Tag: GOVERNO

  • Receita do turismo internacional cresce 22% e bate recorde em fevereiro

    Receita do turismo internacional cresce 22% e bate recorde em fevereiro

    O turismo internacional segue em alta no Brasil e bateu novo recorde em fevereiro de 2025. Os turistas estrangeiros gastaram US$ 823 milhões (R$ 4,7 bilhões) no país durante o mês, um aumento de 22,2% em relação a fevereiro de 2024. No acumulado do bimestre, os valores alcançaram US$ 1,628 bilhão (R$ 9,3 bilhões), o equivalente a 10,4% de crescimento, também recorde para o período.

    No primeiro bimestre do ano, o Brasil recebeu 2,8 milhões de turistas, 57% a mais que em 2024. Os dados divulgados pelo Banco Central, na última quarta-feira (26), reforçam a tendência de crescimento do setor turístico no Brasil. Para o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, os números demonstram o potencial do país como destino competitivo no cenário global e refletem os esforços para promover o Brasil internacionalmente.

    “O turismo internacional tornou-se um grande motor da economia do Brasil. É o setor que mais cresce e gera muitos empregos, afinal é onde 95% dos negócios são em micro, pequenas e médias empresas”, destaca Freixo.

    “Os sucessivos recordes que o país vem batendo no turismo mostram o sucesso de nossa estratégia de promoção internacional. O Brasil tá na moda, mas é graças ao trabalho conjunto dos poderes público e privado que esse interesse crescente em nos conhecer é acompanhado de crescimento da conectividade aérea e da oferta de pacotes turísticos no exterior com destino ao Brasil, o que garantiu que esses turistas conseguissem vir nos visitar”, completa o presidente da Embratur.

    O ministro do Turismo, Celso Sabino, destacou a importância do setor para o fortalecimento da economia do país. “Esse aumento expressivo mostra que o Brasil está cada vez mais preparado para receber bem os turistas estrangeiros. Estamos colhendo os frutos dos investimentos em promoção internacional, infraestrutura e qualificação. O turismo é uma poderosa ferramenta de geração de inclusão, empregos e renda para o nosso povo”, afirmou.

    Os dados são especialmente relevantes para o Brasil, pois demonstram o potencial do turismo como uma das principais fontes de entrada de divisas no país. “Além de impulsionar setores como comércio, serviços e transporte, o crescimento nos gastos de estrangeiros fortalece as economias locais, estimula novos investimentos e contribui para o desenvolvimento sustentável de diversos destinos turísticos brasileiros”, finalizou o ministro.

    Eventos internacionais

    Impulsionado por um calendário de eventos internacionais que deve atrair ainda mais visitantes ao país, o Brasil segue em crescimento. A realização da cúpula do BRICS, em julho, no Rio de Janeiro, colocará mais uma vez o país no centro das atenções globais, reunindo líderes e representantes das principais economias emergentes.

    Além do impacto econômico gerado pela chegada de delegações oficiais, a movimentação turística será reforçada pela presença de empresários, jornalistas e visitantes específicos no evento, fortalecendo a rede hoteleira, o setor gastronômico e demais serviços ligados ao turismo.

    A expectativa é que esse bom desempenho se estenda até o fim de 2025, impulsionado também pela realização da COP 30, em novembro, no estado do Pará. O encontro, que discutirá o futuro do clima global, deverá atrair a atenção do planeta para o Brasil, gerando demanda para o turismo ecológico e sustentável na região amazônica.

    Com isso, o Brasil reforça sua posição como destino chave para o turismo de eventos e negócios, ao mesmo tempo em que amplia a visibilidade de suas riquezas naturais, contribuindo para o crescimento do setor ao longo do ano.

    “Estamos trabalhando para consolidar o Brasil como um dos principais destinos do mundo. O turismo gera desenvolvimento econômico, fortalece a identidade nacional e promove intercâmbios culturais. Esse crescimento nos anima a continuar investindo na promoção do país e na melhoria da experiência dos visitantes”, ressaltou Marcelo Freixo.

  • O Brasil Quilombola: dados que contam histórias e construções ancestrais

    O Brasil Quilombola: dados que contam histórias e construções ancestrais

    No último dia 27 de março, a Fundação Cultural Palmares foi cenário de um encontro marcante. O evento “O Brasil Quilombola” reuniu lideranças quilombolas, representantes institucionais e pesquisadores para celebrar o lançamento da publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com os dados do primeiro Censo da População Quilombola. A divulgação desses números representa um avanço histórico no reconhecimento dessas comunidades, que há séculos lutam para afirmar sua existência no país.

    O censo surge como resposta a uma demanda antiga dos movimentos sociais e das lideranças quilombolas, que sempre reivindicaram visibilidade para suas histórias, modos de vida e demandas específicas. Júnia Quiroga, representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), trouxe ao evento uma reflexão que simbolizou esse momento: “Exu matou um pássaro ontem com uma pedra que só jogou hoje.” A metáfora expressa o longo percurso de luta para alcançar direitos e reconhecimento. As conquistas atuais resultam de processos históricos que, por vezes, permanecem ocultos sob o peso da invisibilidade. Para as comunidades quilombolas, a publicação do censo é um ato de afirmação, um passo importante para transformar histórias de resistência em políticas concretas.

    Um retrato inédito da população quilombola

    Os dados apresentados pelo IBGE rompem com a ausência de informações oficiais sobre uma parcela significativa da população brasileira. Mais de 1,3 milhão de quilombolas vivem em cerca de 1.700 municípios. Pela primeira vez, essas comunidades são mapeadas com precisão, o que permite dimensionar sua presença no território nacional. Marta Antunes, diretora de pesquisa do IBGE, ressaltou a relevância desse registro: “O censo nos permitiu ver o que antes não tinha forma oficial. Agora sabemos quantos são, onde estão e como vivem. Isso muda a forma de pensar as políticas para essas comunidades.”

    Esse conhecimento concreto abre novas possibilidades para a construção de políticas públicas mais alinhadas com a realidade quilombola. Até então, a ausência de dados dificultava a criação de iniciativas específicas e adequadas às demandas dessas populações. Ao registrar números e transformá-los em informações acessíveis e úteis, a publicação fortalece o protagonismo das comunidades e assegura que seus direitos não permaneçam apenas no discurso.

