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  • Brasil se firma como destino global e sedia grandes eventos de turismo em 2025 e 2026

    Brasil se firma como destino global e sedia grandes eventos de turismo em 2025 e 2026

    Seguindo a tendência de crescimento de turistas, o Brasil será palco de grandes eventos do turismo em 2025 e em 2026. Para este ano, São Paulo receberá a 9ª edição do Salão Nacional do Turismo e o 2º Feirão do Turismo, eventos que estão entre os mais importantes do calendário anual do setor no Brasil. As atividades acontecerão simultaneamente nos dias 21 e 23 de agosto no Distrito Anhembi.

    O Ministério do Turismo (MTur), organizador do evento, e a prefeitura local já iniciaram os preparativos dos eventos. Os encontros reunirão representantes do trade turístico nacional e de estados e municípios com o objetivo de fortalecer a promoção e o incentivo de viagens pelo país.

    Os dois eventos serão um ambiente favorável ao público interessado em aproveitar ofertas exclusivas e conhecer vários diversos destinos nacionais. O objetivo é concentrar, em um único espaço, agências de viagens, companhias aéreas, entidades do setor e demais parceiros do turismo.

    “São eventos que vão estimular o turismo interno, especialmente com estratégias para os períodos de menor demanda, garantindo a estabilidade dos serviços ao longo do ano e, com isso, fortalecer o setor de viagens e impulsionar a economia do Brasil por meio do turismo”, destacou o ministro do Turismo, Celso Sabino.

    A iniciativa do MTur visa aquecer o mercado nos períodos de menor demanda, garantindo a estabilidade dos serviços ao longo do ano. A proposta é estimular o turismo interno, impulsionar a economia e fortalecer o setor de viagens no Brasil. No ano anterior, na 1° edição do Feirão do Turismo, viajantes puderam aproveitar vantagens como descontos de até 45% em diárias de hotéis e de até 30% na compra de passagens aéreas.

    CÚPULA DE TURISMO DA ONU — No próximo ano, o Rio de Janeiro sediará a 3ª Cúpula de Turismo da ONU Turismo para a África e as Américas, quando líderes do ramo dos dois continentes vão discutir ações conjuntas para o desenvolvimento sustentável e inclusivo do setor. O anúncio foi feito durante o 2º encontro do grupo, realizado esta semana na Zâmbia (África), com a presença de representantes do Ministério do Turismo brasileiro.

    Na ocasião, o secretário nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimentos no Turismo do Ministério do Turismo, Carlos Henrique Sobral, destacou o potencial de reforço das relações entre a África e as Américas no segmento. “O Brasil hoje é porta de entrada da África na América do Sul, com vários voos diretos semanais da África do Sul, Angola, Etiópia e Marrocos. Isso prova que estamos realmente interligados, especialmente pela herança africana e o apoio do governo brasileiro ao fortalecimento do afroturismo no país, por meio do Programa Rotas Negras”, ressaltou o secretário.

    A estratégia do Governo Federal de ampliar a visibilidade do Brasil no cenário turístico global ganhou um novo reforço em março deste ano, com o início das atividades do Escritório da ONU Turismo no Rio de Janeiro (RJ), fruto de grande articulação do governo brasileiro.

    MERCADO AQUECIDO — Em fevereiro de 2025, o Brasil bateu novo recorde no turismo internacional. Foram mais de US$ 823 milhões injetados na economia brasileira no segundo mês do ano por turistas estrangeiros, aumento de 22% em relação ao mesmo mês de 2024, quando os gastos totalizaram US$ 673 milhões.

    Entre janeiro e fevereiro, foram 2.810.553 chegadas de pessoas de outros países nos destinos brasileiros: a maior entrada de turistas internacionais da história. Apenas em fevereiro, a alta foi de 59% em relação ao mesmo mês de 2024

    O país também aparece entre os cinco mais buscados por viajantes de todo o mundo para o período entre abril e junho de 2025, de acordo com o levantamento da plataforma mundial de acomodação Booking.com. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve crescimento de 61% nas buscas por acomodações no país.

  • Brasil está entre os cinco países mais procurados por viajantes internacionais para férias entre abril e junho

    Brasil está entre os cinco países mais procurados por viajantes internacionais para férias entre abril e junho

    Com uma combinação única de praias paradisíacas, destinos urbanos e atrações culturais, o Brasil mantém sua posição de destaque no turismo internacional. De acordo com o levantamento da plataforma mundial de acomodação Booking.com, o país aparece entre os cinco mais buscados por viajantes de todo o mundo para o período entre abril e junho de 2025, atrás apenas da Espanha, Itália, Estados Unidos e França. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve crescimento de 61% nas buscas por acomodações no país.

    O Rio de Janeiro lidera o interesse dos visitantes vindos de fora do país para as férias de julho, com aumento de 80% nas buscas em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados do site de buscas. Esse crescimento acompanha o bom desempenho do estado na recepção de visitantes estrangeiros nos primeiros meses de 2025. De acordo com dados do Ministério do Turismo, em parceria com Embratur e Polícia Federal, o Rio recebeu 502.259 turistas internacionais em janeiro e fevereiro deste ano — sendo 240.151 em janeiro e 262.108 em fevereiro — o que representa um crescimento de 50% em comparação com o mesmo período de 2024.

