Tag: grãos

  • Fretes rodoviários de grãos em Mato Grosso caem com alta oferta de caminhões

    Fretes rodoviários de grãos em Mato Grosso caem com alta oferta de caminhões

    Na última semana, o mercado de fretes rodoviários para o transporte de grãos em Mato Grosso apresentou recuo nas cotações para a maioria das rotas. A combinação de uma oferta elevada de caminhões disponíveis e uma demanda reduzida por transportes resultou em quedas nos preços, afetando diretamente as rotas mais importantes da região.

    De acordo com o levantamento, as rotas entre Canarana (MT) e Colinas do Tocantins (TO) e de Campo Novo do Parecis (MT) para Paranaguá (PR) registraram as maiores retrações. O frete entre Canarana e Colinas do Tocantins caiu 6,88%, com o valor médio chegando a R$ 261,91 por tonelada. Já o trecho de Campo Novo do Parecis para o porto de Paranaguá, rota estratégica para exportação, registrou queda de 2,33%, com o preço médio cotado em R$ 420,00 por tonelada.

    Esse cenário de retração reflete o atual desequilíbrio entre oferta e demanda no setor de transportes rodoviários de grãos em Mato Grosso. Com um número elevado de caminhões competindo por menos pedidos de fretes, a tendência é de que os preços continuem pressionados para baixo até que o volume de carga volte a crescer, especialmente com a proximidade das safras de soja e milho.

  • Preço do milho em Mato Grosso registra alta de 7,09% em setembro

    Preço do milho em Mato Grosso registra alta de 7,09% em setembro

    Na semana de 16 a 20 de setembro, o preço do milho disponível em Mato Grosso atingiu uma média de R$ 41,52 por saca, representando um aumento de 7,09% em relação ao mesmo período do mês anterior. O levantamento foi feito pelo IMEA (Insituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) Esse aumento foi sustentado pela demanda aquecida no estado e pela estabilidade do dólar, fatores que mantiveram os preços elevados.

    Além disso, a oferta reduzida de milho na safra 2023/24 em comparação ao ciclo anterior de 2022/23 contribuiu para um incremento ainda mais significativo. Quando comparado à mesma semana do ano passado, o preço do milho disponível teve uma alta de 16,04%, evidenciando os impactos da menor disponibilidade do grão no mercado local.

    O cenário atual reflete a dinâmica entre oferta e demanda em Mato Grosso, com os compradores buscando garantir estoques em um ambiente de preços mais elevados e produção reduzida. A expectativa é de que o mercado continue pressionado nas próximas semanas.

  • G20 em Mato Grosso: Ministro clama por compromisso global contra as mudanças climáticas

    G20 em Mato Grosso: Ministro clama por compromisso global contra as mudanças climáticas

    Em meio às discussões sobre a adaptação às mudanças climáticas no âmbito do G20, que se reúne em Mato Grosso entre os dias 10 e 14 de setembro, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, fez um apelo urgente às lideranças globais para que se comprometam com a causa ambiental.

    Durante o Fórum Internacional de Agricultura e Pecuária (FIAP), evento paralelo ao G20 realizado nesta segunda-feira (9) em Cuiabá, Fávaro utilizou a crise das queimadas que assola o Brasil como um alerta sobre a gravidade das mudanças climáticas. “Esse momento difícil das queimadas no Brasil demonstra a urgência de que o mundo se mobilize para enfrentar essa realidade”, afirmou o ministro.

    O Brasil enfrenta uma das piores secas dos últimos anos, o que tem intensificado os focos de calor e as queimadas em diversas regiões, impactando significativamente a produção agrícola. “Aqueles que duvidavam da existência das mudanças climáticas não podem mais negar a evidência”, afirmou Fávaro. “A crise que vivemos demonstra a necessidade de medidas urgentes e coordenadas em âmbito global”.

    Mato Grosso, sede das reuniões do G20, é o estado mais afetado pelas queimadas no momento, mas também é um dos maiores produtores de grãos do país. Apesar dos desafios, o estado tem demonstrado um compromisso com a sustentabilidade e com a produção de alimentos de forma responsável. “O Brasil pode e deve continuar a aumentar sua produção de alimentos sem comprometer o meio ambiente”, afirmou Fávaro. “Temos um enorme potencial para expandir a produção em áreas já utilizadas, como as pastagens degradadas”.