    Luta por reconhecimento e direitos

    O coordenador da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), Arilson Ventura, afirmou que o censo não apenas registra a presença quilombola, mas também reforça a luta por direitos. “Ter esses números é um passo fundamental para cobrarmos que as políticas públicas finalmente contemplem as demandas dos quilombolas. A resistência que herdamos de Zumbi dos Palmares está viva. E agora temos mais um instrumento para seguir em frente”, declarou.

    Ventura destacou que, embora o levantamento seja uma conquista, ainda há um longo caminho pela frente. A realidade quilombola permanece marcada por dificuldades no acesso à terra, saúde, educação e infraestrutura. O reconhecimento estatístico se mostra fundamental, mas precisa se traduzir em ações concretas que garantam dignidade às comunidades. Ao registrar a presença quilombola, o censo também documenta a dívida histórica que o Estado brasileiro ainda precisa enfrentar.

    Compromisso com a história e o futuro

    Para o presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, o censo representa uma reparação simbólica e prática. Ele destacou que o Brasil, ao reconhecer a população quilombola em seus números oficiais, dá um passo necessário para corrigir uma lacuna histórica. “O Brasil sempre teve uma relação ambígua com sua ancestralidade negra. Ter esses números registrados não é apenas estatística; é uma declaração de que essas comunidades existem, resistem e têm direito a políticas que atendam suas necessidades reais”, afirmou.

    A publicação lançada pelo IBGE, disponível em formato PDF, oferece um panorama abrangente sobre a distribuição geográfica dos quilombolas, além de dados sobre faixa etária, divisão por gênero e condições sociais e econômicas. Organizado de forma clara e acessível, o documento dialoga com quem busca compreender as realidades quilombolas e, sobretudo, promover mudanças a partir dessas informações.

    O evento “O Brasil Quilombola” não se limitou à celebração de um marco estatístico. Refletiu um movimento coletivo para transformar visibilidade em direitos, presença em políticas públicas e história em dignidade. As lideranças quilombolas presentes destacaram que os dados do censo fortalecem suas vozes e que, a partir desse reconhecimento, esperam que o Estado brasileiro finalmente cumpra seu papel de garantir condições de vida dignas às comunidades.

  • Anvisa interdita creme dental Colgate Total Clean Mint

    Anvisa interdita creme dental Colgate Total Clean Mint

    Foi publicada nessa quinta-feira (27/3) a RESOLUÇÃO-RE Nº 1.158, DE 26 DE MARÇO DE 2025, que determina a interdição cautelar de todos os lotes do creme dental Colgate Total Clean Mint, que contém em sua formulação a substância fluoreto de estanho, que é um agente de cuidado bucal.

    A decisão é resultado de uma avaliação de risco feita pela Anvisa e foi adotada diante da ocorrência de um número significativo de efeitos indesejáveis associados ao uso do produto creme dental Colgate Total Prevenção Ativa, lançado no país em julho de 2024 com nova formulação.

    Entre os eventos relatados pelos usuários estão lesões bucais, sensações dolorosas, sensação de queimação/ardência, inflamação gengival, e edema labial. Estes sintomas têm impactado significativamente a qualidade de vida dos consumidores, resultando, em alguns casos, em custos médicos, afastamento do trabalho, dificuldades para se alimentar e se comunicar, e sofrimento emocional.

    A medida é restrita ao produto CREME DENTAL COLGATE TOTAL, variante CLEAN MINT, processo 25351.159395/2024-82, considerando que, após acionar a empresa responsável pelo produto, a Anvisa verificou um aumento na taxa de eventos adversos da nova formulação em comparação à fórmula anterior. Portanto, as outras versões do produto não foram atingidas pela referida interdição e podem continuar sendo comercializadas.

    A interdição cautelar é uma medida preventiva e temporária para proteger a saúde da população e permanece vigente enquanto são realizados testes, provas, análises ou outras providências requeridas para a investigação e conclusão do caso. Portanto, o produto não deve ser consumido ou comercializado até que seja comprovada a sua segurança.

    Orientações aos consumidores e pontos de venda

    A Anvisa recomenda que não sejam consumidos os produtos da marca CREME DENTAL COLGATE TOTAL, variante CLEAN MINT, até o término das investigações que estão em andamento. Para saber se o produto que está em sua residência está sujeito à interdição, orienta-se que caso o consumidor tenha o produto com a embalagem secundária (cartucho de cartolina) procure no rótulo o número do processo, na Anvisa, que é 25351.159395/2024-82, caso tenha somente a bisnaga, verifique se na composição tem a substância “fluoreto estanoso “.

    Orientamos que os consumidores acompanhem as notícias no portal da Anvisa para obter informações sobre o término das investigações. Conforme Lei 6437, de de 20 de agosto de 1977, a interdição cautelar tem validade de 90 dias.

    O consumidor que sofreu eventos indesejados relacionados ao uso do produto, deve comunicar imediatamente a Anvisa por meio dos Canais de Notificação abaixo. É muito importante incluir as informações solicitadas no formulário.

    Sua contribuição é fundamental para identificar e investigar eventuais riscos à saúde pública, além de ajudar na implementação de medidas preventivas.

    1. Cidadãos: Limesurvey ou e-Notivisa
    2. Profissionais de saúde, de vigilância sanitária e empresas: Notivisa

    Esclarecemos aos pontos de venda que não existe determinação de recolhimento, no momento, mas o produto deve ficar separado e não deve ser exposto ao consumo ou uso.

    Orientações às vigilâncias sanitárias

    As vigilâncias sanitárias locais devem adotar as medidas necessárias para que o produto não circule.

     

  • Em reunião na Conmebol, governo brasileiro pede mais rigor no enfrentamento ao racismo

    Em reunião na Conmebol, governo brasileiro pede mais rigor no enfrentamento ao racismo

    O chefe de gabinete da ministra da Igualdade Racial, Luiz Barros, e o presidente da Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFUT) no Ministério do Esporte, Washington Cerqueira, participaram, nesta quinta-feira (27), de uma reunião com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), na sede da instituição, em Luque, no Paraguai. A participação no encontro faz parte das ações do governo brasileiro para combater o racismo no esporte.

