Tag: GOVERNO

  • Correios homologa resultado final do concurso público

    Correios homologa resultado final do concurso público

    Os Correios homologaram o resultado final dos candidatos aprovados e classificados dentro do número de vagas nos editais de níveis médio e superior do concurso público nacional. A publicação está no Diário Oficial da União desta segunda-feira (14/4). Com a homologação, as convocações serão realizadas no prazo de validade do certame, respeitando a necessidade da estatal e a ordem de classificação.

    Nesta etapa, é importante que as candidatas e os candidatos aprovados mantenham os dados cadastrais atualizados e acompanhem as publicações oficiais no site dos Correios ( www.correios.com.br ) e da organizadora do concurso, o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação ( www.ibfc.org.br ).

    “A realização do concurso público nacional foi um dos compromissos que a atual gestão assumiu para fortalecer, valorizar e reconhecer as empregadas e os empregados dos Correios”, afirma o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos. Segundo ele, a renovação do quadro de pessoal é um pilar importante para potencializar os resultados pretendidos pela empresa ainda este ano.

    Após 13 anos desde a última seleção, a atual gestão realizou um concurso nacional dos Correios. Foram mais de 1 milhão de candidatos de todo o Brasil, que concorreram a 3.511 vagas, 30% delas reservadas para pessoas negras (pretas e pardas) e indígenas, quantitativo superior ao estabelecido pela legislação (20%), e 10% para pessoas com deficiência.

  • Junto com Katy Perry, Embrapa envia ao espaço plantas de batata-doce e grão-de-bico

    Junto com Katy Perry, Embrapa envia ao espaço plantas de batata-doce e grão-de-bico

    Mais do que uma tripulação estrelada, composta exclusivamente por mulheres, o voo suborbital da Blue Origin, lançado segunda-feira, (14/4), levou na bagagem plantas de batata-doce das cultivares Beauregard e Covington; e sementes do grão-de-bico BRS Alepp, desenvolvido por cientistas brasileiros nos programas de melhoramento genético da Embrapa. O voo lançou a nave New Shepard para uma viagem de turismo espacial com 6 mulheres a bordo, entre elas, a cantora Katy Perry.

    A pesquisa com essas duas espécies em condições espaciais integra as ações da Rede Space Farming Brazil , parceria entre a Embrapa e a Agência Espacial Brasileira ( AEB ), que reúne as principais pesquisas no País sobre a produção de alimentos em ambientes fora da Terra, com alta radiação e baixa gravidade. A inclusão do material brasileiro no voo foi viabilizada por um convite da Winston-Salem State University (WSSU), no estado da Carolina do Norte, EUA. A astronauta que conduzirá os experimentos com as sementes brasileiras, Aisha Bowe, é ex-cientista de foguetes da WSSU e mantém parceria com a Odyssey, empresa de operações e ciências espaciais da universidade que viabilizou os experimentos na missão da Blue Origin.

    A batata-doce e o grão-de-bico foram escolhidos porque reúnem vantagens agronômicas e nutricionais, quando se considera os desafios tecnológicos e científicos de cultivar plantas no espaço. Elas são espécies adaptáveis e resilientes, de rápido crescimento e fácil manejo, que conseguem se desenvolver bem em condições adversas, mesmo com o mínimo aporte de insumos ao longo do ciclo de produção.

    Como contribuição para a dieta de astronautas, a batata-doce é uma fonte de carboidratos de baixo índice glicêmico e suas folhas oferecem uma alternativa de consumo como proteína vegetal. “As raízes da batata-doce produzem compostos bioativos que promovem a saúde humana, pois atuam como poderosos antioxidantes naturais que inibem a ação de radicais livres no organismo. Esse consumo é especialmente valioso em ambientes expostos à radiação, como nas condições da Lua, de Marte ou na Estação Espacial Internacional”, explica a engenheira-agrônoma Larissa Vendrame , pesquisadora da área de melhoramento genético da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF).