    “A ‘Cidade Maravilhosa’ é uma das principais portas de entrada de turistas internacionais no Brasil e isso é fruto do enorme trabalho realizado pelo Governo Federal para melhorar a infraestrutura, facilitar o acesso e ampliar a promoção do Brasil lá fora, tornando os nossos destinos ainda mais atrativos”, destacou o ministro do Turismo, Celso Sabino.

    A ‘Cidade Maravilhosa’ é uma das principais portas de entrada de turistas internacionais no Brasil e isso é fruto do enorme trabalho realizado pelo Governo Federal para melhorar a infraestrutura, facilitar o acesso e ampliar a promoção do Brasil lá fora, tornando os nossos destinos ainda mais atrativos
    Celso Sabino,
    Ministro do Turismo

    CIDADES ATRATIVAS — Também observa-se um aumento expressivo no interesse por outras cidades brasileiras, como Búzios (RJ), com crescimento de 144%, Florianópolis (SC), com 108%, Foz do Iguaçu (PR), com 248%, e Porto de Galinhas (PE), com 153%. Dados que reforçam a diversidade da oferta turística nacional, capaz de atrair públicos variados, interessados tanto em praias e cidades litorâneas quanto em experiências urbanas e de contato com a natureza.

    Entre as nacionalidades que mais ampliaram o interesse pelo Brasil para o mês de julho, os argentinos lideram, com crescimento de 137% nas buscas em relação ao ano passado, seguidos pelos chilenos com aumento de 53%. Já os franceses registraram alta de 66% e ocupam a terceira posição entre os que mais buscam destinos brasileiros, seguidos pelos norte-americanos, que tiveram crescimento de 57% na pesquisa.

    VIAGENS NACIONAIS — No caso dos brasileiros, Gramado (RS) e Fortaleza (CE) são os destinos queridinhos, com crescimento de 11% das buscas, seguido por Maceió (AL), com alta de 73%, e Porto Seguro (BA). Esses destinos se destacam pela diversidade de experiências proporcionadas – do clima ameno da Serra Gaúcha às praias paradisíacas do Nordeste -, reunindo lazer, cultura, gastronomia e paisagens deslumbrantes.

    BRASILEIROS — A pesquisa também revela a intenção de viagem dos brasileiros entre os meses de abril e junho deste ano. Nesse período, o Rio de Janeiro aparece na liderança das buscas, com um aumento de 63% em relação ao ano anterior. Em seguida, estão São Paulo, Ubatuba, João Pessoa e Porto de Galinhas.

    PASSAGENS — Os dados da plataforma Booking.com mostram ainda as preferências dos brasileiros na hora de buscar passagens aéreas em julho. Entre os destinos nacionais estão Salvador (+148%), Recife (+43%), Fortaleza (+56%), Maceió (+46%) e Natal (+49%).

    INCENTIVO — Lançado pelo Governo Federal em 2023 e coordenado pelo Ministério do Turismo, o “Conheça o Brasil” é um movimento que busca incentivar e facilitar viagens de brasileiros no país. A iniciativa envolve a ampliação da conectividade e da mobilidade entre os destinos nacionais, além do aumento da movimentação de visitantes, estimulando a geração de negócios, fomentando a competitividade no setor e reforçando a geração de emprego e renda às comunidades receptoras.

  • O Brasil registrou, em março de 2025, o segundo maior valor de exportações do agronegócio para o mês desde o início da série históric

    O Brasil registrou, em março de 2025, o segundo maior valor de exportações do agronegócio para o mês desde o início da série históric

    Foram exportados US$ 15,6 bilhões. O resultado representa um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, com o setor respondendo por 53,6% de todas as exportações brasileiras no mês. O avanço foi impulsionado principalmente pelo aumento dos volumes exportados, que cresceram 10,2%, enquanto os preços internacionais apresentaram alta de 2,1%.

    Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o agronegócio brasileiro tem se consolidado como um dos principais motores da economia nacional. “Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado”, afirmou o ministro.

    Entre os principais produtos exportados no mês estão a soja em grãos – US$ 5,7 bilhões (+7%), café verde – US$ 1,4 bilhão (+92,7%), carne bovina in natura – US$ 1,1 bilhão (+40,1%), celulose – US$ 988 milhões (+25,4%) e carne de frango in natura – US$ 772,3 milhões (+9,6%).

    Além dos produtos tradicionais, o governo brasileiro vem impulsionando oportunidades em segmentos com forte potencial de crescimento. Por meio de novos avanços, itens como gelatinas, café solúvel, óleo essencial de laranja, pimenta-do-reino e rações para animais domésticos atingiram recordes de exportação e podem ganhar maior protagonismo nos próximos meses, especialmente em mercados da Ásia, Europa e América do Norte.

    No acumulado do primeiro trimestre de 2025, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 37,8 bilhões, aumento de 2,1% quando comparado ao ano anterior, o maior valor já registrado para o período. O superávit do setor no trimestre foi de US$ 32,6 bilhões, um crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2024. China, União Europeia e Estados Unidos seguiram como os principais destinos, respondendo juntos por mais da metade das exportações do setor. Países asiáticos como Vietnã, Turquia, Bangladesh e Indonésia também registraram aumento expressivo nas compras de produtos como soja, algodão, celulose e carnes.