    Durante a reunião, foram discutidos temas como manifestações racistas envolvendo jogadores e torcidas, além da recente declaração de cunho racista feita pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.

    A reunião contou com a presença de autoridades governamentais brasileiras, dos ex-atletas Ronaldo Fenômeno, Léo Moura, Mauro Silva e Dilma Mendes, além de representantes de embaixadas dos países membros. O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, também esteve presente e anunciou a criação de uma comissão permanente para tratar de casos de discriminação e racismo.

    Para os dirigentes da Conmebol, o racismo é um problema social, e não institucional. Eles apresentaram algumas ações já implementadas para coibir a discriminação nos estádios, porém sem dar ênfase específica ao combate ao racismo.

    Os representantes do governo brasileiro reforçaram que, no Brasil, o racismo é um crime inafiançável e deve ser punido. Eles sugeriram a criação de um comitê permanente tripartite, envolvendo associações, jogadores e governos, para tratar do tema de forma ampla e estruturada.

    O chefe de gabinete Luiz Barros destacou que a participação do Ministério da Igualdade Racial no encontro vai além da representatividade, contribuindo estrategicamente para o fortalecimento de políticas de igualdade racial no esporte. “O racismo não é apenas um problema social, mas também institucional. Ao dialogar com a Conmebol, buscamos garantir que o enfrentamento ao racismo no futebol seja tratado de maneira estruturada, com ações concretas e compromisso institucional”, afirmou.

    Luiz Barros ressaltou ainda a necessidade de comprometimento das entidades esportivas. “É fundamental que organizações como a Conmebol adotem ações efetivas e estruturais. Esse espaço nos permite reafirmar que a diversidade precisa ser um pilar essencial no esporte sul-americano, e nossa presença fortalece esse avanço”, completou.

    Representando o Ministério do Esporte, Washington Cerqueira destacou a importância de medidas concretas. “É necessário que a Conmebol utilize sua influência e seu poder no futebol, que é um esporte tão presente na sociedade, para apresentar ações efetivas de combate ao racismo.” Ele também mencionou que o embaixador do Brasil em Assunção, José Marcondes, lembrou que no Brasil racismo é crime e defendeu a realização de encontros frequentes, com a participação de outros atletas e representantes governamentais.

    Após a reunião, foi anunciada a criação de um grupo de trabalho liderado pelo ex-jogador Ronaldo, que terá a missão de desenvolver e implementar estratégias para erradicar o racismo, a discriminação e a violência no futebol sul-americano.

    Combate ao racismo no esporte – Na quarta-feira (26), o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e o Ministério do Esporte (MEsp) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica para intensificar o combate ao racismo no esporte em todo o país. A parceria prevê uma série de ações para conscientização, formação e monitoramento da discriminação racial no ambiente esportivo, abrangendo desde atletas e torcedores até entidades esportivas.

    Entre as principais iniciativas previstas no acordo estão a criação de um selo e de um prêmio para entidades esportivas antirracistas, a realização de campanhas educativas em eventos esportivos e a mobilização de torcidas organizadas para ações unificadas contra o racismo. Além disso, será desenvolvida uma plataforma digital para monitoramento e análise de dados sobre discriminação racial no setor.

  • Crédito do Trabalhador ultrapassa R$ 1,28 bilhão em empréstimos em 7 dias de programa

    Crédito do Trabalhador ultrapassa R$ 1,28 bilhão em empréstimos em 7 dias de programa

    O programa Crédito do Trabalhador ultrapassou R$ 1,28 bilhão em empréstimos até a quinta-feira (27/3), contabilizando os 7 primeiros dias de sua vigência. Os dados, fornecidos pela Dataprev ao Ministério do Trabalho e Emprego, abrangem o período de sexta-feira (21) até as 17h desta quinta-feira. Durante esse período, foram firmados 193.744 contratos, entre as 11.610.340 propostas de crédito enviadas pelos trabalhadores. O valor médio de empréstimo por trabalhador foi de R$ 6.623,48, com parcelas médias de R$ 347,23, distribuídas em um tempo médio de 19 meses. No total, já foram realizadas 82.785.448 operações de crédito.

    “Esse grande volume de recursos em apenas sete dias mostra a necessidade dos trabalhadores por crédito, que buscam recuperar sua saúde financeira trocando opções mais caras, como o crédito rotativo do cartão, por alternativas mais acessíveis. Porém, os empréstimos devem ser feitos com calma, sem ansiedade, avaliando bem as condições e buscando a proposta mais vantajosa. É recomendável, inclusive, aguardar um número maior de instituições financeiras apresentarem suas ofertas”, ressalta o ministro em exercício, Francisco Macena. Além disso, esse volume de crédito demonstra a facilidade dos trabalhadores em lidar com o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, que oferece transparência e segurança nas operações.”

    Atualmente, o crédito consignado privado conta com aproximadamente 3,8 milhões de contratos, totalizando mais de R$ 40 bilhões, de acordo com dados da Febraban. A expectativa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é que, nos próximos quatro anos, cerca de 25 milhões de trabalhadores tenham acesso a essa modalidade de crédito, beneficiando-se de taxas de juros mais competitivas.

    Se o trabalhador desejar cancelar o empréstimo, ele terá um prazo de sete dias corridos, a partir do recebimento do crédito, para devolver o valor integral à instituição financeira. Além disso, caso já tenha contratado o Crédito do Trabalhador e encontre uma oferta mais vantajosa em outra instituição, poderá migrar para a nova condição sem prejuízos.

    O Crédito do Trabalhador começou a vigorar na sexta-feira (21/3), conforme previsto na MP nº 1.292, que autoriza o crédito consignado para 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e funcionários de microempreendedores individuais (MEI). A modalidade está disponível exclusivamente na Carteira de Trabalho Digital para todos os trabalhadores formalmente registrados. A partir de 25 de abril, todas as instituições financeiras poderão oferecer essa linha de crédito por meio de suas plataformas digitais.

    Perguntas e Respostas

    Quem tem direito ao Crédito do Trabalhador?