    O ministro ressaltou que o Brasil já apresentou ao mundo um modelo de desenvolvimento que concilia crescimento econômico com a preservação ambiental. “Podemos intensificar nossa produção de alimentos sem avançar sobre as florestas”, afirmou. Fávaro destacou que o país possui cerca de 40 milhões de hectares de pastagens subutilizadas que podem ser otimizadas para a produção agrícola.

  • Brasil colherá 297,5 milhões de toneladas de grãos, estima a Conab

    Brasil colherá 297,5 milhões de toneladas de grãos, estima a Conab

    A produção de grãos projetada para a safra 2023/2024 é 297,54 milhões de toneladas, volume é 7% inferior ao registrado na temporada anterior. A diferença entre as duas safras é 22,27 milhões de toneladas, de acordo com o 9º Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta quinta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    A companhia explica que essa quebra é resultado das “condições climáticas adversas” que acabaram por influenciar as principais regiões produtoras do país.

    “Já os cultivos de segunda safra, que tiveram a colheita iniciada, têm apresentado melhores produtividades”, informou a Conab, ao comparar a estimativa atual com a anterior, publicada em maio. O aumento projetado é 2,1 milhões de toneladas, com destaque para milho, algodão em pluma e feijão.

    A estimativa de produção do milho 2ª safra está em 88,12 milhões de toneladas. Neste ciclo, a colheita chega a 7,5% da área semeada, tendo por base divulgação anterior da Conab, no levantamento Progresso de Safra, na semana passada.

    Apesar da disparidade das condições climáticas que foram registradas no país, “foi verificado em importantes estados produtores uma melhora na produtividade das lavouras”.

    Mato Grosso do Sul, São Paulo e parte do Paraná registraram redução e/ou falta de chuvas durante o ciclo do milho 2ª safra. Isso resultou em quedas no potencial produtivo. No entanto, em Mato Grosso, no Pará, Tocantins e parte de Goiás, as precipitações “bem distribuídas ao longo do desenvolvimento da cultura”, associado à tecnologia usada pelo produtor resultaram em “boas produtividades nos talhões colhidos e boas perspectivas nas áreas ainda em maturação”.

    Diante desse cenário, a estimativa para a produção total do grão é 114,14 milhões de toneladas.

    “O clima também tem favorecido o algodão, cujas lavouras se encontram predominantemente nos estágios de formação de maçãs e maturação. Nesta temporada, a área semeada está estimada em 1,94 milhão de hectares, crescimento de 16,9%, o que influencia na expectativa de incremento de 15,2% na produção da pluma, podendo chegar a 3,66 milhões de toneladas”, detalhou a Conab.

    Arroz

    A situação do arroz é bem melhor do que o cenário sugerido em meio às enchentes registradas no Rio Grande do Sul, estado que, sozinho, corresponde por mais de 70% de área cultivada e da produção deste grão no país. O levantamento da Conab prevê uma produção de quase 10,4 milhões de toneladas de arroz nesta safra.

    arroz
    Arroz – Marcello Casal Jr/Agência Brasil

    Gerente substituto de Acompanhamento de Safras da Conab, Marco Antônio explica que o arroz já se encontra 99,2% colhido, faltando apenas algumas áreas em Goiás, no Tocantins e uma maior parte no Pará e Maranhão. “Por sorte, no dia 26 de abril, antes do começo das chuvas, 93% das áreas já estavam colhidas no estado”, justificou o técnico.

    Ele lembra que problemas vinham sendo percebidos desde o início do cultivo deste grão, e que o excesso de chuva em setembro resultou em atraso no plantio e, até mesmo, na desistência do cultivo em muitas áreas. No entanto, durante a restante do ciclo, as condições foram “favoráveis na maioria dos estados produtores”.