    O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, destacou o compromisso do governo em ampliar a presença internacional dos produtos brasileiros. “Os resultados de março demonstram o fortalecimento do agronegócio brasileiro no exterior, em um contexto de crescentes tensões comerciais, com foco na segurança alimentar global. A ampliação da presença em mercados de nicho, por meio de produtos de maior valor agregado, reflete uma estratégia comercial que valoriza a escuta ativa das demandas dos setores produtivos. Ao oferecer alimentos com sanidade, qualidade e competitividade, o Brasil se consolida como parceiro confiável”, afirmou.

    A expansão das exportações de produtos não tradicionais e a abertura de novos mercados, mantendo ou ampliando a oferta interna, fortalecem significativamente a economia brasileira. Esse processo estimula a geração de empregos e renda, atrai divisas, diversifica os parceiros comerciais e reduz a exposição a riscos econômicos. Também valoriza os produtos nacionais, incentiva investimentos em inovação e sustentabilidade e consolida relações estratégicas no cenário internacional. Assim, o Brasil amplia sua presença global e reforça sua competitividade.

    Os avanços refletem o trabalho conjunto entre os setores público e privado, com foco na abertura de mercados, segurança sanitária e promoção comercial.

  • Olimpíadas 2028: em Los Angeles, competição terá novas modalidades e maioria feminina

    Olimpíadas 2028: em Los Angeles, competição terá novas modalidades e maioria feminina

    O programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 foi anunciado nesta quarta-feira, 9 de abril, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), com mudanças significativas. A igualdade de gênero foi fundamental na decisão sobre vagas dos atletas e número de modalidades.

    Ao todo, serão 351 eventos valendo medalha, 22 a mais que Paris 2024. Los Angeles incluiu cinco novas modalidades esportivas: beisebol/softbol, críquete, flag football, lacrosse e squash. No total, com os novos esportes, o número de atletas passa para 11.198, sendo 5.655 vagas femininas (50,5%) e 5.543 masculinas (49,5%).

    Seis provas mistas também passam a integrar o programa olímpico: tiro com arco, revezamento 4x100m misto do atletismo, golfe, ginástica, remo e tênis de mesa. No total, serão 161 eventos femininos, 165 masculinos e 25 mistos.

    De acordo com o ministério do Esporte, o anúncio representa um avanço significativo no esporte de alto rendimento, especialmente em relação à igualdade de gênero. “É um marco histórico para o movimento olímpico e um sinal claro de que estamos no caminho certo ao investir na formação e valorização das mulheres no esporte”, afirmou a secretária de Excelência Esportiva, Iziane Marques.

    Outra mudança histórica será a igualdade total no número de seleções masculinas e femininas nos esportes coletivos. E, no futebol, um marco: o torneio feminino terá mais seleções que o masculino: serão 16 contra 12. Em Paris 2024, era o contrário.

    Confira as principais mudanças:

    Natação: as provas de 50m costas, borboleta e peito foram adicionadas nos dois gêneros.

    Tiro com arco: a prova mista do composto foi adicionada.

    Tiro esportivo: a prova mista de skeet sai do programa para a entrada da fossa Olímpica (trap) mista.

    Atletismo: a prova de revezamento 4x100m misto foi adicionada. A marcha atlética terá somente o evento de meia-maratona (21,0975 km), para os dois gêneros. Não haverá prova mista.

    Basquete 3×3: em LA28, serão 12 equipes por gênero, quatro a mais do que em Paris.

    Boxe: nova distribuição de categorias, com a adição do +80kg feminino:

    Masculino: 55kg, 60kg, 65kg, 70kg, 80kg, 90kg, +90kg

    Feminino: 51kg, 54kg, 57kg, 60kg, 65kg, 70kg, +80kg

    Futebol: serão 16 equipes femininas e 12 equipes masculinas, o inverso de Paris 2024.

    Golfe: foi adicionado um evento misto por equipes.

    Ginástica artística: foi adicionado um evento misto por equipes.

    Remo: foi adicionado o remo costal, com os eventos individuais feminino e masculino e o double sculls misto, e o skiff duplo peso leve sai do programa.

    Escalada: o evento combinado de Boulder e Lead foi dividido em duas provas diferentes para LA28.

    Tênis de mesa: foi adicionado um evento misto por equipes e duplas masculinas e femininas. Saem do programa os eventos por equipes masculino e feminino.

    Polo aquático: o torneio feminino terá 12 equipes em vez de 10, igualando a quantidade de equipes masculinas.

    Esportes adicionais: os esportes coletivos críquete, flag football, beisebol/softbol e lacrosse terão seis equipes por gênero. O squash terá simples masculino e feminino.

  • Salário mínimo de 2025 é atualizado; confira valor do piso nacional

    Salário mínimo de 2025 é atualizado; confira valor do piso nacional

    O Presidente da República sancionou hoje a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025, que prevê as receitas e fixa as despesas da União para o exercício. A proposta aprovada pelo Congresso Nacional foi objeto de análise técnica do Ministério do Planejamento e Orçamento, que não apontou impedimentos à sanção, mas recomendou vetos específicos por contrariedade ao interesse público.

