Tag: grãos

  • Produtores rurais de todo o país se reúnem em MT para o início do plantio da soja no Brasil

    Produtores rurais de todo o país se reúnem em MT para o início do plantio da soja no Brasil

    Foi dada a largada e as plantadeiras já estão a todo vapor no trabalho para a safra 23/24 de soja. O evento que marcou a Abertura Nacional do Plantio, na 12ª temporada do Soja Brasil, foi realizado em Jaciara (142 km de Cuiabá), na fazenda Aymoré, nessa sexta-feira (29).

    Essa foi a segunda vez que Mato Grosso recebeu o evento, já tendo sido o anfitrião na primeira edição. Fernando Cadore, presidente da Aprosoja-MT (Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), comentou que esse é um evento simbólico para o início da semeadura da cultura da soja no Brasil.

    “Isso representa o início de um novo ciclo, que se inicia no plantio, com muito investimento, muito trabalho por parte do produtor e todos esperam que o resultado chegue na colheita. É de uma importância simbólica porque se deposita esperança no que será feito, nas tecnologias”, disse Cadore.

    Proprietário da fazenda Aymoré e associado da Aprosoja-MT, Jorge Giacomelli, avaliou que o evento coloca Jaciara no mapa brasileiro da soja, mostrando o potencial da terra para a produção de grãos.

     

    “Aqui é uma região privilegiada por Deus, a cidade tem clima excelente, solos férteis, um povo trabalhador, belezas naturais incríveis. Nós, da fazenda Aymoré, ficamos muito felizes de receber vocês aqui, mostrando o nosso município, o nosso trabalho para o país”, agradeceu Giacomelli.

    A importância de Mato Grosso para o agronegócio foi reforçada pelo vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, que lembrou que o Estado é consolidado como o maior produtor de soja mundial e garantiu que a Aprosoja-MT apoiará o produtor nessa nova safra.

    “Estamos muito felizes em receber os representantes de outros estados aqui em nossa casa, nós também que já prestigiamos o evento em outras edições e localidades. Claro que continuaremos com o nosso trabalho fora da porteira, dando o suporte necessário ao produtor rural, que realiza devidamente a sua atividade porteira adentro”, afirmou.

    evento plantio de soja jaciara

    Assim como a Aprosoja-MT, representantes de Associação de  outros estados estiveram em Jaciara para prestigiar o evento. Ireneu Orth, vice-presidente da Aprosoja do Rio Grande do Sul, destacou que o momento não é apenas a comemoração do plantio, mas também a oportunidade de trocar experiências e expor o agronegócio para uma população que não conhece essa atividade.

    “A soja é a maior commoditie do país, logo, é importante fazermos esse evento para comemorar o início do plantio, em todo o país. Através de iniciativas como essa conseguimos chegar nas pessoas de grandes centros, grandes cidades e conseguimos mostrar a importância da agricultura brasileira, especialmente, a soja”, salientou.

     

    O evento foi organizado pela Aprosoja Brasil, representada pelo presidente Antônio Galvan, e o Canal Rural, com parceira local da Aprosoja-MT e teve também o momento de discussão sobre o “Desafio da armazenagem de grãos” e o “Mercado de Soja”.

    A abertura do plantio foi prestigiada também pela prefeita de Jaciara, Andréia Wagner, e o deputado estadual Max Russi, além de vereadores e representantes das entidades sindicais.

  • Produção de grãos deve ter alta de 15% na temporada 2022-23

    Produção de grãos deve ter alta de 15% na temporada 2022-23

    A produção de grãos no Brasil no ciclo 2022/23 está estimada em 312,5 milhões de toneladas, acréscimo de 40,1 milhões de toneladas quando comparada com o período 2021/22. A alta é de 15%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Nesta quinta-feira (13), o órgão divulgou, em Brasília, o 7º Levantamento da Safra de Grãos, momento em que os produtores entram na fase final da colheita das culturas de primeira safra. Em relação à área plantada, a Conab espera um crescimento de 3,3%, com a incorporação de 2,5 milhões de hectares, chegando a 77 milhões de hectares utilizados.

    “O bom desempenho é explicado não só pelo aumento de área, como também pela melhoria da produtividade de culturas como soja, milho, algodão, girassol, mamona e sorgo. No entanto, o resultado consolidado ainda depende do comportamento climático, fator preponderante para o desenvolvimento das culturas de segunda e terceira safras”, explicou a Conab.