    “Infelizmente, no Sul do Brasil, em maio, ocorreram esses excessos de precipitações que prejudicaram o andamento final da colheita no estado [Rio Grande do Sul]. Mesmo assim, nessa safra a área cultivada ficou em 1,591 milhão de hectares, número 7,6% superior ao da última safra”, explicou Marco Antônio.

    “A produtividade teve uma redução e está agora estimada em 6.652 quilos por hectare, número 3,7% inferior ao da última safra. Quanto à produção, ela tá estimada em 10,395 mil toneladas, resultado 3,6% superior a última safra. Por fim, em relação ao último levantamento, o arroz teve uma redução de 0,9% na estimativa, em função das fortes chuvas enchentes ocorridas no RS”, acrescentou ao estimar alguma queda com relação ao rendimento médio do produtor no estado, em função das chuvas.

    Feijão

    A estimativa da Conab para a produção de feijão é de um aumento de 9,7% na produção total na safra 2023/2024. Com isso, mais de 3,3 milhões de toneladas deste grão deverão ser colhidas no país.

    O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, durante o lançamento do Plano Nacional para o Desenvolvimento da Cadeira Produtiva do Feijão e pulses, que são a lentilha, o grão de bico e a ervilha.
    Feijão: Conab estima aumento de 9,7%. Foto: José Cruz/Agência Brasil

    “Apenas na segunda safra da leguminosa, a estatal prevê uma alta de 26,3% no volume a ser colhido, impulsionado pelo cultivo do feijão preto e do caupi, que devem registrar uma colheita de 589,4 mil toneladas e 462,8 mil toneladas respectivamente”, detalhou a Conab.

    No caso do feijão preto, a alta estimada é influenciada por um aumento de 8,5% na produtividade e, principalmente, pela maior área destinada para o cultivo, com alta de 63,5% chegando a 331 mil hectares. “Para o [tipo] caupi o cenário é oposto. Enquanto a área cresce 4,9%, o desempenho das lavouras registra uma melhora de 20,6%. Na terceira safra da leguminosa, cerca de 60% da área é irrigada e o plantio está em andamento”.

    Edição: Aécio Amado

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  • Condenados três por furto de cargas de grãos em fazenda de Alto Taquari (MT)

    Condenados três por furto de cargas de grãos em fazenda de Alto Taquari (MT)

    Três investigados na Operação Grãos de Ouro, da Delegacia da Polícia Civil de Alto Taquari, foram condenados na última semana a 38 anos de prisão, somadas as penas individuais, por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de capitais.

    A decisão, da Vara Única da Comarca de Alto Taquari, foi publicada no dia 23 de maio. A investigação da Polícia Civil identificou uma quadrilha especializada em furtos de grãos na região.

    A Operação Grãos de Ouro, deflagrada em outubro passado, cumpriu prisão e buscas e o sequestro de bens móveis dos investigados. De acordo com as investigações, os autores eram funcionários de uma fazenda e montaram um esquema criminoso do qual participavam o gerente, balanceiro e um motorista, cada um com seu papel designado para atuar com o desvio e furto de grãos.

    Os investigados passaram a ostentar uma condição de vida incompatível com ganhos financeiros pessoais, adquirindo bens imóveis e estabelecimentos comerciais na região.

    Conforme a decisão judicial, três receberam penas pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa. E dois desses, ainda foram condenados também por lavagem de capitais. Um deles recebeu pena total de 16 anos; outro de 13 anos e o último foi condenado a nove anos de prisão.

    A decisão do juiz Anderson Fernandes Vieira determinou que o trio deve permanecer detido, sem direito de recorrer da sentença em liberdade. Entre as considerações na sentença, o juiz apontou, conforme as informações do processo, que um dos réus ameaçou testemunhas.

  • Fretes rodoviários de grãos apresentam altas em Mato Grosso

    Fretes rodoviários de grãos apresentam altas em Mato Grosso

    Na última semana, os fretes rodoviários de grãos registraram aumentos significativos na maioria das rotas no estado de Mato Grosso. A escassez de caminhões disponíveis nas regiões mato-grossenses tem levado as transportadoras a continuarem ajustando os preços, impactando diretamente o custo do transporte de mercadorias.