    A LOA 2025 estima um superávit primário, após compensações, de R$ 14,5 bilhões, respeitando a meta de resultado primário neutro estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025. O orçamento sancionado também observa os limites à despesa primária previstos no Regime Fiscal Sustentável, instituído pela Lei Complementar nº 200/2023.

    Ademais, o salário-mínimo em 2025 será de R$ 1.518, um aumento real (acima da inflação) de 2,5% em comparação com o valor que vigorou no ano passado. Estão previstos ainda R$ 226,4 bilhões para a educação e R$ 245,1 bilhões na saúde pública.

    Presidente Lula sanciona Orçamento de 2025 com aumento do salário mínimo para R$ 1.518 - Ricardo Stuckert/PR

    Para o Programa Bolsa Família, foram reservados R$ 158,6 bilhões na LOA 2025, enquanto os Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e a Renda Mensal Vitalícia (RMV) contarão com R$ 113,6 bilhões. As dotações para custear os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), por sua vez, que representam a maior despesa primária do orçamento da União, alcançaram R$ 972,4 bilhões.

    Cabe destacar, ainda, o Programa de Aceleração do Crescimento – Novo PAC, que compreende, na LOA 2025, empreendimentos distribuídos em 16 órgãos, totalizando R$ 57,6 bilhões em recursos alocados.

    Alterações realizadas pelo Congresso

    Na versão aprovada pelo Congresso Nacional, houve alterações relevantes em relação ao projeto original enviado pelo Executivo. Pelo lado das receitas, verificou-se aumento de R$ 22,5 bilhões nas estimativas de ingressos de receitas primárias. O Legislativo também atuou no sentido de incorporar nas estimativas os efeitos da Desvinculação das Receitas da União (DRU), tratada pela Emenda Constitucional nº 135, de 2024, o que resultou em redução de despesas vinculadas a receitas, como as do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e as relativas a transferências da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), bem como em incremento de reserva de contingência financeira com recursos desvinculados.

    As emendas parlamentares atingiram o montante de R$ 50,4 bilhões na LOA 2025, sendo R$ 24,6 bilhões para as Emendas Individuais (RP 6), R$ 14,3 bilhões para as

    Emendas de Bancadas Estaduais (RP 7) e R$ 11,5 bilhões para as Emendas de Comissão Permanente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e de Comissão Mista Permanente do Congresso Nacional (RP 8). As despesas primárias discricionárias (RPs 2 e 3) dos órgãos do Poder Executivo, por sua vez, totalizaram R$ 170,7 bilhões.

    Cabe destacar, ainda, o acréscimo de R$ 9,3 bilhões em gastos sociais obrigatórios, nomeadamente Benefícios Previdenciários, Abono Salarial, Seguro Desemprego e Benefícios de Prestação Continuada da LOAS/RMV. Os incrementos partiram de solicitação do Poder Executivo, a fim de adequar o orçamento às novas projeções para essas despesas, considerando o reajuste do salário-mínimo em montante superior ao previsto no PLOA 2025 e a atualização do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que afetam diretamente os valores dos benefícios sociais em comento.

    Os quadros abaixo sintetizam os ajustes realizados pelo Congresso Nacional nas despesas orçamentárias:

    Vetos presidenciais

    A LOA 2025 foi sancionada com vetos pontuais. O primeiro veto, no valor de R$ 40,2 milhões, recaiu sobre novas programações orçamentárias que continham localizações específicas, incluídas por meio de emendas de modificação em despesas primárias discricionárias do Poder Executivo (RP 2), o que é vedado pelos §§ 2º e 5º, inciso II, do art. 11 da Lei Complementar nº 210, de 2024.

    Também foi necessário vetar R$ 2,97 bilhões em despesas financeiras do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que seriam destinadas a financiamentos com retorno, em razão da inobservância ao limite máximo para operações reembolsáveis do Fundo estabelecido no art. 12, inciso II, alínea ‘a’, da Lei nº 11.540, de 2007, situação decorrente de alterações promovidas durante a tramitação do orçamento no Congresso.

  • Lula: ‘A América Latina e o Caribe devem redefinir o seu lugar na nova ordem global’

    Lula: ‘A América Latina e o Caribe devem redefinir o seu lugar na nova ordem global’

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou a necessidade de harmonia entre os países da America Latina e do Caribe, nesta quarta-feira, 9 de abril, durante a abertura da 9ª Reunião da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos — a CELAC. A cerimônia, que ocorreu em Tegucigalpa, capital de Honduras, tratou de temas prioritários para a região com o objetivo de reforçar a integração regional.

    Lula também defendeu a candidatura unificada da região para o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). “A CELAC pode contribuir para resgatar a credibilidade da ONU elegendo a primeira mulher secretária-geral da organização”, declarou Lula.

    O líder brasileiro falou ainda sobre a necessidade de fortalecer a união dos países da América Latina e Caribe diante do risco de retornar à condição de zona de influência, com a liberdade e a autodeterminação sendo os primeiros elementos a serem atingidos. Lula citou o preparo de outras regiões em resposta às transformações em curso, como a Ásia, com a ASEAN, e a União Europeia, com a reorganização da OTAN.