    As batatas-doces que serão avaliadas nesta fase da pesquisa são a cultivar Covington, desenvolvida pela North Carolina State University (EUA); e a cultivar Beauregard , obtida pela Louisiana State University (EUA) e registrada no Brasil pela Embrapa, como instituição mantenedora. Ambas as cultivares possuem polpa alaranjada, indicativo da presença de betacaroteno, um pigmento natural que é precursor da provitamina A no organismo humano, e cujo consumo traz benefícios para a saúde dos olhos e da pele.

    Conhecido como o grão da felicidade, a escolha do grão-de-bico considera seu alto teor de proteínas. “A cultivar BRS Aleppo foi eleita para essa missão em função de seu alto valor nutricional e pela alta adaptabilidade do cultivo”, pondera o pesquisador Fábio Suinaga , da área de melhoramento genético vegetal da Embrapa Hortaliças.

    A busca no espaço por respostas para a Terra

    A pesquisa com grão-de-bico busca desenvolver plantas mais produtivas, com menor altura e ramificações mais eretas, um porte mais adequado às limitações do ambiente espacial. “Estamos planejando submeter sementes de grão-de-bico à radiação Gama e aos nêutrons, que atuam como geradores de variabilidade genética, da mesma forma que os cruzamentos realizados em laboratório e campos experimentais”, explica Suinaga, ao aventar a possibilidade de achar, ao longo desse processo, plantas mais precoces e resistentes.

    O cultivo de plantas no espaço demanda tanto o desenvolvimento de sistemas de produção sem solo ou com regolito (“solos”) lunares e marcianos, quanto cultivares selecionadas para condições de baixa disponibilidade de água e nutrientes. Segundo Vendrame, esses desafios são também demandas reais do setor produtivo de batata-doce para as condições de cultivo nas lavouras brasileiras. “Contamos com uma equipe multidisciplinar de pesquisadores de ponta que compõem a Rede de Agricultura Espacial Brasileira, por isso, a expectativa é obter novas cultivares com as características desejadas de modo mais rápido a partir de uma pesquisa inovadora”, conclui.

    A pesquisa em agricultura espacial deve acelerar o melhoramento genético e trazer inovações para a agricultura praticada na Terra, especialmente com o avanço das mudanças do clima. Além disso, espera-se alcançar diversos impactos, os chamados spin-offs, capazes de promover saltos no conhecimento agronômico brasileiro e gerar novas tecnologias.

    “Muitos são os exemplos de soluções espaciais que tiveram aplicações no cotidiano das pessoas. A NASA já publicou mais de duas mil dessas tecnologias que são utilizadas no nosso dia a dia, como telas de celulares, ferramentas sem fio, termômetros com infravermelho, comida desidratada, etc. Da mesma forma, podemos avançar muito em tecnologias modernas para auxílio na agricultura brasileira, usando inteligência artificial na irrigação, melhoria e adequação de plantas em cultivo indoor, novas cultivares mais tolerantes à seca, mais eficientes no uso da energia ou mais adaptadas aos desafios impostos pelas mudanças climáticas, mais produtivas e mais nutritivas”, destacou a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste, Alessandra Fávero, que coordena a Rede Space Farming Brazil.

    A idealização do experimento foi feita por pesquisadores de diversas instituições participantes da rede. No retorno das amostras ao Brasil, cientistas da rede se juntarão para avaliar o material recebido.

    A rede de agricultura espacial brasileira

    A rede Space Farming Brazil foi criada para inovar na produção de alimentos em ambientes fora da Terra. Este grupo de cientistas está trabalhando no desenvolvimento de sistemas de produção adaptáveis ao espaço, buscando soluções para desafios complexos, garantindo a produção de alimentos em condições de elevada radiação, baixa gravidade e ausência de solo.

    Em novembro de 2023, foi firmado um protocolo de intenções entre a Embrapa e a Agência Espacial Brasileira (AEB) em prol da participação do País no Programa Artemis, da Nasa, que reúne projetos de colaboração internacional. Desde então, a Embrapa atua como provedora de dados, tecnologias e produtos que serão usados tanto no espaço quanto no dia a dia da sociedade brasileira, gerando novas oportunidades para superar desafios como o das mudanças climáticas, novas formas de produção e cultivares adaptadas a condições extremas e a novos mercados.