    As rotas com origem em Sorriso (MT) e destino a Rondonópolis (MT), bem como de Querência (MT) a Paranaguá (PR), foram particularmente afetadas por essa dinâmica. Nessas rotas, as cotações médias alcançaram R$ 171,67/t e R$ 380,00/t, respectivamente, representando valorizações de 5,32% e 2,70%.

    Esse cenário reflete a demanda crescente por transporte de grãos e a limitada disponibilidade de veículos para atender essa demanda. Como resultado, os produtores e empresas do setor enfrentam custos mais elevados para movimentar suas cargas, o que pode impactar os preços finais dos produtos agrícolas.

  • Produtores conhecem a realidade da principal rota de escoamento de soja de MT

    Produtores conhecem a realidade da principal rota de escoamento de soja de MT

    Produtores de Mato Grosso vão conhecer, nesta semana, a realidade da principal rota de escoamento de grãos do estado, a BR-163, entre Sinop e Santarém, no Pará, durante o primeiro Estradeiro de 2024. O projeto é realizado pela Comissão de Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT).

    De acordo com o produtor rural e coordenador da Comissão, Mateus Goldoni, o objetivo da programação é mostrar para os agricultores a evolução da logística de grãos no estado e entender como funciona o trabalho da entidade em prol de melhorias. Além disso, Goldoni pontua a necessidade de o produtor entender os processos que antecedem as obras.

    “Com esse conhecimento, o produtor pode ser mais assertivo no momento de sugerir ações para entidade ou fazer alguma crítica. É importante conhecer e entender. É claro que algumas coisas fogem da nossa alçada, mas a gente participa dos diálogos com as frentes parlamentares. O objetivo é mostrar os resultados desse trabalho”, aponta Goldoni.

    O consultor de logística da Aprosoja-MT e diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, explica o Estradeiro é um instrumento para que os produtores possam entender a situação de trafegabilidade das rodovias e as estações de transbordo de cargas e os portos que são a porta de saída para a produção mato-grossense.

    “É muito bom que o produtor entenda como funciona todo esse mecanismo, até para entender que ele pode absorver essa logística e poderia entregar o seu produto diretamente no navio, ao invés de entregar no armazém”, explica Edeon Vaz.

    Já o coordenador-técnico da Comissão, Orlando Henrique Vila, explica que o Estradeiro começa nesta segunda-feira (15), em Sinop, com cerca de 20 produtores. De acordo com Vila, os produtores vão conhecer a estrutura da Estação de Transbordo de Cargas (ETC) de Miritituba, além do Porto de Santarém.

    “As ETCs de Miritituba são responsáveis pelo transbordo de 17 milhões de toneladas de soja e milho de Mato Grosso, isso em 2023, é um número muito significativo, que segue para os portos de Santana, Barcarena e também para o Porto de Santarém, que é responsável por exportar mais de 8 milhões da soja produzida em Mato Grosso”, explica Vila.

  • Mato Grosso segue na liderança da produção nacional de grãos

    Mato Grosso segue na liderança da produção nacional de grãos

    A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ser de 298,3 milhões de toneladas em 2024, segundo a estimativa de março do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgada nesta quinta-feira (11/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa uma produção 5,4% menor do que a obtida no ano passado (315,4 milhões de toneladas). Na comparação com a estimativa de fevereiro, houve uma queda de 0,8% ou de 2,3 milhões de toneladas.

    A produção de soja, principal commodity do País, caiu 1,6% na comparação com o previsto em fevereiro e deve chegar a 146,9 milhões de toneladas. Essa quantidade equivale a uma retração de 3,3% na comparação com o total produzido no ano passado. O resultado negativo é explicado especialmente pela presença de fenômenos climáticos como o El Niño.

    “Em novembro e dezembro, houve muitos problemas climáticos: choveu muito no Sul, enquanto no Centro-oeste faltou chuva. Então houve quebra de produção, principalmente da soja e da primeira safra do milho. Como os preços do milho caíram, os produtores estão reduzindo a área de plantio, o que afetou a segunda safra”, explica o gerente do LSPA, Carlos Barradas.

    A produção do milho, que deve somar 116,1 milhões de toneladas em 2024 caiu 0,6% na comparação com o estimado no mês anterior e 11,4% em relação ao produzido em 2023, quando consideradas as duas safras.