    “É imperativo que a América Latina e o Caribe redefinam o seu lugar na nova ordem global que se discute. Nossa inserção internacional não deve se orientar apenas por interesses defensivos. Precisamos de um programa de ação estruturado em torno de três temas que demandam ação coletiva”, afirmou Lula.

    Nossos países só estarão seguros se forem capazes de erradicar a fome, gerar bem-estar e garantir oportunidades para todos

    Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente do Brasil

    DEMOCRACIA — Como resposta a essas mudanças globais, o presidente Lula elencou três principais ações a serem trabalhadas em conjunto pelos países latinos e caribenhos: fortalecimento da democracia, mudança do clima e integração econômica e comercial.

    “Nenhum país pode impor seu sistema político a outro. Mas foi nos períodos democráticos que o Brasil mais avançou na superação de seus desafios sociais e econômicos. Assistimos nos últimos anos à erosão da confiança na política, o que abriu espaço para projetos autoritários”, disse Lula.

    DESINFORMAÇÃO — O presidente citou, ainda, a distorção da liberdade de expressão com o avanço da desinformação e extremismo disseminados nas plataformas virtuais. “Negacionistas desprezam a ciência e a cultura e atacam as universidades. Indivíduos e empresas poderosas, que se consideram acima da lei, investem contra a soberania de nossos países. É trágico que tentativas de golpe de Estado voltem a fazer parte do nosso cotidiano”, afirmou.

    COMBATE À FOME — De acordo com Lula, a segurança alimentar e a garantia de oportunidades são um dos pilares para a proteção dos países. O presidente também convidou os participantes da reunião a fazerem parte da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. “Nossos países só estarão seguros se forem capazes de erradicar a fome, gerar bem-estar e garantir oportunidades para todos. Em linha com o Plano de Segurança Alimentar e Nutricional da CELAC, o Brasil lançou, em sua presidência do G20, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Convidamos todos a se somarem à iniciativa, que começará seus trabalhos com projetos no Haiti e na República Dominicana”, registrou.

    lula_tegucigalpa.jpegl

    MUDANÇA DO CLIMA — No segundo tema de atuação conjunta, Lula registrou que a região é uma das mais vulneráveis do planeta. Nesse sentido, ele destacou a COP 30, que será realizada em Belém do Pará, em novembro deste ano, em que será exigido dos países ricos as metas de redução de emissões e de financiamento.

    “A COP30, em pleno coração da Amazônia, não será apenas a COP do Brasil, mas de toda a América Latina e Caribe. Precisamos exigir dos países ricos metas de redução de emissões alinhadas ao Acordo de Paris e de financiamento à altura das necessidades da transição justa”, ressaltou.

    FUNDO — Outro destaque no discurso do presidente Lula foi o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, uma iniciativa brasileira que será lançada durante a COP 30. O Fundo irá remunerar países em desenvolvimento que conservam suas florestas tropicais.

    “O Fundo Florestas Tropicais para Sempre permitirá que nações que preservam sua cobertura florestal sejam remuneradas por esse esforço. Somos berço de imensa biodiversidade e fonte abundante de energias renováveis, incluindo importantes reservas de minerais críticos, que precisam estar a serviço do nosso desenvolvimento”, disse Lula.

    INTEGRAÇÃO ECONÔMICA — A integração econômica e comercial é essencial para proteger os países contra ações unilaterais, afirmou o presidente brasileiro. Como exemplo, Lula citou as cinco Rotas de Integração Sul-Americana que visam reforçar o comércio do Brasil com os vizinhos da América do Sul.

    “Em 2023, o comércio entre países da América Latina e Caribe correspondeu a apenas 14% das exportações da região. O volume de comércio anual que o Brasil mantém com os países da CELAC é de 86 bilhões de dólares, maior do que temos com os Estados Unidos e próximo do que possuímos com a União Europeia”, assinalou.

    O presidente destacou que é necessário promover o comércio regional de bens e serviços, beneficiados, por exemplo, com a união de redes de transportes e energia. Além disso, é fundamental fortalecer as instituições financeiras regionais.

    “Para ampliar nosso intercâmbio, meu governo está determinado a reativar o Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos da ALADI e a expandir o Sistema de Pagamentos em Moeda Local. Integrar redes de transporte, energia e telecomunicações reduz distâncias, diminui custos e incentiva sinergias entre cadeias produtivas”, pontuou.

    ZONA DE PAZ — Ao encerrar o discurso, o presidente Lula reforçou que é primordial manter a América Latina e Caribe como uma zona de paz com a recuperação de suas tradições diplomáticas. “Não queremos guerras nem genocídio. Precisamos de paz, desenvolvimento e livre comércio. Manter a América Latina e o Caribe como uma zona de paz significa trabalhar para que o uso da força não se sobreponha à resolução pacífica de conflitos. O multilateralismo é abalado cada vez que silenciamos ante as ameaças à soberania dos países da região”, ressaltou Lula.