    Os trabalhadores​ com carteira assinada, inclusive empregados de MEI, rurais e domésticos.

    Como vai funcionar o empréstimo?

    Por meio do app da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), o trabalhador tem a opção de requerer proposta de crédito, autorizando as instituições financeiras habilitadas pelo MTE a acessarem seus dados (nome, CPF, salário recebido e tempo de empresa). Ao aceitar fazer este procedimento, o trabalhador receberá as ofertas em até 24h, analisando a proposta mais vantajosa. Após a contratação do empréstimo, o trabalhador poderá acompanhar mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas do empréstimo. A partir de 25 de abril deste ano, o trabalhador poderá também iniciar contratações pelos canais eletrônicos dos bancos.

    Se o trabalhador já tiver um consignado, ele poderá aderir a linha Crédito do Trabalhador?

    Os trabalhadores que já possuem empréstimos com desconto em folha poderão migrar o contrato existente para o novo modelo a partir de 25 de abril.

    Como serão cobradas as parcelas?

    Crédito do Trabalhador ultrapassa R$ 1,28 bilhão em empréstimos em 7 dias de programa -

    As parcelas do empréstimo serão descontadas na folha do trabalhador mensalmente, informadas para o empregador pelo eSocial, observado a margem consignável de 35% do salário.

    Em caso de demissão do trabalhador, como será feito o pagamento das parcelas devidas?

    Se o trabalhador optar por usar até 10% do saldo do seu FGTS ou até 100% da multa rescisória, essas garantias poderão quitar o empréstimo. Caso fique algum saldo ainda do empréstimo, esse valor será cobrado no próximo vínculo de emprego do trabalhador.

    O que poderá ser dado como garantia do pagamento do empréstimo?

    O trabalhador poderá utilizar até 10% do saldo no FGTS e até 100% da multa rescisória como garantias em caso de demissão. Mas isso não é obrigatório, pois o trabalhador tem autonomia para decidir se quer ou não dar como garantias.

    As operações do consignado Crédito do Trabalhador serão realizadas somente por bancos habilitados?

    Sim, somente instituições financeiras que estejam habilitadas pelo governo federal poderão oferecer propostas e realizar as operações.

    Os bancos terão acesso a todos os dados do trabalhador?

    Serão disponibilizados apenas os dados necessários para que as instituições financeiras possam fazer as propostas de crédito: nome, CPF, salário recebido pelo trabalhador, tempo de empresa.

    Será automática a migração do crédito direto ao consumidor (CDC) para o Crédito do Trabalhador?

    O trabalhador que tiver um CDC deverá manifestar interesse em fazer a migração para o Crédito do Trabalhador via Carteira de Trabalho Digital ou pelos canais de atendimento do seu banco. A migração será possível a partir de 25 de abril.

    Depois de realizar o Crédito do Trabalhador, o trabalhador poderá fazer a portabilidade para um banco com taxas melhores?

    A portabilidade estará disponível ao trabalhador a partir de junho de 2025.

    O Crédito do Trabalhador substituirá o Saque-Aniversário?

    Não, o Crédito do Trabalhador não substituirá o saque-aniversário, que continuará em vigor.

    Quem não tem crédito através do saque-aniversário, pode fazer um consignado pelo Crédito do Trabalhador?

    Sim, pode.

    O trabalhador pode fazer mais de uma simulação de empréstimo?

    Sim, o trabalhador pode fazer outra simulação depois de 24 horas da primeira simulação.

  • Empregos formais para pessoas de 40 a 59 anos de idade são os mais numerosos em 2024

    Empregos formais para pessoas de 40 a 59 anos de idade são os mais numerosos em 2024

    Segundo os dados dados parciais da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2024, divulgados nesta quarta (26) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, pessoas com idades entre 40 e 59 anos são aquelas que mais conquistaram ou mantiveram postos de trabalho formal no setor privado durante o ano passado.

    A faixa etária dos 40 aos 49 acumulou saldo positivo de 491,4 mil postos de trabalho formais. A Rais capta não apenas trabalhadores registrados em carteira, mas também outros tipos de vínculos empregatícios formais, como estatutários ou funcionários provisórios ou por tempo determinado. Já a faixa dos 50 a 59 acumulou 418,6 mil vagas de emprego. A Rais mede o acumulado até o final de cada ano.

    Confira a distribuição de vagas por faixas etárias no quadro a seguir:

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    No balanço geral do ano, o estoque de empregos formais no setor privado alcançou 46.270.514 vínculos ativos em 31 de dezembro de 2024, o que representa um aumento de 1.797.716 vínculos (+4,0%) em comparação com o mesmo período de 2023. O levantamento contou com a participação de 4.667.874 estabelecimentos declarantes. Os dados completos da RAIS 2024 estão disponíveis no site do Ministério do Trabalho e Emprego.

    Outro dado que se destaca na Rais do ano passado aponta que a presença de mulheres ocupando empregos formais no setor privado foi um pouco superior à dos homens: 949,9 mil contra 847,8 mil, respectivamente.

    Vínculos não típicos

    Os vínculos não típicos corresponderam a 10,51% do total de vínculos celetistas, apresentando um leve aumento em relação ao ano anterior, quando esse percentual era de 10,10%. A análise detalhada mostra que a maior concentração desses vínculos ocorreu entre os trabalhadores com jornada de 30 horas ou menos, somando 2.773.132 vínculos, além daqueles vinculados a um Cadastro de Atividades Econômicas de Pessoa Física (CAEPF), com 1.338.854 vínculos.

    Estabelecimentos

    Entre os estabelecimentos com empregados que declararam a RAIS, destacam-se aqueles com 1 a 4 empregados, que somaram 2,6 milhões, representando 57,09% do total, com um aumento de 81,6 mil unidades em relação a 2023 (+3,1%). Em termos percentuais, as maiores variações positivas ocorreram nos estabelecimentos com 1.000 ou mais empregados (+189 estabelecimentos, +6,2%) e com 500 a 999 empregados (+281 estabelecimentos, +6,1%). Vale ressaltar que, em 2024, cerca de 55.235 estabelecimentos tinham mais de 100 empregados, marcando um crescimento de 4,7% (+2.487 estabelecimentos) em comparação com o ano anterior.