    “Por outro lado, com a queda dos preços do milho, alguns produtores deixaram de lado essa produção para plantar algodão, que teve um crescimento de 2,3% em relação ao estimado no mês passado e de 8,0% na comparação com 2023. É um recorde de produção”, ressalta Barradas. A previsão é de que o algodão em caroço chegue a uma produção de 8,4 milhões de toneladas neste ano.

    Já a safra do arroz deve crescer 1,7% na comparação com o produzido do ano passado, alcançando 10,5 milhões de toneladas. Juntos, a soja, o milho e o arroz respondem por 91,6% da produção de grãos no país.

    Por sua vez, a produção do feijão também deve crescer, atingindo 3,3 milhões de toneladas, somadas as três safras. Essa quantidade representa um crescimento de 2,8% na comparação com o estimado no mês anterior e de 11,1% com o produzido no ano passado. Para Barradas, a safra da leguminosa será suficiente para prover o consumo interno do país neste ano.

    “Com isso, não deve haver necessidade de importação. É possível observar que os preços do feijão já estão caindo”, avalia o pesquisador.

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    Outros destaques em relação à estimativa de fevereiro foram a cevada (aumento de 12,3% ou 50,8 mil toneladas), a aveia (4,6% ou 53,3 mil toneladas), a primeira safra da batata (3,8% ou 63,5 mil toneladas), o trigo (3,3% ou 318,6 mil toneladas) e o café canephora (3,2% ou 34,9 mil toneladas).

    “Estamos observando uma boa safra de café. Além de estar em bienalidade positiva, o clima ajudou bastante essa produção, já que tem chovido nas principais regiões produtoras, como Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo”, detalha Barradas. A produção das duas espécies de café (arábica e canephora) deve somar 3,6 milhões de toneladas, um crescimento de 1,4% em relação ao estimado em fevereiro e de 5,6% na comparação com o produzido em 2023.

    Por outro lado, entre as quedas, destaca-se a uva (-9,9% ou -159,0 mil toneladas). A retração na estimativa é relacionada a problemas climáticos no Sul, principal região produtora da fruta no país.

    A área a ser colhida caiu 0,2% (ou 125,5 mil hectares) na comparação com a de 2023, totalizando 77,7 milhões de hectares. Houve retração na área do milho (-5,8%), do trigo (-6,6%) e do sorgo (-4,4%). Ante a estimativa de fevereiro, a queda foi de 0,4% no país, o que representa 286,0 mil hectares.

    Mato Grosso segue na liderança da produção nacional de grãos

    Entre as unidades da federação, Mato Grosso continua sendo o maior produtor nacional de grãos, respondendo por 28,2% do total produzido no país. O estado é seguido pelo Paraná (13,7%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,2%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Minas Gerais (5,7%). Somados, esses seis estados representam 79,5% da produção brasileira de grãos.

    Regionalmente, o Centro-Oeste (47,0%) lidera esse ranking, enquanto as demais regiões têm as seguintes participações: Sul (29,2%), Sudeste (9,4%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,7%).

    Em relação à estimativa de produção, as unidades da federação que tiveram maior ganho absoluto foram Mato Grosso (240,6 mil toneladas), Goiás (156,4 mil toneladas), Paraná (141,3 mil toneladas), Maranhão (55,9 mil toneladas), Ceará (19,9 mil toneladas), Bahia (19,5 mil toneladas), Amazonas (8,9 mil toneladas) e Rio de Janeiro (3,1 mil toneladas). Já as quedas nas estimativas na comparação com fevereiro foram registradas em Mato Grosso do Sul (- 1,8 milhão de toneladas), em Santa Catarina (-518,2 mil toneladas), no Rio Grande do Sul (-451,5 mil toneladas), no Distrito Federal (-80,7 mil toneladas), em Rondônia (-80,2 mil toneladas), no Piauí (-71,6 mil toneladas), em Minas Gerais (-16,2 mil toneladas), no Espírito Santo (-1,1 mil toneladas) e no Amapá (-28 toneladas).