    A soja ainda é o produto com maior volume colhido no país, com uma produção estimada em 153,6 milhões de toneladas. Segundo a companhia, com o progresso da colheita em 78,2%, a boa produtividade nas lavouras segue sendo confirmada e está estimada em 3.527 quilos por hectare.

    Milho

    Para o milho, a Conab também aponta um aumento tanto em área como em produção. O cultivo do cereal é feito em cerca de 21,97 milhões de hectares pelo país, acréscimo de 1,8%, com aumento para a área semeada na segunda safra e redução na primeira. Já a colheita total do grão está calculada em 124,88 milhões de toneladas, influenciada pelo aumento da produção em 8,8% na primeira safra e 11% na segunda, podendo chegar a 27,24 milhões de toneladas e 95,32 milhões de toneladas, respectivamente.

    “Outro produto que apresenta crescimento é o sorgo, influenciado pela perda da janela ideal de plantio do milho em algumas regiões produtoras e por ser um produto mais resistente à estiagem”, explicou a Conab. A produção do grão pode ultrapassar 3,7 milhões de toneladas nesta safra.

    Já para o arroz, a produção caiu e é estimada em 9,94 milhões de toneladas. “O menor volume produzido é explicado pela queda na área destinada ao produto, aliada às condições climáticas adversas registradas no desenvolvimento da cultura, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão”, afirmou a companhia.

    Houve queda também na área total semeada de feijão, estimada em 2,76 milhões de hectares. Somando as três safras, a produção do grão deve ficar em 2,95 milhões de toneladas.

    Comércio

    Neste levantamento, houve aumento das projeções de exportação de soja da safra 2022/23, que deve atingir  94,35 milhões de toneladas. Da mesma forma, a Conab também alterou os cálculos de consumo interno para o óleo de soja, que passaram de 9,15 milhões de toneladas para 8,29 milhões de toneladas.

    Segundo o órgão, as reduções são explicadas pela menor demanda doméstica após a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de aumento do percentual de biodiesel ao diesel de 10% para 12%, e não para 15% como utilizado nas estimativas anteriores.

    Com a queda, as expectativas para a exportação de óleo subiram para 2,6 milhões de toneladas. “A alta é motivada pela maior venda do produto para o mercado externo no primeiro trimestre de 2023, com elevação de 42,74% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Este aumento é motivado pela quebra da safra da oleaginosa na Argentina. A menor colheita pelos agricultores argentinos também deve influenciar nos embarques de farelo de soja para o mercado externo, podendo chegar a 20,74 milhões de toneladas”, explicou a Conab.

    Os boletins das safras de grãos estão disponíveis no site da Conab.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Entidade defende fomento para reduzir déficit de armazenamento para a produção mato-grossense

    Entidade defende fomento para reduzir déficit de armazenamento para a produção mato-grossense

    Um dos graves problemas encontrados nas pequenas e médias propriedades rurais de Mato Grosso é a falta de local para armazenamento da produção de grãos. O estado é o maior produtor de soja e milho do país e tem dificuldade para estocar a produção a cada safra.

    Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que o déficit de armazenagem do estado permanece em patamar próximo a metade de tudo aquilo que é produzido.

    Por isso, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) protocolou junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAP) contribuições para o Plano Agrícola Pecuário PAP 2023/2024. Entre elas estão o direcionamento de recursos para o Programa de Construção de Armazéns (PCA), e volume total para custeio, comercialização e industrialização na ordem de R$ 450 bilhões.

    Na sugestão encaminhada, a Aprosoja indicou um montante de 5 bilhões para armazenagem, limitados a 15 milhões por tomadores de pequeno e médio porte, à taxa de 5% a.a. Um valor de R$ 25 milhões seria para tomadores de maior capacidade, à taxa de 7,5% a.a. A limitação consolida o cumprimento dos objetivos do PCA, especialmente de atender pequenos e médios produtores na construção de armazéns até 6 mil toneladas nas propriedades rurais, de modo que não ocorra concentração de financiamento ao longo do tempo em um grupo reduzido de empresas de grande porte.