  • Movimentação nos portos apresenta melhor resultado da história para o mês de fevereiro

    Movimentação nos portos apresenta melhor resultado da história para o mês de fevereiro

    Os portos brasileiros movimentaram 12,4 milhões de toneladas de contêineres em fevereiro deste ano, o melhor já registrado no mês. O valor representa crescimento de 9,26% em relação ao mesmo período de 2024. Cerca de 70% da carga, o que equivale a 8,6 milhões de toneladas, foi movimentada em longo curso, outros 30%, 3,7 milhões, seguiram por cabotagem. No mesmo período, a carga geral movimentou 5,1 milhões de toneladas, com alta de 6,54% na comparação com fevereiro do ano anterior.

    Com 55,5 milhões de toneladas, os granéis sólidos tiveram redução de 5,72%. A queda dos granéis líquidos foi de 10,91%, com 24 milhões de toneladas. Os dados fazem parte do relatório divulgado nesta quarta-feira (9) pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

    Entre os produtos, os destaques do mês ficaram com milho, bauxita e fertilizantes, que tiveram altas expressivas no período. Com elevação de 41,5% no segundo mês do ano, o milho apresentou o melhor resultado. Foram 1,2 milhão de toneladas do produto escoados pelos complexos portuários. Bauxita, com 2,7 milhões de toneladas movimentadas e crescimento de 13,09%, e fertilizantes, com movimentação de 3,2 milhões de toneladas e variação positiva de 13,05%, fecharam a lista dos três itens mais movimentados em fevereiro.

    Alex Ávila, secretário Nacional de Portos, destacou que o Ministério de Portos e Aeroportos possui um planejamento estratégico para atender à demanda que os portos brasileiros terão nos próximos anos. “Para ampliar o escoamento dos produtos brasileiros nos nossos portos, nós estamos com uma carteira robusta de empreendimentos. Nos próximos dois anos, vamos leiloar 44 terminais nos principais portos brasileiros. Com investimento da ordem de R$ 15,4 bilhões, que vai gerar desenvolvimento econômico e social”, indicou.

    Desempenho portuário

    No segundo mês do ano, os portos públicos movimentaram 35,5 milhões de toneladas de cargas em fevereiro de 2025. O número representa uma oscilação inferior de 0,48% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os 20 complexos portuários públicos que mais movimentam no país, o Porto de Fortaleza (CE) cresceu 55,8% em fevereiro, período em que a movimentação registrou 0,4 milhão de toneladas.

    Terminais Privados

    Já nos terminais privados, a movimentação foi 7,18% inferior aos dados apurados em fevereiro do ano passado. O setor movimentou 61,6 milhões de toneladas de cargas. Entre os principais portos autorizados que mais movimentaram no segundo mês do ano, o Terminal Aquaviário De São Francisco Do Sul (SC) obteve o maior crescimento no indicador, com alta de 37,44%. A instalação portuária movimentou 0,9 milhão de toneladas de cargas.

  • Aposentados e pensionistas do INSS podem consultar antecipação do 13º salário a partir do dia 17

    Aposentados e pensionistas do INSS podem consultar antecipação do 13º salário a partir do dia 17

    Ovalor da primeira parcela da antecipação do 13º salário de 34,2 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderá ser consultado pela Central de Atendimento 135 ou pelo Meu INSS a partir do dia 17. O pagamento de 50% da gratificação natalina virá junto com o benefício do mês corrente, que será pago de 24 de abril a 8 de maio. A segunda parcela sairá junto com o calendário de maio, que vai de 26 de maio a 6 de junho.

    A antecipação do pagamento, que injetará R$ 73,3 bilhões na economia, foi solicitada pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. O decreto presidencial foi publicado na edição de 4 de abril no Diário Oficial da União.

    Para o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, a entrada desse pagamento antecipado dará fôlego à economia.

    “Cada conta paga, cada compra de mercado ou de remédio, é revertida em imposto, que volta para os cofres do Governo Federal”, disse Lupi

    Como consultar o extrato de pagamento

    – Acesse o site ou aplicativo Meu INSS

    – Informar seu CPF e senha

    – Clicar no campo “Do que você precisa?”

    – Escrever “Extrato de Pagamento”

    – Selecionar o serviço e baixar o documento”

    Confira como será feito o pagamento da primeira parcela do 13º salário em todo país. Os dados estão divididos por espécie de benefício (aposentadoria, pensão, auxílios e outros), por número de beneficiários, região, estado e valores que serão aportados em cada localidade.

    Beneficiários por espécie

    Pensões 8.518.133 Aposentadorias 23.718.715 Auxílios 1.957.179 Outros 84.172

    Número final do benefício

    O calendário de pagamentos leva em conta o número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço. O crédito da primeira parcela do abono será feito entre os dias 24 de abril a 8 de maio. Recebem primeiro os beneficiários que ganham até um salário-mínimo. Os aposentados e pensionistas que recebem acima do piso nacional terão o valor da parcela creditado de 2 a 8 de maio.