    O setor com maior expansão no número de estabelecimentos com empregados foi o de Serviços, que registrou um aumento de 65.772 unidades (+3,6%). Em seguida, destacaram-se o Comércio, com 34.325 novos estabelecimentos (+2,1%), e a Construção, que cresceu em 15.333 unidades (+5,4%).

    Setores com mais empregos

    As atividades econômicas que mais geraram empregos em 2024 foram os serviços de informação, comunicação, e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 530.147 vínculos, representando 5,4% do total. Em seguida, destacaram-se a administração pública, educação, saúde e assistência, com 216.920 vínculos (4,5%); Transporte, Armazenagem e Correio, com 124.980 vínculos (4,6%); e a Indústria, com 318.466 vínculos (3,7%).

    Em termos absolutos, o setor de Serviços liderou com um total de 22.001.709 vínculos no ano, seguido pelo Comércio, com 10.571.310 vínculos; a Indústria, com 8.937.169 vínculos; a Construção, com 2.960.420 vínculos; e a Agropecuária, com 1.799.906 vínculos.

    Dados regionais

    Os dados também revelam que a distribuição do emprego formal continuou concentrada na região Sudeste, com 51,0% do total, seguida pela região Sul (18,4%) e Nordeste (16,4%). No entanto, o crescimento relativo foi mais significativo nas regiões Norte (+5,7%, +123.664 vínculos), Nordeste (+4,9%, +355.842 vínculos) e Centro-Oeste (+4,4%, +174.514 vínculos), que apresentaram variações superiores à média nacional. Já as regiões Sul (+3,9%, +320.912 vínculos) e Sudeste (+3,6%, +819.801 vínculos), apesar de apresentarem crescimento abaixo da média do país, registraram aumentos absolutos expressivos.

    Entre os estados, o maior crescimento relativo no estoque de empregos em comparação a 2023 foi observado no Amapá (+9,7%, com +8.299 vínculos), Amazonas (+8,1%, com +40.629 vínculos), Rio Grande do Norte (+7,3%, com +35.893 vínculos) e Roraima (+6,7%, com +4.870 vínculos).

    Distribuição

    Os dados revelam que a maior concentração de vínculos privados está na categoria Entidade Empresa Privada, com um total de 39.855.192 vínculos, apresentando uma variação relativa de +4,2% e um aumento absoluto de 1.589.087 vínculos. Também se destaca a categoria Entidades sem Fins Lucrativos, que teve um crescimento de +4,9% em termos relativos, representando um acréscimo de 180.423 vínculos.

    Por outro lado, houve uma diminuição de 20.538 vínculos na categoria Pessoa Física e Outras Organizações Legais, o que representa uma variação relativa negativa de -5,0%.

    A distribuição de vínculos por tamanho de estabelecimento manteve-se semelhante à do ano anterior. O maior crescimento absoluto entre 2023 e 2024 ocorreu na faixa de 1.000 ou mais empregados, com um aumento de 466.958 vínculos (+7,1%). A faixa de 100 a 249 empregados também registrou uma expansão significativa, com um acréscimo de 228.439 vínculos (+4,4%), seguida pela faixa de 20 a 49 empregados, que teve um aumento de 218.149 vínculos (+3,3%) em relação ao ano anterior.

    Em termos de crescimento do estoque, os vínculos celetistas com prazo indeterminado apresentaram um aumento de 227.775 vínculos (+8,7%), registrando também a maior variação absoluta, com um acréscimo de 1.468.299 vínculos (+3,6%).

    Características

    A variação relativa do estoque de vínculos foi mais expressiva entre as mulheres (+5,2%, +949.913 vínculos), em comparação aos homens (+3,2%, +847.803 vínculos). Em termos de faixa etária, o maior crescimento absoluto ocorreu na faixa de 40 a 49 anos, com 491.398 vínculos e uma variação relativa de +4,7%. As faixas etárias de 50 a 59 anos (+418.649 vínculos, +7,4%) e 30 a 39 anos (+236.154 vínculos, +1,9%) também apresentaram aumentos significativos.

    Os jovens de até 29 anos corresponderam a 30,8% do total de vínculos ativos em 2024, somando 14.194.275 vínculos. Em contraste, as faixas etárias de 30 a 59 anos concentraram 64,5% dos vínculos ativos, com um total de 29.735.434 vínculos.

    Em relação ao grau de instrução, observou-se um crescimento relativo nas seguintes categorias: ensino médio completo (+5,2%, com 1.362.268 vínculos), ensino superior completo (+3,2%, com 218.460 vínculos) e ensino médio incompleto (+4,2%, com 118.902 vínculos).

    No que diz respeito à raça e etnia, observou-se um aumento expressivo no número de vínculos, destacando-se: 2.577.456 vínculos (+15,9%) para Pessoas Pardas, 1.283.252 vínculos (+6,9%) para Pessoas Brancas e 510.686 vínculos (+18,1%) para Pessoas Pretas.

    A RAIS registrou 610.600 vínculos relacionados a trabalhadores com deficiência (PCD). Em comparação com 2023, esse grupo apresentou um aumento de 2,7%, ou +16.105 vínculos. O maior crescimento relativo foi observado na categoria Intelectual (mental), que cresceu +11,6% (+8.122 vínculos). Por outro lado, a categoria Reabilitado teve uma retração de -2,7% (-963 vínculos).

    Salários

    A remuneração média em 2024 foi de R$ 3.706,90. O setor da Indústria registrou a maior remuneração média, com R$ 4.381,18, seguido pelo setor de Serviços (R$ 3.908,67) e Construção (R$ 3.302,86). O aumento da remuneração média foi observado em todas as regiões, sendo mais expressivo no Distrito Federal (R$ 4.844,14), com um acréscimo de R$ +61,86 em relação a 2023; em São Paulo (R$ 4.527,40), com um aumento de R$ +26,70; e no Rio de Janeiro (R$ 4.084,12), apesar da redução de R$ -71,48. As três unidades da federação com a menor remuneração média foram Paraíba (R$ 2.422,31), Piauí (R$ 2.436,50) e Acre (R$ 2.447,12). Em termos de variação relativa, Santa Catarina foi o estado com o maior crescimento de remuneração média, +2,5%, atingindo R$ 3.687,60, enquanto o Rio de Janeiro apresentou a maior queda relativa, com -1,7%, ficando em R$ 4.084,12.