    Atualmente, a Rede é composta por 56 pesquisadores de 22 instituições diferentes: Agência Espacial Brasileira ( AEB ), Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo ( Cena-USP ), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ( Embrapa ), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo ( Esalq-USP ), Instituto Agronômico ( IAC ), Instituto de Estudos Avançados ( IEAv ), Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo ( IGc-USP ), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ( Inpe ), Instituto de Química da Universidade de São Paulo ( IQ-USP ), Instituto Tecnológico de Aeronáutica ( ITA ), Florida Tech University ( FIT ), Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos ( PITSJC ), Universidade da Flórida ( UFl ), Universidade de Newcastle ( NCL ), Universidade Federal do ABC ( UFABC ), Universidade Federal de Lavras ( Ufla ), Universidade Federal de Pelotas ( UFPel ), Universidade Federal do Rio Grande do Norte ( UFRN ), Universidade Federal de São Carlos ( UFSCar ), Universidade Federal de Santa Maria ( UFSM ), Universidade Federal de Viçosa ( UFV ) e Winston Salem State University ( WSSU ).

  • Mais de 4 milhões de trabalhadores começam a receber o Abono Salarial nesta semana

    Mais de 4 milhões de trabalhadores começam a receber o Abono Salarial nesta semana

    O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) inicia, no dia 15 de abril, o pagamento do terceiro lote do Abono Salarial. Ao todo, 4.380.715 trabalhadores nascidos em março e abril serão contemplados, com a liberação de R$ 5,1 bilhões em benefícios.

    O Abono Salarial será pago a 3.881.503 trabalhadores da iniciativa privada, com direito ao PIS, por meio da Caixa Econômica Federal, e a 499.212 servidores públicos, com direito ao PASEP, pago pelo Banco do Brasil. Os valores variam de R$ 127,00 a R$ 1.518,00, conforme a quantidade de meses trabalhados em 2023.

    O pagamento do Abono Salarial 2025, referente ao ano-base 2023, começou em 17 de fevereiro e os valores estarão disponíveis para saque até 29 de dezembro.

    Quem tem direito – Tem direito ao Abono Salarial os trabalhadores que atendem aos critérios de habilitação, como estar cadastrado no PIS/PASEP há pelo menos cinco anos, contados da data do primeiro vínculo; ter recebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), até 2 (dois) salários mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado; ter exercido atividade remunerada, durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração; ter seus dados, do ano-base 2023 informados pelo empregador corretamente no eSocial.

    Pagamento na CAIXA – O pagamento do Abono Salarial na Caixa será realizado prioritariamente por crédito em conta CAIXA, quando o trabalhador possuir conta corrente ou conta poupança ou Conta Digital; por crédito pelo aplicativo CAIXA Tem, em conta poupança social digital, aberta automaticamente pela CAIXA.

    Para o trabalhador não correntista será realizado o pagamento em canais como agência, lotéricas, autoatendimento, CAIXA Aqui e demais canais de pagamentos oferecidos pela Caixa.

    Pagamento no Banco do Brasil – No Banco do Brasil o pagamento do Abono Salarial será realizado prioritariamente como crédito em conta bancária; transferência via TED, via PIX ou presencial nas agências de atendimento para trabalhadores não correntista e que não possua pix.

    Informações adicionais poderão ser solicitadas nos canais de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego e nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho, pelo telefone 158.