    PRIMEIRA PARCELA

    Até um salário-mínimo

    Final do benefício Dia do crédito 1 24/abril 2 25/abril 3 28/abril 4 29/abril 5 30/abril 6 02/maio 7 05/maio 8 06/maio 9 07/maio 0 08/maio

    Acima do piso nacional

    Final do benefício Dia do crédito 1 e 6 02/maio 2 e 7 05/maio 3 e 8 06/maio 4 e 9 07/maio 5 e 0 08/maio

    SEGUNDA PARCELA

    Até um salário-mínimo

    Final do benefício Dia do crédito 1 26/mai 2 27/mai 3 28/mai 4 29/mai 5 30/mai 6 02/jun 7 03/jun 8 04/jun 9 05/jun 0 06/jun

    Acima do piso nacional

    Final do benefício Dia do crédito 1 e 6 02/jun 2 e 7 03/jun 3 e 8 04/jun 4 e 9 05/jun 5 e 0 06/jun

    A Região Sudeste ficará com a maior fatia dos recursos destinados ao 13º salário: R$ 36,2 bilhões. Em seguida vem o Nordeste, com R$ 15,76 bilhões; e logo após a Região Sul, que receberá R$ 13,6 bilhões. O Centro-Oeste ficará com R$ 4 bilhões e o Norte com R$ 3 bilhões. O valor destinado ao Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo vai beneficiar 11,2 milhões de pessoas.

    Valores por região do Brasil

    Norte Valor Total Injetado na Economia
    R$ 3,09 bilhões Nordeste Valor Total Injetado na Economia
    R$ 15,76 bilhões Sudeste Valor Total Injetado na Economia
    R$ 36,21 bilhões Sul Valor Total Injetado na Economia
    R$ 13,6 bilhões Centro-Oeste Valor Total Injetado na Economia
    R$ 4,06 bilhões

    Pelo telefone

    Para quem não tem acesso à internet e quer saber quanto vai receber no pagamento deste mês, basta ligar para a Central 135. Na ligação terá que informar o número do CPF e confirmar algumas informações cadastrais. O atendimento é de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.

    Estado Quantidade de Beneficiários 1ª Parcela AC 80.887 R$ 67,85 milhões AL 476.023 R$ 429,52 milhões AP 43.955 R$ 40,67 milhões AM 289.215 R$ 287,38 milhões BA 2.347.398 R$ 2,16 bilhões CE 1.401.801 R$ 1,21 bilhão DF 389.750 R$ 486,15 milhões ES 665.582 R$ 689,60 milhões GO 784.227 R$ 763,06 milhões MA 1.086.110 R$ 891,43 milhões MT 439.823 R$ 410,06 milhões MS 385.659 R$ 373,82 milhões MG 3.974.852 R$ 4 bilhões PA 818.778 R$ 738,92 milhões PB 681.260 R$ 588,94 milhões PR 2.097.682 R$ 2,16 bilhões PE 1.323.794 R$ 1,24 bilhão PI 655.215 R$ 543,10 milhões RJ 2.758.013 R$ 3,39 bilhões RN 539.113 R$ 482,10 milhões RS 2.701.676 R$ 2,88 bilhões RO 242.959 R$ 208,27 milhões RR 37.558 R$ 33,75 milhões SC 1.647.257 R$ 1,74 bilhão SP 7.864.194 R$ 10,01 bilhões SE 342.499 R$ 318,11 milhões TO 202.910 R$ 171,24 milhões Total 34.278.199 R$ 36,36 bilhões Estado Quantidade de Beneficiários 2ª Parcela AC 80.887 R$ 67,88 milhões AL 476.023 R$ 429,74 milhões AP 43.955 R$ 40,69 milhões AM 289.215 R$ 287,52 milhões BA 2.347.398 R$ 2,16 bilhões CE 1.401.801 R$ 1,21 bilhão DF 389.750 R$ 486,40 milhões ES 665.582 R$ 689,96 milhões GO 784.227 R$ 763,45 milhões MA 1.086.110 R$ 891,89 milhões MT 439.823 R$ 410,27 milhões MS 385.659 R$ 374,01 milhões MG 3.974.852 R$ 4 bilhões PA 818.778 R$ 739,30 milhões PB 681.260 R$ 589,24 milhões PR 2.097.682 R$ 2,16 bilhões PE 1.323.794 R$ 1,24 bilhão PI 655.215 R$ 543,38 milhões RJ 2.758.013 R$ 3,39 bilhões RN 539.113 R$ 482,34 milhões RS 2.701.676 R$ 2,88 bilhões RO 242.959 R$ 208,38 milhões RR 37.558 R$ 33,77 milhões SC 1.647.257 R$ 1,74 bilhão SP 7.864.194 R$ 10,02 bilhões SE 342.499 R$ 318,27 milhões TO 202.910 R$ 171,33 milhões Total 34.278.199 R$ 36,38 bilhões

  • Após 4 meses de estabilidade, varejo cresce 0,5% e atinge maior patamar da série

    Após 4 meses de estabilidade, varejo cresce 0,5% e atinge maior patamar da série

    Na passagem de janeiro para fevereiro, as vendas no comércio varejista no país aumentaram 0,5% e atingiram o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000, superando em 0,3% o nível recorde anterior (outubro de 2024). O índice volta a crescer após uma série de quatro meses de variações muito próximas de zero, consideradas como estabilidade. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (9) pelo IBGE.