    O que é a Rais

    A Relação Anual do Mercado de Trabalho é um registro administrativo instituído pelo Decreto nº 76.900/75, regulamentado pelos Decretos nº 10.854/21 e pela Portaria MTP nº 671/21, com periodicidade anual. Este documento apresenta informações detalhadas sobre todos os estabelecimentos formais e vínculos celetistas e estatutários no Brasil, sendo essencial para o cumprimento das normas legais. Além disso, desempenha um papel crucial no acompanhamento e na caracterização do mercado de trabalho formal brasileiro, fornecendo dados fundamentais para a análise das dinâmicas laborais no país.

    Além de ser uma obrigação trabalhista, a RAIS fornece ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informações essenciais para a fiscalização das condições de trabalho, o pagamento de benefícios e o acompanhamento do histórico das relações de emprego dos trabalhadores. Este levantamento consolidou-se como uma valiosa fonte de dados estatísticos, sendo fundamental para formuladores de políticas públicas, representações de trabalhadores e empregadores, e todos aqueles interessados em compreender a dinâmica do mercado de trabalho brasileiro.

    Desde 2019, a RAIS tem passado por um processo de transição na forma de captação das informações, deixando gradualmente de ser realizada pelo aplicativo Gerador de Declarações da RAIS para ser integrada ao Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas. Esse novo formato visa reunir as informações de 12 obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais em um único sistema. A transição entre a entrada do eSocial e a desobrigação de fornecimento de dados pelo aplicativo Gerador de Declarações da RAIS foi regulamentada pelo Art. 145 da Portaria MTP nº 671/2021.

    eSocial

    A partir de 2019, a obrigatoriedade de fornecimento das informações à RAIS pelas empresas passou a ser realizada por meio do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), criado pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014. O objetivo do eSocial é unificar e simplificar a prestação de informações relacionadas a trabalhadores e empresas, além de otimizar o cumprimento das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas. Com a implementação do eSocial, as empresas que são obrigadas a enviar eventos periódicos, como a folha de pagamento, passaram a substituir a declaração na RAIS por esse sistema.

  • Anvisa fará consulta pública para atualizar regulamentação sobre uso de cannabis

    Anvisa fará consulta pública para atualizar regulamentação sobre uso de cannabis

    A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, nesta quarta-feira (26/3), a abertura de Consulta Pública para revisar a atual regulamentação de produtos de cannabis. A minuta de resolução ficará aberta por 60 dias e, durante este período, qualquer interessado poderá fazer contribuições à proposta de atualização da regulamentação feita pela Anvisa.

    Atualmente, os produtos de cannabis no Brasil são regulamentados pela RDC 327/2019 , que define as regras para que os produtos possam ser autorizados no país e vendidos no varejo farmacêutico.

    O voto do diretor relator do tema (anexo abaixo) trouxe uma análise detalhada do atual cenário dos produtos de cannabis no país e os motivos das atualizações que estão sendo propostas.

    Dentre os pontos da proposta estão incluídos temas como atendimento às Boas Práticas de Fabricação, vias de administração, publicidade de produtos, validade da autorização sanitária, prescrição, dispensação, importação de insumos para produção nacional, rotulagem, entre outros.

    De acordo com o diretor-presidente substituto e relator do tema, a norma é fundamental para os pacientes que utilizam este produto, pois, além do registro como medicamento, a regularização como produto de cannabis é o único caminho regulatório possível para a comprovação da qualidade mínima necessária aos produtos de cannabis. No Brasil, os produtos com derivados da cannabis podem ser regularizados em duas categorias distintas: como medicamento, seguindo as normas de comprovação de eficácia e segurança de medicamentos, ou como produto de cannabis, que tem um processo simplificado. Existem hoje no país um medicamento de cannabis aprovado e 36 produtos de cannabis regularizados.

    Os diretores também aprovaram a abertura de um processo regulatório para revisar a resolução RDC 660/2022 , que trata da importação excepcional de produtos de cannabis para uso pessoal. Os produtos importados pela RDC 660 não têm qualquer avaliação da Anvisa quanto à qualidade, segurança ou composição.

    A Consulta Pública acerca da revisão da RDC 327 será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

    Histórico

    A publicação da RDC 327/2019 foi motivada, principalmente, pela crescente demanda pela disponibilização desses produtos no mercado brasileiro. A categoria dos produtos de cannabis está sujeita a um processo mais simplificado de regularização quando comparado à via convencional de registro de medicamentos, o que não exclui a obrigatoriedade de que tais produtos sejam comprovadamente submetidos aos mesmos procedimentos de boas práticas de fabricação e controle de qualidade aplicáveis a medicamentos.

    A revisão da resolução 327/2019 não tem relação com a decisão do STJ, que recentemente emitiu decisão para que a União regulamente o plantio de cannabis e cânhamo no Brasil. As determinações do STJ referentes ao plantio de cânhamo e cannabis estão sendo coordenadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) e envolvem outros entes da administração federal.

  • Receita Federal já recebeu mais de 4 milhões de declarações do Imposto de Renda 2025

    Receita Federal já recebeu mais de 4 milhões de declarações do Imposto de Renda 2025

    Receita Federal informa que até às 17 horas desta quarta-feira (26/3) foram entregues 4.181.827 declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2025, ano-calendário 2024.

    O prazo de entrega da declaração começou no dia 17 de março, e terminará em 30 de maio. A expectativa é de que 46,2 milhões de declarações sejam entregues até o final do prazo.

    A declaração pré-preenchida começou sua implantação no dia 17 de março, com informações sobre rendimentos e pagamento, ficando totalmente completa no dia 1º de abril. A Receita Federal tem expectativa de alcançar, este ano, 57% das declarações por meio do sistema pré-preenchido (ante 41,2%, no ano passado).