    Segurança alimentar

    O presidente da Aprosoja, Fernando Cadore, entende que com a medida se ampliará o alcance do Plano de Construção de Armazéns e com a pulverização do acesso ao crédito atenderá um contingente maior de produtores. “É fundamental que o governo adote mecanismos para elevar os níveis de estocagem dentro das propriedades rurais, a situação atual representa séria ameaça à segurança alimentar e ao abastecimento do País”, enfatiza Cadore.

    Estratégias como a de participação do Tesouro Nacional na constituição de fundos multimercados, com finalidade específica de financiamento agropecuário, devem ser estudadas para ampliação do impacto positivo dos recursos públicos nas políticas agrícolas nacionais. A desburocratização, noutra ponta, independente da estratégia de governo, deve ser perseguida diuturnamente.

    As medidas sugeridas pela entidade ao MAP buscam ampliar a eficácia da ação governamental contida no Plano Safra, que deverá ser lançado no final de junho para vigorar entre julho/23 a junho/24. “Planejamento e direcionamentos dados ao próximo Plano Agrícola serão fundamentais para enfrentamento dos desafios ligados à produção de alimentos no país”, conclui Cadore.

  • IBGE projeta safra recorde de 293,6 milhões de toneladas para 2023

    IBGE projeta safra recorde de 293,6 milhões de toneladas para 2023

    A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve alcançar a marca de 293,6 milhões de toneladas em 2023, uma projeção recorde da série histórica, iniciada em 1975. O previsão é 1,9% maior do que a feita no primeiro prognóstico, divulgado no mês passado. Na comparação com 2022, cuja safra deve ficar em 262,7 milhões de toneladas, segundo a previsão de novembro, o aumento projetado é de 11,8%.

    Os dados são do segundo prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O gerente da pesquisa, Carlos Barradas, explica que o aumento de 5,5 milhões de toneladas em relação ao primeiro prognóstico ocorreu devido à entrada de informações de campo.

    “Em 2022, a safra da soja foi drasticamente reduzida devido à falta de chuvas, sobretudo na Região Sul. Para a safra 2023, até o momento, as condições climáticas estão favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, o que deve permitir uma recuperação na produção. A safra de 2023 deve ser novo recorde da série histórica do IBGE.”

    De acordo com ele, deve haver uma supersafra de soja em 2023, com 146,4 milhões de toneladas, 22,5% a mais do que o registrado este ano. Para o milho, o aumento deve ser de 5,1%, chegando a 115,8 milhões de toneladas no próximo ano.

    Safra 2022

    A nova previsão do IBGE é que a safra deste ano chegue a 262,7 milhões de toneladas, um aumento de 3,7% em relação aos 253,2 milhões de toneladas de 2021. A área a ser colhida cresceu 6,8% frente ao ano passado, com 73,2 milhões de hectares. Os principais produtos são o arroz, o milho e a soja, que somam 91,5% da estimativa da produção e 87% da área a ser colhida.

    Por região, houve aumento na estimativa para o Centro-Oeste (12,2%), Norte (10,3%), Sudeste (13,3%) e Nordeste (10,3%), enquanto no Sul a produção de 2022 de cereais, leguminosas e oleaginosas deve cair 15,2%. O Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com participação de 30,7% da safra brasileira, seguido pelo Paraná (12,7%), Goiás (10,4%), Rio Grande do Sul (9,8%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Minas Gerais (6,5%). Somados, estes estados representaram 78,5% da produção nacional.

    Na comparação anual, a estimativa do IBGE indica aumento de 10,2% na área do milho, de 17,9% na do algodão herbáceo (em caroço), de 4,8% na da soja, de 11,8% na do trigo e queda de 3,2% na área do arroz. Em produção, as altas são de 15,2% para o algodão herbáceo (em caroço), 22,3% para o trigo e 25,5% para o milho. A soja teve queda de 11,4% e o arroz em casca de 8,2%.

    Em relação à previsão de outubro, a estimativa é de aumento na produção da batata-inglesa segunda safra (4,3% ou 53.076 toneladas), da cana-de-açúcar (4,1% ou 24.568.533 t), feijão segunda safra (2,8% ou 37.207 t), sorgo (2,0% ou 57.045 t), tomate (1,1% ou 43.078 t), feijão terceira safra (0,2% ou 1.222 t), milho primeira safra (0,2% ou 40.443 t) e soja (0,1% ou 78.405 t).