    Calendário de Pagamento do Abono Salarial:

    NASCIDOS EM RECEBEM A PARTIR DE RECEBEM A PARTIR DE JANEIRO 17/02/2025 29/12/2025 FEVEREIRO 17/03/2025 29/12/2025 MARÇO 15/04/2025 29/12/2025 ABRIL 15/04/2025 29/12/2025 MAIO 15/05/2025 29/12/2025 JUNHO 15/05/2025 29/12/2025 JULHO 16/06/2025 29/12/2025 AGOSTO 16/06/2025 29/12/2025 SETEMBRO 15/07/2025 29/12/2025 OUTUBRO 15/07/2025 29/12/2025 NOVEMBRO 15/08/2025 29/12/2025 DEZEMBRO 15/08/2025 29/12/2025

  • PF, ICMBio e Força Nacional combatem garimpo ilegal no Parque Nacional dos Campos Amazônicos

    PF, ICMBio e Força Nacional combatem garimpo ilegal no Parque Nacional dos Campos Amazônicos

    A Polícia Federal, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e a Força Nacional de Segurança Pública deflagram a Operação Murus Viridis em resposta à atividade garimpeira ilegal no interior do Parque Nacional dos Campos Amazônicos, unidade de conservação de proteção integral, localizada entre os estados do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.

    Durante a ação, foram inutilizadas seis escavadeiras hidráulica, três caminhões, nove motores bombas, três motocicletas e seis caixas separadora. Além disso, foram desmobilizados 16 barracões de garimpo e apreendidos oito mil litros de óleo diesel. O objetivo principal da operação é a desintrusão das estruturas utilizadas para o garimpo ilegal, com foco na preservação ambiental e na repressão qualificada a crimes contra o meio ambiente.

    A Polícia Federal, no decorrer da atividade, também promoveu diligências voltadas à colheita de elementos de inteligência e informações de polícia judiciária, que subsidiarão a instauração de procedimentos investigativos com o intuito de identificar os líderes e financiadores da atividade ilícita, bem como suas conexões com o crime organizado.

    A operação integra uma estratégia mais ampla de enfrentamento à criminalidade ambiental na Amazônia Legal, voltada à interrupção da cadeia logística e financeira do garimpo ilegal, ao enfraquecimento das organizações criminosas atuantes na região e à garantia da proteção das populações tradicionais e dos ecossistemas sensíveis da unidade de conservação.

  • Mato Grosso abre licitação internacional para construção de novo Data Center

    Mato Grosso abre licitação internacional para construção de novo Data Center

    O governo de Mato Grosso lançou uma licitação pública internacional para a implantação de um novo Data Center. A medida faz parte do programa de modernização da gestão fiscal estadual, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

    O processo visa contratar empresas especializadas para fornecer bens e serviços voltados à construção e operação da nova estrutura, com o objetivo de reforçar a infraestrutura tecnológica da administração pública.

    A licitação está dividida em dois lotes: o primeiro, voltado à implantação do Complexo Data Center, tem orçamento estimado em pouco mais de R$ 53 milhões; o segundo, que trata da instalação da Sala Cofre, prevê recursos superiores a R$ 5 milhões. Os contratos terão validade de até 80 meses, incluindo cinco anos de manutenção.

    Empresas interessadas poderão apresentar propostas até 19 de maio de 2025, às 17h30 (horário local). A abertura dos envelopes está marcada para o dia 21 do mesmo mês, às 10h, em sessão pública realizada na sede da Secretaria de Fazenda, em Cuiabá. A reunião também será transmitida online.

  • Modelo de gestão no Hospital Central de Mato Grosso pode economizar R$ 46 milhões ao ano

    Modelo de gestão no Hospital Central de Mato Grosso pode economizar R$ 46 milhões ao ano

    O Governo de Mato Grosso propôs que o Hospital Central de Cuiabá seja administrado por uma instituição privada de referência nacional. A medida, enviada em regime de urgência à Assembleia Legislativa, deve gerar economia de até R$ 46,8 milhões por ano, ao absorver serviços hoje realizados pelo Hospital Estadual Santa Casa, Tratamento Fora de Domicílio e judicializações.

    A unidade terá custo mensal estimado em R$ 34,9 milhões, mas o Estado arcará com cerca de R$ 24 milhões, considerando repasses de R$ 10 milhões do Ministério da Saúde, devido à habilitação de serviços de alta complexidade. Hoje, o gasto mensal com os serviços que serão incorporados gira em torno de R$ 28 milhões.