    “Em outubro do ano passado, móveis e eletrodomésticos, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e tecidos, vestuário e calçados eram os setores que estavam puxando o resultado, dado também um certo freio que hiper e supermercados teve ao longo de 2024”, explica o gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, Cristiano Santos.

    Quatro das oito atividades investigadas na pesquisa avançaram em fevereiro deste ano. Dentre elas, os destaques foram os setores de Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,1%) e de Móveis e eletrodomésticos (0,9%).

    “Em fevereiro, observamos a volta de um protagonismo para o setor de hiper e supermercados, após um período de seis meses, desde agosto, com variações próximas de zero, com estabilidade. Condições macroeconômicas mais complexas nos últimos meses, como a queda do número de pessoas ocupadas, a estabilidade da massa de rendimento real e a inflação da alimentação em domicílio, não incentivam o consumo de bens que não sejam de primeira necessidade. Com isso, as pessoas tendem a optar por produtos mais básicos, o que explica o crescimento maior do setor em relação aos outros”, contextualiza o pesquisador do IBGE.

    Já sobre o outro destaque positivo no mês, o gerente da PMC explica os movimentos realizados pelo setor de móveis e eletrodomésticos nos últimos meses. “O setor tem experienciado uma volatilidade grande nos resultados dos últimos meses. Observamos momentos em que esse mercado se desenvolve menos, o que abre uma possibilidade estratégica das grandes marcas de fazerem grandes promoções. Por exemplo, a Black Friday foi ruim para eletrodomésticos, o que acarretou maiores promoções no Natal e melhorou o desempenho da categoria”, destaca o gerente da PMC.

    Os outros resultados positivos em fevereiro vieram de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).

    Por outro lado, entre janeiro e fevereiro, houve taxas negativas em quatro dos oito grupos de atividades do varejo: Livros, jornais, revistas e papelaria (-7,8%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,2%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,1%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,1%).

    “A questão do setor de livros, jornais, revistas e papelaria é mais profunda, visto que podemos observar uma evasão dos produtos físicos dessa atividade, que estão indo para o consumo, para serviços como plataformas digitais. O que normalmente segura o resultado dessa atividade nos meses de crescimento, como costuma ser fevereiro, com crescimentos de 1,4% em 2023 e 17,2% em 2024, é o material didático. Em fevereiro de 2025, não houve suporte de receita vindo de material didático, como aconteceu para o mesmo mês nos últimos anos. Outro fator que influenciou no resultado foi o fechamento de mais lojas físicas, sobretudo livrarias”, analisa Cristiano.

    Já as duas atividades adicionais que compõem o varejo ampliado no indicador fevereiro frente a janeiro tiveram trajetória distinta: Veículos e motos, partes e peças caindo 2,6% e Material de construção crescendo 1,1% em volume.

    Cinco atividades do varejo avançaram frente a fevereiro do ano passado

    Em relação a fevereiro de 2024, o volume de vendas no comércio varejista avançou 1,5%, com cinco dos oito setores investigados em alta: Móveis e eletrodomésticos (9,3%), Tecidos, vestuário e calçados (8,6%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,6%) e Combustíveis e lubrificantes (1,5%).

    As outras três atividades apresentaram resultados no campo negativo: Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,2%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-3,2%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%).

    No varejo ampliado, nesta comparação, a alta foi de 2,4%, com crescimento de 10,0% em Veículos e motos, partes e peças; de 9,7% em Material de Construção, e queda de 6,5% na atividade de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo.

    Mais sobre a pesquisa

    A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista.

    Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e Unidades da Federação. Os resultados podem ser consultados no Sidra. A próxima divulgação da PMC, com os resultados para março de 2025, será em 15 de maio.

  • Receita Federal já recebeu mais de 10 milhões de declarações do Imposto de Renda 2025

    Receita Federal já recebeu mais de 10 milhões de declarações do Imposto de Renda 2025

    A Receita Federal informa que até às 10 horas desta quarta-feira (9/4) foram entregues 10.300.804 declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2025, ano-calendário 2024.

    O prazo de entrega da declaração começou no dia 17 de março, e terminará em 30 de maio.

    A expectativa é de que 46,2 milhões de declarações sejam entregues até o final do prazo.

    Estimativas por Unidade Federativa:

    IR 2025 balanço.jpg

    MIR

    O “Meu Imposto de Renda” (MIR) é uma solução online que reúne todos os serviços do imposto de renda das pessoas físicas em um só lugar.

    Você pode acessar o MIR de duas maneiras:

    ✅ Aqui pela página da Receita Federal, dentro do e-CAC , ou

    ✅ Por meio de dispositivos móveis, usando o app “Receita Federal” .

    Como a solução fornece informações que podem ser protegidas pelo sigilo fiscal, o acesso é exclusivo com o uso da conta gov.br , nos níveis ouro ou prata.

    Receita Federal alerta para golpes :

    • A instituição não envia e-mail ou SMS com links ou solicitando direcionamento para páginas não oficiais.
    • Não há como interferir no processamento da declaração do IRPF e nem nas prioridades da fila de espera das restituições.
    • Todas as informações sobre pendência ou malha estão na página oficial da Receita Federal ou no app Receita Federal.
    • Todos os serviços da Receita Federal são gratuitos.