    A previsão é de queda da cevada (-6,7% ou -35.834 t), na batata-inglesa terceira safra (-1,5% ou -16.400 t) e primeira safra (-0,3% ou -4.892 t), feijão primeira safra (-0,7% ou -7.760 t), milho segunda safra (-0,3% ou -258.965 t), e), trigo (-0,2% ou -22.781 t) e da aveia (-0,0% ou -280 t).

    Edição: Lílian Beraldo

  • IBGE prevê safra de 253,2 milhões para o próximo ano

    IBGE prevê safra de 253,2 milhões para o próximo ano

    A produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas para 2021 deve atingir 253,2 milhões de toneladas, uma alta de 0,5% em relação a 2020, o que equilvale a 1,248 milhão de toneladas. É o que prevê a primeira estimativa da produção nacional, divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Segundo o instituto, a previsão de aumento ocorre principalmente na produção da soja, com crescimento de 4,6% ou 5,6 milhões de toneladas, e do milho primeira safra, que deve subir 1,7% ou 445 mil toneladas. Por outro lado, deve ocorrer declínios da produção do milho segunda safra (-5,4% ou 4 milhões de toneladas), do arroz (-2,4% ou 260, 5 mil toneladas), do algodão herbáceo (-11,9% ou 837,9 mil toneladas), do feijão primeira safra (-2,2% ou 28,5 mil toneladas), do feijão segunda safra (-4,5% ou 45,4 mil toneladas) e do feijão terceira safra (-6,5% ou 38,6 mil toneladas).

    Sobre a área plantada prevista, o IBGE indica que cresceram a soja em grão (1,2%), o milho em grão primeira safra (1,7%) e o milho em grão segunda safra (1,0%). Devem ocorrer variações negativas nas áreas do algodão herbáceo em caroço (-8,6%), do arroz em casca (-1,1%), do feijão primeira safra (-0,3%), do feijão segunda safra (-3,1%) e do feijão terceira safra (-4,9%).

    Safra 2020

    A estimativa de outubro para a safra de 2020 alcançou 252 milhões de toneladas, o que é 4,4% superior à de 2019, quando foram produzidas 241,5 milhões de toneladas. A soja terá produção de 121,5 milhões de toneladas, o milho de 100,9 milhões de toneladas, sendo 26,6 milhões de toneladas na primeira safra e 74,2 milhões de toneladas na segunda. O arroz teve uma produção de 11,1 milhões de toneladas e, o algodão, de 7,1 milhões de toneladas.

    A área a ser colhida em 2020 ficou em 65,3 milhões de hectares, aumento de 2,1 milhões de hectares frente a 2019, ou 3,3%. Os principais produtos são o arroz, o milho e a soja, que somam 92,6% da estimativa da produção e 87,1% da área a ser colhida.Na comparação com 2019, houve acréscimos este ano de 3,5% na área do milho, sendo 2,8% na primeira safra e de 3,8% na segunda; a área da soja cresceu 3,5% e a de algodão herbáceo aumentou 0,1%, enquanto o arroz apresentou queda de 1,1%. Na produção, houve altas de 7,1% para a soja, de 7,8% para o arroz, de 2,5% no algodão herbáceo e de 0,3% para o milho, sendo aumento de 2,5% na primeira safra e queda de 0,5% na segunda.

    Na comparação com setembro de 2020, houve aumentos nas estimativas da produção do milho primeria safra (0,5%), do milho segunda safra (0,4%), do feijão primeira safra (0,2%) e da soja (0,1%). O IBGE registrou queda na comparação mensal na produção do algodão herbáceo (-0,2%), do feijão terceira safra (-0,6%), do feijão segunda safra (-1,6%), da uva (-3,2%, da cevada (-5,8%), do trigo (-6,3%) e da aveia (-9,5%).

    Entre os estados, Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com 28,9% do total, seguido pelo Paraná (16,0%), Rio Grande do Sul (10,5%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,0%) e Minas Gerais (6,3%). Por região, o Centro-Oeste concentra 47,5% da produção (119,8 milhões de toneladas), o Sul 29,1% (73,3 milhões de toneladas), o Sudeste 10,1% (25,6 milhões de toneladas), o Nordeste 8,9% ( 22,4 milhões de toneladas) e o Norte tem 4,4% (11 milhões de toneladas).