    Com 98% das obras concluídas após mais de 30 anos de paralisação, o hospital terá 32 mil m² de área construída, 180 enfermarias, 96 leitos de UTI, 10 salas cirúrgicas e estrutura para cirurgia robótica. Serão oferecidas 15 especialidades médicas e programas de residência em até 11 áreas.

    A nova estrutura foi planejada para atender às exigências técnicas do Ministério da Saúde, o que deve garantir repasses mensais de R$ 10,6 milhões. A expectativa é melhorar o atendimento e reduzir custos com contratações externas e ações judiciais.

  • Carteira de Identidade Nacional já alcança mais de 25% da população do Acre

    Carteira de Identidade Nacional já alcança mais de 25% da população do Acre

    O Acre foi o segundo estado brasileiro a emitir a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) para mais de 25% de sua população , que é composta por 880 mil pessoas. Ao todo, foram entregues mais de 222 mil documentos para a população acreana. Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), já foram emitidas mais de 23,5 milhões de CINs em todo o Brasil até essa sexta-feira (11/4 ).

    Uma dessas pessoas é o Cacique Joel Ferreira Lima Puyanawa, da Terra Indígena Puyanawa , que fica localizada no município de Mâncio Lima, cidade a cerca de 670 km de distância da capital Rio Branco. Em setembro de 2023, uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), da Defensoria Pública do Estado do Acre (DPE/AC) e do governo do estado possibilitou a emissão da CIN para ele. “Hoje temos um documento que já nos identifica n a etnia que nós somos, do povo indígena da etnia Puyanawa”, celebra Joel.

    De acordo com o cacique, a CIN também possibilitou o acesso a diversos benefícios sociais pela população da Terra Indígena. “A gente teve a agilidade nos processos de auxílio de doença, auxílio de maternidade, auxílio de aposentadoria . Quando a gente d á entrada em um benefício, já tem um documento que comprova que a gente realmente é indígena”, explicou.

    Uma outra pessoa beneficiada pela emissão da CIN foi Maria José Ferreira do Nascimento, que precisava atualizar a carteira de identidade de seu filho Viliam Pereira do Nascimento. Dona Maria, como ela é conhecida na região, é ribeirinha, mora nas margens do Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul do Acre. Ela relata que o filho, uma pessoa com deficiência, já estava há 15 anos sem renovar a identidade, o que gerava dificuldades na hora de receber benefícios em um banco ou atualizar o cadastro com a equipe de Assistência Social do estado.

    Para emitir o documento para os dois, a Polícia Civil do Acre teve que ir até a casa de Dona Maria. Assim, foi necessária uma viagem de carro e outra de barco para realizar o atendimento . Em conversa com o policial que realizou a emissão , ela se diz satisfeita. “Ainda bem que você apareceu, graças a Deus você tirou e veio devolver na minha casa. Então, quero agradecer” , diz Dona Maria.

    Já a Procuradora do Estado do Acre, Márcia Regina de Sousa Pereira, relata que fez a emissão da sua nova identidade em novembro de 2024. Ela explica que precisava atualizar seu documento porque o antigo já tinha mais de 20 anos. “Quando soube que no Acre já estávamos com o novo modelo somente com número do CPF, não tive dúvida que queria o novo documento”, afirmou. A procuradora relata que o processo para emissão foi ágil. “ Foi muito tranquilo porque aqui em Rio Branco (AC) temos um serviço de atendimento público que atende de forma rápida o cidadão”, complementou.

    Vantagens

    Entre as vantagens da CIN está o padrão nacional e o número único para todo o país. Isso acaba, por exemplo, com a possibilidade de uma pessoa emitir diversas carteiras de identidade em cada uma das 27 unidades da federação, pois o número do CPF passa a ser o registro nacional do brasileiro. Desta forma, o cidadão ou cidadã continuará com o mesmo número de identificação em qualquer estado.