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  • Cepea/Custos Grãos: Com preço menor e quebra de produtividade, safra 23/24 de soja pode ter resultado negativo

    Cepea/Custos Grãos: Com preço menor e quebra de produtividade, safra 23/24 de soja pode ter resultado negativo

    Levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) mostra que, apesar de um cenário de queda nos preços de importantes insumos agrícolas, como fertilizantes, defensivos e sementes, a receita líquida de produtores de soja de importantes regiões do Brasil pode ser negativa na safra 2023/24.

    Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado ao menor preço de negociação da soja e à queda na produtividade – vale lembrar que a maior parte das lavouras foi prejudicada pelo clima desfavorável, por conta da atuação do fenômeno El Niño.

    Esse contexto acende um alerta no setor, já que pode resultar em dificuldades para pagar investimentos. Sojicultores podem precisar renegociar dívidas ou até mesmo vender maquinários. Ressalta-se que o Cepea não considerou o arrendamento, ou seja, a situação de um produtor arrendatário é ainda pior.

    Dentre as regiões avaliadas pelo Cepea – Sorriso (MT), Rio Verde (GO), Dourados (MS), Cascavel (PR) e Carazinho (RS) –, apenas a praça do Sul do País que pode apresentar margem positiva na safra 2023/24. Neste caso, o resultado positivo se deve à recuperação na produtividade da soja de Carazinho nesta temporada frente à anterior (2022/23). Vale lembrar, porém, que a temporada 2022/23 de Carazinho foi fortemente prejudicada pelos efeitos do La Ninã, ou seja, a comparação atual está sendo feita com um cenário de baixa produção.

    Já para as demais praças, o Cepea estima margens negativas. Em Sorriso, por exemplo, o Cepea estima, até este momento, prejuízo parcial de 370 Reais/hectare na safra 2023/24, contra retorno positivo de 1.421 Reais/ha na safra anterior.

    Para estas estimativas, o Cepea considerou os custos operacionais efetivos levantados por meio do Projeto Campo Futuro, parceria entre o Cepea e a CNA, via painel, os preços de negociação da soja entre janeiro/24 e fevereiro/24 e os valores dos insumos adquiridos de janeiro a setembro de 2023.

  • Safra de grãos 2023/2024 é estimada em 316,7 milhões de toneladas

    Safra de grãos 2023/2024 é estimada em 316,7 milhões de toneladas

    O volume da produção brasileira de grãos deve atingir 316,7 milhões de toneladas na safra 2023/2024 com menos 4,7 milhões de toneladas ou 1,5% abaixo do registrado em 2022/23. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    “O percentual de área semeada, atualmente, apresenta-se aquém do observado no mesmo período da safra anterior, devido, principalmente, ao excesso de chuvas nas Regiões Sul e Sudeste e às baixas precipitações no Centro-Oeste.”

    O balanço aponta ainda um crescimento de 0,5% sobre a área cultivada, passando para 78,9 milhões de hectares. Além das culturas de primeira safra, cujo plantio se estende até dezembro, a área prevista abrange as culturas de segunda e terceira safras e as de inverno, com plantios encerrando em junho.

    Soja e milho

    De acordo com o boletim, a soja deve atingir uma produção estimada em 162,4 milhões de toneladas – um crescimento de 2,8% na área a ser semeada, “o que ainda consolida o Brasil como o maior produtor mundial da oleaginosa”.

    Quanto ao milho, houve redução de 5% na área total a ser cultivada, calculada em 21,1 milhões de hectares, com produção prevista de 119,1 milhões de toneladas.

    Algodão

    Já para o algodão, é esperado um crescimento de 4,2% na área a ser semeada, em um total de 1,73 milhão de hectares, e produção de pluma em 3,04 milhões de toneladas.

    Arroz e feijão

    No caso do arroz, há expectativa de crescimento de 5,2% na área que está sendo semeada e produção de 10,8 milhões de toneladas. O mesmo vale para o feijão, com crescimento previsto de 3,3% na área total a ser semeada com as três safras, estimada em 2,8 milhões de hectares, e com a produção total no país de 3,1 milhões de toneladas.

    Edição: Valéria Aguiar
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