    Limites

    A Receita explica que com a alteração na tabela progressiva mensal pela Lei nº 14.848/2024, ficam obrigados a declarar as pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 (ante R$ 30.639,90, nas regras do ano passado); assim como para quem obteve receita bruta da atividade rural acima de R$ 169.440,00 (antes, R$ 153.199,50). Estão, portanto, isentas da declaração as pessoas que receberam até dois salários mínimos mensais durante 2024, salvo se se enquadrarem em outro critério de obrigatoriedade.

    Restituição

    As restituições começarão a ser liberados em 30 de maio, em cronograma com cinco lotes, o último a ser creditado em 30 de setembro.

    Confira a ordem de prioridades nas restituições:

    Idade igual ou superior a 80 anos
    Idade igual ou superior a 60 anos, deficientes e portadores de moléstia grave
    Pessoa que tenha maior fonte de renda vinda do magistério
    Quem utilizou a declaração pré-preenchida e optou pela restituição no Pix
    Quem utilizou a declaração pré-preenchida ou optou pela restituição no Pix
    Demais contribuintes
    Para quem tiver imposto a pagar, o vencimento da primeira cota (ou cota única) será em 30 de maio. Eventuais demais cotas vencerão no último dia útil de cada mês subsequente, até a oitava cota, em 30 de dezembro.
    Todas as informações que o contribuinte precisa estão disponíveis na página Meu Imposto de Renda .

    Estimativas por Unidade Federativa :

    IR 2025 balanço.jpg

    Todas as informações disponíveis encontram-se na nossa página Meu Imposto de Renda .

     

  • Embraer acerta venda de até 20 jatos para o Japão, num montante de R$ 10 bilhões

    Embraer acerta venda de até 20 jatos para o Japão, num montante de R$ 10 bilhões

    O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, detalharam nesta quarta-feira (26/3), em Tóquio, o anúncio feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva da compra de 15 jatos E-190 da empresa brasileira pela All Nippon Airways (ANA), com possibilidade de aquisição de mais cinco aeronaves. A fala do presidente ocorreu no encerramento do Fórum Empresarial Brasil – Japão, que contou, além da presença do presidente do Brasil e do primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, de empresários de diversos setores.

    “Significa o equivalente a quase 10 bilhões de reais em investimentos que a companhia aérea japonesa está fazendo na Embraer. Esse trabalho comercial que está sendo feito hoje, do governo do presidente Lula com a Embraer, tem sido importante e estratégico para o desenvolvimento da aviação brasileira”.

    Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos

    “A Embraer está muito feliz com essa venda de até 20 aviões. A ANA, além de ser a maior empresa aérea do Japão, tem uma imagem muito forte no setor da aviação. Essa decisão pelos aviões da Embraer reforça e endossa o produto, e vai ser importante para a gente entrar em outras linhas aéreas, de outros países”, reforçou o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto.

    O presidente Lula, durante discurso aos empresários, ainda brincou ao dizer que as vendas poderiam ser ainda mais extensas. ” A Embraer tornou-se a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo e tem mercado importante aqui no Japão. Posso dizer ao primeiro-ministro Ishiba que são de muita qualidade os aviões da Embraer. Quem compra 20 pode comprar um pouco mais e quem sabe todas as empresas japonesas podem voar de avião da Embraer”, disse.

    SAF – Outro ponto destacado pelo ministro Silvio Costa Filho abrange a negociação em curso para que o setor de aviação japonês possa adotar o Combustível Sustentável de Aviação (SAF) em suas operações. O SAF é o combustível alternativo ao combustível aeronáutico de origem fóssil, produzido a partir de matérias-primas e processos que atendam a padrões de sustentabilidade. Ele pode ser de diferentes fontes, como resíduos da agricultura, óleo de cozinha usado, gorduras, cana-de-açúcar, milho, entre outros, e pode ser usado puro ou misturado, conforme especificações técnicas de segurança, e o Brasil tem ampla expertise no tema.

    “Avançamos também num convênio de cooperação, num acordo de cooperação do SAF, que é o Combustível do Futuro, o combustível verde. As companhias aéreas japonesas têm total interesse em poder voar através do SAF e o Brasil tende a ser, no futuro, um grande exportador desse combustível”, frisou Silvio Costa Filho. “Além disso, a gente está trabalhando ao lado de ministros do Japão e com o primeiro-ministro para que 10% do combustível aqui no Japão possa ser fruto de etanol. Além de a gente potencializar o combustível da aviação aérea no Japão, a gente também está estimulando a indústria sucro-energética do Brasil, que dialoga com a sustentabilidade, com esse combustível do futuro que o Brasil tem apresentado ao mundo”, prosseguiu o ministro de Portos e Aeroportos.

    O Fórum Empresarial Brasil-Japão é mais um importante espaço para reafirmarmos os laços econômicos entre nossos países. A relação de 130 anos entre Brasil e Japão é celebrada neste ano, com mais investimentos de montadoras japonesas no Brasil, a compra de 20 aeronaves da Embraer

    CAPACITAÇÃO – Outro ponto ressaltado por Silvio Costa Filho diz respeito ao trabalho realizado pelo Governo Federal para incentivar no Brasil a capacitação de profissionais capazes de atuar na indústria aeronáutica. “Com a venda dos aviões da Embraer pelo mundo, não só no Japão, mas em outros mercados internacionais, existe uma preocupação da Embraer e do governo para que a gente possa preparar a nossa mão de obra brasileira”, destacou. “A gente cada vez mais quer estruturar um grande plano para preparar os jovens para esse mercado que se desenha no Brasil, da aviação. Estamos fazendo um grande programa de qualificação e de capacitação para inserir os jovens. Isso vai gerar emprego, renda, movimentar a economia e é prioridade do Governo Federal”.

    SUPORTE – O presidente da Embraer lembrou que a venda dos aviões da empresa brasileira ao país asiático está amparada por um serviço de suporte técnico no Japão. “Temos suporte aqui, oficinas de aviões. Tem 50 aviões que operam aqui há mais de 15 anos e atendem a 30 cidades. Os aviões que operam aqui têm uma disponibilidade altíssima, 99,8% de disponibilidade. Ou seja: é um trabalho muito bom que é feito conjuntamente entre a Embraer e os clientes que operam os aviões”.