    Segundo o secretário de Governo Digital do MGI, Rogério Mascarenhas, esses exemplos mostram como a CIN dá cidadania para essas pessoas. “Aqui no ministério, nós temos um olhar de não deixar ninguém para trás. Esses relatos sobre a CIN demonstram que a nossa parceria com os estados para a emissão do novo documento está no caminho certo . Celebro também o governo acreano por ter alcançado esse importante marca”, disse o secretário.

    Emissões

    O primeiro estado a alcançar a marca de emissões para 25% de sua população foi o Piauí em outubro de 2024. Segue abaixo uma lista dos estados que mais emitiram nesse quesito :

    Estado

    Emissões por porcentagem da população

    Piauí

    32,60%

    Acre

    25,26%

    Alagoas

    21,01%

    Mato Grosso

    20,83%

    Sergipe

    19,25%

    Em caso de dúvidas sobre a CIN, acesse gov.br/identidade

  • Governo prepara contratação antecipada de aeronaves para combate a incêndios florestais

    Governo prepara contratação antecipada de aeronaves para combate a incêndios florestais

    A Central de Compras da Secretaria de Gestão e Inovação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) lançou, nesta sexta-feira, (11/4), a Intenção de Registro de Preços (IRP) 09/2025 para a contratação centralizada de serviços contínuos de horas voo de aeronaves, na modalidade fretamento. A medida tem como objetivo reforçar a estrutura de resposta dos órgãos públicos na prevenção e combate a incêndios florestais e em outros biomas, e em outras emergências decorrentes de catástrofes naturais.

    Coordenada em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a IRP está aberta à adesão de todos os entes da federação. O serviço inclui operação, abastecimento, manutenção e transporte de pessoal e equipamentos, complementando os meios aéreos atualmente disponíveis nos órgãos responsáveis pelas ações de enfrentamento.

    Com a contratação, será possível garantir o deslocamento ágil de brigadistas, equipamentos de proteção e materiais essenciais para todo o território nacional. A utilização das aeronaves também viabiliza voos de reconhecimento, mapeamento de áreas de risco e identificação precoce de novos focos de incêndio, contribuindo para uma resposta mais rápida e eficiente.

    A expectativa é que a iniciativa reduza o tempo de atendimento a ocorrências, aumente a eficiência das operações e minimize os danos causados por desastres naturais. A adesão à IRP será realizada eletronicamente por meio do portal Compras.gov.br até o dia 28 de abril. Para acessar é necessário que o agente público esteja logado no portal de compr as.

     

  • Avanços no tratamento da doença de Parkinson: tecnologia e esperança para pacientes no SUS

    Avanços no tratamento da doença de Parkinson: tecnologia e esperança para pacientes no SUS

    Jozivan de Sousa, 43 anos, de Entre Rios (BA), recebeu o diagnóstico de doença de Parkinson aos 36 anos, durante um exame para obtenção da habilitação. A doença impactou seu trabalho devido às dificuldades motoras e, até mesmo para dormir, ele precisava de ajuda para realizar a simples tarefa de virar na cama. Apesar das limitações, Jozivan carregava um sonho: sabia que a doença não tinha cura, mas conhecia um procedimento capaz de melhorar sua qualidade de vida. Esse sonho se tornou realidade no dia 13 de fevereiro deste ano.

    Ele foi o primeiro paciente do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia (Hupes-UFBA/Ebserh) a passar pela cirurgia de implante de eletrodos de estimulação cerebral profunda ( DBS- Deep Brain Stimulation ) para o tratamento da doença de Parkinson. O procedimento representou um avanço significativo para a unidade hospitalar, consolidando sua capacidade de realizar intervenções de alta tecnologia na Bahia e trazendo benefícios para o Sistema Único de Saúde (SUS).

    No dia 11 de abril, celebra-se o Dia da Conscientização da doença de Parkinson. De acordo com as estimativas globais da OMS, mais de 8,5 milhões de pessoas em todo o mundo são diagnosticadas com a patologia. Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, esse número tende a aumentar.

