aproveite todas as qualidades

  • Gestante pode tomar chá de camomila? Não coloque sua gravidez em risco

    Gestante pode tomar chá de camomila? Não coloque sua gravidez em risco

    O que será que tem haver uma gestante tomar ou não chá de camomila, será que este tipo de chá pode trazer algum risco para a mãe ou o bebê ? Pensando em desmistificar e trazer alguns assuntos do dia-a-dia para você que nos acompanha, hoje, dia 23 de agosto, falaremos sobre este assunto.

    É fato que, quando uma mulher se encontra numa gravidez, seja normal ou de risco, muita são as orientações do que ela deve ou não fazer a respeito. Vendo essa necessidade de informar as pessoas sobre a importância de se ter uma boa orientação a respeito deste e outros assuntos, convidamos você para ficar conosco e nos acompanhar.

    Leia mais: Rouquidão: quais podem ser os principais motivos e como tratar?

    gestante pode tomar chá de camomila? não coloque sua gravidez em risco
    gestante pode tomar chá de camomila? não coloque sua gravidez em risco – freepik

    Chá de camomila faz mal para gestante?

    Muito são os boatos que surgem quando uma mulher está gravida. Mas fique atento, pois nem tudo o que escutamos pode de fato trazer a verdade em si. Pensando nisso, hoje, falaremos sobre esse assunto que foi mais um de tantos que está se tornando uma das coisas mais pesquisadas e procuradas por quem está grávida.

    Afinal de contas, o chá de camomila é um chá que faz bem a saúde. Pois ele possui substâncias  ansiolíticas, é calmante, induz ao sono, tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes e, além de tudo, acalma e relaxa o nosso corpo.

    Contudo, se o chá de camomila é um chá que faz mais bem do que mal, por que surgiu essa preocupação com a ingestão do mesmo por parte das gestantes?

    Essa preocupação se deve ao fato de que, caso uma gestante venha a tomar muito chá de camomila, isso pode, sim, dar um certo problema, mas nada grave. Entretanto, tudo em excesso faz mal, até mesmo a água, não é mesmo?

    Pois bem, o chá de camomila, diferente de alguns outros chás, não trás nenhum risco abortivo. Por exemplo, alguns chás como os feitos de canela e de cravo da índia não são recomendados. Desta maneira, o chá de camomila tem propriedades que ajudam a gestante contra o enjoo, nervosismo, ansiedade e estresse.

    Desta maneira, gostaríamos de agradecer pela sua companhia e esperamos que tenha entendido um pouco mais sobre este assunto que vem surgindo em nosso meio. Obrigado pela sua leitura e mostre este artigo para mais pessoas! Caso queira mais conteúdo, acesse nosso blog.

    Continue lendo: Como é a doença do macaco? Fique por dentro das atualizações

  • Senado aprova redução na idade mínima para laqueadura

    Senado aprova redução na idade mínima para laqueadura

    O Senado aprovou hoje (10) o projeto de lei (PL) 1.941/2022 que reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para a que a mulher opte pela esterilização voluntária (laqueadura). Além disso, o texto retira a obrigatoriedade do consentimento expresso dos cônjuges para realização da esterilização. O projeto teve origem na Câmara dos Deputados e agora segue para sanção presidencial.

    O projeto torna obrigatória a disponibilização de quaisquer métodos e técnicas de contracepção previstas em lei, reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para a realização de esterilização voluntária em mulheres e homens, com capacidade civil plena; além de permitir a laqueadura da mulher durante o período do parto.

    O texto aprovado hoje derruba a obrigatoriedade de autorização expressa do cônjuge para esterilização que estava prevista em lei de 1996. “Reconhecemos que facilitar o acesso da população aos métodos contraceptivos é uma forma de garantir os direitos à vida, à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão; ao trabalho e à educação”, disse a relatora do projeto, senadora Nilda Gondim (MDB-PB), em seu parecer.

    O senador Guaracy Silveira (Avante-TO) ainda protestou contra o fim da autorização obrigatória do cônjuge, mas o artigo que revoga a previsão legal de 1996 foi mantido.

    Presidente da sessão hoje, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) destacou o avanço na legislação para equiparar a mulher ao homem nos direitos conquistados.

    “A história das mulheres no Brasil tem evoluído. Há um tempo, a mulher precisava de autorização do marido para votar, ser votada, para abrir uma empresa, para ir na universidade. E hoje precisa da autorização para fazer uma laqueadura. É inimaginável que, em pleno século 21, ainda tenhamos uma legislação dessa natureza. Isso [o projeto aprovado] é um avanço para as mulheres do Brasil”.

    Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o uso adequado de métodos anticoncepcionais contribui para a prevenção dos riscos à saúde relacionados à gravidez indesejada, sobretudo em adolescentes. Além disso, a OMS afirma que tais métodos contribuem ainda para a redução da mortalidade infantil, e, do ponto de vista socioeconômico, também contribui para um crescimento populacional sustentável.

  • Clamídia na gravidez: riscos e tratamentos

    Clamídia na gravidez: riscos e tratamentos

    Quais são os riscos da clamídia na gravidez? A infecção por clamídia é uma doença sexualmente transmissível (DST) que pode infectar homens e mulheres. É uma infecção bacteriana transmitida através da relação sexual, geralmente assintomática.

    Os danos que pode causar podem ser graves e permanentes no sistema reprodutor feminino, causando até uma gravidez ectópica (fora do útero) ou impossibilitando uma gravidez; Mas o que acontece se formos infectados durante a gravidez?

    Nesse caso, a clamídia pode causar infecções no líquido amniótico e no próprio saco, ruptura prematura da membrana ou parto prematuro .

    Além disso, também produz endometriose (inflamação do endométrio, a camada que reveste o interior do útero). Por isso, a prevenção é o melhor tratamento e, se estiver grávida, deve ficar alerta.

    Como a clamídia afeta o bebê em caso de infecção durante a gravidez?

    A infecção por clamídia é bastante comum e, felizmente, é facilmente curável, embora às vezes seja diagnosticada muito tempo depois de infectada. É, neste caso, que encontramos mais problemas, já que se não for detectado a tempo, o bebê pode nascer prematuro .

    Isso ocorre porque as bactérias podem passar para o líquido amniótico e romper as membranas que o cercam. Além disso, também pode causar, como explica o médico, que o bebê da mulher infectada tenha baixo peso ao nascer .

    São problemas que se desenvolvem antes do momento do parto, mas também é uma doença que pode ser transmitida da mãe para o recém-nascido nesse momento, produzindo, sobretudo, uma infecção nos olhos que pode se tornar muito grave e, ocasionalmente, , também pode causar uma infecção nos pulmões , causando pneumonia no bebê. Após o parto, a clamídia pode causar uma infecção uterina com consequências graves, não para a criança, mas para a saúde da mãe .

    Sintomas para detectar clamídia a tempo

    No caso de uma gravidez, quando as secreções vaginais se alteram devido ao próprio estado da gravidez, a pergunta sobre os sintomas é lógica. No entanto, o médico diz-nos que, na maioria dos casos, não há sintomas . Além disso, grande parte das mulheres não precisa saber que está infectada há algum tempo.

    Por isso, muitos dos protocolos de acompanhamento da gravidez preconizam a realização de um estudo no primeiro e terceiro trimestres para detectar a possível presença de clamídia em gestantes de risco, como as menores de 25 anos neste caso, as que têm teve uma mudança recente de parceiro ou múltiplos parceiros sexuais. Dessa forma, a infecção é detectada a tempo e pode ser tratada, mesmo antes que qualquer um dos sintomas apareça. Sintomas difíceis de detectar, mas aos quais devemos estar atentos, como:

    • Dor ao fazer sexo.
    • Dor ou ardor ao urinar.
    • Corrimento vaginal amarelo e fétido.
    • Sangramento vaginal após a relação sexual .
    • Se o parceiro tiver testículos inchados e sensíveis ou uma descarga anormal do pênis.
    • Dor de garganta intensa e persistente, um sintoma raro, mas que também pode aparecer.

    Pode ser evitado? Que tratamentos tenho para que não afete o meu bebê?

    Além do tratamento com antibióticos, explica o médico, que deve ser sempre tomado pela mãe infectada e que será prescrito pelo seu ginecologista, é conveniente tomar outra série de medidas para prevenir uma nova infecção antes de estar totalmente curada ”. Alguns deles podem ser que o casal também faça tratamento e garanta que eles estejam completamente curados, ou que não tenham relações sexuais até que tenham passado pelo menos duas semanas desde o final do tratamento. Outro meio que pode nos ajudar é o uso do preservativo, para evitar um novo contágio.

    Em todo o caso, assegura-nos o médico, o tratamento na gravidez é eficaz e é feito com antibióticos, tendo sempre em conta a situação da mãe e do bebê . Se a infecção for detectada precocemente e a infecção for descartada ou tratada o mais rápido possível, podemos evitar o contágio para o bebê.

    Além disso, hoje, para prevenir a infecção nos olhos do bebê durante o parto, os recém-nascidos recebem uma pomada antibiótica assim que dão à luz, seja o parto vaginal ou por cesariana.

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