    A EMBRAER – Criada em 1969 com apoio do Governo Federal, a Embraer evolui para se tornar uma gigante do setor aeroviário. A empresa é hoje a 3º maior fabricante de jatos comerciais do mundo e líder absoluta no segmento de até 130 assentos. A Embraer contabiliza mais de oito mil aeronaves entregues, conta com 18 mil empregados, e, para atender demandas globais, estabelece unidades industriais, escritórios e centros de distribuição de peças e serviços nas Américas, África, Ásia e Europa.

  • BNDES aprova R$ 216,6 mi para projetos de ampliação e construção de armazéns no País

    BNDES aprova R$ 216,6 mi para projetos de ampliação e construção de armazéns no País

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos a projetos de armazenagem nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, que somam R$ 216,6 milhões. Os recursos são provenientes do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), do Plano Safra 2024/25, e do Finem.

    São R$ 83,8 milhões para a Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol) – sendo R$ 52,84 milhões em recursos PCA e R$ 31 milhões em Finem –, R$ 52,84 milhões em recursos PCA para a Coamo Agroindustrial Cooperativa, R$ 40 milhões para a Energética Santa Helena S.A – sendo R$ 25 milhões em recursos PCA e R$ 15 milhões em Finem –, e R$ 40 milhões para a Vale do Paracatu – sendo R$ 25 milhões do PCA e R$ 15 milhões do Finem.

    “Estamos com uma safra recorde a caminho e a política de estocagem foi deixada de lado no último governo. O presidente Lula retomou o papel essencial da Conab e esses investimentos são importantíssimos para aumentar a capacidade estocagem de grãos e trazem diversos benefícios para os produtores rurais, como um maior prazo de comercialização e proteção à produção”, explicou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    “Os projetos estão alinhados às políticas públicas do governo do presidente Lula, pois atendem aos objetivos de fortalecer a produção agrícola brasileira, além de modernizar, reformar e construir novos armazéns, ampliando a capacidade de armazenamento e gestão de estoques para enfrentar sazonalidades”, salientou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

    Coamo

    O apoio do BNDES corresponde à totalidade dos investimentos da Coamo na modernização e ampliação da estrutura de armazenagem de soja e milho das unidades de Barbosa Ferraz, Brasilândia do Sul, e Engenheiro Beltrão, no Centro-Oeste do Paraná. Além de expandir a capacidade de armazenamento, o projeto melhora o fluxo de recebimento e armazenagem da produção, aumentando a confiabilidade dos processos e a conservação dos grãos com qualidade inalterada, enquanto o produtor cooperado aguarda as melhores condições de comercialização.

    No total, a capacidade de armazenamento das três unidades deverá ser ampliada das atuais cerca de 123,6 mil toneladas de grãos para aproximadamente 183,6 mil. Durante a execução do projeto, serão criados 75 postos de trabalho temporários.

    Santa Helena – O crédito concedido à Santa Helena representa 90,6% dos recursos a serem investidos em Nova Andradina, no Leste de Mato Grosso do Sul, onde serão construídos um armazém com capacidade para até 50 mil toneladas de açúcar e uma fábrica capaz de produzir até 850 toneladas de açúcar por dia junto à usina de etanol.

    Com os investimentos, a companhia, cuja principal linha de receita vem da venda de etanol (anidro e hidratado), terá flexibilidade para alternar entre a produção de açúcar e álcool etílico, maximizando a geração de receita e mitigando os riscos do negócio.

    A Santa Helena estima a geração de 100 postos de trabalho diretos durante a implantação do projeto e de 50 empregos diretos após a conclusão, ampliando seu quadro de funcionários de 1.280 para 1.330. Indiretamente, o projeto deverá empregar 150 trabalhadores durante a fase de implantação e 70 após a conclusão.

    Copacol

    Para a Copacol, o financiamento aprovado pelo Banco, de R$ 83,8 milhões, representa 91,4% do investimento que a cooperativa fará em três unidades no Oeste do Paraná. A finalidade é ampliar a capacidade de armazenamento de grãos da unidade Melissa, em Cascavel, passando das atuais 23.500 toneladas para 58.000 toneladas de grãos. Serão construídos três silos armazenadores de 11.500 toneladas cada, juntamente com a instalação de linhas de carga e descarga, com capacidade de 200 toneladas por hora.

    Em Jesuítas, a capacidade de armazenamento da Fábrica de Rações passará de 163.000 toneladas para 209.000 toneladas e serão construídos quatro silos metálicos, com capacidade de armazenagem de 11.500 toneladas cada, perfazendo um total de 46.000 toneladas a serem acrescidas. Já na Unidade de Recebimento e Armazenamento de Grãos, também em Jesuítas, a capacidade de armazenagem de grãos passará das atuais 45.000 toneladas para 68.000 toneladas, e serão construídos dois silos metálicos, com capacidade de armazenagem de 11.500 toneladas cada, perfazendo um total de 23.000 toneladas.

    Durante a execução das obras, a previsão é que sejam gerados, indiretamente, 62 empregos na unidade Melissa, 170 na Fábrica de Rações em Jesuítas e 65 na unidade de armazenamento de Jesuítas.

    Vale do Paracatu

    Em Paracatu, no Noroeste de Minas, o BNDES apoiará, com R$ 34,9 milhões, a Vale do Paracatu Bioenergia S/A na construção de armazém com capacidade para estocar até 60 mil toneladas de açúcar (ou 1,2 milhão de sacas). Também financiará a construção de uma fábrica de açúcar, com R$ 5,1 milhões, para a produção de 155 mil toneladas do produto por ano. O financiamento do Banco representa 25,7% do total do investimento da empresa no projeto. Durante a implementação do projeto devem ser gerados 300 empregos diretos e 70 após a conclusão.

    Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, os projetos apoiados pelo Banco estão alinhados aos objetivos da Nova Indústria Brasil. “Fortalecer as cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para garantir a segurança alimentar, nutricional e energética no país.”

    O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns é um dos programas agropecuários do Governo Federal (PAGFs), que contam com juros equalizados pelo Tesouro Nacional, operados pelo BNDES. O PCA financia produtores e cooperativas rurais para ampliação, modernização, reforma e construção de armazéns e de câmaras frias.