    A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), por meio de seus hospitais universitários, tem feito a diferença na vida de pacientes de todo o país. “Já fui pela terceira vez ao hospital receber a carga (estímulo). Posso dizer que já apresentei melhoras. Minha voz melhorou, já consigo escovar os dentes, tomar banho. Tudo isso vejo como uma vitória”, comemora Jozivan.

    Segunda doença degenerativa mais frequente do sistema nervoso central

    Roberta Kauark, preceptora da residência de Neurologia do Hupes, explica que a doença de Parkinson é a segunda patologia neurodegenerativa mais comum, ficando atrás apenas da doença de Alzheimer. “A prevalência varia conforme a faixa etária e a região, mas, em geral, estima-se que afete cerca de 1 a 2% da população acima de 60 anos e até 4% dos idosos com mais de 80 anos”, relata.

    A neurologista explica que a doença é progressiva e afeta a qualidade de vida de diferentes formas, podendo ter um prejuízo motor, que afeta a mobilidade e a independência funcional, impactando o manuseio de instrumentos e o autocuidado; o não motor que pode causar dor, constipação intestinal e sintomas psiquiátricos como depressão e ansiedade; e o social por conta do tremor, lentidão e alteração de equilíbrio.

    Sem causa definida

    Para Jairo Ângelos, neurocirurgião do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA/Ebserh), a causa da doença ainda é uma pergunta a ser respondida pela ciência. “Em torno de 95% dos casos, ela surge de maneira desconhecida na população. Acredita-se, no entanto, que possa haver uma combinação entre predisposição genética e um fator externo desconhecido, que desencadeia as alterações patológicas. O desenvolvimento dos sintomas baseia-se na diminuição da dopamina, o neurotransmissor responsável pelo controle dos movimentos no corpo”.

    Ana Lucia Rosso, chefe da Unidade de Sistema Nervoso e responsável pelo Setor de Distúrbios do Movimento do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/Ebserh), no Rio de Janeiro, ressalta que a principal medicação para tratar os sintomas motores está disponível no Brasil desde a década de 1970.

    “O princípio ativo é a levodopa associada a um inibidor da enzima dopa-descarboxilase. Outras drogas são utilizadas, mas possuem efeitos menores do que a levodopa. Atualmente, as pesquisas estão voltadas para substâncias que impedem a progressão da doença. Até hoje, não há nenhuma medicação capaz disso”, explica Ana Lucia. Ela acrescenta que os estudos indicam que os exercícios aeróbicos, como corrida, natação e dança, entre outros, podem contribuir para reduzir a progressão da doença, embora ainda não haja comprovação científica.

    Entre os principais desafios no tratamento do Parkinson, Roberta Kauark destaca: ausência de terapia modificadora da doença; a resposta diferente de cada indivíduo ao tratamento e seus efeitos colaterais; a necessidade de tratamento multidisciplinar; a presença de sintomas não motores que não respondem ao tratamento convencional com levodopa; e a dificuldade de acesso a terapias avançadas.

    Terapias avançadas na Ebserh

    A cirurgia realizada em Jozivan implanta eletrodos multidirecionais em regiões específicas do cérebro. Esses eletrodos são conectados a um gerador de impulsos, semelhante a um marca-passo, implantado sob a pele do peito. O dispositivo emite estímulo elétrico ao cérebro, ajudando a regular os sinais nervosos anormais que causam os sintomas motores da doença de Parkinson. Entretanto, os especialistas reforçam que nem todos os pacientes têm indicação para a cirurgia, cada caso é avaliado pela equipe médica e multiprofissional.

    Após dois meses do implante do DBS, Jozivan só tem motivos para comemorar. “Faço 44 anos dia 15 de abril, quatro dias depois da data que marca a conscientização sobre a doença de Parkinson. Estou muito feliz por ter tido essa oportunidade, foram muitos anos de luta e de muita dificuldade”, frisa.

    No Hupes, são atendidos, em média, de 80 a 100 pacientes por mês no ambulatório. O hospital oferece a cirurgia de implante de DBS, além da programação do dispositivo, garantindo um atendimento completo ao paciente, desde o diagnóstico até a intervenção cirúrgica.

    No HUCFF-UFRJ, os atendimentos ocorrem às quartas-feiras, com cerca de 16 a 20 pacientes por semana. São realizados diagnóstico clínico, ultrassom transcraniano, teste do olfato, avaliação para indicação de cirurgia para implante do estimulador cerebral profundo, ajuste do gerador de impulsos, aplicação de toxina botulínica para produção excessiva de saliva e posturas distônicas (contrações musculares involuntárias).

    O HU-UFMA conta com um ambulatório especializado em Distúrbios do Movimento na Neurologia, onde são oferecidas consultas médicas, aplicação de toxina botulínica e triagem para possíveis casos cirúrgicos. “O hospital já realiza a cirurgia de palidotomia, que consiste na lesão térmica de uma região do cérebro responsável pelo controle dos movimentos anormais de um lado do corpo. Além disso, está em processo de implementação da estimulação cerebral profunda”, conclui o neurocirugião Jairo.

    Sobre a Ebserh

    Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

    Por: Danielle Morais, com edição de Danielle Campos
    Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh

  • Justiça exige que criadores de gado desocupem áreas degradadas no Pantanal

    Justiça exige que criadores de gado desocupem áreas degradadas no Pantanal

    A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério Público Federal (MPF) obtiveram decisão liminar que proíbe a exploração de 6.419,72 hectares que foram degradados com grande criação de gado, em duas fazendas, localizadas em terras da União, na região do Pantanal, no estado do Mato Grosso do Sul (MS). Três proprietários, responsáveis pelas fazendas, terão ainda que promover a retirada do gado das áreas, arcando com os custos desta operação, sob pena de multa diária.

    A decisão, da Justiça Federal em Corumbá (MS), foi proferida em Ação Civil Pública proposta no âmbito do AGU Enfrenta, Grupo de Enfrentamento Estratégico aos Ilícitos e Crimes Ambientais, instituído em 2024, e resultado da articulação com a Polícia Federal (PF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Na ACP, a AGU cobra indenização de R$ 725 milhões dos infratores ambientais.

    Segundo a procuradora-chefe da Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente (Pronaclima), Mariana Cirne, o deferimento da liminar mostra que a AGU e o MPF ganham ao unir forças para combater o crime ambiental. “Os infratores responderão em todas as frentes: com as penas criminais, com as multas administrativas do Ibama e, a partir dessa decisão, com a reparação do dano ambiental. Esse é o recado que queremos dar: os incêndios não ficarão impunes,” ressaltou.

    A AGU demonstrou, com base em inquérito da Polícia Federal, que após intensas queimadas registradas entre os meses de junho e setembro de 2020, os réus instalaram duas fazendas no local dedicadas à pecuária, com aproximadamente 3 mil hectares cada uma, construindo estradas, currais e edificações para ocupação humana.

    Os réus vinham explorando economicamente a área, promovendo queimada para limpeza de pastagem, e impedindo a regeneração do bioma desde 2021. Em junho de 2024, uma operação do Ibama constatou a continuidade das práticas de infrações ambientais.

    Liminar

    De acordo com a decisão liminar, analisando o contexto apresentado pela AGU e pelo MPF, o objetivo é cessar imediatamente a exploração do local. “Indicada a existência de dano ambiental, é imperiosa a interrupção do ato ilícito para se buscar a regeneração natural paulatina da área degradada, tudo com o intuito de evitar a piora da degradação do bioma”, registra trecho da decisão.

    A Justiça determinou ainda que a área deve ficar em descanso, sem exploração, “para que tenha início o processo de regeneração natural paulatina, durante a tramitação da lide”.

    “Cabe ao Estado brasileiro assegurar a proteção do meio ambiente, responsabilidade que vem sendo cumprida por meio da atuação conjunta da Advocacia-Geral da União e do Ministério Público FederaL”, complementou o advogado da União Lucas Campos, da Procuradoria-Geral da União.